Assimetria de Custos - Ok
Assimetria de Custos - Ok
Assimetria de Custos - Ok
VITÓRIA
2019
PATRICIA MIRANDA RIBEIRO
VITÓRIA
2019
PATRICIA MIRANDA RIBEIRO
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof. Dr. Talles Vianna Brugni
Fucape Fundação de Pesquisa e Ensino
_________________________________________________
Prof. Dr. Aziz Xavier Beiruth
Fucape Fundação de Pesquisa e Ensino
_________________________________________________
Prof. Dr. Francisco Antônio Bezerra
Fucape Fundação de Pesquisa e Ensino
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Sebastião e Cleusa, pelo apoio incondicional; ao meu irmão,
Lince (in memorian), que, apesar de não estar conosco, sempre me incentivou.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 11
2.1 ASSIMETRIA DE CUSTOS ..................................................................................... 11
2.2 AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA.............................................................................. 14
2.3 RELAÇÃO ENTRE ASSIMETRIA DE CUSTOS E AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA ..... 17
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 19
3.1 AMOSTRA E COLETA DE DADOS ......................................................................... 19
3.2 MÉTRICAS DE AGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA ...................................................... 20
3.3 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS ...................................................................... 21
3.3.1 Modelos de regressão ....................................................................................... 21
4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................ 25
4.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA ................................................................................... 25
4.2 MATRIZ DE CORRELAÇÃO ................................................................................... 26
4.3 ANÁLISE DE REGRESSÃO .................................................................................... 28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 34
APÊNDICE ................................................................................................................. 38
7
Capítulo 1
1 INTRODUÇÃO
dos custos, visto a necessidade de se avaliar sua relação assimétrica com as receitas
(Anderson, Banker, & Janakiraman, 2003; Medeiros, Costa, & Silva, 2005). Nesse
gestores tomarem suas decisões, pois tal comportamento pode variar de forma
o alinhamento entre os interesses dos acionistas e dos gestores (Chen, Chen, Cheng,
& Shevlin, 2010; Wilde & Wilson, 2018). Em estudo complementar, Xu e Zheng (2018)
tributariamente mais agressivas possuem nível mais elevado de caixa, o que traz aos
gestores maior segurança para tomar decisões, principalmente, aquelas cujos efeitos
são sentidos no curto prazo, pois, pela disponibilidade de recursos, eles conseguem
8
cumprir suas despesas (Graham, Hanlon, Shevlin, & Shroff, 2013; Hanlon, Maydew,
& Saavedra, 2017; Edwards, Schwab, & Shevlin, 2015; Martinez & Salles, 2018).
Brasil (Medeiros et al., 2005; Richartz, Borgert, & Lunkes, 2014) quanto no exterior
(Calleja, Steliaros, & Thomas, 2006; Chen, Lu, & Sougiannis, 2012; Banker & Byzalov,
2014; Marques, Santos, Lima, & Costa, 2014). A assimetria no comportamento dos
análises de diversos fatores, tais como decisões dos gestores, ajustes dos custos,
Weiss (2013), são as escolhas deliberadas dos gestores, tais como ajustar os
custos/despesas com o intuito de evitar queda ou manter o lucro previsto. Para estes
autores, empresas que agem nesse sentido têm menor custo assimétrico.
que empresas com maior índice de evasão tributária têm menor custo assimétrico.
Isso decorre do fato de que empresas com mais recursos em caixa possibilitam que
os gestores estejam mais dispostos a reduzir os custos não utilizados quando a receita
cai.
dado que busca reduzir custos e o passivo tributário, este estudo tem por objetivo
têm menor comportamento assimétrico dos custos em relação àquelas que são menos
agressivas.
no fluxo de caixa da empresa e, com isso, os gestores tendem a ter mais flexibilidade
receita.
