Protese Parcial Fixa

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UNIVERSIDADE BRASIL

Nome: Roselaine Pessoa Alexandre R.A. 21242804-9

CARACTERÍSTICAS DAS CERÂMICAS E PREPAROS PARA COROAS TOTAIS


METALOCERÂMICAS EM PRÓTESE FIXA

SÃO PAULO
2021
Introdução
Prótese dentária é a especialidade odontológica referente ao diagnóstico,
plano de tratamento, reabilitação e manutenção da função oral, conforto, estética
e saúde de pacientes com condições clínicas associadas a ausência e
deficiência de dentes e/ou tecidos maxilofaciais e substituição por aparelhos ou
restaurações biocompatíveis. Prótese parcial fixa é o ramo da prótese dentária
relacionada à substituição e/ou restauração dos dentes por substitutos artificiais
cimentadas aos dentes pilares e que não podem ser removidos pelo paciente.

Os principais tipos de restaurações em Prótese Fixa, são: inlay, onlay,


coroas totais, coroas parciais e prótese parcial fixa. Todas as restaurações em
Prótese Fixa são confeccionadas de maneira indireta, ou seja, sobre um modelo
analógico ou virtual e não diretamente na cavidade bucal, como na Dentística
Restauradora.

• Inlay – é uma restauração intracoronária com extensão mínima ou


moderada sem revestimento de cúspide.
• Onlay – é uma restauração intracoronária mais extensa com revestimento
externo cobrindo uma ou mais cúspides. Pode ser confeccionada em liga
metálica, resina composta ou cerâmica.
• Overlay – restauração intracoronária que envolve todas as cúspides. Não
chega a ser uma coroa total por não haver abraçamento das faces
externas do dente por completo.
• Coroa total – é uma restauração extracoronária que envolve todas as
faces de um dente. Pode ser confeccionada em liga metálica, resina
composta, cerâmica e ou combinação de metal com algum dos materiais
estéticos.
• Prótese parcial fixa – restauração que fica permanentemente ligada aos
dentes remanescentes, substituindo um ou mais dentes ausentes. Pode
ser confeccionada em liga metálica, resina composta ou cerâmica.

Ainda fazem parte da prótese fixa o núcleo metálico fundido e os pinos


pré-fabricado utilizados nas restaurações de dentes tratados endodonticamente.
Além disso, tem-se as próteses fixas sobre implantes.

Coroas Metalocerâmicas são utilizadas para a reconstrução total de um


ou mais dentes. Quando houver uma destruição muito grande do elemento
dental, mas a raiz está intacta, podemos colocar coroas que mimetizam o dente
tanto em função quanto em estética. A técnica de preparo dos dentes para coroa
metalocerâmica utilizam sulcos de orientação, vertical e horizontal, deve-se
seguir um processo de realização, além da quantidade correta de desgaste a ser
feito. O preparo deve oferecer condições mecânicas de estabilidade e retenção
para dar suporte e longevidade
As coroas metalocerâmicas são indicadas para dentes com extensa
destruição, necessidade de máxima retenção e estabilidade, melhorar o
contorno do dente para PPR, corrigir o plano oclusal, corrigir dentes mal
posicionados e retentor de prótese parcial fixa, onde a estética for importante.

Características de um reparo para coroa total metalocerâmica para


dentes anteriores e posteriores

• PREPARO CAVITÁRIO METALOCERÂMICA PARA DENTES ANTERIORES


- Características gerais

Um preparo coronário ideal deve apresentar um desgaste que acompanhe


corretamente a anatomia dental. Em dentes anteriores devem-se ter dois planos nas faces
vestibulares e um correto desgaste incisal, pois com isso evita-se um desgaste excessivo da
coroa possibilitando a devolução da estética mantendo a integridade pulpar. Cita ainda como
linha de terminação ideal para faces estéticas o ombro biselado, sendo que este bisel
apresenta uma profundidade de 0,2mm no interior do sulco gengival livre.
- Passo a passo:

