11 - Controladores Logicos Programaveis
11 - Controladores Logicos Programaveis
CONTROLADORES
LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
CONTROLADORES
LÓGICOS
PROGRAMÁVEIS
©2013. SENAI Departamento Nacional
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mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
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Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
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Lista de ilustrações, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de Eletricista Industrial......................................................................13
Figura 2 - Instalação da UCP em trilho do próprio fabricante..........................................................................20
Figura 3 - Conjunto de módulos instalados de um CP modular......................................................................21
Figura 4 - Conectores para comunicação na CPU.................................................................................................22
Figura 5 - CP monobloco com IHM e teclado.........................................................................................................24
Figura 6 - CP com IHM - detalhes de montagem na face do painel...............................................................24
Figura 7 - Representação de um sinal em uma entrada digital CC de um CP.............................................26
Figura 8 - Entrada digital em um CP...........................................................................................................................26
Figura 9 - Instalação elétrica de um botão em ponto de entrada de um CP...............................................28
Figura 10 - Pontos de entradas digitais de um CP................................................................................................28
Figura 11 - Conector de encaixe tipo terminal block...........................................................................................29
Figura 12 - Exemplo de instalação de dispositivos nos pontos de entrada digital PNP..........................29
Figura 13 - Exemplo de instalação de dispositivos nos pontos de entrada digital NPN.........................30
Figura 14 - Exemplo de sinal analógico....................................................................................................................31
Figura 15 - Utilização de cabo blindado e malha de aterramento..................................................................32
Figura 16 - Sensor de pressão instalado em entrada analógica de tensão de um CP..............................32
Figura 17 - Identificação de uma saída digital em um CP..................................................................................34
Figura 18 - Instalação de dispositivos de tensão contínua na saída de um CP..........................................35
Figura 19 - Exemplo de instalação de módulo a contato seco.........................................................................35
Figura 20 - Saída analógica ligada ao inversor de frequência..........................................................................36
Figura 21 - Instalação de interface com relé nas entradas e saídas de um CP............................................37
Figura 22 - Cabo para comunicação do microcomputador com o CP...........................................................38
Figura 23 - Vista traseira de uma IHM........................................................................................................................39
Figura 24 - Exemplos de relés programáveis: Clic02 e Logo.............................................................................40
Figura 25 - Instalação do relé programável em trilho DIN.................................................................................40
Figura 26 - Relé programável com módulo de expansão acoplado...............................................................41
Figura 27 - Instalação de relé programável ou CP em painel industrial........................................................42
Figura 28 - Dispositivos ligados a um CP..................................................................................................................46
Figura 29 - Ciclo de processamento convencional do CP (scan)......................................................................50
Figura 30 - Comparação do modelo de processamento do CP convencional e
do modelo apresentado pela norma IEC 61131-3..........................................................................51
Figura 31 - Acionamento de partida direta de motor trifásico.........................................................................52
Figura 32 - Substituição do circuito de comando pelo CP.................................................................................53
Figura 33 - Partida direta utilizando linguagem Ladder .....................................................................................54
Figura 34 - Endereçamento utilizando linguagem Ladder ................................................................................55
Figura 35 - Diagrama de comando e potência para reversão de motor trifásico......................................57
Figura 36 - Comando de reversão de motor utilizando um CP........................................................................58
Figura 37 - Programação em Ladder para reversão de motor...........................................................................59
Figura 38 - Sistema de secagem de peças com CP...............................................................................................60
Figura 39 - Diagrama elétrico de instalação do CP...............................................................................................61
Figura 40 - Diagrama Ladder do sistema de secagem de peças......................................................................61
Figura 41 - Conexão de dispositivos distantes do CP com cabos convencionais......................................65
Figura 42 - Conexão de dispositivos distantes do CP com cabo de rede industrial.................................66
Figura 43 - Medição de resistência de cabo de rede industrial........................................................................68
Figura 44 - Instrumento para testes de barramento............................................................................................69
Figura 45 - Sistema de refrigeração atual da empresa Fortexi Metais...........................................................70
Figura 46 - Sistema de refrigeração com as modificações propostas pelo mantenedor........................71
Figura 47 - Exemplo de ocupação de dados na memória do CP.....................................................................77
Figura 48 - Diagrama Ladder com símbolos e comentários..............................................................................81
Figura 49 - Processamento das linhas de programação Ladder ......................................................................81
Figura 50 - Diagrama Ladder utilizando a instrução Set-Reset .........................................................................84
Figura 51 - Diagrama de tempos e eventos............................................................................................................84
Figura 52 - Exemplo de instrução de temporização com retardo na energização....................................85
Figura 53 - Gráfico de tempos e eventos do exemplo de instrução de temporização
com retardo na energização...................................................................................................................86
Figura 54 - Exemplo de instrução de temporização com retardo na desenergização.............................86
Figura 55 - Gráfico de tempos e eventos do exemplo de instrução de temporização
com retardo na desenergização............................................................................................................87
Figura 56 - Exemplo de instrução de temporização de pulso..........................................................................88
Figura 57 - Gráfico de tempos e eventos do exemplo de instrução de temporização de pulso..........88
Figura 58 - Exemplo de programa que utiliza um contador crescente.........................................................90
Figura 59 - Gráfico de tempos e eventos do contador crescente....................................................................90
Figura 60 - Exemplo de programa que utiliza um contador decrescente....................................................91
Figura 61 - Gráfico de tempos e eventos do contador decrescente...............................................................91
Figura 62 - Exemplo de programa que utiliza uma função de comparação...............................................92
Figura 63 - Uso da função “Adição” para cálculo do peso total de uma mistura........................................94
Figura 64 - Exemplo de utilização da função “Move”...........................................................................................95
Figura 65 - Movimentação de bits com a instrução SHR.....................................................................................96
Figura 66 - Exemplo de programa que utiliza a instrução “SHR”......................................................................97
Figura 67 - Degraus de resolução de um conversor analógico..................................................................... 100
Figura 68 - Exemplo de medição do volume de um tanque......................................................................... 101
Figura 69 - Programa para transformar o valor do sinal analógico em litros........................................... 102
