NTS 189 - Sabesp
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NTS 189
Especificação
São Paulo
Novembro/2021: Revisão 3
NTS 189: 2021 – Rev. 3 Norma Técnica SABESP
SUMÁRIO
1. OBJETIVO................................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 1
4. REQUISITOS GERAIS ............................................................................................. 4
4.1 ESPECIFICAÇÕES E DIMENSIONAMENTO DE TUBOS PE 80 E PE 100 ........... 4
4.1.1 DIMENSÕES E PRESSÃO NOMINAL ................................................................. 4
4.1.2 DIÂMETROS E SDR ............................................................................................ 4
4.1.3 MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO) ...................................................... 4
4.1.4 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DA TUBULAÇÃO ...................................... 5
4.1.5 SOBREPRESSÕES, SUBPRESSÕES E TRANSIENTES HIDRÁULICOS .......... 5
4.1.6 COMPRIMENTO, ACONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E FORNECIMENTO
DOS TUBOS ................................................................................................................ 5
4.1.7 ALTURAS DE ATERRO....................................................................................... 5
4.2 MÉTODOS DE UNIÃO ........................................................................................... 6
4.2.1 SOLDA POR TERMOFUSÃO (SOLDA DE TOPO) .............................................. 6
4.2.2 SOLDA POR ELETROFUSÃO............................................................................. 8
4.3 TRANSIÇÕES ENTRE TUBOS DE POLIETILENO E OUTROS TUBOS OU
ELEMENTOS DE TUBULAÇÃO ................................................................................ 10
4.4 DERIVAÇÕES COM REDUÇÃO .......................................................................... 11
4.5 VÁLVULAS, VENTOSAS E DRENOS.................................................................. 12
4.6 MUDANÇAS DE DIREÇÃO .................................................................................. 13
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 13
5.1 CONDIÇÕES DE PROJETO ................................................................................ 13
5.1.1 TIPO DE TRECHO ............................................................................................ 13
5.1.2 CONEXÕES ...................................................................................................... 14
5.1.3 DEFINIÇÃO DO MÉTODO CONSTRUTIVO ...................................................... 14
5.2 REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ................................................................ 17
5.2.1 DIMENSÕES DOS TUBOS................................................................................ 17
5.3 ADUTORAS DE ÁGUA E LINHAS DE ESGOTO PRESSURIZADAS .................. 18
5.3.1 DIMENSÕES DOS TUBOS................................................................................ 18
5.4 EMISSÁRIOS ....................................................................................................... 19
5.4.1 DIMENSÕES DOS TUBOS................................................................................ 19
ANEXO A – MODELOS PARA DESCARGA ............................................................. 21
ANEXO B – ORIENTADOR PARA INTERLIGAÇÕES DE REDE PARA PROJETOS
EM PE 24
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1. OBJETIVO
Estabelecer os critérios de projeto para tubulações em polietileno PE 80 ou PE 100 de
DE 63 mm até DE 1600 mm para redes de distribuição de água, adutoras, linhas de
esgoto pressurizadas e emissários.
Apresentar requisitos mínimos para orientar o projetista na escolha do método constru-
tivo mais adequado.
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
ABNT NBR 15802: Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e trans-
porte de esgoto sob pressão – Requisitos para projeto em tubulação de polietileno PE
80 e PE 100 de diâmetro externo nominal entre 63 mm e 1600mm.
NTS 059: Requisitos para soldadores, instaladores e fiscais de obras executadas com
tubos de polietileno e conexões de polietileno e polipropileno.
NTS 060: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por termofusão (solda
de topo).
NTS 190: Instalação de redes de distribuição, adutoras e linhas de esgoto pressurizadas
em polietileno PE 80 ou PE 100.
NTS 193: Conexões soldáveis de polietileno PE 80 e PE 100.
NTS 194: Tubos de polietileno para redes de distribuição, adutoras, linhas de esgoto
pressurizadas e emissários.
NTS 324: Instalação de redes de distribuição, adutoras e linhas de esgoto em polietileno
por meio de Método Não Destrutivo do tipo Perfuração Horizontal Direcional (HDD).
NTS 325: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por eletrofusão.
NTS 329: Instalação de redes de distribuição e adutoras em polietileno por meio de
Método Não Destrutivo do tipo Substituição de Tubos por Arrebentamento (Pipe burs-
ting).
Especificações Técnicas, Regulamentação de Preços e Critérios de Medição, da Sa-
besp.
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definições:
ADUTORA:
tubulação destinada a conduzir as águas de um manancial para uma estação de trata-
mento ou, de uma estação de tratamento para um reservatório de distribuição ou a uma
tubulação de distribuição.
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EMISSÁRIO:
tubulação destinada a condução de esgoto para tratamento ou para alto mar, sem rece-
ber contribuições ao longo de seu caminhamento.
