Pedras Quentes - Fibromialgia
Pedras Quentes - Fibromialgia
Pedras Quentes - Fibromialgia
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ANÁLISE DOS EFEITOS DA MASSAGEM COM
PEDRAS QUENTES EM PACIENTES PORTADORES
DE FIBROMIALGIA
1 | INTRODUÇÃO
A fibromialgia é um dos problemas de saúde mais perturbadores na sociedade
moderna, com consequência para a qualidade de vida daqueles que a possuem
(ABLIN; BUSKILA, 2015). É uma síndrome reumatológica, afetando principalmente
mulheres de meia idade, acometendo 2,4% a 6,8% (MARQUES et al., 2017),
principalmente entre a faixa etária de 35 a 44 anos (HEYMANN, 2017). A condição se
manifesta no sistema músculo esquelético e é considerada uma síndrome dolorosa
crônica, não inflamatória, de etiologia desconhecida sendo capaz de apresentar
sintomas em outros aparelhos e sistemas (JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012).
Os sintomas decorrentes dessa síndrome são fadiga, sono não reparador e
a rigidez matinal. Os menos frequentes são caracterizados pela síndrome do colón
irritável, fenômeno de Raynaud, cefaleias, alterações psicológicas e incapacidade
funcional significativa, os quais interferem no trabalho, nas atividades de vida diária
2 | MÉTODO
O presente estudo se caracteriza como descritivo do tipo quase experimental,
com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma Instituição de Ensino
Superior no interior do Rio Grande do Sul, junto ao Laboratório de Ensino Prático
de Fisioterapia.
Participaram do estudo 12 pacientes, com diagnóstico de fibromialgia, que
foram agendadas para o retorno três vezes na semana. Utilizou-se como critérios
3 | RESULTADOS
As participantes tinham idade média de 49,9 anos (DP = 6,7), 55,55% não
tinham atividade profissional e são portadoras de fibromialgia.
Na aplicação do teste de Shapiro-Wilk quanto aos dados da escala analógica
da dor, na análise do efeito pré e pós massagem com a utilização das pedras
quentes, ambos os grupos mostraram que os dados não seguem uma distribuição
normal ao nível de confiança de 95% (ppré = 0,0294 e ppós = 0,029).
Na sequência foi aplicado o teste de Wilcoxon para duas amostras
emparelhadas para testar a igualdade das duas distribuições. Os resultados
mostram que existem evidências estatísticas para se afirmar que a Escala Analógica
da Dor após as sessões de massagens é significativamente inferior a esta mesma
escala antes (p = 0,007). De fato, verifica-se que as médias da escala de dor variam
de 8,2 (DP = 1,78), antes das sessões, e 5,22 (DP = 1,98), após as sessões, sendo
consideradas significativas estas diferenças, como mostra o Gráfico I.
4 | DISCUSSÃO
Neste estudo, a média de idade das pacientes foi de 49,9 anos, mínimo de 40
e máximo de 57 anos. Peres, Costa e Santos (2020) evidenciaram em seu estudo
que a idade das participantes variou entre 41 e 60 anos, além de se encontrarem
ativas no que se refere a situação ocupacional.
O impacto da fibromialgia na qualidade de vida e na função física é substancial,
quando comparado com outras doenças reumáticas. Mais de 30% dos pacientes
com a doença são obrigados a trabalhar por períodos curtos ou ter um trabalho que
tenha pouca demanda física (AGNOL; MARTELETE, 2009). Os estudos corroboram
com os achados dessa pesquisa, onde se observou que a maioria das pacientes
não consegue trabalhar nem para auxiliar financeiramente em casa ou mesmo para
sentir-se profissionalmente ativa.