Figura 70 - Configuração de uma entrada analógica de 0 a 10 V................................................................. 103
Figura 71 - Exemplo de medição do volume de um tanque.......................................................................... 104
Figura 72 - Conversão da grandeza “litros” em sinal analógico de corrente............................................. 104
Figura 73 - Configuração de uma entrada analógica de 4 a 20 mA............................................................. 105
Figura 74 - Especificação do CP................................................................................................................................ 106
Figura 75 - Esquema elétrico de partida direta................................................................................................... 114
Figura 76 - Programa na linguagem FBD.............................................................................................................. 115
Figura 77 - Esquema elétrico para reversão de motor com intertravamento.......................................... 118
Figura 78 - Programa na linguagem Ladder ........................................................................................................ 119
Figura 79 - Esquema elétrico partida estrela triângulo.................................................................................... 123
Figura 80 - Programa em Ladder para partida estrela-triângulo................................................................... 124
Figura 81 - Programa para o pisca-pisca................................................................................................................ 127
Figura 82 - Programa para o semáforo................................................................................................................... 128
Quadro 1 – Endereços para CP com 8 entradas......................................................................................................27
Quadro 2 – Endereços para CP de 16 entradas.......................................................................................................27
Quadro 3 – Endereços para CP de 16 saídas.............................................................................................................34
Quadro 4 – Tipos de memórias do CP e características........................................................................................47
Quadro 5 – Função das memórias do CP...................................................................................................................48
Quadro 6 – Analogia entre o computador e o CP..................................................................................................49
Quadro 7 – Símbolos para contatos de acordo com norma IEC 61131-3......................................................56
Quadro 8 – Símbolos para saída digital de acordo com norma IEC 61131-3...............................................56
Quadro 9 – Exemplo de endereçamentos de entradas e saídas digitais.......................................................56
Quadro 10 – Possíveis falhas do sistema com CP e efeitos no circuito...........................................................63
Quadro 11 – Procedimentos de teste para detectar falhas em sistemas com CP.......................................64
Quadro 12 – C aracterísticas de cabos de redes industriais para rede Profibus e
rede As-interface.......................................................................................................................................67
Quadro 13 – Identificação de acesso à área da memória do CP.......................................................................77
Quadro 14 – Linguagens-padrão de programação segundo a norma IEC 61131-3..................................79
Quadro 15 – Algumas vantagens e desvantagens da linguagem Ladder ....................................................80
Quadro 16 – E xemplo de uso de símbolos e comentários em programação
com linguagem Ladder ..........................................................................................................................80
Quadro 17 – Simulação e monitoração de CP para partida direta de motor...............................................82
Quadro 18 – Símbolo em forma de bobina da instrução Set-Reset .................................................................83
Quadro 19 – Símbolo genérico da instrução de temporização.........................................................................85
Quadro 20 – Símbolo genérico da instrução de contagem crescente............................................................89
Quadro 21 – Símbolo genérico da instrução de contagem decrescente......................................................90
Quadro 22 – Símbolos das funções de comparação.............................................................................................92
Quadro 23 – Funções aritméticas e respectivos símbolos e resultados.........................................................93
Quadro 24 – Símbolo da função de movimentação de dados..........................................................................94
Quadro 25 – Funções de operações com bits e respectivos símbolos e resultados..................................96
Quadro 26 – Exemplos de comparações de blocos funcionais com linguagem Ladder .........................98
Quadro 27 – Comparação de programa FBD/Ladder para partida direta de motor..................................98
Referências......................................................................................................................................................................... 131
Anexos................................................................................................................................................................................. 133
Índice................................................................................................................................................................................... 137
Introdução
Anotações:
Instalação de Controladores
lógicos Programáveis
Tente imaginar uma indústria sem controles automatizados. Imagine, por exemplo, uma
indústria de refrigerantes tendo que engarrafar seu produto manualmente. Quanto custaria
uma única garrafa envasada1? Com certeza, teria um custo operacional muito alto e ainda esta-
ria sujeita a atrasos nas entregas. A indústria moderna, principalmente a de bens de consumo,
utiliza máquinas, controles e processos automatizados para a produção em larga escala.
Neste capítulo, você vai conhecer dispositivos de controle importantes em ambientes in-
dustriais por contribuírem para a tomada de decisão com base em modernos processadores,
cuja velocidade de resposta vem aumentando dia a dia. Com os dispositivos de controle indus-
trial, em especial os controladores programáveis, é possível aumentar a produção e a qualida-
de do produto, além de diminuir o preço final.
Ficou curioso? Então, leia este capítulo com atenção.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
18
Já vimos que os CPs modulares são formados por módulos interligados que
permitem expandir os seus pontos de entrada e saída. Os tipos de módulos va-
riam conforme o fabricante, de modo que você deve consultar catálogos e manu-
ais para conhecer as características de cada modelo.
Na maioria dos casos, os módulos são fixados em trilho padrão DIN 35 ou DIN
35/15, mas podem usar trilhos desenvolvidos pelos próprios fabricantes.
Normalmente, o módulo da fonte de alimentação é instalado inicialmente, se-
guido da UCP e das entradas e saídas.
Veja um exemplo de instalação de uma fonte e de uma UCP de um CP do tipo
modular.
Veja, a seguir, como fica a sequência com vários módulos instalados, ao final
da montagem.
cartões de
UCP entrada/saída
fonte de
alimentação
DB9 fêmea
RJ45
O módulo da UCP também pode ter conexão para comunicação de rede com
outros equipamentos, além do computador.
2 Instalação de Controladores Lógicos Programáveis
23
CASOS E RELATOS
Agora que você já viu a instalação física dos CPs modulares, veja como se faz a
instalação de CPs monobloco.
IMH
teclado
Entradas digitais
INPUT - Entrada
№ do byte
% I 0.0
№ do bit
Figura 8 - Entrada digital em um CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Se o CP tiver 16 pontos de entradas digitais, ou seja, dois bytes além dos ende-
reços do byte “0” (zero) expostos no quadro 1, ainda teremos os endereços do byte
“1” conforme segue.
Quadro 2 – Endereços para CP de 16 entradas
Observe que a primeira entrada inicia pelo bit 0 e a última no bit 7. Sendo as-
sim, temos 8 entradas no primeiro byte (byte 0) e mais 8 entradas no segundo byte
(byte 1) totalizando 16 entradas, da primeira entrada até a décima sexta.
Esses são apenas exemplos mais utilizados de endereços, pois podemos atri-
buir outros endereços que não iniciem necessariamente com o byte em zero.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
28
Para que você saiba como conectar os dispositivos aos pontos de entrada de
um CP, veja um exemplo de diagrama elétrico de instalação de um botão de co-
mando conectado a um desses pontos de entrada digital.
I0.0
+ 24VCC 13 14
I0.1
mola de retorno contato NA 0V I0.2
(zero volts)
I0.0
+ 24VCC 13 14
I0.1
+ 24VCC I0.2
Figura 9 - Instalação elétrica de um botão em ponto de entrada de um CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Observe que o botão fornece 0 V, nível lógico “0” quando não está acionado
porque está aberto. Ele fornece +24 VCC, nível lógico “1” quando estiver pressio-
nado. Veja que a entrada do CP possui dois níveis lógicos 0 ou 1, portanto cada
entrada é um bit que pode assumir dois estados lógicos, 0 ou 1.
