Introdução

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BIBLIOGRAFIA

• Balarine O. F.O.; Conceitos Básicos de Matemática Financeira e Engenharia Económica;


Pontifícia Universidade Católica Rio Grande do Sul, Brasil; 1998
• Barros, H.; Análise de Projectos de Investimentos, Edições Sílabos, Lisboa, 1995
• Carvalhos das Neves, J.; Análise Financeira: Métodos e Técnicas, Texto Editora, Lisboa
1990
• Costa M e Abrantes V.; Financiamento de Empreendimentos Habitacionais Através da
Aplicação e um Método de Avaliação e Qualidade de Projectos; Avaliação de nova
Perspectivas-APAE; 1999;
• CASAROTTO F0., Nelson KOPITIKE, Bruno H.; Análise de Investimentos; São Paulo: Atlas,
1996

Livros Existentes na Biblioteca da Universidade

Engenharia Económica – Vitor Fernando Quipiço


Engenharia Electrica - 2021
Introdução.
O objetivo deste capítulo é apresentar ao interessado uma série de premissas, conceitos e definições que
amparam o processo de decisão financeira e os métodos de decisão utilizados na Matemática Financeira
e na Engenharia Econômica.

Matemática Financeira é definida como sendo a área da matemática que descreve as relações entre o
binômio tempo e dinheiro necessário a amparar o cálculo de decisões financeiras.

Assim sendo, a matemática financeira estuda, basicamente, a formação dos juros, os montantes de capital
gerados, o valor de prestações em séries e a amortização de dívidas.

A Engenharia Econômica contempla um conjunto de conhecimentos e metodologias que, amparadas na


matemática financeira, permite realizar o processo de tomada de decisão quanto à eleição ou a
classificação de alternativas de investimentos financeiros.

Esses investimentos podem ser referentes a: aplicação de capital em ações; renda fixa ou variável;
aquisição de bens e equipamentos; implantação de sistemas de produção ou de serviços; a baixa e a
substituição de equipamentos; etc.

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Tema de estudo
• 1. Conceitos fundamentais de matemática financeira e engenharia económica;
• 2. Análise de alternativas;
• 3. Análise e Tratamento de Risco;
• 4. Desenvolvimento e análise de empreendimentos imobiliários;

Engenharia económica para os engenheiros: Motivação


Os engenheiros desenvolvem o trabalho de análise de desempenho, síntese e conclusão em projectos
de todas dimensões. Na figura a baixo, apresenta-se quatro quadrantes a ter em conta na elaboração de
um projecto nomeadamente (âmbito, Tempo, Custo e Qualidade)

Dimensões dos Projectos

As decisões em torno da engenharia económica, envolvem os seguintes elementos:

• Fluxo de caixa;
• Tempo;
• Taxa de juros.

Estes pontos estudaremos mais tarde

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Engenharia económica para os engenheiros: Objectivos
• Preparar os profissionais no desenvolvimento de competências no domínio da Gestão e
Engenharia Económica com os conceitos fundamentais numa lógica de rentabilidade e
maximização de investimentos.

• Como efectuar?
o Saber formular, estimar e avaliar os resultados económicos, quando alternativas para
realizar determinado propósito estão disponíveis.

Exemplos-Alternativa (Exemplo 1)
• Uma ponte de cerca de três quilómetros será construída até 2015 para ligar Catembe à
cidade capital do país. O projecto inclui a construção de uma estrada de 220 quilómetros,
que sai daquele ponto do país ao distrito de Boane.
Com a ponte, Catembe vai valorizar-se, atraindo investimento, sobretudo na área de
habitação.

• Alargamento da estrada Maputo Matola, Boane, BelaVista até Catembe.

• Exemplos-Alternativa (Exemplo 2)
• Dois engenheiros, um director de uma empresa de projectos mecânicos e o outro director,
de uma firma de análise estrutural, trabalham juntos. Eles concluíram que, devido às
frequêntes viagens que fazem pela região em vôos comerciais, deviam avaliar a
possibilidade de comprar um avião, que seria uma propriedade conjunta entre as duas
empresas.

