Temas Do Querigma

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TEMAS DO QUERIGMA

(CF. “IDE EVANGELIZAR” - de J. Prado Flores)

O AMOR DE DEUS

Objetivo do Tema: crer e experimentar o amor pessoal e incondicional


de Deus.

A – Deus ama você pessoalmente, porque é seu Pai.


(Is 43,1)... chamei pelo teu nome: tu és meu “
(Jr 31,3) “Eu te amei com amor eterno”
Deus não nos ama pelo que nós fazemos, mas pelo que Ele é.
“como um pai é compassivo com seus filhos, Javé é compassivo com
aqueles que o temem
“(Sl 103,13) Deus é amor: (1 Jo 4,8)

B – Deus ama você incondicionalmente, porque Ele é Amor


“Deus é Amor” (1 Jo 4,8) ; Is 49,15
Deus não lhe impõe nenhuma condição para amar você. Ele ama você
como você é neste momento: não importa o que você tenha sido ou o
que você é no presente. Não importa que você tenha pecados, vícios,
defeitos. Deus ama você como você é. Deus ama você
incondicionalmente. O amor de Deus para com você não muda, porque
Ele é sempre fiel. Uma coisa Deus não pode fazer: é deixar amar você,
mesmo que você esteja em pecado.
“Os montes podem mudar de lugar e as colinas podem abalar-se, mas
meu amor não mudará” (Is 54,10). Deus não ama você pelas suas
qualidades, mas com as qualidades que você tem.

C - Deus quer o melhor para você porque você é Seu filho.


Deus ama você como você é, mas não quer deixar você assim como
você está. Ele quer algo muito melhor para você. Ele quer o melhor para
você. Ele tem um plano que fez para você, com toda sabedoria e amor.
. Ele nos criou à sua imagem e semelhança
. Ele nos criou em harmonia perfeita
com Ele – uma relação pessoal e perfeita
com os outros : relações de justiça e caridade
com nós mesmos – segurança, paz e domínio próprio
com toda criação – sendo livres e não escravos das coisas deste mundo
encheu nos de felicidade com sua alegria, paz e união.
D - Deus tomou a iniciativa de amar você
Deus ama você. E a única coisa que lhe pede é que você creia no Seu
amor, que creia Nele, confie no plano Dele mais que no seu.
Deus nos pede que nos deixemos amar por Ele.
Espera que você manifeste que quer experimentar o amor dele por
você.
Foi Deus quem nos escolheu primeiro (Jô 15,16). Ninguém pode amá-lo
sem antes experimentar o Seu amor. Não se trata de que nós
intentemos chegar a Ele, mas que nos deixemos alcançar por Ele. São
Paulo foi alcançado por Ele. Não resistiu: “Senhor, que queres que eu
faça”?

O PECADO

Objetivo do tema: sermos convencidos (não acusados) de pecado.


Nosso pecado é a causa de todos os males.
Questionamentos:
1. Se Deus nos ama, então, porque, a nível pessoal, vivemos com
tantas inseguranças, temores, invejas, insatisfações, desequilíbrios
emocionais, desespero, angústia, tristeza e limitações, e não
experimentamos Seu amor?
2. Se Deus nos ama, então por que, a nível comunitário, as famílias se
desintegram, os filhos se rebelam contra os pais, há lutas de gerações,
competições e ódios de uns para com outros?
3. Se Deus nos ama, por que, a nível social, não vivemos o maravilhoso
plano de amor, de justiça e paz? Por que há guerra, há fome, há
pobreza, há discriminação, há injustiça, há opressão.
4. Se Deus nos ama, por que não experimentamos esse amor? Pro que
nosso mundo não é um paraíso onde se viva em harmonia, justiça e
paz?

