Portaria 50 Brigada Profissional

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COMANDO-GERAL

PORTARIA Nº 50, DE 02 DE JULHO DE 2020.

Regulamenta o art. 7º da Lei Estadual nº


22.839, de 05 de janeiro de 2018, quanto à
atuação, credenciamento, uniformes e
veículos da brigada e do brigadista
profissional.

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE


MINAS GERAIS (CBMMG), no uso de suas atribuições legais, e considerando:

I - que a Lei Federal nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, regulamenta a


profissão de Bombeiro Civil;

II - que a Lei Complementar Estadual nº 54, de 13 de dezembro de 1999, em


seu artigo 3º, estabelece que compete ao CBMMG estipular normas básicas de
funcionamento e padrão operacional, além de supervisionar as atividades das
instituições civis que atuam em sua área de competência;

III - que a Lei Estadual nº 22.839, de 05 de janeiro de 2018, atribui ao CBMMG


competência para estabelecer normas que regulem a formação, credenciamento,
atuação, uniformes e veículos utilizados pelos voluntários, profissionais e instituições
civis que exercem atividades na área de competência da Corporação;

IV - que a Lei Estadual nº 14.130, de 19 de dezembro de 2001 e o respectivo


decreto que a regulamenta, estabelecem a medida de segurança contra incêndio e
pânico denominada “brigada de incêndio”.
RESOLVE:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A presente Portaria regulamenta a prática de atividades da área de


competência do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) pela brigada
e brigadista profissional.

Parágrafo único - Esta Portaria deve ser interpretada em conjunto com as


demais normas expedidas pelo CBMMG, inclusive as regulamentadoras do art. 7º da
Lei Estadual nº 22.839, de 05 de janeiro de 2018.

Art. 2º Compreendem-se como atividades da área de competência do CBMMG:

I - prevenção e combate a incêndio e pânico: conjunto de ações e medidas que


visam a diminuir a possibilidade da ocorrência de incêndio e pânico, e estabelecer o
comportamento a ser adotado frente à emergência, podendo ser assim divididas:
a) prevenção a incêndio e pânico: medidas com finalidade de verificar a
disponibilidade dos sistemas preventivos de combate a incêndio e de situações de
risco, excluídas as atividades decorrentes do exercício do poder de polícia
administrativa, relativas à análise e vistorias de fiscalização e liberação do Serviço de
Segurança Contra Incêndio e Pânico (SSCIP) nas edificações e eventos temporários,
que são exercidas exclusivamente pelo CBMMG;
b) combate a incêndio: ações com finalidade de proteger a vida de possíveis
vítimas, extinguir o fogo já deflagrado, preservar indícios das causas do incêndio e
evitar nova ignição.
II - busca e salvamento: conjunto de ações realizadas em ambientes terrestres
e aquáticos, com finalidade de localizar e resgatar vítimas humanas, animais ou bens
materiais;
III - atendimento pré-hospitalar (APH): atendimento que procura chegar
precocemente à vítima, após ter ocorrido o agravo à sua saúde, que possa levar à
deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
assistência adequada e transporte a uma unidade de saúde, excluindo-se as
atividades desenvolvidas pelos órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde,
estabelecimentos hospitalares e sistema de saúde suplementar e deve observar as
prescrições contidas na Portaria nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, do Ministério
da Saúde, ou norma que vier a lhe substituir.

Parágrafo único – A formação e requalificação dos profissionais e voluntários


que exercem as atividades elencadas nos incisos I, II e III deste artigo também se dá
na área de competência do CBMMG, à exceção das disciplinas correlatas, ofertadas
nos cursos de ensino técnico e superior, cuja regulamentação ocorre no âmbito de
competência dos órgãos oficiais de educação.

Art. 3º Para os efeitos desta Portaria são utilizadas as seguintes definições:

I - Ata de Conclusão de Curso (ACC): é o documento encaminhado ao CBMMG


pelo centro de formação ao término de cada curso de formação ou requalificação, no
qual constam os nomes dos alunos que concluíram o curso com aproveitamento;