• Quais são as perguntas, baseadas em aspectos económicos, que os esngenheiros deviam


responder ao avaliarem as alternativas de (1) adiquirir o avião em conjunto (2) continuar
a viajar em vôos comercias.

1. Quanto custa o avião? (estimativas de custos são necessárias)


2. Quanto pagaremos por ele? (um plano de financiamento é necessário)
3. Há vantagens fiscais? (conhecimento da legislação tributária e das taxas de
impostos)
4. Qual é base para escolha de uma alternativa? (um critério de escolha é necessário)
5. Qual é a taxa de retorno esperada? (equações são necessárias)
6. O que acontece se voarmos mais ou menos do que a quantidade estimada
actualmente? (uma análise de sensibilidade é necessária)

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Princípio básicos para a escolha de um projecto
• Deve haver alternativas de investimentos;
• As alternativas devem ser expressas em dinheiro;
• Só as diferenças são relevantes;
• Sempre serão considerados os juros sobre o capital empregado;
• Importa apenas o presente e o futuro.

Critérios de aprovação de projectos


• Critérios financeiros: disponibilidade de recursos;
• Critérios económicos: rentabilidade de investimento;
• Critérios imponderáveis: Factores não convertidos em dinheiro.

Definição Matemática Financeira e Engenharia económica


Por definição, a Matemática Financeira corresponde à área da matemática que descreve as
relações entre o binómio tempo e dinheiro necessário a amparar o cálculo de decisões financeiras.
I.É. Se preocupa com o valor do dinheiro no tempo.

A Engenharia Económica inicia pelo conhecimento da Matemática Financeira.

A matemática financeira e a engenharia económica, como instrumentos de apoio à tomada de


decisão, se apoiam nas seguintes premissas:

1ª Premissa – MAXIMIZAÇÃO DA RIQUEZA

O objetivo de utilizar a engenharia econômica e a matemática financeira é de i dentificar um


processo de decisão capaz de eleger a alternativa de investimentos que maximize o lucro e a
riqueza dos proprietários.

2ª Premissa – MOMENTO DA DECISÃO.

A 2ª Premissa estabelece que o momento da decisão seja sempre a data em que a mesma foi
tomada: HOJE. A decisão deverá basear-se em perspectivas futuras e não em resultados passado.

3ª Premissa – VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO.

Os critérios de decisão de investimentos devem reconhecer o valor do dinheiro no tempo e,


como corolário dessa premissa, a perda do poder aquisição do dinheiro com o passar do tempo.

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4ª Premissa – DECISÃO & RESULTADO.

É importante observar a diferença entre boas decisões e bons resultados, pois, nem sempre,
são directamente proporcionais.

Conceitos Fundamentais de Engenharia Económica


Na disciplina de Engenharia económica, é importante ter conhecimento sobre os seguintes
conceitos:

1. Regime de juros simples e compostos;

2. Estudo de taxas;
3. Sistemas de amortizações;

4. Inflação e Deflação;

5. Modelação e cálculo de cash-flows;

6. Valor do dinheiro no tempo;


7. Processo de actualização e taxas de actaulização;

8. Tratamentos de alterações dos preços: preços constantes e preços correntes;

9. Período de estudo;

10. Estimação de custos e benefícios presentes e futuros;


11. Fiscalidade.

Juros
Uma das definições dos Juros é, o rendimento que se obtém quando se empresta dinheiro por
um determinado período. Os juros são para o credor (aquele que tem algo a receber) uma
compensação pelo tempo que ficará sem utilizar o dinheiro emprestado.

Por outro lado, quem faz um empréstimo em dinheiro ou faz uma compra a crédito, geralmente
terá que pagar um acréscimo pela utilização do dinheiro ou pelo parcelamento da totalidade do
valor do bem.

Ou entao podemos dizer que Juros é:

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• Manifestação do dinheiro no tempo; ou
• A quantia que se deve actualmente, menos o valor inicial;

Perspectiva dos Juros:


• Pagos (para que deve pagar os juros)
• Ganhos (Para que recebe o valor dos juros);

Quanto as taxas, os juros são:


• Simples;
• Composto.

