Trabalho Exercícios Da Capacidade Postulatória Pelo Leigo

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Marina de Araújo Rocha – RA: 329323111379

Disciplina: Direito do Trabalho

Prof.ª: Dra. Ângela Almanara

Tema: Exercícios da capacidade postulatória pelo leigo (jus postulandi)

Campinas/SP

2021
Marina de Araújo Rocha – RA: 329323111379

Tema: Exercícios da capacidade postulatória pelo leigo

(jus postulandi)

Trabalho para avaliação bimestral,


disciplina: Direito do Trabalho –
Faculdade Anhanguera de
Campinas/SP.

Profª Dra. Ângela Almanara

Campinas/SP

2021
Conceito

Significado de postulatório: que postula ou serve para postular / que pode fazer
valer e defender pretensões próprias ou alheias em juízo.

Consiste no direito que todo cidadão possui de acessar a Justiça sem a


necessidade de um advogado constituído representando-o. Porém, se faz necessário a
capacidade postulatória para ajuizamento de ações e acompanhamento dos andamentos
processuais.

Desenvolvimento

É direito de todo cidadão brasileiro o acesso à Justiça do Trabalho sem o auxílio


de advogado, possuindo, porém, capacidade postulatória para reclamar e acompanhar as
demandas processuais até o Tribunal Regional do Trabalho, utilizando assim o jus
postulandi.

O art. 791 da CLT nos traz à luz o livre acesso à Justiça do Trabalho, já a Súmula
425 do TST restringe o direito somente até o TRT, ou seja, há restrição para as demais
instâncias, sendo necessário para esses casos habilitação de um advogado regularmente
inscrito na OAB.

O instituto do jus postulandi, que pode ser utilizado tanto pelo empregado quanto
pelo empregador, não tendo critérios no que tange a sexo, raça, cor ou condição social,
tendo sua garantia embasada em princípios constitucionais de ampla defesa e igualdade.
Porém, sua utilização é mais comum pela parte com hipossufiencia.

O Jus postulandi foi criado com o intuito de auxiliar a parte que não possui
condições financeiras para a contratação de um representante legal.

É necessário citar que um ponto negativo do jus postulandi é que a parte que
decidir ser representado por si mesmo, precisa ter o conhecimento técnico necessário para
que não fique em posição desfavorável perante a outra parte. Por isso, somente quando
for extremamente necessário a parte deve acessar a Justiça por si só, pois é indiscutível a
importância da presença de um advogado defendendo os direitos para a satisfação da lide.
Previsão Legal

CLT – Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943

Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a


Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se
representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito
na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
§ 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada. (Incluído pela Lei nº 12.437, de 2011)
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência
recíproca, vedada a compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
Conclusão

Se pudéssemos pontuar uma das características mais marcantes da Justiça do trabalho, eu


diria que é o princípio jus postulandi.

Quando pensamos na quantidade de demandas que são ajuizadas diariamente, no âmbito


da advocacia particular ou Defensoria Pública, vemos que este instrumento é necessário
para “desafogar” essa última.

Vale pontuar e ressaltar que não somente o empregado pode se fazer valer desse
instrumento, mas também o empregador, o que comprova que outros princípios são
levados em conta nesta matéria.

Enfim, ainda que, podendo ser utilizado somente em primeira instancia, pois é necessária
a representação de advogado para atuar nas demais instâncias, penso que o princípio jus
postulandi, auxilia ativamente em outro princípio, o da celeridade.

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