Fichamento - O Mercantilismo, de Pierre Deyon
Fichamento - O Mercantilismo, de Pierre Deyon
Fichamento - O Mercantilismo, de Pierre Deyon
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“Colbert, um gênio ou um medíocre nocivo? Nem um, nem outro, mas um homem de
seu tempo e de seu país, um ministro desta poderosa monarquia administrativa, cuja
grandeza não podia conformar-se com a decadência comercial e industrial. Num
momento e num país onde tudo conspirava para desviar os filhos da burguesia das
atividades econômicas [...] ele tentou dar ao país o sentido do labor, da eficácia e da
empresa.” (DEYON, 1973, p. 29)
“Na Inglaterra, mais ainda que na França, o mercantilismo é uma criação contínua,
empírica e nacional.” (DEYON, 1973, p. 29)
“A tarefa do governo não era mais regulamentar o movimento das espécies, mas
orientar e dirigir as correntes do comércio para garantir um saldo positivo.”
(DEYON, 1973, p. 31)
Quanto à política mercantilista inglesa, seus primórdios datam da ascensão dos Tudor.
O mercantilismo inglês se fortaleceu ao longo do século XVII, também priorizando a
produção interna e dificultando a entrada de produtos estrangeiros através dos Atos de
Navegação, em 1651. A principal disrupção da Inglaterra foi tomar ações legais
favoráveis ao saldo positivo da balança comercial. Entendendo que o volume de
mercadorias vendidas deveria ser sempre superior ao volume de mercadorias
compradas, os britânicos começaram a regular o comércio colonial.
“Somente há política mercantilista eficaz nos séculos XVII e XVIII, onde um poder
central é capaz de dominar os particularismos e os egoísmos, de impor uma arbitragem
aos interesses opostos, de conciliar as reivindicações dos negociantes e dos
produtores. Somente há política mercantilista eficaz onde os empreendedores são
capazes de responder às proposições do governo, onde existe um embrião de burguesia
nacional, o esboço, ao menos para certos produtos, de um mercado nacional, e as
bases geográficas de uma relativa autarquia. É isto que demonstra um rápido exame
da política econômica de alguns Estados europeus.” (DEYON, 1973, p. 36)
“É conveniente evocar em primeiro lugar, porque sua situação é muito especial, o caso
das Províncias Unidas, e sobretudo da Holanda. Não há neste país na idade clássica
nem escola nem teórico mercantilista; isto já é revelador. Mas a República se
singulariza ainda pela liberdade que concede, quase desde sua constitui-ção, aos
movimentos internacionais das espécies e das moedas.” (DEYON, 1973, p. 36)
“Toda a história da Europa nos séculos XVII e XVIII ilustra esta incapacidade de um
Estado frágil, dependente ou muito pequeno para conduzir uma política eficaz de
intervenção e de desenvolvimento econômico.” (DEYON, 1973, p. 38)
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