1) Redução incisal: sulcos de orientação, utiliza-se broca diamantada cilíndrica de


extremidade ogival no 3228)
2) Redução bucal: sulcos de orientação na metade incisal (é utilizada broca
diamantada cilíndrica de extremidade ogival no 3228)
3) Redução bucal: sulcos de orientação na metade gengival (necessário broca
diamantada cilíndrica de extremidade ogival no 3228)
4) Redução axial lingual: na metade incisal utilizar broca esférica diamantada no
1014 e “redução” com broca diamantada em pera no 3118;
5) Redução axial lingual: na metade gengival realizar canaletas de orientação e
redução com broca diamantada cônica de extremidade ogival no 3228
6) Redução proximal (rompimento do ponto de contato): usar broca diamantada
cônica de extremidade em chama no 3203
7) União bucal com lingual “DUAS ÁGUAS”: utilizar broca diamantada cônica de
extremidade ogival no 2215, para complementação usamos a broca n°3228
8) Bisel cervical bucal: broca diamantada cilíndrica de extremidade em chama de
vela no 3113
9) Alisamento e acabamento da área preparada: utiliza-se broca diamantada
cônica de topo arredondado no 3227 FF (obs. Somente na área cervical)
10) Terminação cervical bucal e lingual: chanfro largo com bisel ou ombro 120° broca
n° 3123SF
*OBS. – Para conseguirmos terminação em ombro arredondado, substituímos a broca
NO 3228 pela broca cilíndrica de extremidade plana de ângulo interno arredondado NO
3099.
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-86372011000500012

• PREPARO CAVITÁRIO METALOCERÂMICA PARA DENTES POSTERIORES


- Características gerais

Os princípios fundamentais dos preparos coronários devem ser avaliados quanto


à relação altura/largura favorável e uma conicidade, ou seja, as paredes dos preparos
apresentam uma inclinação de 3 graus em relação ao longo eixo do dente, fornecida pela
forma da ponta diamantada, que fornece uma conicidade ideal de 6 a 10 graus.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5588247/mod_resource/content/3/03.%20PREPAROS%20PARA%20COROAS%20TOTAIS-%20posteriores.pdf

- Passo a passo:

1) Redução oclusal e biselado da cúspide funcional: canaletas de orientação com


(broca diamantada cilíndrica de extremidade arredondada no 3146); Biselado
da cúspide funcional (mesma broca da redução oclusal)
2) Redução axial bucal: canaletas de orientação com (broca diamantada cônica
de extremidade ogival no 3228) “preparo em dois planos”
3) Redução axial lingual: canaletas de orientação com (broca diamantada cônica
de extremidade ogival no 3228)
4) Redução proximal: rompimento do ponto de contato (broca diamantada cônica
extremidade em chama no 3203)
5) União da face vestibular com lingual: “duas águas” proteção da papila
interdental (broca diamantada cônica de extremidade ogival no 2215, para
ganhar espaço utilizamos a broca diamantada cilíndrica de extremidade ogival
n° 3228)
6) Sulco de retenção auxiliar: (broca diamantada cônica de extremidade plana e
ângulos arredondados no 3032)
7) Bisel vestibular: (broca diamantada cilíndrica de extremidade ogival no 3113)
8) Alisamento e acabamento da superfície preparada: (broca diamantada
cilíndrica de extremidade arredondada no 3227 FF)
9) Terminação cervical bucal e lingual: chanfro largo com bisel;
10) Terminação cervical: “ombro arredondado com bisel” / ombro 120° broca 3123SF

*OBS. PARA CONSEGUIRMOS TERMINAÇÃO EM OMBRO ARREDONDADO, SUBSTITUIMOS


A BROCA DE NO 3228 PELA BROCA DIAMANTADA CILÍNDRICA DE EXTREMIDADE PLANA E
ÂNGULOS ARREDONDADO NO 3099

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5588247/mod_resource/content/3/03.%20PREPAROS%20PARA%20COROAS%20TOTAIS-%20posteriores.pdf

CERÂMICAS VÍTREAS E CRISTALINAS

Em meados de 1770, surgia a porcelana odontológica, desenvolvida pelo


farmacêutico Alexis Duchâteau e utilizada pelo cirurgião Nicholas Dubois de
Chémant. As primeiras porcelanas utilizadas em restaurações eram feldspáticas
e, portanto, de alto conteúdo vítreo, o que as tornavam bastante frágeis e pouco
resistentes.
A partir de 1950, a porcelana se tornou mais resistente, mais tenaz e
durável, devido ao início da queima a vácuo e ao ajuste da composição química,
o que permitiu a aproximação dos coeficientes de expansão e contração térmicas
encontrados nos metais, apesar disso, as próteses metalocerâmicas eram pouco
satisfatórias esteticamente. Nos anos 1990, surgiram as cerâmicas totalmente
cristalinas, também surgiram as zircônias, com resistência acima de 1.200 MPa.

