Trabalho Final de HSST FICHA 2.2
Trabalho Final de HSST FICHA 2.2
Trabalho Final de HSST FICHA 2.2
ELECTRICIDADE E TIC'S
21/04/2020
VAMOS LENDO AGUARDANDO
PERGUNATAS.
HSST
PÓS-GRADUAÇÃO
EM
PROJECTO INDIVIDUAL
2013
Avaliação de Riscos – Empresa de Controlo de Pragas
RESUMO
Deste modo foi efetuado o levantamento dos perigos, avaliando os riscos e os controlos
existentes na função de técnico de controlo de pragas afetos aos locais e equipamentos de
trabalho, às condições de ambiente de trabalho, aos fatores ergonómicos e psicossociais.
Os resultados encontrados permitem concluir que a gestão do risco pode ser transformada
se houver compreensão da realidade do trabalho, privilegiando sempre a construção
conjunta de medidas que possam efetivamente contribuir para a segurança dos técnicos
de controlo de pragas na empresa AntonioGuerra – Consultoria de Gestão e Serviços,
Lda.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus colegas da Pós-Graduação em SHT pela partilha de experiências e pela amizade
que perdurou para além do objetivo que nos era comum.
E por ultimo um agradecimento muito especial há minha mulher e meus filhos por todo
o apoio incondicional em mais um desafio e por acreditarem sempre na minha evolução
e sucesso profissional.
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Índice
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 10
1. ENQUADRAMENTO GERAL .......................................................................................... 12
1.1. Âmbito......................................................................................................................... 12
1.2. Objetivo ....................................................................................................................... 12
1.3. Metodologia ................................................................................................................ 13
2. SHT – ENQUADRAMENTO TEÓRICO .......................................................................... 14
2.1. Enquadramento Legal e Normativo ............................................................................ 15
2.2. Obrigação dos Empregadores...................................................................................... 20
2.3. Obrigação dos Trabalhadores ...................................................................................... 21
2.4. Glossário e Conceitos .................................................................................................. 22
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .............................................................................. 25
3.1. Estrutura Organizacional ............................................................................................. 26
3.2. Caracterização do Processo de Gestão ........................................................................ 26
3.3. Caracterização da Função de Técnico de Controlo de Pragas ..................................... 27
4. LOCAIS E EQUIPAMENTOS DE TRABALHO .............................................................. 30
4.1. Locais de Trabalho ...................................................................................................... 31
4.2. Condições de Armazenamento de Substâncias Perigosas ........................................... 31
4.3. Incêndio e Explosões ................................................................................................... 35
4.4. Sinalização de Segurança ............................................................................................ 37
4.5. Higiene e Condições Ambientais ................................................................................ 37
4.6. EPI – Equipamento de Proteção Individual ................................................................ 39
5. RISCOS NO SECTOR DE CONTROLO DE PRAGAS .................................................... 41
5.1. Riscos Químicos.......................................................................................................... 41
5.2. Riscos Físicos .............................................................................................................. 44
5.3. Riscos Mecânicos ........................................................................................................ 47
5.4. Riscos Elétricos ........................................................................................................... 48
5.5. Riscos Biológicos ........................................................................................................ 48
5.6. Riscos Ergonómicos .................................................................................................... 49
5.7. Riscos Psicossociais .................................................................................................... 50
6. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS .......................................................................... 51
6.1. Histórico de Acidentes de Trabalho na Empresa em Estudo ...................................... 54
6.2. Descrição do Processo................................................................................................. 57
6.3. Critérios de Avaliação ................................................................................................. 58
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ANEXOS
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 9: Valores para Índice de Justificação de Controlo do Risco. Freitas (2008) ................. 62
Tabela 11: Avaliação de Riscos dos Locais de Trabalho Exterior. (Fonte: Sérgio Guerreiro) ... 66
..................................................................................................................................................... 67
Tabela 13: Avaliação de Riscos para Incêndios e Explosões. (Fonte: Sérgio Guerreiro) ........... 68
Tabela 14: Avaliação de Riscos para a Sinalização de Segurança. (Fonte: Sérgio Guerreiro) ... 69
Tabela 15: Avaliação de Riscos para as Condições Ambientais de Trabalho. (Fonte: Sérgio
Guerreiro) .................................................................................................................................... 70
Tabela 16: Avaliação de Riscos para os Equipamentos de Proteção Individual. (Fonte: Sérgio
Guerreiro) .................................................................................................................................... 72
Tabela 17: Avaliação de Riscos para Fatores Ergonómicos. (Fonte: Sérgio Guerreiro) ............. 73
Tabela 18: Avaliação de Riscos para Fatores Psicossociais. (Fonte: Sérgio Guerreiro) ............. 74
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LISTA DE ABREVIATURAS
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INTRODUÇÃO
A indústria sempre teve associada a vertente humana, nem sempre tratada como sua
componente preponderante.
Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo
sim importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à
morte dos trabalhadores. Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em que o
valor da vida humana era pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos
Estados de leis que protegessem o trabalhador.
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de
trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os
acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o
fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e
contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuição da
sinistralidade.
A existência de pragas (roedores e insetos, entre outros) gera graves riscos à saúde das
pessoas e riscos de alto potencial às instalações. Em suma, a segurança da qualidade do
trabalho é comprometida.
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Desta forma, a SHT tem-se revelado cada vez mais fundamental para o sucesso
empresarial, na medida em que contribui, não só, para uma redução de acidentes, doenças
profissionais e consequente absentismo, mas também melhora a qualidade de trabalho
dos colaboradores aumentando assim a produtividade e competitividade da empresa.
