13.2 - Sistema de Arranque
13.2 - Sistema de Arranque
13.2 - Sistema de Arranque
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A função do motor de arranque consiste em acionar o
motor térmico até que tenha início a combustão e o motor
funcione por si mesmo.
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O motor de arranque é o componente elétrico que maior
descarga impõe à bateria, no momento em que funciona pode
consumir entre 300A e 400A e em escassos segundos.
Como se vê, o
motor de arranque
consome muita corrente, e
por isso precisa de um
interruptor com contato que
suportem tal intensidade
de corrente elétrica, assim
como a própria instalação
elétrica que deve ser
composta por cabos
condutores com dimensões
tais, que suportem valores
altos de intensidade de
corrente (ver figura 2.2). 3
Ao mesmo tempo que a bateria aciona o motor de
arranque, deve fornecer corrente ao sistema de ignição para que
saltem faíscas nas velas.
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O pinhão do motor de arranque desengrena-se da
cremalheira logo que o motor começa a funcionar, caso contrário,
o motor térmico acionaria o motor de arranque, com a
consequente destruição deste.
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2.1.1 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR
ELÉTRICO
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Fig.2.3 – Diferente polaridade Fig.2.4 – A mesma polaridade
faz com que os ímãs se atraem faz repelir os dois ímãs
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Cada uma das peças do coletor está ligada a uma espira
ou conjunto, formando uma bobina, que coincide com a posição
das escovas.
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2.2 – COMPONENTES DO MOTOR DE ARRANQUE
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Entre o pinhão e a cremalheira do volante existe uma
relação de desmultiplicação de 1:8 a 1:20, de modo a poder
aumentar o binário de arranque dos motores elétricos de baixa
potência. Isto permite, também, uma diminuição da corrente de
arranque, podendo-se utilizar baterias de menor capacidade de
arranque.
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Na figura 2.10 podemos distinguir:
1 – Carcaça do motor com massas polares e bobinas indutoras
2 – Induzido com o mecanismo de pinhão de ataque
3 – Conjunto do relé
4 – Conjunto do porta-escovas 5 – Tampa lateral
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Na figura 2.11 temos as peças fundamentais que formam
este conjunto. Em primeiro lugar, temos as bobinas indutoras (1),
que estão encarregadas de criar o fluxo magnético do estator.
O parafuso 3 assegura a
correta posição das massas polares
no corpo da carcaça.
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O induzido, por sua vez, é formado por um eixo que
suporta várias peças, tais como o tambor do induzido, o coletor,
onde se fixam os terminais das bobinas, os rolamentos de apoio
do eixo e o mecanismo do pinhão de ataque.
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O tambor é constituído
por muitas chapas isoladas
entre si por meio de um papel
especial ou de um verniz de
modo a eliminar as correntes
magnéticas parasitas.
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O coletor C recebe a corrente que lhe chega da bateria
pelos contatos móveis denominados por escovas E. As escovas
permanecem fixas no porta-escovas P e em contato com o
coletor, devido à ação das molas M. Como o coletor gira solidário
com o eixo do induzido, as laminas vão recebendo corrente da
bateria através do cabo B.
As escovas são
constituídas por carvão que
garantem elevada condutibi-
lidade elétrica e dureza ligeira
de modo a não riscarem e
danificarem o coletor (ver figura
2.19).
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As escovas desgastam-se, pelo que é necessária uma
verificação periódica.
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É também importante conhecer o sistema de proteção do
motor elétrico, que está associado ao mecanismo do pinhão de
ataque.
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2.2.1 – MECANISMO DE RODA LIVRE DO PINHÃO DE ATAQUE
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Esta bobina, ao receber a corrente do interruptor da chave
de ignição faz deslocar um núcleo de ferro que desloca o pinhão
de ataque até que este engrene no volante do motor térmico e
simultaneamente liga os contatos de potência que permitem o
funcionamento do motor elétrico.