1. Cerâmicas vítreas - As cerâmicas vítreas são formadas por uma matriz


vítrea feldspática, quase sempre com cristais dispersos em seu interior. São
condicionáveis com ácido fluorídrico ou primers ácidos, caracterizando-se
como ácido-sensíveis. O condicionamento gera um ataque seletivo, sendo
mais intenso sobre os cristais do que na matriz vítrea, criando uma série de
micro retenções que favorecem a adesão micromecânica. A cerâmica
condicionada possui menor resistência, mas a associação com os cimentos
resinosos restaura a resistência inicial, ou seja, sem o condicionamento ácido
dos materiais feldspáticos.

• Apresentam menor resistência mecânica, mas são mais


translúcidas, consequentemente acabam sendo mais estéticas.

2. Cerâmicas policristalinas (zircônia) - A alta resistência e tenacidade à


fratura da zircônia a distingue das outras cerâmicas. Inicialmente, ocupavam
majoritariamente o espaço das cerâmicas cristalinas para infraestruturas de
coroas e próteses fixas sobre dentes ou implantes. A função do óxido de ítrio
é estabilizar essa cerâmica em sua fase tetragonal. Entretanto, os grãos
tetragonais são metaestáveis, isto é, têm energia para mudarem de fase e se
transformarem em grãos monoclínicos, que comprimem a ponta de uma
trinca devido ao seu maior volume. A adesão a qualquer zircônia também é
limitada, quando comparada às cerâmicas vítreas.

• São mais resistentes, mas são menos translúcidas, sendo assim,


menos estéticas.

https://revistaimplantnews.com.br/breve-historico-e-classificacao-das-ceramicas-vitreas-e-policristalinas/
Conclusão:
Conclui-se com este trabalho que as coroas metaloceramicas são meios
viáveis de reabilitação em prótese fixa, que devolvem ao paciente estética e
função, proporcionando maior resistência mecânica e longevidade ao trabalho
protético. A sequência do preparo deve ser seguida de forma objetiva afim de
promover ao núcleo uma adequada relação entre altura e largura para uma
conicidade ideal das paredes axiais, promovendo retenção ao preparo.
Existem diversos materiais cerâmicos com diferentes características e
aplicações, de acordo com suas propriedades estruturais, mecânicas e estéticas,
o que possibilita a confecção de restaurações sobre dentes e implantes tanto na
região anterior como na região posterior, entretanto, as cerâmicas possuem
características indesejáveis que impossibilitam o uso irrestrito das cerâmicas
odontológicas, desta forma, faz-se necessário avanços nos estudos para
confecção de cerâmicas com características que conciliem estética e resistência
em um único material.
Referências:
AMOROSO, Andressa Paschoal et al. Cerâmicas odontológicas: propriedades,
indicações e considerações clínicas. Revista odontológica de Araçatuba, p.
19-25, 2012.]
ANDRADE, Allany de Oliveira et al. Cerâmicas odontológicas: classificação,
propriedades e considerações clínicas. Rev. Salusvita (Online), p. 1129-1152,
2017.
BISPO, Luciano Bonatelli. Cerâmicas odontológicas: vantagens e limitações da
zircônia. Revista brasileira de odontologia, v. 72, n. 1/2, p. 24, 2016.
FARIAS, Flávio Artur Rego et al. Preparo dentário para coroa metalocerâmica
em dentes anteriores, por meio da técnica de referência Inoue & Zanetti. RGO.
Revista Gaúcha de Odontologia (Online), v. 59, p. 81-88, 2011.
FISCHER, Lucas Vinicius et al. PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA
EM DENTES ANTERIORES PELA TÉCNICA DA SILHUETA PRECONIZADA
NA DISCIPLINA DE PRÓTESE PRÉ-CLÍNICA DA UNIVERSIDADE DE SANTA
CRUZ DO SUL (UNISC). In: Congresso Internacional em Saúde. 2021.
REIS, Simone Maria de Avila Silva et al. Preparo de dentes anteriores para coroa
metalocerâmica: condensação de algumas técnicas. Odontol. mod, p. 28-31,
1990.

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