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uma vez que, se não forem bem conduzidas, ou até inexistentes, as medidas de prevenção
adequadas não serão devidamente identificadas e aplicadas.
É essencial que todas as empresas realizem avaliações regulares na medida em que, todos
os riscos são tidos em consideração (não apenas os que se encontram mais visíveis), é
verificada a eficácia das medidas de segurança adotadas pela empresa, é feito um registo
dos resultados da avaliação e uma proposta de métodos para possíveis melhorias.
1. ENQUADRAMENTO GERAL
1.1. Âmbito
1.2. Objetivo
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1.3. Metodologia
Com base ao recurso do registo fotográfico e de todas estas informações antes descritas
foi possível a elaboração deste projeto, apesar da grande dificuldade na sua realização
que se prendeu com o tempo disponível para a elaboração.
Uma série de abordagens de avaliações de riscos podem ser adotadas, tendo em conta os
seguintes aspetos:
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Seja qual for a abordagem escolhida é essencial que haja consulta e participação dos
trabalhadores para assegurar que os perigos são identificados, não apenas com base em
princípios teóricos, isto é, propriedades de substâncias químicas, partes perigosas de
certas máquinas, estatísticas, mas também através do conhecimento das condições de
trabalho e dos padrões de efeitos adversos sobre os trabalhadores que eventualmente não
foram previstos.
Qualquer local de trabalho é constituído pelas pessoas que nele trabalham, por
equipamentos e materiais, espaço de trabalho e o ambiente envolvente. As pessoas
relacionam-se com todos os outros elementos do posto de trabalho e têm muita influência
sobre eles. São as pessoas que exercem as funções de controlo.
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O equipamento inclui todas as máquinas e veículos no local de trabalho bem como todo
o tipo de equipamento necessário ao desempenho das funções do trabalhador. Se estes
equipamentos não estiverem em boas condições de seguranças, ou não forem adequados,
são uma fonte de potenciais acidentes e perdas. O objetivo principal da segurança do
trabalho é adaptar o homem à máquina, de modo a tornar as funções das pessoas mais
naturais, e evitar fadiga, frustração e sobrecarga.
O espaço de trabalho constitui um fator bastante importante, uma vez que qualquer
mudança por mais simples que seja pode levar a novas situações de perigo. Estas situações
devem ser avaliadas de modo a verificar se não ocorreram alterações na segurança do
local. Os dois fatores mais relevantes no local de trabalho são a ordem e a arrumação. A
segurança do mesmo é inversamente proporcional à sujidade e à desarrumação.
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Serviço interno;
Serviço comum;
Serviço externo.
Para além da atividade da empresa ser considerada uma atividade de risco devido à
armazenagem de produtos químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentes graves,
não existem colaboradores expostos em número suficiente que obrigue a empresa a optar
pelo serviço interno de segurança e higiene no trabalho.
Desta forma, a AntonioGuerra – Consultoria de Gestão e Serviços Lda., optou pela
prestação de serviços externos de Higiene e Segurança no Trabalho.
Evitar os riscos
Avaliar os riscos que não possam ser evitados
Combater os riscos na origem
Adaptar o trabalho ao Homem especialmente no que se refere à conceção dos
postos de trabalho bem como à escolha dos equipamentos de trabalho e dos
métodos de trabalho e de produção, tendo em vista, nomeadamente, atenuar o
trabalho monótono e o trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a
saúde.
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Sendo a satisfação dos requisitos legais uma obrigatoriedade para o desenvolvimento das
respetivas atividades, a organização deve estabelecer uma metodologia para
identificação, acesso, gestão/manutenção/atualização, verificação do impacto nas suas
atividades, distribuição/divulgação de todos os requisitos legais, e outros requisitos
(incluindo normas subscritas pela organização) aplicáveis.
Para a realização deste trabalho, foi efetuado um levantamento dos diplomas que regulam
os aspetos analisados relacionados com a SHST, e que descrevo de seguida.
Decreto-lei n.º 347/93 de 1 de Outubro - Alterado pela Lei n.º 113/99 de 3 de Agosto,
estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde nos locais de trabalho.
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Decreto-lei n.º 128/93 de 22 de Abril - Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva
n.º 89/656/CEE, relativa aos equipamentos de proteção individual.
Decreto-lei n.º 348/93 de 1 de Outubro - Transpõe para o direito interno a Diretiva n.º
89/656/CEE de 30 de Novembro relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde na
utilização de equipamentos de proteção individual.
Decreto-lei n.º 141/95 de 14 de Junho - Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva
n.º 92/58/CEE relativa às prescrições mínimas para a sinalização de segurança e saúde no
trabalho.
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b) Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde das
outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no trabalho,
sobretudo quando exerça funções de chefia ou coordenação, em relação aos serviços sob
o seu enquadramento hierárquico e técnico;
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2 — O trabalhador não pode ser prejudicado em virtude de se ter afastado do seu posto
de trabalho ou de uma área perigosa em caso de perigo grave e iminente nem por ter
adotado medidas para a sua própria segurança ou para a segurança de outrem.
b) Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde das
outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no trabalho,
sobretudo quando exerça funções de chefia ou coordenação, em relação aos serviços sob
o seu enquadramento hierárquico e técnico;
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2 — O trabalhador não pode ser prejudicado em virtude de se ter afastado do seu posto
de trabalho ou de uma área perigosa em caso de perigo grave e iminente nem por ter
adotado medidas para a sua própria segurança ou para a segurança de outrem.
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Análise de Risco - Abordagem que tem como objetivo o levantamento de todos os fatores
do sistema de trabalho homem/máquina/ambiente que podem causar acidentes.
