Meu TCC
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SURUBIM
2021
OANNY DE FATIMA LIMA DA SILVA (2047959406)
SURUBIM
2021
EPÍGRAFE
Agradeço primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo
da minha vida, a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo do curso em
meio a uma grande pandemia mundial, dando-me forças e coragem para seguir.
Agradeço aos meus pais, Maria de Fatima e José Mariano, que, com humildade e
honestidade, não me deixaram desistir nas horas difíceis, a vocês todo meu amor e
minha gratidão.
Ao meu esposo Miguel que sempre me incentivou durante esse tempo de curso, e
compreendeu minha ausência pelo tempo dedicado aos estudos.
A minha amiga Ângela, que me ajudou nos momentos mais complicados durante o
curso, e por compartilharmos momentos inesquecíveis.
Por fim agradeço a universidade UNOPAR de Surubim, pela oportunidade de fazer o
curso de pedagogia, pois sempre foi um sonho desde menina, a minha tutora
presencial Mariana Sousa, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, e pelas
suas correções e incentivos. O meu primeiro tutor presencial Avaci Xavier foi de
grande importância para o meu processo acadêmico, pessoal e profissional, jamais
esquecerei seus incentivos a não desistir quando eu tranquei a faculdade, e aos
meus amigos de classe que ao longo desses anos conquistei.
RESUMO
EPÍGRAFE....................................................................................3
AGRADECIMENTOS.....................................................................4
RESUMO.......................................................................................5
INTRODUÇÃO..............................................................................7
METODOLOGIA...........................................................................17
CONCLUSÃO...............................................................................18
REFERÊNCIAS............................................................................19
INTRODUÇÃO
A violência é um assunto que está presente em nosso dia a dia, seja nos
jornais, na televisão, no rádio e até mesmo nas conversas informais, sendo que a
cada dia vem ganhando mais espaço nos debates e discussões.
A violência se for pensada de uma forma ampla nos remete a várias formas,
sejam elas: violência doméstica, política, policial, religiosa, criminal, simbólica, nas
ruas, no trânsito, nas escolas, no campo, contra o jovem, a criança, a mulher, o
idoso, o portador de necessidades especiais, o afro-descendente, na diversidade de
gênero, entre outras.
Segundo Abramovay (2002, p. 17):
____________________________
A noção de violência é, por princípio, ambígua. Não existe uma única percepção do que seja
violência, mas multiplicidade de atos violentos, cujas significações devem ser analisadas a partir das
normas, das condições e dos contextos sociais, variando de um período histórico a outro
(ABRAMOVAY, 2002, p.17).
Há violência quando, em uma situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou
indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou a mais pessoas em graus variáveis, seja em
sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses ou em suas participações
simbólicas e culturais (MICHAUD, apud WAISELFISZ , 2006, p.14).
O tema violência nos últimos anos vem sendo bastante pesquisado e discutido
em debates de estudiosos, em campanhas eleitorais, monografias, entre outros,
gerando uma reflexão bastante importante e necessária.
Nos últimos anos ouvimos e assistimos nos noticiários da televisão muitas
reportagens sobre violência dentro do ambiente escolar, seja entre alunos, alunos e
professores e no entorno da escola. Segundo estas fontes, os principais motivos da
violência de alunos para com professores referem-se a notas baixas, pedidos de
silêncio, divergências de pensamentos ou opiniões, entre outros. Várias pesquisas
foram e estão sendo feitas com o intuito de identificar as principais causas desta
violência e criar estratégias ou ações para diminuir ou minimizar tais efeitos no dia a
dia do educador e do aluno. Segundo as mesmas, a principal violência sofrida pelos
professores referem-se a agressões verbais, o assédio moral, bullying, agressão
física, discriminação e até mesmo furto. As agressões entre os alunos geralmente
são motivadas pela formação de grupos, onde os demais colegas são excluídos do
mesmo, geralmente assim preconceito, blullying, discriminação física, entre outros. A
violência no entorno da escola são motivadas principalmente pela venda de drogas,
sejam elas substância legais ou ilegais, e pelo vandalismo e roubo a salas
comerciais, a própria escola, entre outros espaços.
