Iluminismo, Romantismo e Positivismo

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Iluminismo, Romantismo e

Positivismo
Filosofias do Século XVIII e XIX

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Iluminismo
• No séc. XVIII, ocorre a articulação do racionalismo com
o empirismo: deve-se atingir a verdade pela
racionalidade e pela experiência.

• Individualismo e formulação da ideologia liberal: base


do capitalismo

• Com Hume, a soberania do Eu passa a ser criticada.


Entra em controvérsia com Kant.
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Fenomenologia de I. Kant
• O homem tem acesso apenas aos
fenômenos. As coisas em si (númenos)
são incognoscíveis.

• Tudo que pode ser reconhecido, pela


razão e pela experiência, repousa na
subjetividade.

• A ciência é vista como um mundo de


incertezas e hipóteses nunca
plenamente confirmadas. 3
4
Controvérsia com Hume
• Para Kant, o Eu existe e permanece idêntico a si
mesmo.

• Possui sua autonomia e deve buscar conquistá-la


(liberalismo).

• Sempre problemática pois os desejos e impulsos nunca


são plenamente dominados pela razão.

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Romantismo
• Crítica ao racionalismo iluminista e a ideia que o
homem é um ser racional;

Quando pensamos hoje em Romantismo, vem-nos à mente


algo suave, delicado e ligado ao amor, o que também
não deixa de ser verdade. Mas a origem do movimento
na Alemanha teve um sentido bem distinto: uma primeira
manifestação romântica teve o nome de “Tempestade e
ímpeto” o que já sugere melhora característica dessa
sensibilidade.
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• O homem é um ser passional (movido pelas paixões
e impulsos) e sensível;

• O Romantismo evidencia as potencias e os impulsos


da natureza, muito superiores ao homem como um
todo (Quadro de Willian Turner);

• É o contrário do Método: o Eu é invadido pela


natureza; a razão é destronada – inicia uma nova
crise: a do sujeito moderno;

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William Turner (1775-1851)
Friedrich Nietzsche
• Ponto mais agudo do
Romantismo: o Eu é tomado
como ficção;

• Toma-se a continuidade, de certo


modo, à filosofia de Hume, na
crítica da soberania do Eu;

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• Na Genealogia, Nietzsche busca desconstruir toda a
filosofia desde de Sócrates e Platão;

• “Basicamente, trata-se de mostrar coma cada


elemento tornado coma fundamento absoluto ou
causa primeira de tudo o que existe foi também, por
sua vez, criado num determinado momento com uma
determinada finalidade.” FIGUEIREDO; SANTI, 2008, p.
39.

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• Nada é, portanto, eterno: o “mundo das ideias”, Deus,
o Eu de Descartes ou de Bacon são revelados como
criações humanas;

• Dessa forma, “Deus está morto”:

“Mas quando Zaratustra ficou só, falou assim ao seu


coração: ‘Será possível! Este santo ancião, em sua floresta,
ainda não ouviu dizer que Deus morreu?’”. (NIETZSCHE,
Assim falava Zaratustra (1883/2008), p. 22).

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• Nietzsche faz o renascimento de Heráclito e Protágoras
(pré-socráticos), sendo, para ele, a crença na
estabilidade apenas uma necessidade humana, na
tentativa de crer que se há controle sobre o futuro;

• Nietzsche dá um passo bem largo e radical: não só a


homem é deslocado da posição de centro do mundo,
coma a própria ideia de que o mundo tenha um centro
ou uma unidade é destruída. A vida em si é uma
irracionalidade sem sentido.

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• Portanto, não se trata de substituir a ilusão da
verdade por algo melhor (pois nada melhor existe).
O que existe é a vida, e como cada ilusão pode
contribuir para sua expressão.

• Assim, nada se torna legitimo, a não ser a própria


vontade de vida;

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Positivismo Auguste Comte
(1798-1857)

• Doutrina que reconhece somente os


fenômenos naturais ou fatos que
são objetivamente observáveis.

• Comte empreendeu uma pesquisa


sistemática de todo o conhecimento
humano.

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• Tomou como princípio o materialismo: os fatos do
universo são suficientemente explicados em termos
físicos.

• A metafísica e o dualismo são descartados e


considerados ilusórios – sendo assim também a
própria filosofia.

• Comte acreditava que a física poderia explicar todos os


fenômenos do universo.

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• O Zeitgeist do séc. XIX era profundamente marcado
pelo positivismo;

• Entendia existir dois tipos de proposição: “Um refere-


se aos objetos da razão e consiste na afirmação
científica. O outro não tem sentido, ou seja, é
irracional”.

• Somente o conhecimento derivado da ciência era


considerado válido.

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• No campo da Psicologia, os materialistas
compreendiam que seria possível compreende até
mesmo a consciência humana pela química e física
(pela estrutura atômica e fisiológica do cérebro);

• A Psicologia surge nesse espírito, na tentativa de dar


uma explicação científica aos fatos cognitivos.

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Matrizes Filosóficas da
Psicologia
Filosofia
Moderna

Fenomenologia Romantismo Positivismo Marxismo


(Kant) (Nietzsche) (Comte) (Marx)

Psicologia da Psicologia
Psicanálise Behaviorismo
Gestalt Sócio-histórica

Psicologia Cognitivo-
Humanista comportamental

Neuropsicologia
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Referências
• FIGUEIREDO, L. C. M.; SANTI, L. R. Psicologia, uma
(nova) introdução: uma visão histórica da psicologia
como ciência. 3ª Ed. - São Paulo: EDUC, 2008.

• SCHULTZ, D.P.; SCHULTZ, E. S. História da Psicologia


Moderna. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

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