Doença Profissional - Doença incluída na lista das doenças profissionais de que esteja
afetado um trabalhador que tenha estado exposto ao respetivo risco pela natureza da
atividade ou condições, ambientais e técnicas do trabalho habitual.
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Estes inquéritos podem ter como destinatário o Ministério Público junto dos Tribunais de
Trabalho ou dos Tribunais Judiciais. Na sequência, ou por ocasião destes inquéritos,
podem ser utilizados quaisquer outros dos procedimentos inspetivos.
Máquina - Conjunto de peças ou de órgãos ligados entre si, em que pelo menos um deles
é móvel e, se for caso disso, de acionadores, de circuitos de comando e de potência, etc.,
reunidos de forma solidária com vista a uma aplicação definida, nomeadamente para a
transformação, o tratamento, a deslocação e o acondicionamento de um material.
Considera-se igualmente como “máquina” um conjunto de máquinas que, para a obtenção
de um mesmo resultado, estão dispostas e são comandadas de modo a serem solidárias no
seu funcionamento.
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3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Este capítulo permite dar a conhecer a empresa e fazer uma caracterização da mesma
tendo em conta vários aspetos que possibilitaram a realização deste estudo e
posteriormente a aplicação da metodologia. Como tal, é apresentada uma sucinta
descrição da empresa e estrutura organizativa. São também indicadas os postos de
trabalho, os serviços efetuados e respetivos processos bem como a análise de
sinistralidade.
A empresa AntonioGuerra – Consultoria de Gestão e Serviços, Lda., foi fundada no início
de 2013, tendo como principal atividade a consultoria de gestão e serviços. Iniciou a sua
atividade na área da gestão de clientes e controlo de pragas.
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09h00-12h30/14h00-18h00
Gerência
Administrativa
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Os técnicos de controlo de pragas têm que possuir formação adequada, capacidades para
desempenhar funções de armazenamento, manipulação, transporte e aplicação de
inseticidas e rodenticidas. Têm que estar informados sobre o mecanismo de ação dos
produtos químicos sobre as pragas e suas relações com o meio ambiente. Conhecer o
poder residual e a toxicidade dos produtos utilizados, preparar e aplicar produtos
químicos nas suas dosagens. Cumprir todas as normas de segurança e certificar-se de que
todos os equipamentos estejam em plenas condições de uso e disponíveis para a sua
utilização e cumprir a legislação pertinente à atividade.
No Armazém:
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No Exterior:
Os locais de aplicação são escolhidos tendo sempre em conta a proteção dos agentes
externos (animais não alvo e crianças), encontrando-se ainda perfeitamente identificados.
Para a adequada informação à população são colocados painéis informativos nas zonas
em tratamento.
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Neste tipo de atividades e para este tipo de funções é de extrema importância que a
definição do local, ou locais, de trabalho seja bem delineada, bem como os equipamentos
que o trabalhador tem disponível para exercer as suas funções de forma que seja possível
identificar corretamente os fatores de perigo inerentes à função em estudo.
Em termos gerais, esta legislação apresenta matrizes direcionais sobre como se deve
apresentar um local de trabalho em termos da sua estabilidade e solidez, nomeadamente
os pisos devem ser resistentes e construídos de acordo com as atividades que ali se irão
desenvolver.
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As bancadas de trabalho não estão protegidas contra riscos externos como projeções,
queda de objetos, etc.
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Localização;
Materiais de construção;
Mobiliário.
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Estes produtos, conforme já referido, são armazenados num armário isolado e fechado no
interior do armazém (figura nº 5).
Pelo que observei todos os produtos estão bem identificados, apesar de ter reparado que
depois da utilização destes produtos, o seu armazenamento não foi imediatamente
efetuado. Na utilização destes produtos, pelo que observei a generalidade dos técnicos
utiliza os EPI’s adequados, como por exemplo, as luvas e as mascaras.
No que diz respeito às ferramentas existe um armário ferramentaria que se situa junto às
bancadas de separação do produto, estas ferramentas são usadas apenas no armazém. Para
a utilização no exterior (clientes), cada técnico tem uma pasta com ferramentas adequadas
para a função.
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De referir ainda, que alguns dos móveis do armazém que contêm materiais ou objetos não
possuem qualquer indicação do que existe no seu interior.
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A sinalização de segurança tem por objetivo chamar a atenção das pessoas, de forma
rápida e inequívoca, para as situações que, nos espaços onde elas se encontram,
comportem riscos para a sua segurança.
Verifiquei que os sinais de proibição são apenas relativos à interdição de fumar. Apesar
de existir sinalização de perigo de eletrocussão, apresenta-se pouco visível. O quadro está
com algum desgaste, mas corresponde às características de que deve ter um sinal de
perigo, ou seja, amarelo no fundo, simbologia e orlas a preto.
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Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas
diárias. Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso,
dos técnicos de controlo de pragas, que trabalham em contato consecutivo com
substâncias perigosas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para evitar
que o corpo entre em contato direto com essas substâncias.
Físicos
Químicos
Ergonómicos
Psicossociais
Por observação direta, pude facilmente perceber que a estrutura do armazém possibilita a
entrada de luz natural através de duas janelas de grandes dimensões. Nos locais de
trabalho do armazém existe iluminação artificial e natural, a posição dos postos de
trabalho estão dispostos de forma a evitarem os reflexos nas superfícies de trabalho.
A pintura das paredes é de cor clara e baça e a superfície das bancadas são de cor escura
e de materiais baços.
A ventilação dos postos de trabalho é artificial e natural, ou seja, pela abertura das janelas
e da porta de entrada. Esta ventilação é basicamente uma corrente de ar contínua que vai
fazendo as renovações do ar ao armazém. O ar que circula no armazém apresenta quase
as mesmas características do ar que circula no exterior.