II - brigada: grupo de pessoas capacitadas para atuação na área de


competência do CBMMG, nos termos do art. 2º, podendo ser:

a) brigada de aeródromo: grupo organizado de profissionais, com habilitação


específica, que exercem função remunerada referente a serviço operacional de
prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis (SESCINC), que
atuam nos termos da Resolução nº 279, de 10 de julho de 2013, da Agência Nacional
de Aviação Civil, ou norma que vier a lhe substituir;

b) brigada florestal: grupo organizado composto por profissionais e/ou


voluntários vinculados a instituições civis públicas ou privadas, para atuação no
combate a incêndios florestais;

c) brigada municipal: órgão municipal composto por agentes públicos e/ou


voluntários, todos capacitados para atuação, mediante assinatura de convênio com o
CBMMG, na prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio e pânico,
busca e salvamento, primeiros socorros ou atendimento pré-hospitalar, nos termos da
Lei Federal nº 13.425, de 30 de março de 2017;

d) brigada de incêndio: medida de segurança prevista na legislação de


Segurança Contra Incêndio e Pânico, que consiste em um grupo organizado de
pessoas treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono de edificação,
combate a princípio de incêndios e prestação de primeiros socorros, dentro de uma
área preestabelecida, podendo ser composta por:

1. brigada orgânica: grupo organizado de brigadistas orgânicos que compõem


a população fixa da edificação ou espaço destinado a uso coletivo em que se
desenvolvem as atividades da ocupação, que, embora não sejam contratados para a
execução de prevenção e combate a incêndio, atuam de forma extraordinária no
combate a princípio de incêndios, abandono da edificação e prestação de primeiros
socorros, nos limites da propriedade e em conformidade com a Instrução Técnica nº
12 do CBMMG;

2. brigada profissional: grupo organizado de pessoas contratadas para a


execução de atividades de prevenção e combate a incêndio, de forma exclusiva ou
não, no âmbito da propriedade ou em evento temporário, excluídos os membros das
brigadas de aeródromo, florestal, orgânica e municipal;

III - brigadista: pessoa física que exerce atividades nos termos de cada brigada
prevista no inciso II deste artigo, sendo:

a) brigadista de aeródromo: profissional que exerce atividade no âmbito da


brigada de aeródromo;

b) brigadista florestal: profissional ou voluntário que exerce atividade no âmbito


da brigada florestal;

c) brigadista municipal: servidor público ou voluntário que exerce atividade no


âmbito da brigada municipal;

d) brigadista orgânico: membro da população fixa da edificação ou espaço


destinado a uso coletivo em que se desenvolvem as atividades da ocupação, que
embora não seja contratado para a execução de prevenção e combate a incêndio,
atua de forma extraordinária no combate a princípio de incêndios, abandono da
edificação e prestação de primeiros socorros, nos limites da propriedade e em
conformidade com a Instrução Técnica nº 12 do CBMMG;

e) brigadista profissional em sentido amplo: profissional que exerce atividade


exclusiva ou não de prevenção e combate a incêndio no âmbito da brigada
profissional, podendo ser:
1. brigadista profissional em sentido estrito: profissional que, habilitado nos
termos desta Portaria, exerce, em caráter habitual, função remunerada e não
exclusiva de prevenção e combate a incêndio no âmbito da brigada profissional;

2. Bombeiro Civil: é o profissional que, habilitado nos termos da Lei Federal nº


11.901, de 12 de janeiro de 2009, exerce, em caráter habitual, função remunerada e
exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente por pessoas jurídicas de direito privado, podendo ser nível básico, Líder
e Mestre;

IV - centro de formação: pessoa jurídica localizada no Estado de Minas Gerais,


devidamente credenciada pelo CBMMG, destinada à formação e requalificação
periódica dos brigadistas profissionais, inclusive Bombeiros Civis nível básico,
brigadistas florestais, brigadistas orgânicos e guarda-vidas civis;

V - credenciamento: ato pelo qual a Administração Pública autoriza o


funcionamento da pessoa jurídica, ou a atuação do profissional ou voluntário, sendo
expresso através da emissão do certificado de credenciamento;

VI - instrutor de brigadistas: profissional credenciado, formado no Curso de


Formação de Instrutor de Brigadistas (CFIB) promovido pelo CBMMG, responsável
por ministrar instrução aos alunos dos cursos de formação e requalificação de
brigadista profissional sentido estrito, Bombeiro Civil nível básico, brigadista orgânico
e florestal;

VII - instrutor de primeiros socorros: médico ou enfermeiro com especialização


em APH ou pós-graduação correlata, credenciado e responsável por ministrar
instrução de primeiros socorros aos alunos dos cursos de formação e requalificação
de brigadista profissional sentido estrito, Bombeiro Civil nível básico, brigadista
orgânico, brigadista florestal e guarda-vidas civil;
VIII - primeiros socorros: cuidados imediatos que devem ser prestados
rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico
põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada
de assistência especializada;
IX - Sistema de Gestão de Atividades Auxiliares – SiGeA: sistema
informatizado destinado à tramitação dos processos de credenciamento e fiscalização
relativos aos voluntários, profissionais e instituições civis que exercem atividades na
área de competência do CBMMG.