INTERFERÊNCIAS:
Redes ou objetos subterrâneos localizados nas proximidades do caminhamento da
rede, como gás, transporte de combustíveis, fibra ótica, energia elétrica, telefonia, adu-
toras de água, coletores de esgoto e demais infraestruturas subterrâneas.
INTERLIGAÇÃO:
ligação feita entre uma rede de água existente e uma rede de água projetada. Ela pode
ser feita entre redes de mesmo material ou em redes de diferentes materiais.
MOBILIÁRIO URBANO:
são objetos e equipamentos instalados em espaços públicos para o uso dos cidadãos
ou suporte dos serviços da cidade, como postes, lixeiras, hidrantes, monumentos, ban-
cos, pontos de ônibus, dentre outros.
RECOBRIMENTO:
diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa da tubula-
ção.
SINGULARIDADE:
peça ou acessório colocado ao longo da tubulação principal, objetivando mudança de
direção, controle de fluxo, etc.
SOBREPRESSÃO:
pressão máxima admitida em ondas de curta duração, decorrentes de transientes hi-
dráulicos.
SUBPRESSÃO:
maior pressão negativa admitida em ondas de curta duração, decorrentes, principal-
mente, de transientes hidráulicos.
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4. REQUISITOS GERAIS
4.1 Especificações e dimensionamento de tubos PE 80 e PE 100
Os tubos utilizados para o projeto de redes de distribuição de água, adutoras, linhas de
esgoto pressurizadas ou emissários, objeto desta Norma, devem ser de composto de
polietileno PE 80 ou PE 100, produzidos, inspecionados e qualificados conforme NTS
194.
4.1.1 Dimensões e pressão nominal
As dimensões de tubos adotadas para os projetos são apresentadas nas Tabelas 13,
14 e 15 desta Norma, conforme a aplicação da tubulação (itens 5.2 a 5.4).
Obs.: os tubos de polietileno PE são designados pelo diâmetro externo nominal (DE) e pela pres-
são nominal (PN).
A utilização da denominação DN, nesta norma, visa apenas orientar o projetista, estabelecendo
uma correlação grosseira com tubulações e elementos de tubulação de outros materiais, facili-
tando a substituição e/ou transição para a tubulação de polietileno. Não pode ser utilizado para
cálculos hidráulicos.
4.1.2 Diâmetros e SDR
Para auxiliar o projetista, a correspondência entre a pressão nominal (PN) do tubo e o
número SDR é apresentada na Tabela 1:
Tabela 1 - Correlação entre PN, SDR e os materiais PE 80 e PE 100.
PN / PN 4 PN 5 PN 6 PN 8 PN 10 PN 12,5 PN 16
Material SDR SDR SDR SDR SDR SDR SDR
PE80 32,25 26 21 17 13,6 11 9
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Tê 90º injetado
Nota: Estas figuras são de caráter ilustrativo, podendo haver configurações diferentes .
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Luva e redução
DE
Nota: Estas figuras são de caráter ilustrativo, podendo haver configurações diferentes.
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Tê de serviço de eletrofusão
Nota: estas figuras são de caráter ilustrativo, podendo haver configurações diferentes.
4.5 Válvulas, ventosas e drenos
As ligações de válvulas, ventosas ou drenos em caixas de passagem devem ser feitas
utilizando uniões metálicas flangeadas compatíveis com o material da rede como mos-
trado esquematicamente nas Figuras 2 e 3 a seguir, sendo as válvulas adequadamente
ancoradas (bloco de apoio) para evitar transmitir o esforço da sua abertura ou fecha-
mento, à tubulação. A ancoragem pode ser feita providenciando-se um berço de con-
creto adequado.
A área do tubo a ser envolvida pela parede da caixa deve ser protegida com uma manta
de borracha.
A instalação de descargas e ventosas deve ser feita utilizando-se Tês de redução com
a saída flangeada, conforme item 4.3. O Anexo A apresenta a instalação de descargas.
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21 > 20.DE
≤ 17 > 15.DE
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
5.1 Condições de projeto
5.1.1 Tipo de trecho
• Trechos terrestres: tubos com SDR 32,25, utilizados para emissários, devem ser
instalados, obrigatoriamente, enterrados.
• Trechos submersos: o calculista deve, obrigatoriamente, garantir o posiciona-
mento da tubulação, determinando o SDR do tubo considerando o empuxo e a
pressão externa máxima, combinada com a pressão interna (positiva e negativa)
na tubulação, entre outros fatores.
• Travessia aérea (rios, córregos ou pontes etc.): os tubos de polietileno não po-
dem ser utilizados nesses casos, devendo-se adotar tubos de ferro fundido ou
aço.
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≤ 160 1,0
2,0
200 a 315 1,2
Nota: Para travessias subterrâneas, deve ser realizada uma análise específica para determina-
ção do recobrimento mínimo, em conformidade com as diretrizes dos órgãos responsáveis.