Vejamos agora um exemplo de pontos de entrada digital CC de um CP.
+
24 VCC +L (+VDC)
S0
fonte %I0.0
pontos de
VCA/VCC %I0.1
entrada
S1
%I0.2 (PNP)
%I0.3
S2 %I0.4 controlador
%I0.5 programável
%I0.6
%I0.7
0V
DV - DC Com
Fonte
-L (-VDC)
VCA/VCC S0
% I 0.0
Pontos de
S1 % I 0.1 Entrada
% I 0.2 (NPN)
+ % I 0.3
% I 0.6
% I 0.7
VDC - DC Com
Existem CPs com entradas digitais que podem ser tanto PNP, que trabalham
com o 0 V comum e recebem o positivo na entrada, quanto NPN, que recebem o
negativo nas entradas e nos quais +VCC é comum, bastando conectar o polo que
você deseja que seja o comum.
Entradas Analógicas
Para entender o que é uma entrada analógica, saiba o que é um sinal analógi-
co. Para tanto, veja esse exemplo de sinal.
2 Instalação de Controladores Lógicos Programáveis
31
Observe no gráfico que a tensão varia ao longo do tempo. Sinais como esses
são gerados por sensores de temperatura, de pressão, de vazão e tantos outros
que medem grandezas analógicas.
Existem dois tipos de entradas analógicas de um CP, as entradas de tensão e
as de corrente.
• Entrada analógica de tensão: essas entradas trabalham com faixas de valo-
res e de tensão, e qualquer valor dentro da faixa de tensão é lido e interpre-
tado pelo Controlador Programável. Os padrões de leitura de tensão mais co-
muns são: de 0 a 10 V, de 1 a 5 V, de 1 a 10 V e de -10 a +10 V. O tipo de padrão
de tensão a ser usado depende do tipo de sensor utilizado e da aplicação.
Esses sensores que trabalham com padrões de leitura de tensão devem ser ins-
talados com cabos dotados de malha, ou cabos shield, com as duas extremidades
conectadas ao ponto de aterramento, para proteger o sinal e a medição contra as
interferências. Veja a ilustração a seguir.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
32
malha de blindagem
Nos sistemas que trabalham por tensão, os sensores devem ser instalados próxi-
mos do controlador para evitar perdas por quedas de tensão no percurso até o CP.
Veja, a seguir, um exemplo de sensor de pressão do lado esquerdo de um ma-
nômetro (medidor de pressão) instalado em um ponto de entrada analógica, que
trabalha por leitura de tensão de 0 a 10 V em um CP. O sensor de pressão PT está
instalado na entrada EA0 do módulo de entrada do CP.
Saídas Digitais
OUTPUT - Saída
№ do byte
% Q 0.0
№ do bit
Figura 17 - Identificação de uma saída digital em um CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Toda saída tem no início a letra “Q“, depois o byte e por último o bit, portanto,
um CP com dezesseis saídas pode ter os seguintes endereços.
Quadro 3 – Endereços para CP de 16 saídas
Observe que temos 16 saídas, de %Q 0.0 até %Q 1.7, e para cada saída indica-
mos um endereço correspondente. No entanto, poderíamos adotar outros ende-
reços, conforme conveniência.
2 Instalação de Controladores Lógicos Programáveis
35
+VCC
% Q 0.0
Pontos % Q 0.1
+ 24 V de Saída % Q 0.2
(PNP)
% Q 0.3
Fonte VCC
% Q 0.4
GND
Saídas Analógicas
Nas saídas analógicas, você instala os dispositivos que funcionam com varia-
ção de tensão ou de corrente, dependendo da necessidade e da aplicação. Como
exemplos, podemos citar o controle de velocidade de um motor de uma esteira
de peças através da variação da tensão enviada ao inversor de frequência do mo-
tor, e o controle de vazão de um líquido através do controle da corrente que passa
em uma válvula, conhecida por válvula proporcional.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
36
220 VAC
S1 S2 S3 S4
sensores módulo de saída controlador
e chaves 24 VCC programável
GND
%Q0.0 %Q0.1 %Q0.2 %Q0.3
220 VCA
+24 V
interface interface
com relé com relé
GND
220 VAC
GND K1 E1 Y1
%I0.0 %I0.1 %I0.2 %I0.3
controlador
220 VCA
módulo de entrada programável
conectores DB9
Figura 22 - Cabo para comunicação do microcomputador com o CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
2.2 IHM
Observe que o encaixe do relé programável no trilho se faz de cima para baixo,
forçando levemente o módulo até que ocorra o encaixe da trava plástica.
Caso seja necessário retirar o módulo do trilho, basta realizar a operação inver-
sa, lembrando-se de destravar o relé antes de retirá-lo do trilho. Para destravá-lo,
basta puxar a trava para baixo com uma chave de fenda de tamanho adequado.
2 Instalação de Controladores Lógicos Programáveis
41
conector
grampo + - I1 I2 I3 I4 I5 I6 A1 A2 Input X1 X2 X3 X4
4×AC
L N AC 100~240V
DC 24V Input 8 x DC(A1,A2 0~10V)
Run
SG2-8ER-A
SG2-12HR-D Output 4 x Relay / 8A
Output 4 x Relay / 8A
Y1 Y2
RECAPITULANDO
Chave
fim de curso
Sensor indutivo
Botoeira
Sensor de
temperatura
CP
Lâmpada de
sinalização
Válvula
Inversor de Contator
frequência
Figura 28 - Dispositivos ligados a um CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Assim, o CP, além de ser fundamental para o controle industrial, é muito impor-
tante para a manutenção, pois facilita e agiliza a detecção de falhas em determi-
nados processos. São inúmeras as finalidades do controlador programável, mas,
para tirarmos um bom proveito delas, precisamos estudar com muita atenção os
assuntos organizados nos itens a seguir.
• Não volátil.
Memória programável • Gravada uma vez pelo usuário.
PROM
somente de leitura. • Não permite apagamento após a primeira
gravação.
• Não volátil.
Memória programável/
• Gravada pelo usuário.
EPROM apagável somente de
• Permite apagamento por exposição à luz
leitura.
ultravioleta.
Você pode perceber que, na analogia feita, seguimos uma lógica de trabalho
com base em um ciclo de leituras de entradas e atualizações de saídas. Vamos ver
a seguir como isso ocorre com um pouco mais de detalhes.