CAPÍTULO II
DO CREDENCIAMENTO E RENOVAÇÃO

Art. 4º Deverão ser credenciados, nos termos desta Portaria:

I - a brigada profissional;

II - o brigadista profissional sentido estrito;

III - o Bombeiro Civil nível básico;

IV - o Bombeiro Civil Líder.

§ 1º Inclui-se na obrigatoriedade mencionada no caput, a empresa que presta


serviço por meio da brigada profissional, do brigadista profissional sentido estrito ou
Bombeiro Civil nível básico, em todos os casos, de forma terceirizada, seja para atuar
em edificações ou eventos temporários.

§ 2º Fica dispensado de credenciamento o Bombeiro Civil Mestre, desde que


devidamente registrado no respectivo conselho profissional.

§ 3º O credenciamento da pessoa jurídica não desobriga que as pessoas


físicas a ela vinculadas sejam, quando houver previsão nesta Portaria, também
credenciadas junto ao CBMMG.

Art. 5º O credenciamento será válido por 02 (dois) anos, podendo ser renovado,
sucessivamente, por igual período, desde que atendidos os requisitos necessários
previstos nesta Portaria.

§ 1º Durante a vigência do credenciamento, todos os requisitos exigidos


deverão ser mantidos, sob pena de aplicação das sanções previstas na Lei Estadual
nº 22.839/2018.

§ 2º As certidões de prova apresentadas no ato de requerimento de


credenciamento ou renovação de credenciamento serão hábeis a comprovar a
situação a que se propõem durante a vigência do certificado concedido pelo CBMMG.
§ 3º A contagem do prazo previsto no caput deste artigo será iniciada na data
de expedição do certificado de credenciamento ou renovação.

§ 4º Encerrada a vigência do credenciamento, a pessoa física ou jurídica não


poderá exercer suas atividades até que seja deferida sua renovação, sob pena de
incorrer nas sanções previstas na Lei Estadual nº 22.839/2018.

Art. 6º Os requerimentos de credenciamento e renovação de credenciamento


serão analisados pelo setor competente do CBMMG, que deverá:

I - verificar a regularidade da documentação apresentada;

II - deliberar sobre questões e pedidos incidentais;

III - determinar a complementação dos documentos exigidos nesta Portaria, se


necessário;

IV - expedir o certificado de credenciamento ou renovação;

V - divulgar relação dos credenciados no portal institucional eletrônico do


CBMMG na internet.

Art. 7º A partir do protocolo do requerimento de credenciamento ou de sua


renovação, o CBMMG terá o prazo de 30 (trinta) dias para análise da documentação.

Parágrafo único – O pedido de renovação de credenciamento deve ser


apresentado 30 (trinta) dias antes do vencimento.

Art. 8º Constatadas irregularidades no requerimento de credenciamento ou


renovação de pessoa física ou jurídica, o pleito será indeferido, podendo o interessado
recorrer por meio do formulário constante no Anexo A, no prazo de 5 (cinco) dias úteis
contados a partir do dia posterior ao indeferimento.

Art. 9º Não terá seu requerimento de credenciamento ou renovação deferido a


pessoa física ou jurídica que possuir débitos inadimplidos decorrentes da aplicação
de sanções previstas na Lei Estadual nº 22.839/2018.

Art. 10 O credenciamento junto ao CBMMG não importará responsabilidade


por parte da Administração Pública quanto a eventuais danos causados pelo
credenciado, cabendo a este o exercício das atividades para as quais foi habilitado,
dentro de critérios de eficiência e adequação aos parâmetros operacionais.
Art. 11 O descredenciamento poderá ser solicitado pela pessoa física ou
jurídica por meio do SiGeA.

SEÇÃO I
DA BRIGADA PROFISSIONAL

Art. 12 O credenciamento da brigada profissional será específico, intransferível


e renovável, condicionado ao atendimento integral dos requisitos estabelecidos nesta
Portaria.