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As janelas por vezes estão abertas e quando está muito calor cria correntes de ar não
controladas que incidem sobre os trabalhadores. Assim, se o vestuário não for adequado
e não for confortável termicamente, os técnicos poderão sofrer consequências, por
exemplo: gripe, ou até mesmo ficar de baixa.
Apesar de ser proibido comer nos locais de trabalho, visualizei algumas operadores a
comer dentro do armazém perto do local de trabalho, o que poderá ser um perigo para a
saúde.
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O técnico de controlo de pragas a partir do momento em que entra num local de trabalho
no exterior ou no armazém, utiliza obrigatoriamente, o vestuário de trabalho, o capacete
ou o boné com proteção, botas de biqueira de aço e sola antiderrapante, luvas para
produtos químicos, óculos de proteção para produtos químicos e protetores auditivos.
Apesar dos alertas feitos pela administração aos trabalhadores, verifiquei que há alguns
comportamentos de resistência no que toca ao uso de EPI’s. Um dos técnicos sem luvas
e sem proteção de vias respiratórias no manuseamento de produtos químicos, afirmando
que se torna incomodativo a sua utilização nas tarefas.
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Ao longo deste trabalho iremos falar sobre riscos profissionais o que para mim torna
indispensável referir todos os riscos presentes nos locais laborais a que o trabalhador está
exposto.
São considerados riscos de trabalho todas as situações, reais ou potenciais, suscetíveis a
curto, medio ou longo prazo de causarem lesões aos trabalhadores ou à comunidade, em
resultado do trabalho.
A definição mais genérica de risco é que este representa um valor estimado ou calculado,
da probabilidade da ocorrência de um facto ou da sua gravidade. Em outras palavras, risco
pode ser considerado como a probabilidade da ocorrência de um facto. Podemos também
definir risco como a volatilidade de resultados inesperados, normalmente relacionada a
possíveis perdas ou impactos negativos.
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É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que
podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados
à exposição química inclui, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras
leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão.
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No ar;
Em substâncias e preparados.
No ar encontramos:
Agentes químicos sólidos em suspensão (poeiras, fibras e fumos – normalmente
designadas por pó, apenas distinguíveis quanto ao nível da sua inalação). As suas
ações sobre o organismo humano podem ser, por exemplo, causadoras de lesões
em um ou mais órgãos viscerais, ou de doenças graves nos pulmões, como é o
caso do amianto;
Agentes químicos líquidos em suspensão (aerossóis – gotículas não visíveis - e
neblinas – gotículas visíveis).
Agentes químicos gasosos em suspensão (gases e vapores). Podem causar efeitos
irritantes, inflamando os tecidos com que entram em contacto (por exemplo, o
amoníaco ou o cloro), asfixiantes (casos, por instância, do monóxido de carbono
ou dos cianetos), narcóticos (éter etílico) ou tóxicos (por exemplo, o benzeno).
Substâncias e preparados:
Os agentes químicos agressivos têm três vias de entrada no organismo humano: a via
digestiva, a via percutânea (através da pele) e a via respiratória (através dos pulmões).
A entrada por via digestiva faz-se através da boca e habitualmente é uma ingestão
involuntária, que ocorre por acidente ou descuido.
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Tal pode suceder, por exemplo, quando um produto é trasvazado para outro recipiente
por aspiração, ou quando é armazenado num recipiente ou local destinado a alimentos ou
bebidas.
Mais comum é a ingestão de um agente químico pela boca quando, após a manipulação
desse agente, se levam as mãos à boca para fumar, comer ou mesmo secar os lábios.
No que toca à via percutânea, determinados produtos, principalmente os com
características irritantes ou corrosivas, agem no local de contacto com a pele, as mucosas
ou os olhos.
A via de penetração mais comum é a respiratória, uma vez que os agentes poluentes
podem estar misturados com o ar que respiramos, como já observámos acima, penetrando
nos pulmões em simultâneo com o ar inspirado.
A avaliação dos riscos deverá ser reexaminada sempre que se registem alterações aos
processos de trabalho, sejam introduzidas novas substâncias químicas ou adaptados
processos, em caso de acidentes ou problemas de saúde, bem como periodicamente para
assegurar que os resultados da avaliação permanecem válidos.
Uma vez aplicada uma medida de controlo a um processo, a sua eficácia deverá ser
controlada.
Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos limites de tolerância, atinge-se
facilmente o incómodo e a irritação determinando muitas vezes o aparecimento de
cansaço, a queda de produção, falta de motivação e desconcentração.
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Avaliação de Riscos – Empresa de Controlo de Pragas
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas,
características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.
Ruído - Quando um de nós se encontra num ambiente de trabalho e não consegue ouvir
perfeitamente a fala das pessoas no mesmo recinto, isso é uma primeira indicação de que
o local é demasiado ruidoso. Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som
que causa sensação desagradável ao homem.
Sem medidas de controlo ou proteção, o excesso de intensidade do ruído, acaba por afetar
o cérebro e o sistema nervoso.
Em condições de exposição prolongada ao ruído por parte do aparelho auditivo, os efeitos
podem resultar na surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o trabalhador com
dificuldades para se relacionar com os colegas e família, assim como dificuldades
acrescidas em se aperceber da movimentação de veículos ou máquinas, agravando as suas
condições de risco por acidente físico. Não foi feito medição ao ruído por não haver
equipamento para esse efeito. No entanto, as condições de trabalho relativamente ao ruído
são muito reduzidas.