Início
Reset automático
Limpeza de memória
Teste de memória RAM Módulo de entrada
Teste de execução
Botoeira
Não
Teste OK
Dispositivo
de entrada
Sim
Leitura das
entradas
Tabela imagem
Atualização da da entrada
tabela de imagem
das entradas
Programa do
usuário
Execução do
programa
do usuário Tabela imagem
da saída
Atualização da
tabela de imagens
das saídas
Transferência da
tabela de imagens
para as saídas
Dispositivo
de saída
Não
Falha
Figura 29 - Ciclo de processamento convencional do CP (scan)
Fonte: SENAI-SP (2013)
Loop infinito:
Tarefa 1
Recurso
Tarefa Lê entradas
Tarefa 2
Executa lógica
Tarefa 3
Programa
Atualiza saídas
Tarefa 4
Figura 30 - Comparação do modelo de processamento do CP convencional e do modelo apresentado pela norma IEC 61131-3
Fonte: SENAI-SP (2013)
a~ aa ~
aaa
L1
L1
L2
F21
95 L3
PE
aaaaaa F7
96
aa
1
S0 aa
2 K1
aa
3 13
S1 K1
4 14
F7
A1
K1
A2 M
M1 3~
L2
F22
Figura 31 - Acionamento de partida direta de motor trifásico
Fonte: SENAI-SP (2013)
gg gg
Eg
F7 S, S1 g~ 6,g)22,g
Dispositivos L1
,g g L2
L3
PE
F1(g(g
gg
K1
gg
Controlador Elem ento
program ável g
ím ini-CPu
F7
M
M1 3~
A1
Dispositivo
K1 g
A2
Vimos na figura anterior que os dispositivos foram conectados ao CP, mas como
será que o CP “sabe” que deve acionar o contator K1 quando S1 for pressionado?
Para isso, é necessário elaborar um diagrama elétrico dentro do CP, utilizando
uma linguagem de programação. Existem algumas linguagens padronizadas, po-
rém nesse caso será abordada apenas a linguagem Ladder, pois esta se assemelha
bastante com o diagrama de comandos elétricos. Falaremos mais sobre esse as-
sunto mais adiante.
Agora, observe na figura a seguir que existe uma relação de correspondên-
cia entre os elementos do comando, que já vimos, e os elementos do programa
Ladder.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
54
Circuito de comando
L1
Programa Ladder
F21
95
F7
Linha
96 % I0.3 % I0.2 % I0.1 % Q0.1
001
1
S0 % Q0.1
2 002
3 13
S1 K1
4 14
A1
K1
A2
L2
F22
Figura 33 - Partida direta utilizando linguagem Ladder
Fonte: SENAI-SP (2013)
Circuito de controle
+24 Vcc
F7 S0 S1
0V Correspondência Terminal de programação
Correspondência
Controlador
programável
A1
K1
A2
Além disso, esse tipo de programação também pode ser monitorado, por
exemplo: se o botão S1 for pressionado, o endereço %I0.3 muda de cor, demons-
trando em tempo real (online) que o contato foi acionado.
Neste capítulo, vamos trabalhar com a linguagem Ladder pela grande utiliza-
ção no País, além da facilidade de adaptação, já que ela se assemelha aos diagra-
mas de comandos elétricos.
O nome Ladder foi dado pela semelhança com a estrutura de uma escada
(ladder significa “escada” em inglês). O Diagrama Ladder (LD) também é uma lin-
guagem de programação orientada a elementos gráficos que se aproximam da
estrutura de um circuito elétrico, só que na horizontal.
Nos quadros a seguir, demonstramos os símbolos referentes a alguns dispositi-
vos de entradas e saídas digitais do CP, conforme a norma IEC 61131-3.
Quadro 7 – Símbolos para contatos de acordo com norma IEC 61131-3
CONTATO NORMALMENTE CONTATO NORMALMENTE
DISPOSITIVO DE
ABERTO - NA (OU NORMALLY FECHADO - NF (OU NORMALLY
ENTRADA DIGITAL
OPEN - NO, EM INGLÊS) CLOSED - NC, EM INGLÊS)
Sensor
Chave fim de curso
Botão
Pressostato
Quadro 8 – Símbolos para saída digital de acordo com norma IEC 61131-3
DISPOSITIVO DE SAÍDA
BOBINA BOBINA NEGADA
DIGITAL
Contator
Sinalizador
Bobina solenoide
Você deve ter percebido que tanto para entrada como para saída digital, os
símbolos dos dispositivos são os mesmos, ou seja, para entrada digital tanto faz
ser um botão ou sensor, pois o símbolo será igual. Na saída digital temos a mesma
situação: seja o acionamento de um solenoide, seja de uma lâmpada, o símbolo
também é igual.
Outro detalhe importante é que cada dispositivo conectado no CP é associado a
um endereço, o qual indica a localização de memória do CP e é identificado por letras
e números, cuja nomeclatura depende de cada fabricante. Veja o quadro a seguir.
Quadro 9 – Exemplo de endereçamentos de entradas e saídas digitais
ENDEREÇAMENTO ENDEREÇAMENTO
FABRICANTE
DE ENTRADAS DE SAÍDAS
Para entendermos melhor esse exemplo, vamos ver como ficaria a programa-
ção aplicada ao acionamento de um motor com reversão de rotação. Esse tipo de
acionamento foi visto na unidade de comandos elétricos.
Relembremos o diagrama.
2 ~ 60 Hz/220 V 3 ~ 60 Hz/220 V
L1 L1
F21 L2
95
L3
F7
PE
96
1 F1, 2, 3
S0
2
1 3 5 1 3 5
K1 K2
3 13 3 13
2 4 6 2 4 6
S1 K1 S2 K2
4 14 4 14
31 31 F7
K2 K1
32 32
U V W
A1 A1
K1 K2 M
A2 A2 M1
3~
L2
F22
Figura 35 - Diagrama de comando e potência para reversão de motor trifásico
Fonte: SENAI-SP (2013)
mm mm
F7 95 S1 3 3 ~ mm
L1
96 4
1 3 L2
S0 2 S2 4 L3
PE
mmm
mm mm
K1 K2
Controlador mm mm
program ável
F7
mm
M
M1
31 31 3~
K2 K1
32 32
K1 K2
representado por %Q0.1. Para isso, as entradas %I0.1, %I0.2 e %I0.3 precisam ser
acionadas. Como as entradas %I0.1 e %I0.2 estão conectadas a dispositivos com
contatos NF, as duas já dão condições para o acionamento. Portanto, para ligar
%Q0.1, basta acionar %I0.3, o que é feito quando pressionamos botão S1, já que
ele possui contatos físicos do tipo NA.