Art. 13 Para requerer o credenciamento ou renovação de credenciamento, o


representante legal da pessoa jurídica deverá acessar o Sistema de Credenciamento,
no campo “Gestão de Atividades Auxiliares”, através do portal institucional eletrônico
do CBMMG.

§ 1º Após o login, o usuário deverá preencher o formulário de credenciamento


ou de renovação de credenciamento e anexar os seguintes documentos digitalizados,
frente e verso, quando houver:

I - certidão de inteiro teor dos atos constitutivos da instituição e eventuais


alterações, devidamente registrados;

II - cédula de identidade, comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas


Físicas (CPF) e comprovante de endereço do(s) representante(s) legal(is) da
instituição;

III - comprovante de inscrição da instituição no Cadastro Nacional de Pessoas


Jurídicas (CNPJ) com data de emissão inferior a 60 (sessenta) dias;

IV - pagamento da taxa de credenciamento ou renovação de credenciamento,


quando prevista;

V - comprovante de endereço da instituição no Estado de Minas Gerais;

VI - representação gráfica colorida do uniforme que será adotado, em


conformidade com o capítulo IV;

VII - representação gráfica colorida dos veículos que serão utilizados, quando
for o caso, em conformidade com o capítulo V.
§ 2º O credenciamento ou renovação de credenciamento da brigada
profissional em que haja mais de um representante legal, e cujos atos devam ser
tomados em conjunto, será realizado mediante o preenchimento dos dados, no
formulário do SiGeA, de cada um dos representantes habilitados.

§ 3º O processo de credenciamento ou renovação de credenciamento será


instruído com documentos obrigatórios e, quando necessário para elucidação ou
comprovação de algum fato, com documentos complementares.

§ 4º Quando houver previsão em lei, poderá ser concedida isenção da taxa


mencionada no inciso IV.

Art. 14 Sendo deferido o credenciamento ou renovação de credenciamento, o


certificado será disponibilizado no SiGeA.

Art. 15 Sempre que houver mudança de algum requisito previamente


aprovado, ainda que dentro do prazo de validade, haverá necessidade de renovação
do credenciamento por meio do SiGeA.

§ 1º Caso a mudança prevista no caput refira-se apenas à atualização dos


dados cadastrais citados abaixo, a brigada profissional será dispensada de solicitar a
renovação do credenciamento, cabendo, contudo, requerer a alteração por meio do
SiGeA.

I - dados do representante legal da brigada profissional;

II - telefones de contato da pessoa física ou jurídica;

III - endereço da pessoa física.

§ 2º A data de validade do credenciamento permanece inalterada quando da


realização de alteração do credenciamento.

SEÇÃO II
DO BRIGADISTA PROFISSIONAL

Art. 16 O credenciamento do brigadista profissional sentido estrito, do


Bombeiro Civil nível básico e do Bombeiro Civil Líder, será específico, intransferível e
renovável, devendo cada indivíduo possuir idade mínima de 18 (dezoito) anos e
atender integralmente aos requisitos estabelecidos nesta Portaria.

§ 1º Não compete à brigada profissional requerer o credenciamento do


brigadista, sendo este ato, de incumbência do próprio profissional a que se referir o
requerimento.

§ 2º A Ata de Conclusão de Curso, enviada pelo centro de formação após o


término do curso, será verificada durante a conferência da documentação relativa ao
requerimento de credenciamento do brigadista profissional sentido estrito e Bombeiro
Civil nível básico, sendo que a ausência do nome do requerente no referido
documento implicará no indeferimento do pedido.

Art. 17 Para requerer o credenciamento ou renovação de credenciamento, o


interessado deverá acessar o Sistema de Credenciamento, no campo “Gestão de
Atividades Auxiliares”, através do portal institucional eletrônico do CBMMG.

§ 1º Após o login, o usuário deverá preencher o formulário de credenciamento


e anexar os seguintes documentos digitalizados, frente e verso, quando houver:

I - cédula de identidade;

II - comprovante de inscrição no CPF;

III - documento oficial comprovante da situação funcional, emitido pela


Corporação de origem, no caso do bombeiro militar da reserva;

IV - certidão negativa de antecedentes criminais nas esferas estadual e


federal;

V - comprovante de endereço;

VI - declaração médica expedida há menos de 1 (um) ano atestando a


capacidade para exercer atividades de emergência, que exijam intenso e prolongado
esforço físico;

VII - certificado de conclusão do curso de formação ou requalificação de


Bombeiro Civil nível básico ou brigadista profissional sentido estrito, realizado em
centro de formação credenciado pelo CBMMG, ministrado em conformidade com a
Portaria CBMMG nº 54/2020, exceto no caso de bombeiros militares da reserva, que
estão dispensados da apresentação deste;
VIII - certificado de conclusão de curso técnico em prevenção e combate a
incêndio, em substituição ao inciso VII, no caso do Bombeiro Civil Líder.

