Os Tres Primeiros Periodos Da Igreja
Os Tres Primeiros Periodos Da Igreja
Os Tres Primeiros Periodos Da Igreja
Introdução
A identidade de um povo é construída pelo conjunto de características sociais, morais, éticas,
pessoais, religiosas e culturais agrupadas num processo histórico que se perpetua pela
transmissão de uma geração a outra, através dos meios possíveis ( Dt 6:6-9; Js 4:1-7; Pv 22:28 ).
Investigar o desenvolvimento das ocorrências na história mundial/local da igreja é descortinar a
sua trajetória evangelística e missionária bem como suas lutas e vitórias através dos séculos.
O presente trabalho intitulado Historia da Igreja ira abordar os três grandes períodos da mesma
nomeadamente Igreja Apostólica, Igreja Perseguida e igreja Imperial.
2. PRIMEIRO PERÍODO: A IGREJA APOSTÓLICA
O Primeiro Período da História da Igreja é considerado desde a ascensão de Jesus aos céus até
à morte do discípulo amado, João. Portanto, a era apostólica deu-se de 33 d.C. a 100 d.C.
Sob a liderança do Apóstolo Pedro, e mais tarde Apóstolo Tiago (irmão de Jesus) os Apóstolos e
outros discípulos de Jesus difundiram o Cristianismo a todas as partes do mundo, começando por
Jerusalém (At 1:8).
2.5. A ERA SOMBRIA (do martírio de Paulo até a morte de João 68 a 100 d.C)
A última geração do primeiro século, a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamou-se de "Era
Sombria", em razão das trevas da perseguição estarem sobre a igreja.
Nesse momento foram escritos os últimos livros do NT.
Domiciano (80 d.C) proibiu totalmente o culto cristão e renovou o decreto que
obrigava todos a cultuarem o imperador.
Nesta fase as igrejas da Ásia muito sofreram vitimando por exemplo o apóstolo João, que foi
enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeiro de óleo fervendo.
Escapou milagrosamente, sem dano algum.
A perseguição atingiu seu paroxismo com um édito de 304 que prescrevia um sacrifício geral
em todo o Império, sob pena de morte ou condenação a trabalhos forçados nas minas.
Desejoso de se reconciliar com os cristãos, o imperador Galério, doente, assina em seu leito
de morte um primeiro édito de tolerância em 30 de abril de 311, que pôs fim à mais cruel, e
praticamente última, das perseguições que o império romano moveu contra a igreja.
O Édito de Milão suspendeu as interdições que pesavam sobre a comunidade cristã.
As igrejas locais tiveram devolvido os bens sequestrados, mesmo aqueles que haviam sido
vendidos a particulares.
Com a fundação da “Nova Roma” – Constantinopla, o imperador buscou excluir toda a
presença do paganismo. Só o cristianismo teria direito de reconhecimento formal.
O Édito de Tessalónica, também conhecido como Cunctos Populos ou De Fide Catolica foi
decretado pelo Imperador Romano Teodósio I a 27 de fevereiro de 380 d.C. pelo qual
estabeleceu que o cristianismo tornar-se-ia, exclusivamente, a religião de estado,
no Império Romano, abolindo todas as práticas politeístas dentro do império e fechando
templos pagãos.
3. Ebionismo ("pobres")
Para os ebionitas Jesus era um simples ser humano, um profeta. Ensinavam que por
ocasião do batismo Cristo desceu sobre Jesus, mas subiu outra vez antes da sua
crucificação. É o embrião da doutrina cristológica das Testemunhas de Jeová.
Negavam desta forma a divindade de Jesus.
Para os ebionitas é necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Deus,
inclusive ao mandamento de fazer a circuncisão.
Os gentios que se convertem a Deus devem fazer a circuncisão, e devem obedecer a todos
os mandamentos da Lei de Deus.
3.4. OS APOLOGISTAS
1. Justino, o Mártir (100 – 165) Um grego natural da palestina, levou sua vida viajando
como os filósofos de então, ensinando o cristianismo como filosofia perfeita. Foi
decapitado no ano 165 d.C.