A violência na escola já existe a vários anos, existem registros que apontam já
no século XIX, mas esses atos não eram interpretados com tanto importância como
é atualmente, desta forma, este artigo propõe a verificação dos referenciais teóricos
a cerca do tema violência na escola e a relevância deste tema na educação. Esta
pesquisa propõem-se a investigar o contexto da violência no âmbito escolar,
fundamentada na revisão bibliográfica dos referencias teóricos acerca do tema, de
forma crítica e reflexiva sobre as teorias que o embasam. O objetivo geral deste
estudo será: revisar os referenciais teóricos a cerca do tema: violência na escola,
especificando os referencias teóricos existentes em relação a violência no âmbito
escolar, Conceituando as formas de violência e por fim, elencar as implicações desta
na educação. No decorrer desta pesquisa serão abordados assuntos como:
violência e seus aspectos históricos, conceito de violência, violência no âmbito
escolar, violência escolar nos dias atuais, álcool, drogas, vandalismo, entre outros.
Conceito de violência.
[...] uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de
resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (KRUG et al.,
2002, p. 5).
A origem da violência humana tem sido estudada por muitos sociólogos e historiadores, que veem na
escassez de bens e fonte maior de conflito entre os homens. Para esses estudiosos, entre os quais
estão Hobbes, Rousseau, Marx e Engels, a origem dos conflitos e da violência remonta às
organizações humanas mais primitivas.
Fez com que o homem se sedentarizasse, abandonando a vida nômade que o fazia viver [...] em
diferentes lugares. Estabelecendo-se de forma definitiva em determinado sítio, o homem passou a ter
um novo comportamento em relação à natureza: deixou de ser predador e tornou-se produtivo.
Assim, com relativa frequência os alunos deixam de brincar coletivamente, passando a se agredirem
uns aos outros sem motivos aparentes. Estas agressões constantes têm interferido no rendimento
escolar dos dois lados, de quem agride e de quem é agredido, e culmina na falta de interesse pelos
estudos.
O âmbito escolar vai desde a infância até a fase da adolescência, sendo esta a
principal faixa etária para o início do uso de drogas. Para Bock (2002, p. 291) “a
adolescência começa por volta dos doze anos e termina por volta dos dezoito”. Uma
fase bastante de descobertas para os jovens e de preocupações para os pais e
familiares, pois é nela que o jovem quer mostrar para os mesmo que pode tomar
suas próprias decisões e se responsabilizar por elas. Segundo a mesma autora,
O jovem até agora avaliou o mundo através dos valores da sua família, mas, ao confrontá-los com os
valores e normas dos novos grupos que passa a frequentar, verifica que os valores familiares não são
únicos disponíveis e que, muitas vezes, não se adaptam a funções que são agora exigidas. (BOCK,
2002, p. 296)
Muitos serão os valores familiares que combinaram com os valores dos novos
grupos que o jovem passará a frequentar, mas muitos deles também não serão,
sendo que é neste momento que o adolescente é possuidor das suas próprias
escolhas e decisões.
Segundo NJAINE (2009, p. 239) é na adolescência que o “[...] o adolescente
geralmente busca uma série de fatores: desde o prazer, passando por novas
sensações, compartilhamento grupal, diferenciação e autonomia, até a
independência de sua família.”
É geralmente na adolescência o primeiro contato com álcool e drogas, sendo
que há alguns anos atrás este contato era efetuado em sua grande maioria com 18
anos quando os jovens ingressavam no ensino superior, mas atualmente o mesmo
vem sendo feito cada vez mais precocemente, apesar de toda prevenção e alerta
que é feito em diversos meios e em de diferentes formas. (BESSA; BOARATI;
SCIOVOLETTO, 2011)
Para Bessa; Boarati; Sciovoletto (2011, p. 359) “a pré-adolescência e a própria
adolescência são fases de experimentação de vários comportamentos. A principal
tarefa do adolescente é a construção da identidade própria, de sua imagem e papel
social”. O adolescente está no processo de construção da identidade e este é um
fator que merece atenção, comprometimento e acompanhamento dos seus
familiares, pois é nela que irá se fortalecer os valores do sujeito.
A experiência do uso de drogas geralmente é realizada com a companhia de um
amigo ou então junto a um grupo de pessoas, sendo que esta atitude,
comportamento ou impulso muitas vezes não são pensadas ou refletidas pelos
adolescentes, sendo que ele corre sério risco de se tornar uma pessoa dependente
ao uso de substâncias. (NJAINE, 2009).
Os termos “uso de substâncias” e “uso de drogas” dizem respeito ao consumo
de álcool e drogas lícitas ou ilícitas, as drogas lícitas dizem respeito ao álcool,
tabaco e remédios, já as drogas ilícitas são a maconha, cocaína, crack, entre outros.
O uso de drogas ou substâncias psicoativas alteram o funcionamento do sistema
nervoso central do indivíduo, podem desta forma, deprimir, estimular ou perturbar o
sujeito e com o tempo e quantidade causam dependência.