% Q0.1
Contatos de
selo virtual Contatos de intertravamento
Outro detalhe que precisamos observar refere-se aos contatos auxiliares rela-
cionados a %Q0.1 e %Q0.2 (selos), assim como a %Q0.1 e %Q0.2 (intertravamen-
tos). Esses contatos não existem fisicamente, ou seja, são apenas contatos virtuais.
A partir do item a seguir, estudaremos a ocorrência de possíveis falhas em sis-
temas que utilizam controladores programáveis, além de verificarmos alguns pro-
cedimentos de teste para correção de tais falhas.
CP
M2
S1 S2
R1
IHM
M2
3~
S1 S2
R1
MI
3~
S5 S4 S3
M1
Figura 38 - Sistema de secagem de peças com CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Note que esse processo possui uma interface homem-máquina (IHM) conec-
tada ao CP. A IHM, nesse caso, tem a função básica de receber sinais provenientes
de sensores e botões e demonstrar de forma gráfica ao operador tudo o que está
acontecendo com a produção.
Esse tipo de IHM se torna também uma ferramenta para o diagnóstico de fa-
lhas, pois, além de monitorar, é capaz de armazenar em um banco de dados os
alarmes e eventos gerados no instante em que ocorrerem.
Vejamos agora o diagrama elétrico de instalação do controlador programável.
3 Manutenção de Sistemas com Controladores Lógico Programáveis
61
L1
Pg XX Q03
L2 1 2 L1A
Pg XX
3 4 L2A
L1 L2
Fonte 24 Vcc
FT01
P N
1 F02 2
1 F03 2
P2
14 15 28 29
L1A
L2A
I1
I2 Q1
I3 Q2
16 16 18
S2 S1 I4 Q3
S5 S4 S3 I5 Q4
I6 Q5
I7 Q6
A1 A1 A1
I8 Q7
K3 K2 K1
Q8
A2 A2 A2
+V
0V
PE 12
Pg XX PE
%Q0.1
%I0.1 T1 %Q0.2
S1 (sensor 1) Motor 2
T1 % Q0.3
Resistência
T1
Temporizador
Figura 40 - Diagrama Ladder do sistema de secagem de peças
Fonte: SENAI-SP (2013)
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
62
No caso da manutenção do sistema com CP, será que ele dificulta ou facilita a
detecção de falhas? Vejamos.
Sabendo manipular, o CP facilita o diagnóstico de falhas, principalmente por-
que temos a possibilidade de monitorar à distância todo o processo, como sinais
de entradas e saídas.
A seguir, observe algumas possíveis falhas e o efeito no circuito.
Quadro 10 – Possíveis falhas do sistema com CP e efeitos no circuito
PARTE OU
COMPONENTE POSSÍVEL FALHA EFEITO NO CIRCUITO
DO CIRCUITO
1 Sensor óptico 1 Desalinhamento entre O sistema irá detectar que há uma peça no
emissor e receptor. setor de secagem, permanecendo ligados a
interna.
1 Sensor óptico 1 Desalinhamento entre Muitos sensores possuem LED indicativo de ali-
emissor e receptor. nhamento. Caso não possuam, deve-se retirar
qualquer peça que esteja em frente ao sensor e
Receptor com falha
medir tensão na entrada digital em relação ao
interna.
negativo da fonte. Caso o receptor não esteja
regulado ou com falha, não irá indicar tensão.
2 Entrada digital do Entrada digital (I3) Medir tensão na entrada digital (I1) em relação
CP (I3) “queimada”. ao negativo da fonte. Caso haja tensão, mo-
nitorar programa e verificar se, ao pressionar
o botão (S1), o contato Ladder fecha. Caso
não se altere, é provável que a entrada esteja
“queimada”.
4 IHM Mau contato do cabo Movimentar plugue e verificar se não está solto
de comunicação. ou desparafusado.
E se pudéssemos substituir todos esses cabos por apenas um? Não seria inte-
ressante?
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
66
Agora que vimos os exemplos e um breve resumo sobre cabos de redes indus-
triais, vamos tratar da manutenção.
2 SENSOR PICK-UP
Para ter mais informações sobre redes industriais, consulte
São sensores geradores os sites: <http://www.smar.com/brasil/artigostecnicos>
de tensão que funcionam SAIBA <http://www.profibus.org.br>
com base no princípio MAIS
da autoindução. Eles Você ainda pode acessar sites de busca e digitar a expressão
podem ser incorporados “redes industriais”.
a contadores, tacômetros,
velocímetros e
controladores de
velocidade para informar os
sinais necessários.
CASOS E RELATOS
CP
Nível
máximo
Nível
mínimo
Bomba
Eletroválvula
Bicos injetores
Sensor ultrassom
CP
Bomba
Medidor de vazão
Eletroválvula
RECAPITULANDO
Neste capítulo, vimos que o controlador programável (CP) possui uma fi-
losofia de funcionamento parecida com a de um computador tradicional,
porém com características de aplicação bem distintas.
Relembramos como é composta a estrutura de um CP modular. Tratamos
do terminal de programação e da IHM, que, entre outras funções específi-
cas, são ferramentas importantes para os diagnósticos de manutenção.
Demonstramos ainda uma aplicação industrial e abordamos as possíveis
falhas em redes industriais e os procedimentos de testes para detecção.
Vimos como pode ser feito de forma simples o teste de cabos em uma rede
industrial com o uso do multímetro.
Enfim, estudamos diversos conceitos sobre o controlador programável e
seus componentes, sempre envolvendo a manutenção de sistemas auto-
matizados. Percebemos o quanto o CP é importante para o controle de pro-
cessos industriais, além de funcionar como uma grande ferramenta para o
diagnóstico de manutenção.
3 Manutenção de Sistemas com Controladores Lógico Programáveis
73
Anotações:
Programação de Controladores
lógicos Programáveis (CPs)
Neste capítulo, iremos retomar e ampliar o que estudamos sobre controlador lógico pro-
gramável (CP). Anteriormente, tivemos a oportunidade de aprender como instalar e realizar
manutenção de sistemas eletroeletrônicos industriais que se utilizam de CP.
Você já conheceu alguns conceitos básicos sobre linguagem de programação Ladder. Mas
o que você acha de criar, também, programas em linguagem de bloco? Interessante, não é?
Pois bem, teremos a oportunidade de estudar o assunto neste capítulo, tomando como base a
Norma Regulamentadora IEC 61131-3.
Além disso, aprenderemos como especificar o hardware de um CP para determinadas apli-
cações. Devemos escolher um CP modular ou monobloco? Tiraremos essas e outras dúvidas no
decorrer deste capítulo.
