Estudo 04 - Origem, Queda e Restauração Do Ser Humano

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DOUTRINAL

LIÇÃO 04
TEMA: ORIGEM, QUEDA E RESTAURAÇÃO DO SER HUMANO.
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a
graça sobre todos os homens para justificação de vida. (Rm 5:18)

IGREJA ADVENTISTA DA PROMESSA


VILA ALMEIDA
ORIGEM, QUEDA E RESTAURAÇÃO DO SER HUMANO.
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio
a graça sobre todos os homens para justificação de vida”. (Rm 5:18)

INTRODUÇÃO: No estudo anterior, tratamos da criação do mundo. Aquele estudo mostrou, de acordo com o
ensino das Escrituras Sagradas, que Deus é o criador dos céus, da terra e de tudo o que há neles. Além de criador,
ele é também mantenedor de todas as coisas criadas, como está escrito: Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos
(At 17:28). Só o Deus Todo poderoso poderia reclamar para si a honra e a glória de ter criado rodas as coisas (Is 42:5)
e tê-las mantido permanentemente sob seus cuidados (At 14:17). Esse é o Deus em quem cremos e que, pela fé,
adoramos.
O presente estudo trata de três aspectos da doutrina do ser humano, envolvendo: sua origem, sua queda e
sua restauração. De acordo com as Escrituras, o ser humano, homem e mulher, é produto da criação de Deus. Ao
ser criado, saiu das mãos de Deus puro, santo e destinado a viver para sempre. E assim teria sido, se não tivesse
desobedecido à ordem divina. Agora, na condição de pecador, necessitaria de alguém que o redimisse dos seus
pecados. Remir e salvar os que, pelo pecado, se afastaram de Deus, foi a missão de Jesus Cristo na terra (Lc 19:10).
E isto foi feito cabalmente (Jo 17:4).
I. VERIFICANDO A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
Como cristãos, aceitamos a Bíblia Sagrada como a palavra de Deus. Nela, vamos encontrar todas as
informações de caráter religioso, em que se baseia a fé cristã. No que se refere à origem do ser humano, como já
dissemos, as Escrituras estão cheias de ensinamentos que apontam para Deus como o criador não só dos
humanos, mas também de todos os demais seres viventes. O presente estudo tem como propósito resumir a
história do ser humano, começando com a sua origem, passando pelo ato de desobediência que o levou a pecar,
até a sua restauração, através do sacrifício de Jesus Cristo.
1. O que a Bíblia diz sobre a origem do ser humano: A Bíblia Sagrada ensina, categoricamente, que o ser
humano é obra das mãos de Deus (Gn 5:1-2, 6:7; Êx 4:11; Jó 10:8-12; SI 100:3, 139:13-16; Pv 14:31, 17:5, 20:12,
22:2; ls 17:7, 42:5, 43:7, 45:9; Jr 1:5; MI 2:10; Mt 19:4; At 17:28; 1 Co 11:9; CI 1:16; Ap 4:11, 10:6). Os capítulos 1 e
2 de Gênesis, que narram a criação, mostram, com clareza e concisão, que Adão e Eva foram criados por Deus (Gn
1:27; 2:7, 22) e deram origem à humanidade inteira: ... de um só [Deus] fez toda a raça humana para habitar sobre toda a
face da terra (At 17:26).