A – O problema – Qual é o problema? – Deus no diz, em sua palavra:


“Sendo que todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus”
(Rm 3,23).
O que impede que em nosso mundo se manifeste o amor de Deus e se
realize o Seu plano de felicidade, paz e união chama-se pecado. O
pecado é a causa de todos os males que afligem a humanidade.
Desde que no paraíso satanás enganou a nossos primeiros pais,
fazendo-os crer que eles alcançariam a felicidade por suas próprias
forças, começou todo o desastre em que vivemos: o homem se afastou
de Deus, fonte de vida. E começaram os ódios, os rancores, os
ressentimentos.
O problema é que somos pecadores, afastados do amor de Deus. O
pecado não é algo que possamos impedir que entre em nós, porque sai
do fundo de nosso próprio ser (Mc 1, 14-15). Nós manifestamos frutos
de pecado porque nossa raiz, o coração, é pecado (Ex. do limoeiro).
Nós somos pecadores, e, precisamente por isso, pecamos. Porque
nossa raiz é de pecado, aparecem frutos de pecado.
Nós nos afundamos, quando queremos alcançar a felicidade e a
realização pessoal com nossas próprias forças:
. Quando buscamos isso por caminhos falsos: desordem sexual,
alcoolismo, drogas, ativismo, poder, fama, conforto...
. Quando confiamos em falsos redentores: materialismo, humanismo
sem Deus, comunismo ou capitalismo, etc.
. Quando cremos em ídolos falsos: satanismo, bruxaria, curandeirismo,
controle mental, conhecimento do futuro, etc.
. Quando dependemos de nós mesmos: cumprimento da lei, nossa
própria justiça, nossas boas obras...
Nós estamos amarrados pelo laço do pecado, que não nos permite
chegar à margem da salvação. Necessitamos de alguém que desamarre
o laço do pecado.
Que é pecado? É tudo que não provém da fé em Deus (Rm 14,23). O
pecado é, basicamente, não crer em Deus, não confiar nele porque
confiamos mais em nós, não querer depender de sua vontade.
O pecado causa mais dano ao homem do que a Deus. Por isso Ele não
quer que pequemos. O homem tem um problema que não pode
solucionar. É de natureza pecadora, por isso peca. Por suas próprias
forças, não é capaz de renovar-se, de tornar-se nova criatura. Nenhum
homem pode salvar-se a si mesmo. Esta é a pior notícia.

C) – Reconheça seu problema


É certo que somos pecadores, mas temos uma vantagem: sabemos que
só os enfermos podem ser curados. Reconhecendo que somos
pecadores, podemos ser perdoados. É necessário que você se
reconheça pecador, que você não é tão bom quanto parece. O único
pecado que não pode ser perdoado é o que nós não reconhecemos que
pecamos. (Lc 18, 9-14).

JESUS, A SOLUÇÃO DE DEUS (ou A SALVAÇÃO EM JESUS)

Objetivo do tema: apresentar Jesus morto, ressuscitado e glorificado


como única solução para o mundo e cada individuo.
SÍNTESE DOS DOIS TEMAS ANTERIORES – Deus nos ama, mas o
pecado nos impede de experimentar esse amor. O homem por si só não
pode salvar-se.

1 – A BOA NOTÍCIA.
Se o homem não era capaz de chegar até a Deus, Deus chegou até
nós. Quando não havia esperança de solução, então brilhou uma luz
nas trevas: Deus cumpriu Sua promessa de salvação.
“Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho único... para que o
mundo seja salvo por “Ele” (Jo 3,16-17)
Sim, há uma solução para o mundo e para cada homem: esta solução é
Jesus, cujo nome significa: “Javé salva.” Ele é médico e remédio ao
mesmo tempo.
Que fez Ele:

B. – Vence a satanás.
Quando nossos primeiros pais pecaram, Deus disse à serpente: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua linhagem e a linhagem dela.
Ela (a linhagem dela, o Filho), te esmagará a cabeça...” (Gn3, 15).
Jesus, descendente da mulher, esmaga a cabeça do inimigo.

B. – Salvação do pecado.
Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo para que
possamos viver em plenitude a vida em abundância. Sua missão é
arrancar a raiz que origina todo o mal: o pecado.

C. – Perdoa o pecado
Nós devíamos a Deus uma conta por termos comido o fruto proibido
(pecado original). Jesus pagou nossa dívida, morrendo na cruz. “Vós
estáveis mortos pelas vossas faltas,... (Cl 2,13-14)
Nossos pecados foram perdoados graças ao Sangue de Cristo. “Pai
perdoai-lhes...”

D. – Esquece o pecado
Quando Deus perdoa, perdoa para sempre, isto é, não se recorda mais
de nossos pecados perdoados. Jesus tomou nossos pecados e jogou-os
no fundo do mar.
“Novamente ele nos manifestará sua misericórdia, calcará aos pés as
nossas faltas e lançará no fundo do mar todos os nossos pecados” (Jr
31,34).
Quando Deus volta a ver-nos, vê-nos cobertos com o Sangue de Seu
Filho amado. (Hb10, 14)
E. – Liberta do pecado
Jesus não só tira e perdoa o pecado, mas liberta-nos do pecado, isto é
capacita-nos a não pecar mais. Dá-nos condições para evitar o pecado.

2. – Comunica Vida Divina


Deus não enviou Seu Filho amado só para solucionar problemas ou
romper grilhões de pecado, mas foi enviado, especialmente, para trazer
vida e vida em abundância (Jo 10,10)
Jesus é a presença do amor do Pai para com os pecadores, para que se
manifeste o amor misericordioso de Deus (Rm 5,20)
. a mulher adúltera (Jo 8,3-11) paz consigo mesmo
. o rico Zaqueu (Lc 19,1-10) paz com os outros (Zaqueu foi libertado da
cobiça)
. o ladrão arrependido (Lc 23, 39-43 (paz com Deus)

3. – Como se realizou nossa salvação


Jesus realizou de uma vez por todas a salvação total do homem e de
todos os homens

a) Por sua encarnação


O Filho de Deus, sendo de condição divina, assumiu uma carne
pecadora e habitou entre nós, fazendo-se semelhante a nós em tudo,
exceto no pecado. O amor de Deus se manifestou em Cristo Jesus (Rm
8,31-38)

b) Por sua morte


Jesus não foi assassinado. Ele se entregou voluntariamente à morte por
amor a nós, pecadores, para carregar nosso pecado. Ao ser arrancada a
raiz, são suprimidas as conseqüências do pecado: violência, ambição do
poder, rancores, ressentimentos, etc.

c) Por sua ressurreição


Jesus ressuscitou ao terceiro dia, sepultando nosso pecado. Com sua
morte, vence a pior de todas as conseqüências do pecado: a morte. Por
isso, nós também ressuscitaremos. Jesus está vivo hoje e sempre.
Vitorioso sobre o pecado e todo o mal. Jesus é a solução. (Ef. 2,1-7)

A FÉ E A CONVERSÃO

Se Jesus já nos salvou, por que não experimentamos os frutos da


salvação, em nossa vida?
A Fé e a Conversão são os meios necessários e insubstituíveis, através
dos quais a salvação e a libertação se tornem atuais em cada pessoa
(São como duas pranchas da ponte que nos liga à salvação)
Os primeiros evangelizadores procuravam sempre:
. que os ouvintes acreditassem em Jesus (At 13,39)
. que se convertessem a Deus
. “creiam em Jesus Cristo, convertam-se de seus pecados e então
poderão viver a vida do Filho de Deus”. Teriam condições de viver a vida
nova trazida por Jesus.

A - A FÉ

A fé é um dom de Deus. É a certeza de que Deus vai agir de acordo


com Suas promessas.
A fé nos leva a crer que já fomos perdoados. E que podemos viver em
harmonia com Deus, com o próximo, com a criação e com nós mesmos.
A fé em que Jesus já nos salvou não nos permite buscar outro meio de
salvação.
A Fé tem três facetas.
1a . Crer – Não é só acreditar em Deus, mas entregar-se a Ele. É
acreditar em alguém e esse Alguém é Deus. É um modo de se
relacionar com Deus.
2a . Confiar – É o abandonar-se incondicionalmente nas mãos de Deus,
Pai amoroso e misericordioso. A confiança não depende de nossas boas
ações, mas dos méritos de Jesus Cristo na Cruz.
3a . Depender – A fé verdadeira, e que salva, é a que faz com que
obedeçamos a Deus como Pai que nos ama e não por temor. Essa fé
nos faz viver de acordo com aquilo que dizemos crer.

B – C ONVERSÃO

Fé sem conversão seria como um fogo que não queima. Seria uma fé
morta.
A conversão não se limita a uma mudança de moral. Conversão é
mudança de vida: pela fé entregamos nossa vida de pecado a Jesus e
recebemos dele a sua vida de Filho de Deus.
1o aspecto da conversão – Jesus começa a viver, amar, servir e atuar
em nós e através de nós.
Conversão é uma troca de vida: trocamos nossa vida pela vida de
Jesus. É entregar o coração a Deus. Não é só dar as costas ao pecado,
mas voltar a face para Deus. O sol divino nos transforma.

2o aspecto da conversão – Passamos a viver como filhos de Deus. Não


só afastados do pecado, mas na alegria festiva de filhos.
A conversão comporta três dimensões
a) Dimensão pessoal
“cada um se faça batizar”(At 2,38)
“cada um se arrependa de seus pecados e se dedica a aceitar Jesus
como único Salvador”, enxertando-se e enraizando-se nele.
b) Dimensão comunitária
“perseveraram na comunhão”(At 2,38)
Os primeiros cristãos começaram a tomar parte ativa numa comunidade
reunida em torno da Ceia do Senhor e do Ensino Apostólico. Se não
conseguir a integração na comunidade, onde se vivam o amor e o
perdão, e onde cada um preste serviço aos demais, pode-se dizer que
está falho o processo evangelizador.
c) Dimensão social
“Todos os cristãos viviam unidos e tinham tudo em comum” (At 2,44)
O evangelizando e a comunidade presta um serviço ao mundo. Sua
conversão deve promover a civilização do amor. O evangelho
transforma as estruturas que estão submetidas ao poder do pecado. O
Evangelho impregna a dimensão política, econômica, cultural e
ecológica.

C – MANIFESTAÇÃO EXTERNA DA FÉ E DA CONVERSÃO

São Paulo afirma que, para alcançar a salvação, necessita-se não só de


crer com o coração, mas também de declarar com a boca (Rm 10,9-10).
Na evangelização querigmática deve haver um momento que o
evangelizando tenha oportunidade de manifestar sua fé e conversão,
confessando Jesus como único Salvador e Senhor de toda a sua vida.
(Jesus é o Senhor quando Ele, efetivamente, governa e dirige a pessoa
que decide de acordo com os princípios evangélicos e os valores do
Reino) ( At 4,12; Rm 10,9; At 3,20)
No ministério de Jesus, encontramos diversos tipos de manifestações de
fé, que desencadearam o poder salvífico:
Mc 5, 25-34; Lc 19, 8; Mt 16, 16; Mt 20, 31; Lc 7, 37-38.

O DOM DO ESPÍRITO SANTO

Objetivo do tema: Apresentar o Espírito Santo que, ao mudar nosso


coração, capacita-nos para viver a Vida Nova.

A – A promessa
Antes da Sua morte Jesus disse aos seus discípulos: “No entanto, eu
vos digo a verdade: é de vosso interesse que eu parta, pois, se eu não
for, o Paráclito não virá a vós. Mas, se eu for, vo-lo enviarei” (Jo 16,7)
Quando ele ressuscitou, apareceu aos discípulos e disse-lhes que não
se afastassem de Jerusalém, mas esperassem a Promessa do Pai, da
qual já lhes falara: Lc 24,49; At 1,5; At 1,8.
Tratava-se de um compromisso de Deus com os homens, através de
Jesus. A Vida Nova que Jesus veio trazer não poderia ser vivida sem o
Espírito Santo e um Coração Novo, isto é, sem o cumprimento da
promessa feita através dos profetas Ezequiel e Jeremias: Ex 11, 19-20;
Jr 31,33.
O coração do homem só pode ser mudado por Deus. A renovação
interior do homem é realizada pelo Espírito Santo, o Espírito de Deus. O
Espírito de Jesus.
A novidade do Evangelho não é uma lei nova, mas um Espírito Novo,
que Jesus glorificado envia aos seus para que possam viver a vida de
filhos de Deus. (Rm 8,15; Gl 4,6)
A obra da salvação não consiste somente em sermos perdoados de
nossos pecados, mas na transformação de nosso coração pecador em
um coração como o de Jesus. É o próprio Espírito Santo que cumpre a
lei em nós. É Ele que nos capacita para viver a vida de fé, amor e
serviço, conforme a vontade de Deus. A única lei do cristão é a atividade
do Espírito Santo nele. A ação do Espírito Santo no homem faz
modificar todos os seus apetites, critérios e valores. Já não segue os
desejos da carne. Transformado pelo Espírito, deseja, quer e faz as
obras do Espírito. (Gl 5,17-18, 19-23)
O Espírito Santo, que recebemos em nosso batismo, é uma força interior
no homem que o muda e o transforma radicalmente. Tão interior e
radical é a ação do Espírito Santo em nós que o Espírito de Cristo vem a
ser nosso espírito. (Gl 6,15 – criaturas novas)

B – O cumprimento da promessa
50 dias após sua ressurreição, Jesus, cheio do Espírito Santo, cumpriu
sua promessa: enviou, do céu, a torrente do Espírito Santo sobre seus
discípulos, reunidos em oração, junto com Maria. (At 2,1-4)
Pentecostes não foi outra coisa senão Cristo Glorificado, cheio do
Espírito Santo, que abriu seu coração para derramar seu Espírito sobre
seus discípulos e transformá-los em novas criaturas. Os apóstolos foram
inundados pelo Espírito Santo, submergidos, cheios em plenitude. A
efusão do Espírito Santo neles foi total.
Esta efusão mudou totalmente as coisas para eles:
a) Conheceram verdadeiramente a pessoa e a missão de Jesus
b) Transformou seu coração. At 4,32 – Os discípulos começaram a ter
os mesmos sentimentos, interesses e critérios de Jesus. Cristo vivia
neles a presença do Seu Espírito.
c) Jesus tornou-se o centro de suas vidas – Não buscavam ser servidos,
mas servir; ser amados, mas amar; receber, mas dar. At 20,35
d) Começaram a testemunhar com palavras poderosas. – Pedro
começou a falar, e se converteram 3 mil. Experimentaram força nova e
começaram a curar os enfermos, e surgiram toda a classe de sinais,
prodígios, milagres, que manifestavam a presença de Cristo Salvador no
meio deles (At 4, 30-31)
e) O nascimento da Igreja – Fruto da efusão do Espírito Santo foi o
nascimento da Igreja, da comunidade dos que creram em Jesus. Só os
que têm o Espírito de Cristo podem pertencer a Ele. A Igreja de Jesus
Cristo é animada por um só e único Espírito, o Espírito de Jesus, o
Espírito Santo. Os cristãos tinham tudo em comum. At 2,44
f) Glorificavam a Deus – começaram a dar graças a Deus sempre e por
tudo. Nas alegrias e nos sofrimentos.

A PROMESSA DO ESPIRITO SANTO É PARA VOCÊ

Os habitantes de Jerusalém se admiravam da vida dos primeiros


cristãos. E perguntaram: Como poderemos nós viver a vida de Jesus,
refletida em vocês? Pedro responde: At 2,37. O Espírito Santo foi
prometido para cada um de nós. Como sem água não há vida na terra,
sem o Espírito Santo não há vida Nova. (Jo 7,37-39)
Condição para beber da Água Viva: ter sede. Quem tem sede, pede a
Jesus que derrame em si o rio de água Viva que jorra de seu lado aberto
– O Espírito Santo. A condição é que reconheçamos que temos
necessidade do Espírito Santo. De quanto necessita você? Jesus
mesmo prometeu que enviaria uma nova efusão de Seu Espírito da
parte de Seu Pai Celestial. (Lc 11, 9-13; 1o Tess 5,24). O que Jesus fez
no Cenáculo pode fazer aqui, agora! Quanto nos custa? – Nada. É
DOM, é grátis. Jesus conquistou-o para nós.

A COMUNIDADE

Objetivo do tema: Mostrar que o plano de Deus não termina até que o
Espírito Santo forme o Corpo de Cristo com a diversidade de membros e
variedade de ministérios.

A – Muitos membros de um só corpo


Deus não quer só transformar corações. Deus quer formar um povo
santo e uma nação consagrada. Portanto, a obra do Espírito Santo é
que encontremos qual é o nosso lugar no corpo de Cristo, que é a
Igreja, e que nos sintamos células vivas de um organismo.
“Com efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros...” l Cor
12.
Se for vivida a situação de corpo, destrói-se o pecado do individualismo.
Então começa-se a viver de acordo com a verdadeira personalidade o
homem que foi criado à imagem e semelhança de Deus: em
Comunidade.
Aquele que é criança na fé, nunca amadurece em vista de um
compromisso comunitário.
O que é maduro na fé já não se apropria dos bens espirituais e
materiais. Busca o bem de cada um dos membros da comunidade, o
bem comum, e se esforça por compartilhar de maneira cristã, tudo o que
tem e tudo o que é.
A evangelização será incompleta enquanto não se chegue a viver a
realidade do Corpo de Cristo que faz com que o amor nos impulsione e
nos permita comunicar todos os bens de acordo com os critérios do
Evangelho.

B – Diversidade de ministérios e carismas


É na vida comunitária que o homem alcança sua autentica dimensão
humana, ao colocar a serviço da comunidade os carismas que o Senhor
lhe confiou para o proveito comum.
Num corpo cada membro tem uma função especial e insubstituível. (l
Cor 12, 7-11)

Deus quer transformar o homem e todo o sistema ou estrutura onde ele


esteja envolvido e comprometido. Enquanto esse dia não chega, não
está terminada a obra de Deus.
Deus não conforma com
. fé que não irradia no ambiente em que se vive;
. comerciantes ou empresários que buscam santidade, mas exploram;
. políticos que vão à missa, e apóiam sistema injusto;
O plano de Deus é mudar as estruturas e sistemas anti-evangélicos
baseados nos valores carnais deste mundo. Deus quer estruturas novas
nascidas do Espírito, Só o que nasce do Espírito é que dá vida. O plano
de Deus é formar o Corpo de Seu Filho: sem divisões, sem racismo,
sem divisões econômicas, religiosas ou de nenhum outro tipo. “Exorto-
vos... Ef 4, 1-6
Cada um põe a serviço dos outros o dom ou carisma que Deus lhe
confiou: Rm 12, 4-8.
Deus quer formar comunidades verdadeiras onde viva a fé, o amor e o
serviço uns aos outros. Para isso Ele nos deu nos carismas de Seu
Espírito Santo. l Cor 7,7. Cada um é responsável pelo dom que Deus lhe
deu, e Ele pedirá conta do que se fez e como se administrou.
Não basta nascer. É preciso crescer na vida nova. Para isso, é
necessário manter-se unido à videira (Jesus), vivendo como parte do
corpo de Cristo leva necessariamente ao encontro do irmão,
especialmente do mais necessitado.
Nos grupos de partilha, há entre - ajuda e isto facilita o crescimento
pessoal e comunitário.

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