Bons estudos!
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
76
X Bit
B Byte (8 bits)
I (entrada física do CP)
Note que a norma IEC correspondente define o caractere “%” para ser utilizado
antes da identificação do acesso à área de memória. Vejamos alguns exemplos.
a) Entrada: %IX0.0 – acesso ao bit 0 do byte 0.
b) Entrada: %IW0 – acesso a Word 0.
c) Saída: %QB4 – acesso ao byte 4.
d) Memória: %MD0 – acesso ao Double Word 100.
A seguir, veremos uma figura que ilustra o tamanho da ocupação na memória
de cada tipo de dado visto anteriormente.
Para entender melhor essa norma, veremos, a seguir, uma situação que de-
monstra um dos problemas que ocorria antes de sua elaboração.
Imagine um processo industrial totalmente automatizado (o que significa que
há programação de CP envolvida para que as máquinas funcionem da maneira
esperada). Essa programação é elaborada, normalmente, por um programador.
Se, após alguns anos de operação, esse processo industrial necessitasse de al-
guma alteração em seu funcionamento, por motivos como o aumento de produ-
ção e a melhoria da segurança, poderia ser necessário modificar a programação
dos CPs. Antes da criação da norma, somente o programador que criou o progra-
ma teria condições de alterá-lo, pois cada CP possuía características únicas devido
à falta de padronização da linguagem.
Então, restava solicitar ao programador que executasse a alteração necessá-
ria. Simples, não é? Bem, não é tão simples assim: imagine que o programador
estivesse impossibilitado de realizar a alteração esperada por algum motivo qual-
quer. Como esta seria feita?
Seria um grande risco outro profissional fazer ajustes na programação do CP,
pois outro programador encontraria muita dificuldade em entender a linguagem
e o método utilizados pelo programador original. Logo, apenas este último enten-
deria a programação por ele criada.
Para resolver o problema da padronização da linguagem, entre outras situa-
ções, em 1992 a International Electrotechnical Commission (IEC) publicou a pri-
meira edição da Norma Regulamentadora IEC 61131-3. A partir daí, foi definido
um padrão para linguagens de programação, o qual deveria ser adotado para os
CPs e seguido pelos fabricantes.
Outro importante benefício da norma está relacionado ao desenvolvimento
de programas fundamentados nos seguintes princípios:
a) modularização: torna possível decompor um programa simples ou com-
plexo em partes menores, possibilitando maior entendimento e controle
sobre ele;
b) estruturação: possibilita elaborar um programa de forma hierárquica, ou
seja, em níveis, o que também proporciona a reutilização de blocos funcio-
nais;
c) tarefas (tasks): controla a execução de programas ou blocos funcionais
de forma periódica ou mesmo por eventos. A criação de tarefas é neces-
sária em programas mais complexos e, principalmente, em situações de
emergência. Por exemplo, no caso de defeito em um equipamento e ne-
4 Programação de Controladores Lógicos Programáveis (CPs)
79
VANTAGENS DESVANTAGENS
Na figura anterior, perceba que temos duas bobinas de saída. Imagine que elas
tenham endereços diferentes e que a função do programa seja ligar cada bobina
a um motor. Nesse caso, será que os motores seriam ligados ao mesmo tempo?
Observando o diagrama da figura anterior, poderíamos afirmar que a saída 1
seria ligada primeiramente e depois a saída 2. Porém, não é isso que acontece,
pois as duas saídas são ligadas simultaneamente.
Isso ocorre porque o processador efetua de uma só vez a atualização das saí-
das com base na tabela “Imagem de saída”, ao final do ciclo de varredura. Portan-
to, nesse caso, os dois motores seriam acionados simultaneamente.
A seguir, veremos alguns recursos importantes disponibilizados pelos fabri-
cantes de CP, que são a simulação e a monitoração.
–(S)– –(R)–
Saiba que uma grande parte dos fabricantes também disponibiliza instruções
de temporização em forma de bobina.
A seguir, veremos alguns exemplos de funcionamento de instruções de tem-
porização.
Figura 53 - Gráfico de tempos e eventos do exemplo de instrução de temporização com retardo na energização
Fonte: SENAI-SP (2013)
Figura 55 - Gráfico de tempos e eventos do exemplo de instrução de temporização com retardo na desenergização
Fonte: SENAI-SP (2013)
Acompanhe o diagrama acima e veja que é dado apenas um pulso pelo botão
na entrada IN do temporizador T3. Isso faz com que o temporizador inicie a con-
tagem de tempo programada. Nesse mesmo momento, a saída do temporizador
T3 é ligada, acionando a saída “Motor”.
Na figura anterior, note ainda que demonstramos mais dois exemplos de acio-
namentos pelo botão. No primeiro caso, vemos que, mesmo quando são dados
dois pulsos em sequência na entrada IN do temporizador, o segundo pulso não
interfere na temporização programada. Isso também acontece no segundo caso,
quando mantemos o botão pressionado por um longo período.
1 BOOLIANO OU BOOL:
Perceba que,somente no instante em que “S1” é atuado pela quarta vez, a sa-
ída “Q” aciona o alarme, pois a contagem pré-configurada é “4”. Observe que a
saída “Q” só será desligada quando houver um pulso por meio do contato “Zera”.
O próximo contador a vermos é do tipo decrescente.
Observe que o valor de contagem é carregado somente após ter sido dado o
primeiro pulso em “CarregaValor”, e que o decremento da contagem é executado
após cada pulso em “S1”, até ser ligada a saída “Motor”. Enquanto “LD (CarregaVa-
lor)” estiver com estado booliano1 nível 1, a contagem não é iniciada.
A seguir, aprenderemos as funções de comparação.
Note que, com a versatilidade do CP, podemos também realizar funções arit-
méticas. As funções aritméticas básicas definidas pela norma IEC 61131-3 são:
a) ADD (Addition): Adição;
b) SUB (Subtraction): Subtração;
c) MUL (Multiplication): Multiplicação;
d) DIV (Division): Divisão;
e) MOD (Remainder (modulo)): Módulo.
A seguir, veja um quadro com as funções aritméticos e respectivos símbolos e
resultados que produzem.
Quadro 23 – Funções aritméticas e respectivos símbolos e resultados
Vamos usar a função “Adição” para entender melhor o conceito. As demais fun-
ções aritméticas seguem a mesma linha de raciocínio.