A criação do ser humano foi um ato consciente de Deus e não um processo evolutivo da natureza. Partiu de
um prévio planejamento da Triunidade. No sexto dia, Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa
semelhança (Gn 1:26a). Nesta frase, o verbo e o sujeito, conforme já aprendemos, estão no plural, o que é uma
evidência da atuação da Triunidade. O final desse versículo mostra que a Triunidade delimitou o projeto dessa
criação e declarou quais seriam suas caracterísitcas e seus propósitos.
O primeiro capítulo de Gênesis revela o propósito da criação do ser humano (Gn 1:26-28). Nesse texto,
Deus declara que o homem deveria ser fecundo, multiplicar-se, e que lhe deu o poder de dominar sobre as
demais criaturas. Deus também deu ao homem algumas funções como cultivar a terra, cuidar do jardim e
nomear os animais (Gn 2:15,19-20). Para mostrar o valor que atribui ao homem, Deus lhe concedeu a
capacidade de governar a terra (Sl 8:5-8). O ser humano ocupa uma posição privilegiada, e isso implica
responsabilidade sobre as demais obras de Deus.
No segundo capítulo de Gênesis (Gn 2:4-25), a Bíblia esclarece alguns detalhes da constituição ser humano.
Diz o texto: Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente (Gn
2:7). A criação do homem foi especial e sem precedentes. O verbo “formou” faz lembrar o oleiro criando uma obra
de arte com suas mãos habilidosas. 1 Já o verbo “soprou” indica um sopro caloroso, pessoal, com a proximidade do
contato face a face de um beijo.2 Formar do pó foi um passo enorme, mas o pó estava longe de ser um homem.
Com seu sopro, Deus comunicou sua própria vida àquela massa sem vida.
O nome do primeiro homem foi Adão. No hebraico, faz parte de um jogo de palavras que significa “tirado
da terra”. Como vimos, ele foi criado a partir do pó da terra. Além de relatar a criação do homem, o capítulo 2 de
Gênesis também relata a criação da mulher. Segundo esse texto, ela foi criada após o homem, mas tem as mesmas
características inerentes a ele; logo, tem o mesmo valor e posição perante Deus (Gl 3:28). Eva também foi feita a
partir de material preexistente (costela do homem) e formada por Deus. O que tornou Adão e Eva seres viventes
foi o fôlego de vida, que foi entregue através do sopro divino. É somente Deus quem concede a vida ao ser
humano (Ec 12:7).
Outra característica do ser humano é ser imagem e semelhança de Deus. Estas palavras são as traduções do
hebraico tselem e demuth, que significam imagem moldada e similaridade, respectivamente. 3 Com isso,
entendemos que o homem herdou de Deus não a aparência física, mas as facetas de sua personalidade e
cognição, ou seja, pensamentos, emoções e arbítrio. Além disso, foi dotado de natureza espiritual, para
conhecer a Deus (Os 6:3a) e adorá-lo (Sl. 95:6). A criação do homem difere de todo o restante, pois ele é obra
das mãos de Deus e possuí capacidade para ter um relacionamento com o seu criador.
2. O que a Bíblia diz sobre a queda do ser humano: Acabamos de estudar sobre a criação do ser humano.
Agora, falaremos de um capítulo triste na história destes que foram criados por Deus para viverem eternamente.
Nossa tendência é tratar a queda dos primeiros seres humanos como uma questão de pouca importância
histórica ou teológica. Entretanto, as principais doutrinas da Bíblia estão diretamente relacionadas ao evento da
queda. Por isso, aproveitemos o presente estudo para conhecer e recordar o que a Bíblia diz sobre a queda do ser
humano, assim como os efeitos que essa queda produziu. O capítulo 3 de Gênesis descreve as circunstâncias em
que tudo isso aconteceu. Tudo começou com um disfarce e uma mentira. O vilão nesse episódio foi o diabo, que,
usando uma serpente como instrumento, dirigiu-se à mulher perguntando: É assim que Deus disse: Não comereis de
toda a árvore do jardim? (Gn 3:1b).

1
Wiersbe (2006:18).
2
Kidner (1979:57).
3
Ryrie (2004:218).
Aqui, cabe uma pergunta: todas as árvores foram proibidas? Não! Apenas uma (Gn 2:17). Dessa maneira o
diabo foi o primeiro a distorcer as palavras do Senhor. A mulher reagiu, corrigindo a distorção: Do fruto das árvores
do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem nele tocareis, para
que não morrais (Gn 3:2-3). Eva levou tão a sério a ordem de Deus, a ponto de aumentar-lhe mais rigor: ... nem
tocareis nele.
Distorcer as palavras de Deus é uma das coisas que o diabo tem feito, desde o princípio do mundo.
Consciente ou inconscientemente, muitas lideranças religiosas do nosso tempo estão agindo assim: liberando o
que a Bíblia proibiu e proibindo o que a Bíblia não proibiu. Numa atitude irônica e desrespeitosa, o diabo
afirmou: Certamente não morrereis. E acrescentou: Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e,
como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal (Gn 3:4-5) . Mentir é sempre um ato detestável, pois a mentira é um
pecado cuja origem é o diabo, que mente desde o princípio. Ele é o pai da mentira (João 8:44). No Éden, Satanás,
não agiu diferente: mentiu. Infelizmente, apesar de falsa e mentirosa, a palavra dele foi acatada e obedecida.
Em seguida, “a mulher, vendo que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento, tomou do fruto, e comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu” (Gn 3:6). Esta é a triste história
da queda de nossos primeiros pais. Após a queda, houve, nos dois, um imediato e primitivo despertar da
consciência (Gn 3:7), mas não como Ihes fora garantido pela serpente: eles não se tornaram como Deus. Ao
contrário disso, descobriram que estavam nus e culpados, o que os levou a cozerem folhas de figueira, a fim de
cobrirem sua nudez.
Depois que Adão e Eva pecaram, Deus lhes deu a oportunidade para se explicarem e se defenderem,
mesmo sabendo que ambos haviam se rebelado contra ele. Todavia, ao invés de se reconhecerem culpados e se
confessarem, o que fizeram foi se justificar. A mulher lançou a culpa sobre a serpente: E disse o Senhor à mulher:
Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi (Gn 3:13). O homem, por sua vez, lançou a
culpa sobre o próprio Deus. Ao homem, Deus inquiriu: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te
ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ele me deu da árvore e comi (Gn 3:11-12).