Para Bock (2002, p. 298) “a droga perdeu o ar “alternativo” que lhe foi atribuído
pelo movimento de contracultura da década de 70, transformando-se numa
mercadoria de consumo como outra qualquer com o agravante de ser ilegal e
altamente prejudicial a saúde.”
As drogas, o cigarro e a bebida alcoólica para os adolescente tornam-se
símbolos de auto afirmação, ou seja, eles usam destes fatores para demonstrar que
são capazes de realizarem suas escolhas e de arcar com as consequências das
mesmas. De acordo com Bock (2002, p. 299) “a droga (incluindo o cigarro e o álcool)
é um produto que fornece um prazer imediato e é esse prazer que irá garantir o
consumo (além de fatores desencadeados pelo próprio grupo).”
A escola possui um papel de suma importância e relevância quando o assunto
são drogas, ela pode ser “[...] agente transformador ou como lugar que propicia o
ambiente que exacerba as condições para o uso de drogas.” (NJAINE, 2009, p. 246)
O âmbito escolar é atualmente um local de grande assédio de traficantes e
repassadores de drogas, visto que a mesma concentra uma grande quantidade de
jovens e adolescentes, sendo estes possíveis alvos de compra e venda de
substâncias psicoativas. De acordo com a mesma autora existem fatores que
predispõem os adolescentes ao uso das drogas, os principais são: falta de
motivação; falta de assiduidade e mau desempenho escolar; busca de novidade a
qualquer preço; intensa vontade de ser independente; carência de um projeto
político pedagógico que atue de forma preventiva; entre outros.
Para SEBENELLO; BONAMIGO (2011) a violência do entorno escolar como o
tráfico e o consumo de drogas e álcool é uma prática que não esta necessariamente
vinculada a prática pedagógica, mas é uma importante contribuição para a
identificação das ações e do enfrentamento da situação como um todo, ou seja, o
que caberia a cada órgão são políticas públicas que minimizem os efeitos no âmbito
escolar.
Ocorre também em quase todas as regiões e cidades do nosso país a violência
contra a escola, como: furtos, depredações, pichações de muros, ameaças, entre
outros, muitos deles relacionados com o tráfico ou o uso de drogas de alunos, ex
alunos, ou demais pessoas que ficam ao redor da escola.
Portanto, é necessário que a escola (professores, diretores, secretárias,
coordenadores pedagógicos, entre outros) pense de forma coletiva e encontre
alternativas para aproximar os jovens e seus familiares para dentro da escola e não
os afaste dela, sendo que é nessa totalidade que se tornará possível de serem
encontradas formas ou alternativas de contribuir ou amenizar com estes problemas.
As escolas devem compreender e refletir sobre a violência que nela se instaura, mas
precisamente como ela ocorre e de que forma insere-se na comunidade.
A falta de respeito dos professores para com os alunos e vice-versa, as lacunas na formação de
professores, a baixa qualidade de ensino e aulas desmotivadas são outros tantos fatores internos que
podem estar relacionados à violência escolar levando o aluno ao fracasso escolar. (SILVA, 2009, p. 3)
Torna-se evidente a importância de olharmos para o todo da escola, seu
processo de ensino-aprendizagem, o respeito, a qualidade do ensino, a formação
dos professores, entre outros, e levantarmos possibilidades do porque e de como a
violência escolar está ocorrendo.
A escola que não realiza este reconhecimento da violência escolar, está
declarando sua incompetência para lidar com este problema que envolve tanto os
alunos quanto os profissionais da educação, e por isso torna-se necessário que os
cursos de graduação abordem questões como a violência no âmbito escola
inserindo este tema em suas matrizes curriculares, para que assim os professores
obtenham conhecimento sobre o tema, reflitam sobre formas de agir, pensar e
interagir com as crianças e adolescentes. Desta forma, segundo Galvão et al (2010,
p. 11)
[...] a proposta curricular precisa ter como objetivo maior transformar a escola num âmbito de
realização pessoal, capaz de transformar padrões de comportamento, produzir ideias, conciliar
alternativas e administrar (além de ensinar a administrar) conflitos.
A chave para a solução da violência pode ser o gestor. Sem ele, nada se faz. Mas ele sozinho não faz
quase nada. Ao lidar com a situação, esse profissional convive com diferentes interpretações. Uma
delas é a do senso comum, alimentado pela imprensa. De modo geral, os meios de comunicação
pouco levam à reflexão.
BOCK, Ana Marcês Bahia. Psicologia: uma introdução ao estudo de psicologia. Ana
Mercês Habia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. 13. ed. reform.
e ampl.