O estudo contribui para a literatura sobre o tema, visto que não foi encontrada
também é propício para este tipo de estudo, haja vista que possui uma estrutura
tributária com alta carga e complexidade. Além disso, o Brasil vem passando por
recentes crises econômicas e políticas e a compreensão sobre como lidar com esses
10
desafios e a busca por meios para superá-los perpassa por questões relacionadas a
Capítulo 2
2 REFERENCIAL TEÓRICO
conclusão dos autores é que elevar a receita da empresa gera um aumento nos custos
gerentes podem atrasar o ajuste dos custos a curto prazo quando a receita reduz. Isso
se dá pelo fato de que cortar custos requer alto recurso de caixa disponível de
custos em alguns países, com destaque para o estudo de Calleja et al. (2006), que
a assimetria nos custos tenha mostrado maior magnitude nas empresas francesas e
funcionários e, ainda, de decisões gerenciais em relação aos ajustes dos custos, tais
longo prazo os gestores tomam decisões de eliminar custos não utilizados. Entretanto,
evitam fazer isso quando a queda de receita é temporária, por requerer elevado
gestores tiverem que cumprir meta de lucro, o processo de cortes pode ser acelerado,
13
custos.
Este autor argumenta que ocorre maior assimetria quando há, nos custos fixos,
que as reduzir no curto prazo não é tão simples, os gestores ficam na expectativa de
não utilizados. Tal decisão poderá perdurar até que se tenha visão mais clara quanto
planejamento tributário para reduzir os custos, pois, como custos tributários são
de operações que visam a redução de parte da dívida tributária. Para McGuire, Wang
Com base em lógica similar, Freise, Link e Mayer (2008) apontam que a
tributário é aplicado com o intuito de reduzir pagamentos dos impostos e gerar mais
caixa para a entidade. Por outro lado, a agressividade pode ser praticada, também de
15
investidores (West & Williams III, 2007). Hanlon et al. (2017) examinaram empresas
Neste estudo, a agressividade tributária será medida por meio da Book Tax
Diferences (BTD) e da Effective Tax Rate (ETR). Essas variáveis foram escolhidas por
serem as mais utilizadas por estudos similares, tanto no Brasil como em outros países
(Dunbar, Higgins, Phillips, & Plesko, 2010; Carvalho, Paulo, & Tavares, 2014).
sobre o lucro que a empresa obteve no decorrer de suas atividades (Minnick & Noga,
2010). Obtida pela relação de despesas dos tributos referentes ao Imposto de Renda
Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dividida
pelo Lucro Antes do Imposto de Renda (Lair), essa taxa efetiva faz a medição da carga
Martinez e Dalfior (2016) defendem que a utilização da ETR como proxy para
comparadas à taxa da legislação atual (34%) mostrar que quanto menor for a taxa de
ETR mais agressivas são as empresas; para a proxy BTD, é o contrário: quanto maior
Mesmo que a maioria das pesquisas utilize a ETR, alguns autores argumentam
pois fatores como incentivos ficais (Tang & Firth, 2011) e compensação de prejuízos
A Book Tax Diferences, por sua vez, consiste na diferença entre os lucros
entre os lucros contábil e tributável e se explica pela diferença nas regras para
provocado a aumentar o lucro contábil para atrair mais investidores. Por isso, sob a
perspectiva tributária, busca diminuir o lucro tributável para pagar menos impostos
2018).
significativo como fonte de recursos. Com ela, gestores podem cobrir os custos em
excesso quando a receita diminui. Li e Zheng (2017), por sua vez, acreditam que,
reduzida. Para estes autores, as reservas de caixa podem ampliar o efeito positivo da
dos recursos (Holzhacker, Krishnan, & Mahlendorf, 2015). Com isso, os gestores
optam por cortar recursos não utilizados de forma mais rápida quando a receita
agressividade tributária e para as que fazem ajustes de custos, espera-se que exista
porque tais benefícios trazem maior tranquilidade para ajustar os custos com
ociosidade momentânea.