IX - pagamento da taxa de credenciamento ou renovação de credenciamento,


quando prevista.

§ 2º O processo de credenciamento ou renovação de credenciamento será


instruído com documentos obrigatórios e, quando necessário para elucidação ou
comprovação de algum fato, com documentos complementares.

§ 3º O requerente que, quando convocado, não comparecer à prova prevista


no art. 41 da Portaria CBMMG nº 54/2020, estará inapto a realizar credenciamento
junto ao CBMMG até submeter-se a nova avaliação a ser marcada oportunamente.

§ 4º Quando houver previsão em lei, poderá ser concedida isenção da taxa


mencionada no inciso IX, deste artigo.

Art. 18 O interessado em se credenciar ou renovar o credenciamento para


atuação como brigadista profissional sentido estrito e Bombeiro Civil nível básico
deverá realizar o curso de formação ou requalificação em centro de formação
devidamente credenciado pelo CBMMG.

§ 1º Ao aluno que concluir o curso de formação ou requalificação com


aproveitamento satisfatório, ser-lhe-á concedido o respectivo certificado, sendo
vedada a expedição de documento de identidade por inexistência de previsão legal.

§ 2º O certificado de conclusão do curso de formação ou da última


requalificação deverá ter sido emitido nos últimos 2 (dois) anos, sendo válido somente
para um credenciamento ou renovação.

Art. 19 O bombeiro militar da reserva não necessitará realizar curso de


formação para atuar como brigadista profissional sentido amplo, mas deverá
credenciar-se junto ao CBMMG.

§ 1º O previsto no caput deste artigo também se aplica ao policial militar da


reserva que tiver exercido, quando no serviço ativo, função no Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar.
§ 2º O interessado deverá realizar seu requerimento de credenciamento nos
moldes do art. 17.
Art. 20 Sendo deferido o credenciamento ou renovação de credenciamento, o
certificado será disponibilizado no SiGeA.

Art. 21 Sempre que houver mudança de algum requisito previamente


aprovado, ainda que dentro do prazo de validade, haverá necessidade de renovação
do credenciamento por meio do SiGeA.

§ 1º Caso a mudança prevista no caput refira-se apenas à atualização dos


dados cadastrais citados abaixo, o brigadista profissional sentido estrito, Bombeiro
Civil nível básico ou Bombeiro Civil Líder será dispensado de solicitar a renovação do
credenciamento, cabendo, contudo, requerer a alteração por meio do SiGeA.

I - nome;

II - telefones de contato e/ou e-mail;

III - endereço.

§ 2º A data de validade do credenciamento permanece inalterada quando da


realização de alteração do credenciamento.

Art. 22 A pessoa que tenha realizado curso de formação ou requalificação em


outra unidade federativa poderá ter seu curso reconhecido pelo CBMMG, desde que
o centro de formação que ministrou o curso seja credenciado no Corpo de Bombeiros
Militar do respectivo estado.

§ 1º Para requerer o reconhecimento previsto no caput, o interessado deverá


apresentar certificado, emitido nos últimos 02 (dois) anos, e documento que comprove
o credenciamento do centro de formação no respectivo Corpo de Bombeiros Militar.
§ 2º O interessado deverá realizar seu requerimento de credenciamento nos
moldes do art. 17, anexando ao sistema na mesma ocasião os documentos citados
no § 1º deste artigo.
§ 3º Caso seja necessário, o CBMMG poderá solicitar documentos
complementares.

CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES E ATUAÇÃO
SEÇÃO I
DA BRIGADA PROFISSIONAL

Art. 23 A brigada profissional atuará no âmbito da propriedade ou em evento


temporário e será composta por brigadistas profissionais.

Art. 24 A brigada profissional poderá ser concebida como pessoa jurídica de


direito privado autônoma, ou então, estar vinculada diretamente à propriedade na qual
são exercidos os trabalhos de prevenção e combate a incêndio.