Ouvidas as desculpas do casal, Deus sentenciou os culpados, começando pela serpente: ... maldita serás mais
do que toda a besta, e mais que todos os animais do campo (v. 14). Depois, sentenciou o diabo: Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente (v.15). E para a mulher, disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da
tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos (v. 16). Ao homem, disse: Maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela
todos os dias da tua vida (v. 17). Mas as consequências do pecado foram mais danosas do que podemos imaginar
através de uma leitura superficial de Gênesis 3. A humanidade, representada por Adão e Eva, rebelou-se contra
o criador, quando escolheu desobedecer-lhe. Por isso, tornou-se inimiga de Deus, foi expulsa do paraíso e
condenada à morte eterna. Adão e Eva, assim como toda humanidade, deixaram de ser livres e passaram a ser
escravos do pecado. Por causa disso, todos nós já nascemos com a natureza pecaminosa, escravos do erro e
espiritualmente mortos.

3. O que a Bíblia diz sobre a restauração do ser humano: Nas duas partes iniciais deste estudo, tratamos da
origem e da queda do primeiro casal. Vimos a forma especial como o ser humano foi formado, assim como os
privilégios de que ele desfrutava, enquanto se conservou obediente, santo e puro. Era plano de Deus que assim
continuasse. Porém, desobedecendo à ordem que o Senhor lhe dera, caiu em desgraça e, nessa condição, perdeu a
comunhão com Deus, depois de ter perdido, também, entre outras coisas, a inocência, o lar e a vida. Como se isto
não bastasse, foi expulso do Éden.
Em pecado, o primeiro casal ficou sujeito à morte, com todos os seus descendentes, como está escrito: Pelo
que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por
isso que todos pecaram (Rm 5:12). Agora, em estado de desobediência, afastado de Deus e impossibilitado de retomar a
ele por seus próprios esforços, o ser humano necessitava de um salvador. Felizmente, isso já havia sido
providenciado, antes mesmo da existência desse primeiro casal, graças à presciência de Deus (At 2:23 “a este que foi
entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-os vós, o crucificaste e matastes pelas mãos de injustos” ).

O plano de salvação foi elaborado pela Triunidade: Pai Filho e Espírito Santo, ou, mais precisamente, pelo "conselho de
Deus" (At 2:23). Através dele, a divindade decidiu reconduzir o ser humano ao seu estado original de pureza e
santidade, mediante a filiação adotiva (Gl 4:4-7). Nisso ficou provado o grande amor de Deus pelos humanos (Jo
3:16). O texto bíblico mais emocionante a respeito desse plano é o de Ef 2:3-10. Nele, Jesus é apontado como o
único caminho de retorno a Deus (Jo 14:6); só ele pode libertar as pessoas da terrível prisão do pecado (Rm 3:9,
6:14). Atentemos para as verdades desse plano em que Jesus Cristo é o personagem central.
Embora só tenha sido revelado na plenitude dos tempos (Gl 4:4-5), o plano de salvação foi traçado antes da
fundação do mundo (Ef 1:4 e 5). Portanto, trata-se de uma providência divina, adotada em benefício de todos os
seres humanos, mediante a qual a salvação nos é oferecida gratuitamente, sem que coisa alguma seja exigida
como retribuição (Ef 2:7-9). A Bíblia diz que esse plano nos proporciona toda sorte de bênçãos espirituais (Ef 1:3),
entre as quais, a renovação do entendimento, que nos habilita a conhecer e experimentar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus (Rm 12:2).
Na análise desse plano, precisamos dar atenção especial ao papel exercido pela graça, que é comumente
definida como "favor imerecido". A graça é a maior manifestação do amor de Deus por nós. Sim, somos salvos pela
graça, pois esta é um presente de Deus a todos os seres humanos que, pelo que são e pelo que fazem não o
merecem (Rm 3:24). Adão e Eva, ao perceberem que estavam nus, procuraram esconder, com folhas de figueira, o
erro que haviam praticado (Gn 3:7-10). Então, no v. 21, encontramos um ato gracioso de Deus: ... fez roupas de pele e
com elas vestiu Adão e a sua mulher. Sabemos que, para providenciar a pele, um animal teve de morrer. Esse ato já era
prenúncio do que Cristo faria pelos pecadores, na Cruz. Ele é a esperança , o cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo (Ap 13:8).