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Humidade relativa do ar
Velocidade e temperatura do ar
Calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente)
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Ao falarmos em riscos elétricos para as pessoas, temos de ter muito presentes dois
conceitos fundamentais: electrocução - um choque elétrico que origina um acidente
mortal – e eletrização - um choque elétrico que não causa um acidente mortal, mas que
pode originar outro tipo de acidentes, com consequências que podem ser mais ou menos
graves.
A distância que vai entre a electrocução e eletrização depende de muitos fatores. Assim,
os efeitos da corrente elétrica variam de acordo com:
O tempo de passagem;
A intensidade;
A frequência;
O percurso através do corpo;
A capacidade de reação da pessoa.
Deste modo, em baixa tensão, a morte é sobretudo condicionada pela Acão local da
quantidade de eletricidade que atinge o coração. Em alta tensão, por sua vez, a morte
surge devido à extensão das queimaduras.
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Avaliação de Riscos – Empresa de Controlo de Pragas
Os riscos biológicos também podem ter origem no contacto com os resíduos alimentares,
nas pragas urbanas, por acumulação de sujidade e através do ar contaminado.
Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele, são
responsáveis por algumas doenças profissionais, podendo dar origem a doenças menos
graves como infeções intestinais ou a simples gripe, ou mais graves como a hepatite,
meningite ou Sida.
A verificação da presença de agentes biológicos em ambientes de trabalho é feita por
meio de recolha de amostras de ar e de água, que serão analisadas em laboratórios
especializados.
Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e
o seu ambiente de trabalho.
Verifica-se que algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados às
características do operador, quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer no
espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais que utiliza nas suas funções.
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é
a prevenção, o que pode ser conseguido a partir de:
Rotação do pessoal
Intervalos mais frequentes
Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos
Exames médicos periódicos
Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres.
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Quando ocorre um desequilíbrio entre as interações de, por um lado, o trabalho, o seu
ambiente, a satisfação no trabalho e as condições da sua organização e, por outro lado, a
capacidade do trabalhador, as suas necessidades, a sua cultura e a situação pessoal fora
do trabalho, aparece o risco de origem psicossocial.
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A avaliação de riscos é o processo que mede os riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É uma análise sistemática de
todos os aspetos relacionados com o trabalho, que identifica aquilo que é suscetível de
causar lesões ou danos, a possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o
caso, as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir, para
controlar os riscos EU-OSHA. (2008).
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Na fase da identificação dos perigos deve ser recolhida toda a informação ligada a
atividade, função ou equipamento a analisar (legislação, manuais de instrução de
máquinas, fichas de dados de segurança de produtos químicos, processos e métodos de
trabalho, dados estatísticos, depoimentos de trabalhadores, entre outros).
Além das informações anteriormente citadas, deve-se também recolher informações das
pessoas que estão expostas ao perigo, tais como os trabalhadores, as empresas
subcontratadas, fornecedores, população a redor, entre outras.
Com base nos dados recolhidos deve-se proceder à estimativa dos riscos, que pode ser
feita de forma quantitativa ou qualitativa, devendo esta ser valorada conjuntamente com
a probabilidade da ocorrência bem como a gravidade, que também pode ser interpretada
como as consequências para o meio envolvente em caso de ocorrer acidente.
A valoração dos riscos é a fase particularmente mais complexa para o TSHST, uma vez
que depende do juízo de valor que irá ser feito dos perigos identificados.
Para isto é importante comentar o conceito de aceitabilidade do risco, que corresponde ao
ponto onde todas as ações para a eliminação do risco foram tomadas sem no entanto
eliminá-lo completamente ou simplesmente as medidas de correção têm inconvenientes
que interferem no processo ou na prática de difícil aplicação.
Existem vários métodos disponíveis para se levar a cabo uma avaliação de risco. Em
termos gerais, podemos distinguir entre métodos qualitativos e quantitativos mas é
necessário também ter em conta os dados disponíveis, os tempos de exposição às
situações perigosas e a complexidade das instalações/equipamentos e das tarefas
desempenhadas. Acontece ainda, também, que, correntemente, as organizações de
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menores dimensões ou mais simples são também aquelas que possuem menos dados
disponíveis. É o caso desta organização que serve de base a este estudo.
No nosso caso é, contudo, muito importante ter em conta os tempos de exposição dos
trabalhadores aos fatores de risco. Assim, tendo em conta a escassez de dados e
pretendendo incluir o tempo de exposição, optou-se pelo recurso ao método de William-
Fine.
Este método tem como objetivo estabelecer prioridade, integrando o grau de risco com a
limitação económica. Por meio dele, o departamento de higiene e segurança no trabalho
pode projetar o "time" de implementação, o esforço e a previsão de verba, de acordo com
o nível de perigosidade de cada risco.
Tal sistema de prioridade está alicerçado em uma fórmula simples, que calcula o perigo
de cada situação, e tem como resultado o Grau de Perigosidade - GP. Este grau determina
a urgência da tomada de decisão, ou seja, se o risco deve ser tratado com maior ou menor
brevidade.
A) Grau de Perigosidade - GP
B) Índice Justificação - IJ
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Para que possam ser mensurados e projetados, os três fatores possuem uma escala de
valores, numérica, que está baseada na experiência e no juízo de William T. Fine. A
fórmula do GP é:
GP: C x E x P
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compareceu ao serviço por sentir fortes dores no joelho. O trabalhador não chegou a entrar
de baixa, mas ficou ausente do serviço por dois dias.
Com base na análise do caso ocorrido, percebe-se que o acidente se deveu a causas mais
ligadas ao fator humano da profissão, ou seja, na altura do acidente o trabalhador não
estava a usar os EPI’s devidos (sapato com proteção e sola antiderrapante).