Regime de Juros simples


A taxa de juros aplica-se apenas sobre o montante (valor emprestado), ou seja, não leva em conta
o saldo da dívida se aumenta ou diminui em função do tempo.

Partindo da definição de juros simples, o montante de juros a ser pago na data de quitação da
operação financeira é igual ao produto do principal tomado, pela taxa de juros pactuada e pelo
número de períodos contratados.

Considerando que os juros gerados após um único período de aplicação de um capital equivalem
à taxa de juros pactuada multiplicada pelo capital. Matematicamente: J = PV * i

FV = PV * (1 + (i * n))
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- FV: valor futuro (Future Value);
- PV: valor presente (Present Value);
- i: Taxa de juros (interest rate);
- n: Número de períodos .

Nota:
As variáveis apresentadas no gráfico acima, equivalem a:
P=PV
S=FV

Exemplo1:

Uma pessoa empresta 100.000,00 MZN (PV = 100.000), para pagar em 2 meses (n=2), com taxa
de juros de 10% ao mês (i = 0,1), calculada conforme o regime de juros simples.

FV = PV * (1 + (i * n))
FV = 100 * (1 + (0,1 * 2))
FV = 100 * (1 + 0,2)
FV = 100 * 1,2
FV = 120
Depois de 2 meses, essa pessoa irá pagar 120.000,00 MZN.

Exemplo 2:

Calcule o montante resultante da aplicação de um valor de $70.000,00 à taxa de 10,5% ao ano


(a.a) durante um período de 145 dias.

Dados:
FV=?
PV=70000
n= 145 dais
i= 10.5%aaaa

FV = PV * (1 + (i * n))
VF = 70000* [1 + (10,5/100) *(145/365) ]
VF= 72.917,95

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Regime de Juros Composto
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para
cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao valor
presente para o cálculo dos juros do período seguinte.

O montante após o primeiro período é calculado de forma idêntica ao dos juros simples. A
partir desse primeiro período, os juros passam a incidir sobre o novo montante, comumente
denominado de capitalizados.

FV = PV * (1 + i)n
- FV: valor futuro;
- PV: valor presente;
- i: taxa de juros;
- n: número de períodos.

Exemplo 1:

Uma pessoa vai ao banco e pede um financiamento de 100.000,00 MZN (PV = 100.000), para
pagar em 2 meses (n=2), com taxa de juros de 10% ao mês (i = 0,1), calculada conforme o regi me
de juros compostos.

FV = PV * (1 + i)n
FV = 100.000 * (1 + 0,1)2

FV = 100.000 * (1,1)2
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FV = 100.000 * 1,21

FV = 121.000,00 MZN

Exemplo 2:

Calcule o montante de um capital de $6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa
de 3,5% ao mês.

Dados:

PV = $6.000,00
n= 1 ano = 12 meses
i = 3,5 % a.m. = 0,035
FV =?

FV=PV * (1+i) n

FV = 6000*(1+0,035)12

FV = 6000*(1,035)12

FV = $9066.41

Exercícios
Fernando empresta ao Pedro o capital inicial de $ 4000,00 (quatro mil Dólares) cobrando juros
compostos de 4% ao mês. Pedro prometeu pagar tudo após 5 meses. Qual será o valor que ele
terá que pagar?
FV = 4866

Qual será o valor dos juros que o Pedro vai pagar?


Juros =866

Se forem aplicados 10.000,00 MZN por 10 anos, a juros de 5% ao ano, quanto haverá após 10
anos?
FV = 16.288,95 MZN

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Se pretende ter 400.000,00 MZN dentro de 5 anos, quanto deverá aplicar agora, considerando
uma taxa de 10% ao ano?
PV = 248.368,53 MZN

Nota:
P=PV
S=FV

Comparação Juros Simples e Composto.

Ao serem efetuadas operações financeiras, é interessante avaliar a evolução do crescimento dos


montantes quando calculados a juros simples e a juros compostos.