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Na figura 2.22 temos o sistema do pinhão de ataque
desmontado. Nesta figura temos em 1 a forquilha, a qual pode
mover-se no sentido indicado quando fixa pelo eixo 2.
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O mecanismo de roda
livre permite a transmissão do
movimento num único sentido
de rotação, de modo que
quando o induzido arrasta o
pinhão este o acompanha com
a mesma velocidade.
O mecanismo de roda
livre consta de dois discos
independentes (ver figura 2.23).
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O disco B é acionado pelo Se o disco A avançar mais
eixo do induzido. Quando o rápido, o disco B desloca os
disco B gira mais depressa rodízios para a posição que
que o disco A, os discos nos mostra a figura 2.25,
rodízios C colocam-se na desligando-se de A.
posição que vê na figura 2.24
e arrastam o disco A.
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2.3 – FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE ARRANQUE
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Deste modo a corrente de carga circula diretamente da
bateria acionando o motor de corrente contínua cujo rotor está
acoplado ao pinhão de ataque do motor de arranque; nesta fase,
a bobina “C” permite a passagem de corrente de alimentação do
motor elétrico e pela bobina “A” cujo campo magnético criado é
suficiente para manter o pinhão engrenado e os contatos “E” e “F”
fechados.
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2.4 – VERIFICAÇÃO DO MOTOR DE ARRANQUE
As pontas de prova do
aparelho de medida são
colocadas sucessivamente em
cada uma das bobinas, como
se apresenta na figura 2.28
devendo a medição ser
interpretada do modo seguinte:
Fig.2.28 – Teste de
continuidade elétrica do
induzido
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Se a bobina está em bom estado, o voltímetro irá detectar
a presença de diferença de potencial.
Se as ligações de uma
secção se encontrarem em mau
estado, a força eletromotriz
diminui como se mostra na
figura 2.31.
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2.4.2 – REPARAÇÃO DO COLETOR
É também necessário
verificar o estado das
soldaduras das bobinas ao
induzido a cada uma das
lâminas do coletor
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Um mau contato, por
defeito de uma soldadura, pode
provocar interrupções no
circuito, originando falta de
velocidade, quando o motor
entra em funcionamento
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No que diz respeito a bobinas indutoras, em primeiro lugar
temos que verificar a existência de curto circuitos, os quais se
manifestam pelos seguintes sintomas: se o motor de arranque
não se põe em marcha, mas absorve corrente elétrica e aquece
muito rapidamente, tendendo a queimar-se, estamos na presença
de um curto-circuito ou de um possível defeito à massa. Este
teste pode ser feito como se mostra nas figuras 2.35 e 2.36.
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Deve proceder-se ao teste de isolamento do estator e este
teste pode ser efetuado com o auxilio de um ohmímetro como se
mostra na figura 2.37 e 2.38.
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Devemos apertar bem os parafusos de fixação das massas
polares, como se pode ver na figura 2.39, para garantir que estas
massas não rocem no induzido.
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Finalmente deve-se limpar e lubrificar o pinhão de ataque e
por fim, testar o funcionamento do motor de arranque fora do
veículo, devendo para isso constatar-se a boa rotatividade e
eficiência do mesmo.
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2.5 – VERIFICAÇÕES DO MOTOR DE ARRANQUE NO
VEÍCULO
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Ao borne do relé que alimenta o motor de corrente
contínua e terminal positivo da bateria. Acionar o motor de
arranque devendo-se verificar um valor inferior a 1 V,
comprovando-se uma queda de tensão nos cabos (ver figura
2.43).
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Aos bornes do circuito de carga do relé, a tensão lida deve
ser aproximadamente o valor da tensão da bateria. Acionar o
motor de arranque durante alguns segundos e verificar-se a
tensão desce pelo menos 0,5 V, caso contrário os bornes estão
oxidados (ver figura 2.44).
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A massa do motor de arranque e ao negativo da bateria
comprovando que esta se encontra corretamente ligada à massa
(ver figura 2.45).