N.º de trabalhadores;
N.º de acidentes (com baixa, incluindo mortais e sem baixa);
N.º de dias perdidos por acidentes de trabalho;
N.º de horas de exposição ao risco ou no de horas de trabalho.
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O índice de frequência indica quantos acidentes com baixa, incluindo os mortais, ocorrem
em cada milhão de horas/homem de trabalho realizadas (representa aproximadamente o
trabalho de um ano para cerca de 500 trabalhadores). Este índice sugere a probabilidade
do risco e por definição, o cálculo é feito de acordo com a seguinte fórmula:
O índice de gravidade indica o número de dias perdidos por acidente de trabalho por cada
milhão de horas/homem de trabalho realizadas. Este índice exprime a severidade do dano
e calcula-se da seguinte forma:
O índice de incidência representa o n.º de acidentes com baixa, incluindo os mortais, que
em média ocorrem por cada mil trabalhadores. É particularmente útil quando não se
conhece o n.º de horas trabalhadas. Este índice traduz a ideia de extensão do risco, dado
representar o número de lesões com baixa por cada mil trabalhadores.
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Por vezes utiliza-se ainda um índice combinado, o Índice de Avaliação da Gravidade que
tem como significado o número de horas perdidas, por acidente com baixa, por cada mil
horas trabalhadas e é definido pela seguinte expressão:
IAG IF x 1.000
IG
Bom 20 a 40 0,5 a 1
Médio 40 a 60 1a2
Armazém
Locais de trabalho no exterior
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MATERIAIS E
TRABALHADORES
ETAPAS TAREFAS PRODUTOS RISCOS POSSÍVEIS
EXPOSTOS
UTILIZADOS
Ergonómico
Queda de Objetos
Físico
Substância Perigosas
Stress Térmico
Ruído
Decorre também do artigo 240.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho, que regulamentou o
Código do Trabalho, que uma das atividades principais dos serviços de segurança, higiene
e saúde no trabalho, independentemente da modalidade de organização adotada (interna,
externa ou interempresas), consiste na identificação e avaliação dos riscos para a
segurança e saúde nos locais de trabalho.
No entanto, a lei não indica a metodologia a adotar nesta identificação e avaliação, o que
significa que compete ao técnico superior de segurança e higiene do trabalho a escolha
do método que considere adequado face à realidade que pretende avaliar.
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Assim, para a estimativa do risco neste trabalho, teve-se por base o método William-Fine,
pois esta metodologia aplica-se na avaliação de riscos industriais sempre que o tempo de
exposição ao risco é considerado uma característica importante. Com a identificação de
riscos efetuada, o método de avaliação de riscos a utilizar é aquele que melhor se adequa
ao sistema em análise.
O método William-Fine permite avaliar os riscos sempre que o tempo de exposição dos
trabalhadores à situação de risco consistindo numa característica importante no sistema.
Este método parte do conceito geral para determinar o grau de perigosidade de um risco,
determinado pela seguinte expressão:
Nesta metodologia considera-se que o Grau de Perigosidade (GP) é função dos Fatores
de Probabilidade, Exposição e Consequência.
GP = P x E x C
Incapacidade Permanente
Lesões graves 15
Perdas> = 1.000 e <100.000 €
Incapacidade temporária
Lesões com Baixa 5
Perdas <1.000 €
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GP
Actuação
Magnitude Classificação do Risco
Correctiva
do Risco
Suspensão
Superior a imediata da
Grave e iminente
400 actividade
perigosa
> 201 e < Correcção
Alto
400 imediata
Correcção
> 71 e < 200 Notável necessária
urgente
Não é urgente,
> 20 e < 70 Moderado mas deve
corrigir-se
Pode omitir-se a
Inferior a 20 Aceitável
correcção
Acima de 2.500 € 10
De 1.250 a 2.500 € 6
De 675 a 1.250 € 4
De 335 a 675 € 3
De 150 a 335 € 2
De 75 a 150 € 1
Menos de 75 € 0,5
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Como vantagens podemos referir o facto de ser um método relativamente simples, fator
preponderante para a sua escolha para aplicação nesta avaliação de riscos, permite
identificar prioridades de intervenção através da identificação dos principais riscos e
possibilita que seja feita uma sensibilização aos diferentes elementos da organização de
acordo com o desenvolvimento do método, podendo colaborar-se à priori na aplicação do
método. Carvalho, F. (2007)
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produtos que são inflamáveis ou nocivos, dentro do armazém. Basta uma pequena faísca
ou a mistura de outro produto incompatível para um pequeno incêndio se formar e as
consequências são imprevisíveis. Para evitar estas situações sugiro o seguinte:
ARMAZÉM
Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Consequências
Peso a Nível de 5 6 1 30 1 2 15 A1
Costas
Queda de Fraturas e
5 5 3 75 2 2 19 A2
Mercadorias Escoriações
Movimentação
de Mercadoria Piso
Queda 1 6 3 18 1 1 18 A3
Escorregadio
Ferramentas
Queda ao
por cima de 1 6 6 36 2 1 18 A4
mesmo nível
moveis
Produtos Intoxicação
15 10 6 900 3 1 300 A5
Químicos Queimadura
Preparação dos
Produtos Material não
Queda A6
Arrumado 5 5 3 75 2 1 38
A1 - Limitar a carga e evitar pesos numa mão só. Formação sobre movimentação manual
de cargas. Apesar dos equipamentos estarem disponíveis, é de fácil perceção que os
trabalhadores, sempre que possível, utilizam a força das mãos e corpo para movimentar
objetos pesados. Deve ser promovida uma rotação maior de trabalho para que a exposição
a estes riscos ergonómicos.