Considerando uma mesma taxa de juros totais e até a um determinado período, n, o montante
dos juros compostos é inferior ao dos juros simples. A partir desse período, os montantes
calculados a juros compostos passam a superar o dos juros simples.

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Séries Capitas

Por definição uma série de capitais é caracterizada como sendo uma sequência de pagamentos
periódicos, consecutivos e que apresentem alguma lei de formação.

O estudo contido neste capítulo permite efetuar diversas operações com juros e pagamentos
realizados corriqueiramente no comércio, facilitando o cálculo das variáveis desejadas através da
adoção de modelos matemáticos, primordialmente quanto à análise de:

• Formação de fundos de capitalização, a exemplo de depósitos programados em títulos de


capitalização ou a formação de capital visando à aquisição futura de bens;
• Amortização de dívidas, mediante o pagamento de prestações iguais e consecutivas, tais
como operações de crédito e compras a prazo;
• Comparação dos resultados econômicos de operações financeiras ou análise de decisão
entre investimentos que rendam dividendos periódicos.

Diversos tipos de séries de pagamentos podem ser adoptados nos empréstimos ou


financiamentos, neste capítulo serão estudadas aquelas mais comumente utilizadas no comércio
e no mercado de capitais, a saber:

1. Série Uniforme Postecipada;


2. Serie Uniforme Antecipada;
3. Série Uniforme Infinita;
4. Série Diferida.

As variáveis a serem consideradas no estudo de séries são: a taxa de juros pactuada, o número
de períodos da operação, o valor presente, o valor futuro dos pagamentos realizados e o valor da
prestação.

Série Uniforme Postecipada.

Uma série uniforme de pagamentos é dita postecipada, quando ocorre uma sucessão de
pagamentos iguais, R, efetuados em intervalos regulares e constantes, sendo o primeiro
pagamento realizado concomitantemente com o PRIMEIRO PERÍODO POSTERIOR à data da
operação financeira que lhes deu origem. Modelo da série postecipada na Figura abaixo.

Tomando como exemplo de uma série uniforme postecipada, Figura 3.1, a série de pagamentos
iguais a “R” é iniciada após a pactuação do principal “P”, ocorrendo o primeiro pagamento no
primeiro período e, assim sucessivamente, até que o último pagamento seja realizado no período
n.

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Nos itens a seguir, será demonstrado como calcular o Valor Presente, VP(SP), e o Valor, VF(SP),
Futuro de uma série uniforme postecipada, conhecida a prestação R(SP), o número de períodos
e a taxa de juros pactuada. E, também, como determinar a prestação quando conhecidas as
demais variáveis, fato corriqueiro em empréstimos e vendas a prazo.

Valor Presente ou Valor Atual da Série Postecipada.

Adotando como nomenclatura, PV como sendo o valor presente associado a um pagamento


singular qualquer R , e considerando que, por definição, se dispõe de uma série uniforme de
pagamentos, iguais, periódicos e consecutivos, têm-se que:

R1 = R2 = ···· = R n = R.

Matematicamente, o valor presente da série de pagamentos, VP, é obtido ao se efetuar o


somatório dos valores presentes de cada pagamento singular. Então:

PV = PV1 + PV2 + PV3 +····· + PVn

A fórmula para o cálculo do Valor presente na série posticipada é:

Onde:

• VP(SP): Valor Presente

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• R(SP): série uniforme de pagamentos,
• n: nº de prestação
• i: taxa de juros

De modo inverso, ao se deseja conhecer o valor da prestação a ser paga, quando conhecidos o
capital a ser financiado, a taxa de juros, e o prazo de pagamento, a fórmula acima é utilizada sob
a seguinte forma:

Valor Futuro da Série Postecipada.

O valor futuro de uma série de capitais postecipada corresponde ao valor do somatório de todos
os valores integrantes da série, iguais e consecutivos, financeiramente considerados na data do
último período da série. Noutras palavras, corresponde ao montante do capital disponível na
data do último pagamento da série, capitalizado financeiramente à taxa pactuada.