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DN equivalente ou
≥ 1,0 1,0
1 DN acima
Calçada
< 1,0 Recobrimento da rede existente DN equivalente
Nota: Caso haja normas de outras concessionárias de serviços que definam recobrimentos mí-
nimos diferentes, devem ser observados os mais restritivos.
Além desses critérios apresentados, também deve-se levar em conta a análise da rela-
ção custo benefício, das condições operacionais no local de execução da obra e do
tráfego, conforme resumo da Tabela 12.
Tabela 12 – Requisitos mínimos para a definição do método construtivo.
Requisito Vala a céu aberto HDD Pipe bursting
Redes de distribuição
Redes de distribuição de
de água,
água,
adutoras, Redes de distribuição
Finalidade adutoras e
linhas de esgoto pres- de água e adutoras
linhas de esgoto pressu-
surizadas e
rizadas
emissários
DN Até 1600 mm Até 630 mm Até 315 mm
- Paralelas: 3 x o DE do
Distância mí- novo tubo e nunca infe-
nima das in- 500 mm 500 mm rior a 500mm
terferências
- Pontuais: 300 mm
Recobrimento
Tabelas 9 Tabela 10 Tabela 11
Mínimo
Preferencialmente Preferencialmente para Preferencialmente para
Tráfego
para tráfego leve tráfego médio e pesado tráfego médio e pesado
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5.4 Emissários
5.4.1 Dimensões dos tubos
Os tubos para emissários devem atender a NTS 194 e as dimensões da Tabela 15.
Caso seja necessária a execução de emissários com diâmetros inferiores a DE 400,
devem ser utilizados os mesmos SDR e critérios estabelecidos na Tabela 13 ou 14.
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500 15,3 468,8 19,1 460,8 23,9 451,2 29,7 439,0 36,8 423,4
560 17,2 525,0 21,4 516,2 26,7 505,5 33,2 491,8 41,2 474,4
630 19,3 590,6 24,1 580,7 30 568,8 37,4 553,2 46,3 533,7
710 21,8 665,6 27,2 654,5 33,9 640,9 42,1 623,6 52,2 601,6
800 24,5 750,1 30,6 737,7 38,1 722,3 47,4 702,6 58,8 677,8
Notas:
1 - Medidas em mm.
2 - As uniões e transições devem ser realizadas conforme os critérios estabelecidos, respectiva-
mente, nos itens 4.2 e 4.3.
3 - Tubos SDR 32,25, conforme item 5.1.
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Modelo 3
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Nas interligações entre redes de diferentes materiais é necessário utilizar múltiplas pe-
ças para fazer a transição de um material para o outro. Este anexo tem por objetivo dar
as diretrizes de quais peças utilizar nestas transições em função do material das redes
a serem ligadas. Para tal, são utilizadas as interligações padrão disponíveis no docu-
mento Manual Orientador para Projetos de Substituição de Redes (clique aqui, acesso
via intranet), elaborado pelo Departamento de Perdas de Água (TOR) da Sabesp.
As interligações padrão são uma configuração de projeto sugerida, ficando a critério do
projetista fazer a adoção de outras peças que ofereçam ganhos técnicos em relação a
solução apresentada no documento. Entretanto, vale destacar as vantagens do uso de
interligações padronizadas:
• Menor poluição visual do projeto de caminhamento de rede;
• Ganho em produtividade, uma vez que esse processo exige menos tempo para
definir e conferir as peças de transição entre diferentes materiais;
• Facilidade na obtenção da lista de materiais (componente do pacote técnico de
licitação);
• Facilidade na obtenção da lista de especificações técnicas dos materiais (com-
ponente do pacote técnico de licitação);
• Padronização de projetos na Sabesp;
• Facilidade de leitura dos projetos;
• Maior versatilidade em casos onde há necessidade de fazer alterações nos pro-
jetos, seja em materiais ou nos diâmetros.
As interligações podem ser dos tipos I, T ou X. Essa classificação está relacionada com
a figura geométrica formada pela rede existente e a rede projetada.
B1. Interligações do tipo I
São interligações em que a rede projetada e a rede existente formam uma linha reta.
Para projetos em que o material da rede projetada é o PE, são classificadas em: IC, IF,
IL e IR de acordo com os materiais das redes que estão sendo interligadas. Na Tabela
B1 são mostrados os materiais que compõem cada uma dessas interligações e o nú-
mero correspondente da série de desenhos padrão.
Tabela B1 – Classificação das interligações do tipo I.
Material da Material da rede
Interligação Nº desenho padrão*
rede existente projetada
IC PVC PE 0800-IC
IF FºFº PE 0800-IF
IL PE PE 0800-IL
IR CA PE 0800-IR
*Presente no Manual Orientador para Projetos de Substituição de Redes.
Nota: para casos de diâmetros ou materiais que não estejam contemplados nesta Norma, favor
entrar em contato com o Departamento de Acervo e Normalização Técnica (TXA) e solicitar a
atualização deste Anexo com a inclusão de novas interligações.
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Considerações finais:
25 páginas.
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