Esta pesquisa, encontrou uma redução significativa de dor nas pacientes
que fizeram a terapia por meio das pedras quentes. Outras pesquisas mostram
que os exercícios terapêuticos como uma abordagem de tratamento mais segura e
com menos efeitos colaterais (AMBROSE; GOLIGHTLY, 2015; GARCÍA; NICOLÁS;
5 | CONCLUSÃO
Esta pesquisa mostrou que houve diferença significativa nos resultados
das variáveis analisadas no pré e pós-tratamento da massagem com pedras
quentes. O teste de estresse percebido e o questionário impacto da funcionalidade
mostraram alterações estatisticamente significativas. Com isto, podemos afirmar
que a massagem com pedras quentes teve um enfoque positivo na evolução das
pacientes, assim como na redução da dor, melhorando a qualidade de vida e
consequentemente as atividades de vida diária, bem como melhora da mobilidade
e da capacidade física. Contudo, compreende-se para a necessidade de pesquisas
ampliadas com um maior tempo de intervenção para que os resultados sejam
fidedignos.
REFERÊNCIAS
ABLIN, J. N.; BUSKILA, D. Update on the genetics of the fibromyalgia syndrome. Best Pract
Res Clin Rheumatol. v. 29, n. 1, p. 20-8, 2015.
HILL, A. Guia das medicinas alternativas: todos os sistemas de cura natural. São Paulo
(SP): Hemus. 1990.
LEEMAN, L. et al. The nature and management of labor: Part I. Nonpharmacologic pain relief.
Am. Fam. Physician. v. 68, n. 6, p. 1109-12, 2003.
MATTOS, R. Dor Crônica e Fibromialgia: Uma visão interdisciplinar. Curitiba: Editora CRV,
2019.
PERES, R. S.; COSTA, F. C.; SANTOS, M. A. Subjective aspects of body image in women with
fibromyalgia. J Hum Growth Dev. v. 30, n. 3, p. 425-33, 2020.
WOLFE, F. et al. The American College of Rheumatology 1990 Criteria for the Classification
of Fibromyalgia. Report of the Multicenter Criteria Committee. Arthritis Rheum. v. 33, n. 2, p.
160-72, 1990.
A
Acidente vascular cerebral 53, 58, 100, 101, 109, 110, 129, 134, 136, 147
Acidente vascular encefálico agudo 129, 131
Alterações posturais 179, 180, 182, 213
Aplicabilidade 31, 68, 70, 75, 79, 80, 113, 169, 245, 253, 254, 261
Asma 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49
Atividades cotidianas 102, 106, 137, 186, 189, 275, 276, 281, 282, 283, 285, 286,
293
B
Bioética 70, 74, 79
C
Câncer 5, 6, 9, 11, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 74, 75, 77, 78, 80, 81, 91, 92, 96,
97, 98, 99, 124
Cardiopatias 83, 265
Cavalo 263, 264, 265, 266, 267, 268, 269, 270, 271, 272, 273
Cif 245, 246, 247, 248, 249, 250, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 260,
261, 262
Cólica menstrual 224, 225
Corpo 32, 64, 91, 92, 93, 97, 106, 119, 122, 126, 135, 152, 157, 167, 186, 200, 201,
202, 213, 214, 227, 229, 248, 253, 254, 256, 259, 265, 271, 275, 276, 277, 278, 279,
281, 282, 283, 284, 285, 286, 287, 288, 289, 291, 292, 293, 294
Cuidado de si 275, 276, 279, 280, 281, 293
Cuidados paliativos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 62, 63, 65, 66, 69, 70, 71, 72,
73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81
D
Depressão 5, 9, 28, 31, 32, 64, 66, 69, 74, 75, 78, 121, 144, 152, 160, 163, 164,
166, 167, 168, 169, 236, 237, 296, 297, 298, 299, 300, 301, 302, 303, 304, 305, 306,
307, 308
Disco intervertebral 199, 203, 204
Disfunções sexuais 235, 236
Dismenorreia 224, 225, 226, 227, 229, 230, 231, 232, 233, 234
Dismenorreia primária 225, 232
Dismenorreia secundária 225, 232