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A4 - A bancada e os armários existentes devem ser arrumados para que haja espaço para
todas as ferramentas e objetos, no projeto sugerido para a restruturação dos espaços de
trabalho pode-se ter em consideração a arrumação com locais identificados e pré-
definidos.
A5 - Uso de luvas de proteção para produtos químicos, farda e mascaras para o mesmo
fim. As luvas na maioria das vezes são usadas, no entanto, nem sempre são as mais
corretas para o trabalho a realizar. Com a utilização dos EPI,s recomendados no
manuseamento dos inseticidas e rodenticidas, os técnicos ficam protegidos contra
intoxicações e queimaduras. Compra de um armário próprio para armazenamento de
materiais inflamáveis. Como são utilizados em quantidades pequenas que nem sempre
são totalmente gastos, devem ser guardados num armário com características especiais
para o efeito, reduzindo assim os riscos de acidente.
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Relacionamento Falhas na
Psicossocial 1 10 1 10 1 1 10 B1
Clientes comunicação
Produtos Intoxicação
15 10 3 450 2 2 113 B2
Aplicação e Químicos Queimadura
manuseamento
de produtos
Cansaço e
químicos Ruído 5 6 0,5 15 1 2 8 B3
perda auditiva
Tabela 11: Avaliação de Riscos dos Locais de Trabalho Exterior. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
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Armazenamento
de substâncias Intoxicação,
Contacto com
nocivas e/ou Queimadura,
substâncias 15 10 6 900 3 2 150 C1
inflamáveis Irritação,
nocivas
dentro do Alergias
armazém
Contacto dos
Ingestão de Intoxicação,
alimentos com
alimentos no Queimadura,
as mãos sujas 15 10 6 900 2 1 450 C2
local de Irritação,
ou superfícies
trabalho Alergias
contaminadas
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INCÊNDIO E EXPLOSÕES
Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Corte de alguns
materiais
Faíscas Incêndio 5 5 3 75 1 2 38 D1
metálicos com a
retficadora
Tabela 13: Avaliação de Riscos para Incêndios e Explosões. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
D1 – A retificadora é utilizada com frequência para cortar e rebarbar alguns metais que
são aplicados na estação rateira. Esta tarefa é inevitável, mas é de extrema importância
que seja manipulada de forma que as faíscas originadas não provoquem um incêndio, para
isso deverá realizar-se estes trabalhos apenas em local adequado, numa zona afastada dos
materiais combustíveis. E também não descurar a presença dos seguintes EPI´s: óculos
de segurança, botas de biqueira de aço, luvas, capacete, máscara e protetores auriculares.
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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Sinalização
Sinalização Eletrocução 1 6 0,5 3 1 2 2 E1
pouco visível
Tabela 14: Avaliação de Riscos para a Sinalização de Segurança. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
O risco identificado foi classificado como de grau moderado quanto ao seu fator de risco,
o que indica que medidas devem ser tomadas em relação a este risco, mas sem cariz de
urgência.
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Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Fundidas,
Iluminação
sujas, e sem Fadiga visual 1 6 0,5 3 1 2 2 F1
Luminárias
proteção
Ventilação Concentração
Doenças
manual dos de Poeiras ou
profissionais, 5 10 6 300 2 1 150 F2
postos de substâncias
intoxicações
trabalho químicas
Perda de água
corporal, perda
Temperaturas Desconforto de sal,
1 10 3 30 1 1 30 F3
adversas térmico aumento da
frequência
cardíaca
Físico e
Exposição ao Efeitos psíquico,
1 10 3 30 2 1 15 F4
ruído negativos lesões a nível
auditivo
Tabela 15: Avaliação de Riscos Condições Ambientais de Trabalho. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
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Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Calçado Quedas e G1
antiderrapante Não utilização esmagamento 5 10 6 300 2 1 150
e com proteção dos pés
Lesões graves
Protetor
Não utilização ao nível 5 6 3 90 2 2 23
auditivo
auditivo
Lesões
Fato de
cutâneas
proteção para
Não utilização graves, 5 10 6 300 2 1 150
produtos
queimaduras e
químicos
intoxicações
Tabela 16: Avaliação de Riscos Equipamentos de Proteção Individual. (Adaptado (Guerreiro, 2012))
Os riscos identificados foram classificados de grau elevado quanto ao seu fator de risco,
indicando que medidas urgentes devem ser tomadas. A resistência dos trabalhadores na
utilização dos EPI,s é grande, mesmo com a insistência para o seu uso pela administração.
Constatei que todos os trabalhadores têm os EPI,s necessários para a realização dos
trabalhos. No entanto, segundo as minhas observações alguns trabalhadores continuam a
não utilizar os EPI’s. A minha proposta de melhoria é a seguinte:
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FATORES ERGONÓMICOS
Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Lesões
músculo-
Peso excessivo
esqueléticas 5 4 3 60 1 3 20 H1
dos objetos
ao nível da
região lombar
Manuseamento
de Objetos
Lesões
músculo-
Posturas
esqueléticas 1 6 3 18 1 3 6 H2
incorretas
ao nível da
região lombar
Tabela 17: Avaliação de Riscos para Fatores Ergonómicos. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
H2 – É necessário que seja feita uma rotação com mais frequência entre os técnicos para
diminuir a exposição dos mesmos aos riscos ergonómicos.