§ 1º Caso a brigada profissional seja concebida como pessoa jurídica de direito


privado, prestará serviço por meio de seus funcionários brigadistas profissionais,
contratada pelas pessoas jurídicas responsáveis por propriedades em que o serviço
de prevenção e combate a incêndio se fizer necessário.

§ 2º Na hipótese da brigada profissional ser incorporada à pessoa jurídica


responsável pela propriedade na qual será demandado o serviço de prevenção e
combate a incêndio, esta contratará diretamente os brigadistas profissionais, que
farão parte do seu quadro de funcionários.

§ 3º Na realização de eventos temporários, obedecidas as prescrições da


Instrução Técnica (IT) nº 33 do CBMMG, o organizador poderá contratar brigada
profissional constituída e credenciada ou brigadistas profissionais avulsos, desde que
estes sejam também credenciados junto ao CBMMG e utilizem o uniforme conforme
previsto no capítulo IV.

Art. 25 A brigada profissional poderá ser constituída para atuação de forma


permanente ou temporária, a depender do caso.

§ 1º A atuação de forma permanente restringir-se-á aos limites físicos do


empreendimento.

§ 2º A atuação de forma temporária será restrita à duração e limites físicos do


evento temporário.

Art. 26 A contratação de Bombeiros Civis por pessoas jurídicas de direito


público, caso ocorra, deve se dar por meio de empresas especializadas em prestação
de serviços de prevenção e combate a incêndio.
SEÇÃO II
DO BRIGADISTA PROFISSIONAL

Art. 27 O brigadista profissional sentido amplo exercerá as funções no âmbito


da brigada profissional.

Art. 28 Os brigadistas profissionais sentido amplo serão os executores das


atividades de prevenção e combate a incêndios, de forma exclusiva ou não, no âmbito
da propriedade ou do evento temporário.

CAPÍTULO IV
DOS UNIFORMES

Art. 29 Para fins de padronização, os uniformes deverão atender à seguinte


especificação:

I - blusão tipo “gandola” (item obrigatório): cor vermelha, com o texto “BRIGADA
PROFISSIONAL” grafado de forma arqueada, em fonte de altura mínima de 2,5 (dois
e meio) centímetros, no terço superior das costas, na cor branca;

II - camiseta manga curta (item opcional): qualquer cor exceto a vermelha;

III - calça (item obrigatório): cor preta;

IV - cinto (item opcional): cor preta;

V - boné (item opcional): cor vermelha;

VI - identificação (item obrigatório): deverá ser afixada na região do tórax, do


lado direito, constando o nome do brigadista profissional com no mínimo 1 (um)
centímetro de altura, que poderá ser antecedido de abreviações do tipo “BC”,
correspondente à profissão Bombeiro Civil ou “BP”, correspondente à brigadista
profissional sentido estrito;

VII - distintivo da brigada (item opcional): poderá ser afixado na região do tórax,
do lado direito;

§ 1º É vedada a utilização de boina.


§ 2º Não poderão ser utilizados quaisquer emblemas, insígnias, denominações
ou distintivos no uniforme próprios das instituições militares, ou que com eles possam
ser confundidos.

§ 3º O modelo do uniforme será proposto pela instituição interessada,


respeitadas as prescrições desta Portaria.

§ 4º Quando da avaliação, o CBMMG poderá estabelecer adequações que


auxiliem na diferenciação do modelo proposto em relação a outros uniformes ou
fardas já existentes.

§ 5º É proibida a utilização da designação “corpo de bombeiros” nos uniformes.

Art. 30 A utilização dos uniformes será restrita ao período e local de trabalho,


sendo vedada a sua utilização em situações diversas.

Art. 31 Em caso de semelhança superveniente causada pela adoção de novo


uniforme nas instituições militares ou outros órgãos públicos, capaz de causar
confusão ao cidadão, o CBMMG avaliará a necessidade de adequação por parte da
instituição civil.

Art. 32 O prazo para adequação das prescrições de uniforme previstas neste


capítulo, em relação ao previsto na Portaria CBMMG nº 33/2018, será de 4 (quatro)
anos contados a partir da data da publicação desta Portaria.

CAPÍTULO V
DOS VEÍCULOS

Art. 33 Dada a atuação da brigada profissional no âmbito das edificações, que


em regra, são dotadas de sistemas preventivos, a utilização de veículos não se
consubstancia situação ordinária, contudo, é permitido seu emprego em complexos
industriais e comerciais, desde que o uso de tais veículos não extrapole os limites
físicos e a competência de atuação da própria brigada.