Controladores lógICos ProgramáveIs
94
FimMistura
ADD
EN
Q PesoTotal
PesoAreia IN1
PesoCimento IN2
Figura 63 - Uso da função “Adição” para cálculo do peso total de uma mistura
Fonte: SENAI-SP (2013)
Motor
MOV
EN
TempInicio IN Q TempGuarda
Observe que, quando o contato “Motor” estiver fechado, a entrada “EN” estará
em nível lógico 1, a instrução “MOVE” será habilitada e ocorrerá a transferência
do valor contido na variável “TempInicio” para a variável “TempGuarda”. Outro de-
talhe importante que você deve lembrar é que os valores contidos nas variáveis
podem ser inteiros ou reais e, por isso, as variáveis devem ter tipos compatíveis.
Inicio 1 0 1 0 1ª 0 1 0 1
2ª 0 0 1 0 3ª 0 0 0 1
InicioDesloca
SHR
EN
Q Desliga_1
1010 IN
1 IN
SHR
EN
Q Desliga_2
Desliga_1 IN
1 IN
SHR
EN
Q Desliga_3
Desliga_2 IN
1 IN
c) contador;
d) detectores de borda de subida e descida.
Saiba que os blocos funcionais podem ser utilizados normalmente em conjun-
to com elementos de linguagem Ladder.
No quadro a seguir, apresentaremos alguns exemplos de blocos funcionais bá-
sicos, comparados com seus programas correspondentes em linguagem Ladder.
Quadro 26 – Exemplos de comparações de blocos
funcionais com linguagem Ladder
No diagrama FBD, você pode notar que, para acionar a saída “Motor”, o bloco
“E” deve estar com nível 1 nas suas três entradas: “Botao_des”, “Rele_term” e saída
do bloco “OU”. Esta última depende do acionamento de “Botao_lig” ou do selo
virtual.
Isso quer dizer que o CP, ao fornecer um sinal de 0 a 10 V, muda de valor nu-
mérico em intervalos (degraus) de 2,44 mV, ou seja, para que o CP incremente o
valor de um degrau, por exemplo, de 4.094 para 4.095, a tensão deverá ter um
acréscimo de 2,44 mV. Acompanhe essa situação por meio do exemplo a seguir.
10 V
4096 valores
numéricos
(degraus)
4,88 mV resolução do
2,44 mV conversor
0V
Portanto, é possível perceber que quanto maior a quantidade de bits dos mó-
dulos analógicos, menor será o valor de tensão de cada degrau e mais sensíveis os
conversores serão quanto às variações de tensão, caracterizando uma maior reso-
lução. É isso que possibilita manipular de forma mais precisa os sinais do processo.
Entendido o conceito de resolução, vamos aprender por meio de um exemplo
o que o CP faz quando recebe um sinal analógico de 0 a 10 V.
4 Programação de Controladores Lógicos Programáveis (CPs)
101
tanque
sensor de nível
10.000 litros 0 a 10 V
CLP
sinal Al 1
analógico
0V
Observe, na figura anterior, que o sensor deve fornecer um sinal de tensão (de
0 a 10 V) proporcional ao volume em litros (de 0 a 10.000 L). Assim, podemos as-
sociar a cada valor em litros uma tensão correspondente por meio de uma regra
de três simples.
Para compreender melhor como isso pode ser feito, vamos calcular a tensão
que o sensor fornecerá quando o tanque estiver com 5.000 L.
Com a regra de três, temos:
Máximo 10.000 10
A saber 5.000 X
Então, obtemos:
5.000 x 10
X= ⇒X=5V
10.000
Máximo 10 4.095
A saber 5 N
Logo, temos:
4.095 x 5
N= ⇒ N = 2047,5
10
VALOR A SER
VOLUME (L)
CONVERTIDO
A saber 2.047 L
2.047 x 10.000
L= ⇒ L = 4998,8 litros
4.095
Na figura anterior, podemos notar que a entrada analógica “AI0” foi configura-
da para leitura de 0 a 10 V e fundo de escala 10.000 L.
Então, temos:
0V=0
10 V = 10.000 (fundo de escala)
Podemos perceber que esse recurso facilita a elaboração e a compreensão de
um programa. Mas saiba que o recurso demonstrado foi de um modelo específico
de CP e que cada fabricante define uma forma particular de transformar o sinal
analógico em valores compreensíveis de grandezas físicas utilizadas pelo progra-
mador. Um recurso bastante utilizado nesses casos é o bloco funcional.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
104
tanque
sensor de nível
10.000 litros 4 a 20 mA
CLP
sinal Al 1
analógico
0V
A conversão dos valores de litros para corrente deve ocorrer de forma propor-
cional. Acompanhe análise gráfica dessas grandezas.
5.000 12 8
16
8
0 4 0
Figura 72 - Conversão da grandeza “litros” em sinal analógico de corrente
Fonte: SENAI-SP (2013)
AMPLITUDE
VOLUME (L)
DO SINAL MA )
Máximo 10.000 16
A saber 5.000 X
4 Programação de Controladores Lógicos Programáveis (CPs)
105
Não se esqueça de que o valor de amplitude deve ser somado ao valor inicial
da escala, que é 4 mA, para que se obtenha o valor do sinal analógico que será
enviado ao CP.
Assim, 8 mA, na escala da amplitude, serão equivalentes a 12 mA (8 mA + 4
mA) na escala do sinal analógico.
Resumindo, um nível de 5.000 litros no tanque será convertido em um sinal de
12 mA pelo sensor de nível e enviado ao CP.
Como o CP do nosso exemplo possui 12 bits, ele poderá representar do nú-
mero 0 até o número 4.095. O número 0 será interpretado pelo CP quando este
receber um sinal analógico de 4 mA; e o número 4.095, quando o CP estiver rece-
bendo 20 mA.
Caso o CP utilizado possua o recurso de configuração de fundo de escala, não
é necessário se preocupar com a conversão, pois é possível determinar os valores
de corrente proporcionais à grandeza que se está manipulando, conforme de-
monstrado na figura a seguir.
Enfim, estudamos bastante até aqui sobre programação de CP. Mas e se tivés-
semos que selecionar um CP para alguma aplicação? O que deveríamos levar em
consideração? É o que vamos ver a seguir.
Para que possamos fazer a escolha mais adequada de um CP, ou seja, a seleção
correta de hardware e software, o eletricista deve conhecer as diversas opções exis-
tentes no mercado e sempre levar em consideração as necessidades da aplicação.
Vamos considerar que você quer fazer o controle do fluxo da caixa-d’água de
um prédio, o que podemos tomar como um controle simples.
Nesse caso, devemos selecionar um CP de alta capacidade do tipo modular ou
um CP de pequeno porte, como vemos na figura a seguir.