Fora de Cristo, o pecador não tem a mínima chance de ser redimido, uma vez que a base da salvação é o
sacrifício perfeito de Cristo na cruz, que o pecador aceita pela fé. Na cruz, cinco fatos importantes foram provados
e estão à disposição dos pecadores: 1) O amor de Deus (Rm 5:8); 2) o poder de Deus (1 Co 1:18, 24); 3) a sabedoria
de Deus (1 Co 1:24), com uma profundidade insondável (Rm 11:33-35); 4) a justiça de Deus, pois, diante dos céus,
do reino das trevas e de todo o mundo, a promessa de Deus de nos salvar foi cumprida (1 Co 1:30); 5) a
reconciliação do mundo com Deus (2 Co 5:18-19).
Neste estudo, analisamos três doutrinas fundamentais pelas quais direcionamos a nossa fé. A primeira delas
foi a doutrina da criação do ser humano. Foi através de um ato criador que o ser humano veio a existir e não
através de alguma forma viva já existente. Ele não surgiu naturalmente, mas sobrenaturalmente. Depois de
estudarmos isso, vimos que o ser humano pecou e caiu. Por isso, uma vez caído, carece da intervenção redentora
de Jesus em nossa vida. Estudamos a terceira doutrina, a da restauração do ser humano. Apesar de não termos
mérito algum perante Deus, ele não hesitou em dar a sua vida por nossa vida, tornando-se, portanto, o nosso
salvador.
II. PRATICANDO A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
1. Lembremo-nos sempre da verdadeira origem do ser humano.
Precisamos reler e refletir cada vez mais sobre o que está escrito nas Escrituras a respeito da origem divina
do ser humano. O ensinamento bíblico que o descreve como uma criação de Deus não pode ser perdidos de vistas
por nós, cristãos, inclusive, porque este é o ensinamento que nos valoriza e nos dignifica. A teoria segundo a qual
o ser humano é produto da evolução, há muito, já vem sendo contestada, inclusive nos meios científicos. Muitos
cientistas de alto gabarito acreditam que há um Deus criador, por meio de quem todas as coisas foram feitas. 4
Não somos produto de nenhum processo evolutivo. Somos criação de Deus assim como todos os demais seres
inteligentes e não-inteligentes que povoam os céus, a terra, o ar e os mares.
2. Lembremo-nos sempre dos graves resultados do pecado.
Precisamos manter sempre em nossa lembrança as consequências do pecado para que não nos enganemos.
O pecado escraviza, gera desconforto, insegurança, medo, sofrimento e morte. Por isso, devemos tratá-Io com
seriedade. Não podemos brincar com o pecado. Foi em consequência dele que perdemos a nossa comunhão
com Deus de tal modo que, quando Jesus Cristo veio ao mundo, a situação espiritual prevalecente entre os
humanos foi descrita assim: Não há nenhum justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a
Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis (Rm 3:10-12). Nunca se esqueça disso!

3. Lembremo-nos sempre da graciosa restauração de Deus.


O gesto de amor e misericórdia demonstrado por Deus em enviar seu Filho ao mundo com a missão de nos
salvar foi algo que jamais poderemos esquecer. Éramos inimigos de Deus e, por isso, estávamos destinados à
morte eterna. Foi graças ao sacrifício de Jesus Cristo que fomos restaurados e reconduzidos à nossa condição

4
Morris (1979:30).
original de filhos de Deus e herdeiros de suas promessas. Agora, com o apóstolo Pedro, podemos exclamar:
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de
novo para uma viva esperança (1 Pd 1:3).