§ 1º Na ocorrência de grandes sinistros, em que se faça necessário o


acionamento de plano de auxílio mútuo, plano de contingência ou qualquer outra rede
de atendimento de emergência oficialmente chancelada pelo CBMMG, poderá haver
utilização em via pública dos veículos pertencentes à brigada profissional, a depender
de autorização do bombeiro militar comandante da operação.

§ 2º O uso de ambulâncias no âmbito da brigada profissional não é admitido,


por não ser o atendimento pré-hospitalar de sua competência.

§ 3º É vedada a utilização, nos veículos, de logotipo que possa levar à confusão


com os padrões utilizados pelas instituições públicas e militares, bem como da pintura
na cor vermelha, sendo admitida, esta última, em pequenos detalhes.

§ 4º A utilização de dispositivos luminosos e sonoros está condicionada ao


cumprimento das prescrições contidas no Código de Trânsito Brasileiro e demais
normas emanadas pelo Conselho Nacional de Trânsito.

§ 5º É proibida a utilização do sinal sonoro “fá-dó”.

§ 6º É proibida a utilização nos veículos das designações “corpo(s) de


bombeiro(s)” e/ou “bombeiro(s)”.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 O processo de formação do brigadista profissional sentido estrito e do


Bombeiro Civil nível básico deverá ocorrer conforme a Portaria CBMMG nº 54/2020.

Art. 35 Os certificados decorrentes dos cursos cuja realização tenha sido


autorizada na vigência da Portaria CBMMG nº 33/2018 serão aceitos para todos os
fins.

Art. 36 Até a adequação do sistema informatizado do CBMMG, os


requerimentos relativos a credenciamento que se referirem a funcionalidades ainda
não disponíveis no SiGeA, deverão ser encaminhados através do e-mail
[email protected]”.

Art. 37 É vedada a utilização das nomenclaturas e abreviações adotadas pelas


Instituições Militares ou que com elas se confundam, incluindo os postos, graduações
e os termos “Corpo de Bombeiros”, “Batalhão”, “Companhia”, “Pelotão”, “Posto
Avançado”, “Comando” e “Comandante”, dentre outros.
Art. 38 Em hipótese alguma a brigada profissional ou o instrutor de brigadistas
poderão utilizar imagem ou qualquer outro material de divulgação produzido pelo
CBMMG ou por outros Corpos de Bombeiros Militares do país, sem autorização.

Art. 39 É proibido ao militar da ativa atuar como instrutor ou coordenador de


curso, bem como ser proprietário ou consultor de brigada profissional.

§ 1º Não se aplica o disposto no caput deste artigo quando a atividade decorrer


do exercício de cargo, encargo ou função pública.

§ 2º Serão aplicadas ao infrator do disposto neste artigo as penalidades


previstas em lei.

Art. 40 Todos os prazos em que não houver expressa previsão contrária serão
contados em dias corridos, tendo como termo inicial o dia seguinte ao da prática do
ato.

Art. 41 Os casos omissos serão solucionados pelo Diretor de Atividades


Técnicas do CBMMG.

Art. 42 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Comando-Geral em Belo Horizonte, 02 de julho de 2020.

(a) Edgard Estevo da Silva, Coronel BM


Comandante-Geral
ANEXO A
REQUERIMENTO DE RECURSO
DADOS DO REQUERENTE
☐ Pessoa jurídica ☐ Pessoa física
REQUERIMENTO DE PESSOA JURÍDICA
Nome da instituição (razão social)

Nome fantasia (caso haja)

Nome do Representante Legal RG

REQUERIMENTO DE PESSOA FÍSICA


Nome do Requerente RG

Endereço residencial (Rua, Avenida, etc.)

Bairro Nº Complemento

Cidade UF CEP
MG
(DDD) Tel. Residencial (DDD) Tel. Celular E-mail
( ) ( )
Razões recursais: (incluir fundamentação legal, quando for o caso)

Data: / /
Assinatura do requerente
PARA USO DO CBMMG
Data do recebimento: ____/____/_______
Parecer: ☐Deferido ☐Indeferido
Razões do indeferimento:

Data do parecer: ____/____/_______


Assinatura

Comando-Geral em Belo Horizonte, 02 de julho de 2020.

(a) Edgard Estevo da Silva, Coronel BM


Comandante-Geral

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