2. Tertuliano (160 – 220) Advogado cartaginês, já em meia-idade, convertido ao
Cristianismo, era portador de dons extraordinários. Possuía pensamento agudo,
linguagem vigorosa. Em muitos escritos refutou falsas acusações contra os cristãos e
o Cristianismo.
4.6. HERESIAS
1. Arianismo
Fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egito.
A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como divindade.
Para eles Cristo era uma criatura elevada, por ser filho de Deus, mas CRIATURA.
A Igreja estava ainda em processo de discussão de suas doutrinas e dogmas.
Um dos principais assuntos nessa época era a existência da Trindade, ou seja, o mistério de Deus
Uno e Trino ao mesmo tempo.
Diante desta situação foi realizado o primeiro concílio ecumênico da história, convocado pelo
imperador Constantino, em 325. Teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a
cristandade causados pelo arianismo.
2. Apolinarianismo
Nascido por volta de 310, este bispo de Laodicéia ensinava que, na encarnação, o logos de Deus
veio a ocupar o lugar da psique humana, restringindo assim a humanidade de Jesus ao corpo
físico.
A doutrina de Apolinário foi condenada pelo Concílio de Constantinopla em 381 a.C.
Esta heresia do IV século ensinava que o Filho de Deus não assumiu por completo a natureza
humana, e que o processo de encarnação limitou-se a induzir o Logos a ocupar o lugar da psique
de Jesus. Segundo tal doutrina, Jesus não passaria de meio homem e meio Deus.
Nota: Hoje em dia existem diversas seitas que subtraem algo da pessoa de Jesus, seja sua
natureza humana ou divina.
Por exemplo:
A Maçonaria diz ser Jesus somente mais um fundador de religião, ao lado de diversos
outros "grandes homens".
A LBV (Legião da Boa Vontade) subtrai de Jesus sua natureza humana, dizendo que
este possuiu apenas um corpo aparente ou fluídico; também negam a divindade,
afirmando que Ele não é Deus, tampouco afirmou sê-lo.
Testemunhas de Jeová dizem que Jesus é um anjo. Seriam Jesus e o Arcanjo Miguel as
mesmas pessoas.
Os Kardecistas dizem que Jesus foi um médium de Deus.
3. Pelagianismo
Promovida por Pelágio, clérigo britânico do século IV, sustenta basicamente que todo
homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita
da graça divina.
Pois todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem
qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar.
Agostinho combateu o pelagianismo defendendo que o pecado original de Adão foi
herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a
habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar.
Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão.
O resultado dessa discussão teve fim no ano de 529, no Concílio de Oranges, e a Igreja deu razão
a Santo Agostinho.
Pelágio por sua vez, não abriu mão da sua crença herege e por isso acabou sendo excomungado
junto com muitos de seus seguidores.
5. Conclusão.
Após a pesquisa dos três grandes períodos da igreja, pude perceber que no decorrer dos anos, a
Igreja cresceu de forma exponencial através da poderosa mão de Deus. Desde os primeiros 100
anos do cristianismo conhecido como a era apostólica e seus desafios, ela crescia e propagava-se
principalmente com os Cristão Judeus na diáspora.
Mesmo em meio as perseguições, em meio as mais cruéis formas de torturas contra aqueles que
professavam a fé em Cristo, vimos como se deu sua expansão.
O terceiro período marcou a aparente vitória da igreja, porém vimos aqui o fracasso desta
instituição paganizada, o momento em que a pseudo igreja entrou por outro caminho, de
perseguida para perseguidora.
6. Bibliografia.
Apostila de História da Igreja I – Curso Médio em Bíblia e Teologia leccionado pelo
Instituto Bíblico África Desperta – Nampula – Moçambique
Bíblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Eduardo Chaves - Breve História da Igreja: dos primórdios à atualidade.
Jesse Lyman - Os Seis Períodos Gerais da História da Igreja.