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Exemplo:

Como exemplo, seja o caso de uma loja de varejo que vende um equipamento, a vista, por
$2.500,00. Deseja-se saber o valor do mesmo quando financiado em seis prestações iguais,
mensais e consecutivas, sabendo que a loja remunera seus ativos à taxa de 2% ao mês?

Série Uniforme Antecipada.


Uma Série Uniforme Antecipada é definida como sendo a sucessão de pagamentos iguais, R,
efetuada em intervalos regulares e constantes, cujo primeiro pagamento ocorra na data da
operação financeira que lhe deu origem. O modelo desta série é apresentado na Figura abaixo

Como exemplo de aplicação deste tipo de série, tem-se os casos de:

• Aplicação em depósito programado, também denominado de capitalização, quando é


pactuado que uma determinada importância “R” será recolhida em períodos
prédeterminados, a partir do momento de pactuação da operação financeira e cujo
montante “VF” será devolvido ao aplicador findo o período programado, um período após
o pagamento da última importância, e;

• Aquisição de um bem no valor “VP”, a ser quitado em parcelas iguais e sucessivas iguais a
“R”, sendo que a primeira parcela é quitada no momento da compra.

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Tomando como expressão gráfica de uma Série Uniforme Antecipada o desenho da Figura 3.3,
fica caracterizado que, neste tipo de série de pagamentos iguais, periódicos e consecutivos, “R”,
o primeiro pagamento ocorre na data da operação financeira que lhe deu origem.

Ressalta-se que o primeiro pagamento da série ocorre coincidentemente com a data do pactuado.
E, que valor futuro desta série, VF(SA), ocorre um período após o pagamento da última prestação.

A seguir é demonstrado como calcular o Valor Presente, VP(SA), e o Valor Futuro, VF(SA), da
série antecipada de pagamentos.

Valor Presente da Série Antecipada.

Efetuando o valor presente de cada um dos pagamentos singulares, VP K , pode-se escrever o


valor presente da série de pagamentos postecipada como:

PV(SA) = PV1+ PV2 + PV3 + PV4 + ··· + PVn

Escrevendo cada termo da expressão acima em função de suas variáveis tem-se:

Ao se desejar conhecer o valor da prestação ou pagamento, R (SA), conhecido o montante do


Valor Presente, VP(SA), parte-se da expressão acima. Então:

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Valor Futuro da Série Antecipada.

Por definição, o valor futuro, VF(SA), de uma série de pagamentos antecipada é definido no
primeiro período subsequente ao do último pagamento. Modelo na Figura abaixo

A determinação do Valor Futuro da série antecipada poderá ser efetuada, de modo mais expedito,
partindo da expressão do Valor Futuro de uma série postecipada.

Para tanto determina-se, inicialmente, o Valor Futuro da Série Postecipada - “S”. Estabelecido o
valor de “S” para o tempo t (n-1), o Valor Futuro da Série Antecipada – VF é definido ao se levar
o valor de “S” para o período t(n).

Matematicamente, o valor futuro da série antecipada, pode ser obtido ao se multiplicar o valor
futuro da série postecipada, S, pelo fator de valor futuro de um pagamento único. Isto porque,
considerando um mesmo número de períodos, a série antecipada inicia um período antes que o
da série postecipada.

Ao se multiplicar por (1+i) cada termo de uma Série Antecipada, obtém-se o valor de cada
termo da série no momento seguinte ao de sua realização, passando, então, a se comportar
como uma Série Postecipada, cuja soma já é conhecida.

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No caso inverso, ao ser conhecido o Valor Futuro de uma série antecipada, o valor da sua
prestação, R(SA), é dado por:

Exemplo:
Você é um profissional liberal e associado a uma cooperativa de crédito. A cooperativa oferece
uma remuneração de 1,25% ao mês para aplicação em investimentos programados em títulos
de capitalização. Pergunta-se, qual a importância a ser investida visando adquirir um
computador cujo preço é de $ 5 mil no prazo de quatorze meses?

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