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FATORES PSICOSSOCIAIS
Medidas
Tarefa Perigo Risco C E P GP FC GC IJ
Corretivas
Inexistência de
avaliação Desmotivação 5 6 1 30 2 2 8 H2
pessoal
Tabela 18: Avaliação de Riscos para Fatores Psicossociais. (Adaptado de (Guerreiro, 2012))
O risco identificado foi classificado de grau moderado, o que indica que não é de caracter
urgente, mas devem ser tomadas medidas em relação ao risco.
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7. CONCLUSÃO
O estudo efetuado permitiu concluir que os riscos classificados como importantes são
essencialmente originários na movimentação manual de cargas, a diferença de ambientes
térmicos e a utilização de substâncias perigosas são os perigos mais comuns nas duas
áreas de trabalho.
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8. BIBLIOGRAFIA
GREEN, J. (1997). Risk and misfortune: The social construction of accidents. Routledge,
London;
Manuais consultados:
Sites Consultados:
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9. ANEXOS
Serviços internos
Serviços entre empresas
Serviços externos X
Existe uma organização interna que assegure
as atividades de primeiros socorros, de
2 X
combate a incêndios e de evacuação de
trabalhadores em situação de perigo grave?
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A organização é possuidora de um
procedimento para recolher reclamações dos
16 X
trabalhadores relacionados com a segurança e
saúde?
INSTALAÇÕES DE TRABALHO
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ILUMINAÇÃO
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Outros
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RUÍDO E VIBRAÇÕES
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SINALIZAÇÃO E MARCAÇÃO
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RISCOS ELÉCTRICOS
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6 Estão afixadas? X
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RISCOS BIOLÓGICOS
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RISCOS QUÍMICOS
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DL 82/2003
Nº Condições a Verificar Sim Não N/A Observações
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Armazém
Escritório
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FICHA DE SEGURANÇA
VEBITOX FACUM PARAFINADO
(DE ACORDO COM O REG. CE Nº 1907/2006) Reg. DGS Nº
956 S
Empresa:
VE.BI s.a.s.
Via Desman, 43
Sineiro C.I.
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Tel. 233418637
Fax 233418638
Email essin@netcabo.pt
Substância com perigos para a saúde de acordo com a directiva 67/548/CEE e sucessivas
alterações segundo as quais existem limites de exposição identificadas:
Brodifacoum 0.005%
Simbolos : T+ N
Frases R : 27/28-48/24/25-50/53
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Não tratar com substância alguma, pela via oral, pessoas em estado de inconsciência.
4.1 Contacto com a pele: lavar imediatamente a zona em questão com água e sabão.
4.2 Contacto com os olhos: lavar imediatamente com água abundante, de preferência
corrente, as pálpebra abertas, durante pelo menos 15’; se o congestionamento ou mal estar
persistirem, consultar um oftalmologista. Não ministrar pomadas ou substâncias de género
algum, antes de consultar um médico oftalmologista.
4.4 Inalação: não aplicável uma vez que o preparado não liberta gases.
Nota para o médico: o preparado contém um anticoagulante, cujo efeito pode permanecer ao
longo do tempo.
MEDIDAS ANTI-INCÊNDIO
Extintores recomendados: Em caso de incêndio usar CO2, espuma, pó químico
Extintores proibidos: Nenhum em
particular Risco de combustão:Evitar
respirar os fumos.
Precauções ambientais: Evitar que o produto caia em cursos de água, escoamento de águas ou
que penetre no solo; em caso de acidente em alguma destas circunstâncias, avisar as
autoridades competentes.
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MANIPULAÇÃO E ARMAZENAMENTO
Precauções no manejo do produto: Usar da máxima cautela na manipulação do
produto.Durante o trabalho não comer, não beber, não fumar.
ESTABILIDADE E REACÇÕES
Condições a evitar: Estável em condições normais. Evitar exposição a temperatura > 40°C
Substâncias a evitar: Nenhuma.
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INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA
Não estão disponíveis dados toxicológicos sobre o preparado enquanto tal. Tenha-se, no
entanto, presente a concentração da substância afim de avaliar os efeitos tóxicos derivados de
exposição ao preparado.
INFORMAÇÃO ECOLÓGICA
Utilizar segundo a boa prática profissional, evitando disperção do produto no meio ambiente.
Brodifacoum 0.005%
Ecotoxicidade
• Peixes: Com uma dose de 10 mg/l, durante as 96 h de observação, não sobreveio
qualquer sintoma tóxico, nem nenhuma morte (BIOLAB)
• Algas: Com uma dose de 10 mg/ml não se encontraram diferenças no
crescimento das algas (BIOLAB)
• Dafnia: CL50 > 10 mg/l (BIOLAB)
Mobilidade
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O princípio activo tem coeficiente de absorção Koc= 912; classificação: imóvel (Technical
Report nº
1 14/07/1997CHEMSERVICE)
Persistencia e degradabilidade
O princípio activo é pouco degradável.
Potencial de concentração
O princípio activo tem um Log Pow = 10.000 (Study CH-14/96-B CHEMSERVICE)
RESÍDUOS
O transporte deste produto NÃO ESTÁ SUJEITO às normas dos «produtos perigosos».
INFORMAÇÃO LEGAL
OUTRA INFORMAÇÃO
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data:
1. RELATÓRIO DO ACIDENTE
DADOS DO SINISTRADO:
DADOS DO ACIDENTE:
Como ocorreu:
Lesões visíveis:
Testemunhas oculares:
Nº __|__|__|__
Nº __|__|__|__
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data:
Tipo de lesão: Leve (s/ baixa) Grave (> 1 dia baixa) Muito Grave (> 30 dia baixa) Morte
2. CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data:
CAUSAS DO ACIDENTE:
HUMANA MATERIAL
Data conclusão:
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data:
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data:
Relatório nº
Relatório de Acidente
Data: