Cartilha para Gestores e Fiscais de Contratos 2 Edicao
Cartilha para Gestores e Fiscais de Contratos 2 Edicao
Cartilha para Gestores e Fiscais de Contratos 2 Edicao
2° Edição
ANO 2019
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS
GERÊNCIA DE APOIO A CONTRATOS E CONVÊNIOS - GACC
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2. CONCEITOS
3. RESPONSABILIDADES DO GESTOR E DO FISCAL DE CONTRATOS
4. FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DE CONTRATOS
5. FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE CONTRATOS
6. LEGISLAÇÃO QUE O GESTOR E O FISCAL DE CONTRATOS DEVEM TER
CONHECIMENTO
7. ACOMPANHAMENTO DOS CONTRATOS
8. FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ADITIVO
9. FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE PAGAMENTO
10. REFERÊNCIAS
ANEXOS
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1 . APRESENTAÇÃO
Esta Cartilha é a 2° edição da cartilha lançada em 2014 e tem como objetivo atualizar as orientações trazendo
de forma mais abrangente informações sobre os procedimentos e atribuições dos gestores e fiscais de
contratos, a fim de que exerçam de maneira transparente e eficiente a gestão e a execução dos Contratos, sob
sua responsabilidade.
Tal iniciativa decorre da necessidade de que, passados 4 anos, novas práticas foram adotadas pela
Administração para atender as exigências dos controles internos e externos, e estas não estavam
contempladas na versão anterior.
Nesse sentido, assim como a legislação é dinâmica e a busca por aprimoramento constante, esta cartilha deve
ser revisada periodicamente para absorver todo este movimento.
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2 CONCEITOS
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Art. 154 – “Cabe à fiscalização acompanhar e verificar a perfeita execução do contrato, em todas as suas fases, até o
recebimento do objeto, competindo-lhe, primordialmente, sob pena de responsabilidade:
I. anotar, em registro próprio, as ocorrências relativas à execução do contrato, determinando as providências necessárias à
correção das falhas ou defeitos observados;
II. transmitir ao contratado instruções e comunicar alterações de prazos, cronogramas de execução e especificações do
projeto, quando for o caso;
III. dar imediata ciência a seus superiores e ao Órgão Central de Controle, Acompanhamento e Avaliação Financeira de
contratos e convênios, dos incidentes e ocorrências da execução que possam acarretar a imposição de sanções ou a
rescisão contratual;
IV. adotar, junto a terceiros, as providências necessárias para a regularidade da execução do contrato;
V. promover, com a presença do contratado, as medições das obras e a verificação dos serviços e fornecimentos já efetuados,
emitindo a competente habilitação para o recebimento de pagamentos;
VI. esclarecer prontamente as dúvidas do contratado, solicitando ao setor competente da Administração, se necessário,
parecer de especialistas;
VII. cumprir as diretrizes traçadas pelo órgão central de controle, acompanhamento e avaliação financeira de contratos e
convênios;
VIII. fiscalizar a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações assumidas, as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação, bem como o regular cumprimento
das obrigações trabalhistas e previdenciárias;”
Ambos têm responsabilidade administrativa/funcional, civil e penal sobre os atos que praticar.
Poderão responder por improbidade administrativa, com possíveis efeitos diretos sobre o cargo
exercido.
Devem cumprir a Lei e seguir as normas e procedimentos aplicáveis e as obrigações estabelecidas no
contrato, devendo reportar-se, formalmente, a autoridade superior, sempre que necessário, para
registro de dificuldades e/ou impossibilidade de execução da sua atividade, com a identificação dos
elementos impeditivos, além das providências e sugestões que considerar cabíveis.
A lei 8.122/1990, em seu art. 127, prevê penalidades disciplinares a serem aplicadas aos servidores
pelo exercício irregular de atribuições a eles afetadas que são:
I - advertência;
II - suspensão;
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III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
disciplinar.
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1 Comissão Processante: Finalidade de analisar e instruir os processos de apuração de supostas irregularidades na contratação de Pessoas Físicas e Jurídicas com a
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Art. 142 – Qualquer prorrogação deverá ser solicitada ainda no prazo de vigência do contrato, com justificação escrita e previamente autorizada pela
autoridade competente para celebrar o ajuste.
Parágrafo único: A prorrogação dos contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua deverá ser solicitada pelo servidor
responsável pelo seu acompanhamento no prazo máximo de até 60(sessenta) dias antes do seu termo final.
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São leituras obrigatórias, tanto para o Gestor quanto para o Fiscal de Contratos:
• Manuais da SAEB de fiscalização e gestão de contratos;
• Lei 9.433/2005 – Lei de Licitações e Contratos Administrativos do Estado da Bahia;
• Orientação Técnica AGE n° 02/2017 – Referencial de Controles Internos na Gestão de
Contratos;
• Lei Estadual n° 12.949/14 (Lei Anticalote);
• Legislação aplicável ao objeto do contrato, que consta no instrumento contratual e/ou
convocatório do processo licitatório.
Inciso III - falta de comunicação às autoridades superiores, em tempo hábil, de fatos cuja solução ultrapasse a sua
competência, para adoção das medidas cabíveis;
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Se a dúvida for de cunho jurídico, deve buscar esclarecimentos junto à Procuradoria Jurídica, se a
dúvida for relativa à gestão administrativa/financeira deve o Gestor/Fiscal entrar em contato com a
GACC/Subgerência de Contratos.
7.3 Quais são as condições para o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos?
REAJUSTE – Poderá ser aplicado após 12 (doze) meses subseqüentes à data de apresentação da
proposta4 e não da data de assinatura do contrato, nos termos do inc. XXV do art. 8º da Lei Estadual
nº 9.433/2005 e será feito mediante a aplicação do índice econômico pré-estabelecido em cláusula
contratual. O reajuste é tido como um direito disponível ao contratado, que pode, até mesmo, a ele
renunciar, nesse caso a contratada deve manifesta-se por escrito. Sendo assim, mostra-se possível
realizar alteração na cláusula de reajuste, desde que de forma consensual. Advirta-se que esta
alteração deverá ser devidamente motivada, considerando as circunstâncias concretas atuais em
relação ao momento da alteração.
REPACTUAÇÃO - Depende de requerimento da CONTRATADA e está condicionada a um prazo
mínimo de 12 meses da data da última convenção, acordo ou dissídio coletivo. Deve ser
acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio de apresentação da
planilha de custos e formação de preços ou do novo acordo, convenção ou dissídio coletivo que
fundamenta a repactuação. Importante destacar que o contratado deverá solicitar a Administração seu
direito à repactuação contratual, da data da homologação da convenção ou acordo coletivo até a data
da prorrogação contratual subsequente, sendo que, se não o fizer de forma tempestiva e prorrogar o
contrato sem pleitear a respectiva repactuação, ocorrerá à perda do seu direito a repactuar.
Igualmente ocorrerá perda se houver expiração do prazo de vigência do contrato.
REVISÃO - Depende de requerimento da CONTRATADA que visa recompor o preço que se tornou
insuficiente, instruído com a documentação que comprove o desequilíbrio econômico-financeiro do
contrato, devendo ser instaurada pela própria administração quando colimar recompor o preço que se
tornou excessivo. O requerimento de revisão de preços deverá ser formulado pela contratada no
prazo máximo de um ano a partir do fato que a ensejou, sob pena de decadência. O Gestor deve
instruir o processo com todos os comprovantes fornecidos pela contratada, referentes à necessidade e
legalidade da recomposição, realizar os cálculos e encaminhar à GACC para conferência e
aprovação.
7.4 Quais os procedimentos para prorrogação dos contratos?
Prorrogação é o prolongamento da vigência do contrato além do prazo estipulado no contrato inicial,
com o mesmo contratado e nas mesmas condições anteriores, observados os limites estabelecidos em
lei, conforme art. 140 e 141 da lei 9.433/2005:
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Data de apresentação da proposta = data de início da sessão pública da licitação.
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Art. 140 - A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos:
Inciso I - aos projetos cujos produtos estejam incluídos entre as metas do Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados
se houver interesse da Administração e desde que haja previsão no ato convocatório;
Inciso II – à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a 60
(sessenta) meses;
Inciso III - ao aluguel de equipamento e à utilização de programas de informática, cuja duração poderá estender-se pelo
prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
Parágrafo Único – Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o
prazo de que trata o inciso II deste artigo poderá ser prorrogado por até 12 (doze) meses.
Art. 141 - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidos todos os
direitos, obrigações e responsabilidades e assegurada a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, desde
que ocorra alguma das seguintes causas:
Inciso I - alteração qualitativa do projeto ou de suas especificações pela Administração;
Inciso II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, ou previsível de conseqüências incalculáveis, alheio à vontade
das partes, que altere fundamentalmente as condições da execução do contrato;
Inciso III - retardamento na expedição da ordem de execução do serviço ou autorização de fornecimento, interrupção da
execução do contrato ou diminuição do ritmo do trabalho, por ordem e no interesse da Administração;
Inciso IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
Inciso V - impedimento, total ou parcial, da execução do contrato por fato ou ato de terceiro, reconhecido pela Administração
em documento contemporâneo à sua ocorrência;
Inciso VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos, de que
resulte impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
A prorrogação é feita mediante termo aditivo e a solicitação deverá ser encaminhada à GACC, de
acordo com o estabelecido no art. 142 da Lei 9.433/2005, e no contrato original deve estar prevista a
prorrogação do Contrato.
7.5 Quais procedimentos o fiscal e/ou gestor devem adotar nos casos em que não há possibilidade
de prorrogação do contrato?
Para os contratos que não puderem ser prorrogados, deverá ser elaborado um Termo de Referência
ou Projeto Básico, conforme o caso, para a abertura de novo processo licitatório.
A solicitação deve ser encaminhada, aos setores competentes, antes do término da vigência do
respectivo contrato, sendo sugeridos os seguintes prazos:
até 60 (sessenta) dias para procedimentos relativos à inexigibilidade e dispensa de licitação;
até 120 (cento e vinte) dias para os procedimentos relativos à modalidade Convite, Pregão, Tomada
de Preços, Concorrência, Leilão e Concurso.
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Vale ressaltar a importância do cumprimento dos prazos acima, já que a elaboração do edital exige
uma análise detalhada do Termo de Referência ou Projeto Básico e o próprio procedimento
licitatório aliado aos trâmites internos, demandam tempo considerável.
7.6 Quais são as falhas mais comuns na gestão de contratos?
a) Atitude negligente do Gestor/Fiscal quando do recebimento das notas fiscais, conferência,
ateste e encaminhamento para pagamento;
b) Ausência das certidões fiscais e/ou guias de comprovação de recolhimento dos encargos
previdenciários, juntamente com a nota fiscal, quando exigíveis;
c) Falta de ateste nas notas fiscais;
d) Manifestação tardia pela prorrogação do contrato, quando o correto seria antes do seu
término, conforme estabelece o Art. 142 da Lei 9.433/2005;
e) Considerar o prazo de 10 dias de publicação para solicitação da prorrogação dos Contratos;
f) Especificação de serviços e materiais a serem licitados, de forma incompleta;
g) Não repassar, ao sair de férias ou licença, as informações da gestão contratual ao seu
substituto;
h) Falta de registro próprio do histórico das ocorrências encontradas na execução do contrato,
conforme previsto no Art. 154, inciso I da Lei 9.433/2005, que acaba provocando repetição de erros
nas contratações comprometendo assim a eficiência na gestão e execução dos contratos pela
Administração.
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10 REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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