19
Capítulo 3
3 METODOLOGIA
Xu e Zheng (2018). Tal método utilizou o modelo de Anderson et al. (2003) para medir
(2003), os quais argumentam que utilizar períodos mais curtos pode interferir na
mensuração dos impactos das decisões dos gestores nos custos da empresa. Além
disso, advogam estes autores que as deliberações feitas não fornecem efeitos no
curto prazo.
inicialmente, foram excluídas 75, pois, pertencendo aos setores de finanças, seguros
e fundos, eram regidas por normas contábeis com outras particularidades. Empresas
sem divulgação de qualquer dado em todo o período de estudo (276) também foram
excluídas, restando para a amostra 404 empresas, as quais geraram um total de 3.118
por meio da divisão do total de despesa com tributos sobre o lucro antes do Imposto
Renda (15% para IRPJ, 10% de seu adicional e 9% de CSLL). Por isso, a literatura
contábil e tributário dividida pelo ativo total do ano anterior (Ferreira, Martinez, Costa,
& Passamani, 2012). Tal relação ocorre porque a apuração dos lucros contábeis e a
dos lucros tributáveis possuem critérios distintos (Ferreira et al., 2012): o lucro contábil
agressivas, por apresentarem nível mais baixo de carga tributária (Motta & Martinez,
2015). Já no caso da BTD, quando forem positivas os seus resultados, mais agressiva
escolha do tipo de painel, se aleatório ou fixo, sendo o segundo o mais indicado pelo
apresentada, a saber, H1: empresas com maior nível de agressividade tributária têm
menor assimetria nos custos. A Equação 3, a seguir, fornece base para o teste de
relação ao período t-1; 𝐷𝑖,𝑡 é uma variável dummy que assume valor igual a 1 quando
assimétrica, sua variação relativa ao aumento da receita deve ser maior que a
ao período t-1; 𝐷𝑖,𝑡 é uma variável dummy que assume valor igual a 1 quando a receita
ano t em relação ao período t-1, representada pelo BTD e ETR; ℰ𝑖,𝑡 é 𝑜 erro aleatório
da empresa i no ano t.
aumento da receita é captada pela soma de 𝛽1 + 𝛽3 , devendo ser maior que a variação
É importante ressaltar que as empresas com menor grau de ETR são mais
agressivas por apresentarem nível mais baixo de carga tributária e que quanto maior
a BTD mais agressiva é a empresa (Martinez & Passamani, 2014, 2015). Sendo
aumento da receita, captada pela soma de 𝛽1 + 𝛽3, deve ser menor que a variação
apresentado no Quadro 3.
Sinal esperado
Modelo Coeficiente Fundamentação
ETR BTD
𝛽1 + + Anderson et al. (2003)
Equação 3
𝛽2 ̶ ̶ Anderson et al. (2003)
𝛽1 + + Anderson et al. (2003)
Capítulo 4
resultou em 0,109, com desvio-padrão (DP) de 0,483, sendo que 50% das 3.118
ou igual a 0,099. A média do logaritmo da variação da receita, por sua vez, ficou em
26
0,123, com DP de 0,513. A mediana indica que, para 50% das observações, a receita
ficou em 28,8%, com DP de 18,3%. O valor médio está abaixo de 34%, que é o
percentual tomado como referência pela literatura brasileira para diferenciar empresas
mais agressivas das menos agressivas. A BTD ficou com a média de 2,0% e desvio-
padrão de 3,2%. A literatura indica que quanto maior a BTD mais agressiva é a
grau de relação entre duas variáveis quantitativas. A medida assume valores entre -1
maiores que zero, correlação positiva (Levine, Stephan, & Szabat, 2014).