CONCLUSÃO: No presente estudo, procuramos mostrar, pelas Escrituras, que o ser humano é produto da criação
de Deus. Tratamos da ruína que sobreveio ao ser humano, depois que este caiu em pecado, e da maneira como o
pecado contagiou todo o restante da humanidade. Tratamos, também, do amor de Deus manifestado na pessoa de
seu Filho Jesus Cristo, que ele enviou ao mundo para salvar os que nele crerem, como está escrito: Porque Deus amou
ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16).

No texto seguinte, estudaremos a respeito de Jesus Cristo: salvador e mediador da humanidade. Nesse
estudo, aprenderemos como e por meio de quem Deus proveu a salvação para os seres humanos. Adiantamos que
a salvação humana constitui a maior prova do amor de Deus pelas pessoas. Sem esta providência, toda a
humanidade estaria irremediavelmente perdida, já que, por seus próprios esforços, jamais poderia ser salva. Isto
nos lembra a importância desse assunto, razão pela qual recomendamos ao leitor que o estude com carinho, para
que possa tirar dele o melhor proveito possível.
III. DEBATENDO A DOUTRINA DA PALAVRA DE DEUS
1. Leia Gênesis 5:1-2
A. Com base nesse texto, responda: Como surgiu o ser humano? Comente.
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2. A Bíblia dá base para se afirmar que o homem e a mulher são frutos de um processo evolutivo? O que
você diria a quem lhe perguntasse a respeito?
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3. Leia Gênesis 1:28; 2:15, 19-20
A. Após criar Adão e Eva, que ordem lhes deu Deus?
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B. Uma vez tendo o ser humano domínio sobre os animais, pode usar de tal autoridade abusivamente? Qual
deve ser a nossa postura nesse sentido? Cite exemplos práticos.
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4. Leia Gn 1:27
A. Com base nesse texto, responda: Que importante característica distingue o ser humano dos animais?
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B. Se somos imagem e semelhança de Deus, dotados de natureza espiritual para conhecê-lo, de que modo
podemos ter um relacionamento íntimo com o nosso criador? O que você tem feito nesse sentido?
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5. Leia Gn 3:1
A. Sobre a queda do ser humano, responda: Como agiu Satanás para enganar a mulher?
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B. Será que o diabo continua a enganar as pessoas hoje em dia? Como ele faz isso? Comente.
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6. Leia Gn. 3:6; 14-24
A. Com base nesse texto, responda: Após dar ouvidos à voz da serpente, como agiram Adão e Eva?
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B. Que consequências trouxe o pecado ao ser humano?
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7. Leia Gl 4:4-7
A. Diante do estado caótico do ser humano, que atitude teve a Trindade, no sentido de reconduzir-nos ao
estado inicial de pureza?
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----------------------------------------------------------- B. Por que Jesus é o personagem central do plano de redenção? Fora
dele, há outro caminho de retorno a Deus?
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8. Leia Jo 3:16; 1 Pd 1:3
A. Que grande atitude e sentimento demonstrou Deus pelo ser humano, no ato de redimi-lo
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B. Ao considerar o sacrifício de Jesus na cruz, que sentimento devemos nutrir uns pelos outros?
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O HOMEM, A IMAGEM DE DEUS – GENESIS 1:27 Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. O
pecado, porém, desfigurou essa imagem. O pecado atingiu todo o nosso ser: corpo e alma; razão, emoção e
vontade. O pecado não destruiu por completo a imagem de Deus em nós, mas deformou.
Somos uma poça de água turva. A lua com toda a sua beleza ainda está refletindo, mas não conseguimos ver
essa imagem refletida; não porque a lua não esteja brilhando, mas porque a água está suja. O homem criado
por Deus e caído em pecado é agora restaurado. Essa restauração, porém, não é autoproduzida. Não vem do
próprio homem, vem de Deus. Deus mesmo tomou a iniciativa de restaurar sua imagem em nós. E como fez
isso? Enviando seu filho ao mundo! Ele é a imagem expressa de Deus. Nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade.
Em Cristo, temos perdão, redenção e restauração. Por meio de Cristo somos filhos de Deus e herdeiros de
Deus. A imagem de Deus criada, e deformada pelo pecado, é restaurada por Cristo.
Pela operação da graça, nascemos de novo, nascemos de cima, nascemos do Espírito e somos
coparticipantes da natureza divina. A glória e a honra perdida na queda são agora restauradas na redenção.

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