administrativas. Por sua vez, com a dummy (D), em período subsequente à diminuição
Capítulo 3, obtidas por regressão com dados em painel com efeito fixo, conforme
sugerido pelo teste de Hausman e para captar a redução na receita, segue conforme
a literatura que apenas soma os coeficientes β1 e β2. Essas equações buscam por
dos custos, como aventa a hipótese de estudo H1: empresas brasileiras com maior
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4: ln ∆𝐶𝑉𝐷𝐴𝑖,𝑡
= 𝛽0 + 𝛽1 ln ∆𝑅𝑒𝑐𝑖,𝑡 + 𝛽2 (𝐷 ∗ ln ∆𝑅𝑒𝑐)𝑖,𝑡 + 𝛽3 (𝐴𝑔𝑟𝑒𝑠 ∗ ln ∆𝑅𝑒𝑐)𝑖,𝑡 + 𝛽4 (𝐷
∗ 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑠 ∗ ln ∆𝑅𝑒𝑐)𝑖,𝑡 + ℰ𝑖,𝑡
Variável dependente: lnΔCVDA
Equação 4
Variáveis independentes
Equação 3 Agressividade fiscal
ETR BTD
Constante (β0) 0,007 0,008 0,009*
lnΔRec (β1) 0,831*** 0,734*** 0,868***
D*lnΔRec (β2) 0,008 0,122** -0,032
Agress*lnΔRec (β3) 0,325*** -2,175***
D*Agress*lnΔRec (β4) -0,384** 2,410**
N 3118 3118 3118
Estatística F 1044 655 615
Prob > F 0,000 0,000 0,000
R² ajustado 77,9% 78,1% 78,1%
Teste de Wald
β1 + β2 0,839*** 0,856*** 0,837***
β1 + β3 1,059*** -1,307***
β1 + β2 + β3 + β4 0,797*** 1,071***
Notas: (1) lnΔCVDA - logaritmo da variação do custo e despesas de vendas e administrativas; lnΔRec
- logaritmo da variação da receita; AgresETR - Effective Tax Rate; AgresBTD - Book Tax Diferences;
e D - dummy de diminuição da receita que assume valor 1 quando a receita da empresa apresenta
diminuição em relação ao período anterior e valor 0 em casos contrários; (2) ***, ** e * significativo nos
níveis 1%, 5% e 10%, respectivamente.
Fonte: Dados da pesquisa.
Os modelos (Equações 3 e 4) foram estimados pelo método dos mínimos
receita. A estimativa de 𝛽̂1 = 0,831, significativo no nível 1%, indica que os custos
inferência.
A soma 𝛽̂1 + 𝛽̂2 = 0,839 apresentou significância estatística e indica que o custo
A Equação 4, por sua vez, testa a captação da variação dos custos em relação
Quando se usa a métrica ETR, a estimativa da soma dos coeficientes 𝛽̂1 + 𝛽̂3
(𝛽̂1 + 𝛽̂2 + 𝛽̂3 + 𝛽̂4 = 0,797) também apresentou relevância estatística e indica que o
menor assimetria nos custos (H1), ou seja, os resultados evidenciados pelo modelo
indicam que CDVA sofre menor variação assimétrica em empresas mais agressivas,
haja vista que a variação relativa ao aumento da receita, capturada pela soma de
𝛽̂1 + 𝛽̂3 (= 1,059) é maior que a variação relativa à sua redução, capturada pela soma
resultados são robustos quando do uso desta métrica para agressividade tributária,
(IFRS). Por isso, foi feita a regressão controlando-se o antes e o após adoção das
agressividade tributária pode ser usada como fonte recursos, com isso, quando a
receita cai esse dinheiro poderá cobrir os custos em excesso, resultado uma relação
para terem maior segurança na tomada de decisão no corte dos custos quando a
receita diminui, isso também traz como resultado que empresas com maior caixa
menor comportamento assimétrico nos custos, pelo fato de que geram maior caixa.
forma imediata, reduzir os custos não utilizados, produzindo, assim, menor assimetria.
32
Capítulo 5
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
têm menor comportamento de custos assimétricos. Para tanto, foram analisadas 404
administrativos aumentam 1,059%. Por outro lado, quando a receita diminui em 1%,
custos.
cai os gestores podem cortar recursos em excesso, o que ocasiona menor assimetria
que pode ser usada como fonte de recursos financeiros, por trazer ao gestor maior
comportamento assimétrico dos custos sejam estudados, por exemplo, a partir das
estratégias usadas pelas empresas para minimizar esses custos. Outra possibilidade
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APÊNDICE