Figura 74 - Especificação do CP
Fonte: SENAI-SP (2013)
Características de hardware do CP
2. Rack:
• a seleção deve ser feita de acordo com número de slots.
4. CPU:
• tensão de alimentação;
• capacidade de memória;
• capacidade de processamento;
• tipo de comunicação com terminal de programação;
• autodiagnose (capacidade de sinalizar falhas e indicar possível solução);
• possibilidade de comunicação de rede industrial.
Características de software do CP
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Programas de aplicações para
Controladores lógicos Programáveis (ClP)
Utilizar o CLP para acionar máquinas que possuem motores elétricos é uma opção vantajo-
sa em relação aos circuitos de acionamento compostos por componentes puramente elétricos.
Entre as diversas vantagens, podemos citar:
a) economia de espaço no painel: o CLP ocupa menos espaço em relação a um sistema de
acionamento que necessita de diversos contatores para o circuito lógico;
b) não atrapalha o processo produtivo: em um CLP a mudança de uma lógica de acio-
namento é realizada em alguns segundos descarregando um novo programa (anterior-
mente testado no simulador), sem a necessidade de desparafusar os bornes e mexer na
fiação;
c) diminuição na manutenção: em um circuito que possui um CLP para realizar o aciona-
mento lógico, o abrir e fechar dos contatos ocorre virtualmente. Em circuitos que se uti-
lizam de contatores para o acionamento lógico, a comutação dos contatos gera faíscas,
que, por sua vez, desgastam os contatos que terão que ser substituídos.
Observando todas essas vantagens, é possível dizer que os CLPs substituem totalmente os
circuitos de comandos elétricos?
Não! Pois as informações necessitam chegar ao CLP por meio de chaves, botoeiras, sensores
etc., para que o CLP interprete os sinais recebidos e tome a decisão de como os dispositivos
(contatores, válvulas, lâmpadas etc.) serão acionados.
Portanto, os circuitos de comandos elétricos não deixarão de existir com a utilização do CLP.
A seguir, serão apresentados alguns programas de aplicação para o acionamento de mo-
tores e lâmpadas. Esses programas podem ser feitos em qualquer linguagem, mas em nossos
exemplos vamos focar nas linguagens Ladder e FBD, que são as mais utilizadas.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
114
O primeiro programa a ser elaborado será para uma partida direta de um mo-
tor de indução trifásico. A linguagem escolhida foi o FBD.
Por meio do circuito de controle e o circuito controlado, é possível determinar
as entradas e saídas a serem conectadas ao CLP. Observe o esquema elétrico a
seguir:
a~ aa ~
aaa
L1
L1
L2
F21
95 L3
PE
aaaaaa F7
96
aa
1
S0 aa
2 K1
aa
3 13
S1 K1
4 14
F7
A1
K1
A2 M
M1 3~
L2
F22
Figura 75 - Esquema elétrico de partida direta
Fonte: SENAI-SP (2013)
O esquema elétrico nos mostra que temos três elementos a serem conectados
nas entradas digitais e um elemento a ser conectado na saída digital.
A tabela a seguir demonstra quais elementos serão conectados nas entradas e
saídas digitais do CLP. No caso das entradas, é demonstrado se o contato é normal
fechado (NF) ou normal aberto (NA).
Tabela 1 – Tabela de entradas e saídas digitais
ENTRADAS DIGITAIS SAÍDA DIGITAL
Instante inicial
Ao ligar o CLP sem que nenhum dispositivo conectado às entradas digitais es-
teja acionado, a entrada %I0.0 (botao_Liga) estará em nível lógico 0, pois S1 é um
contato normal aberto e as entradas %I0.1 (botão_Desliga) e %I0.2 (rele_Termico)
estarão em nível lógico 1, pois S0 e F7 são contatos normalmente fechados. Os
contatos de S0 e F7 estarão fornecendo o sinal de alimentação continuamente
para as entradas digitais.
A tabela a seguir exibe os níveis lógicos das entradas e saídas digitais:
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
116
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Liga 0
%I0.2 rele_Termico 1
%Q0.0 contator_K1 0
Fonte: SENAI-SP (2013)
Após pressionar S1
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Liga 0
%I0.2 rele_Termico 1
%Q0.0 contator_K1 1
Fonte: SENAI-SP (2013)
5 Programas de aplicações para Controladores Lógicos Programáveis (CLP)
117
Após pressionar S0
1 3 5 1 3 5
K1 K2
3 13 3 13
2 4 6 2 4 6
S1 K1 S2 K2
4 14 4 14
31 31 F7
K2 K1
32 32
U V W
A1 A1
K1 K2 M
A2 A2 M1
3~
L2
F22
Figura 77 - Esquema elétrico para reversão de motor com intertravamento
Fonte: SENAI-SP (2013)
O esquema elétrico nos mostra que temos seis elementos a serem conectados
nas entradas digitais e dois elementos a serem conectados nas saídas digitais.
A tabela a seguir demonstra quais elementos serão conectados nas entradas e
saídas digitais do CLP:
Tabela 5 – Definição de entradas e saídas
ENTRADAS DIGITAIS SAÍDAS DIGITAIS
Instante inicial
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Direto 0
%I0.2 botao_Reverso 0
%I0.3 rele_Termico 1
%I0.4 fim_Curso1 1
%I0.5 fim_Curso2 1
%Q0.0 contator_K1 0
%Q0.1 contator_K2 0
Fonte: SENAI-SP (2013)
Após pressionar S1
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Direto 0
%I0.2 botao_Reverso 0
%I0.4 fim_Curso1 1
%I0.5 fim_Curso2 1
%Q0.0 contator_K1 1
%Q0.1 contator_K2 0
Fonte: SENAI-SP (2013)
Após pressionar S2
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Direto 0
%I0.2 botao_Reverso 0
%I0.3 rele_Termico 1
%I0.4 fim_Curso1 1
%I0.5 fim_Curso2 1
%Q0.0 contator_K1 0
%Q0.1 contator_K2 1F
Fonte: SENAI-SP (2013)
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
122
PE
F 1,2,3
O esquema elétrico nos mostra que temos três elementos a serem conectados
nas entradas digitais e três elementos a serem conectados nas saídas digitais.
A tabela a seguir demonstra quais elementos serão conectados nas entradas e
saídas digitais do CLP.
Tabela 10 – Definição de entradas e saídas
Instante inicial
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Direto 0
%I0.2 botao_Reverso 0
%I0.3 rele_Termico 1
%I0.4 fim_Curso1 1
%I0.5 fim_Curso2 1
Fonte: SENAI-SP (2013)
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Liga 0
%I0.2 rele_Termico 1
%Q0.0 K1 1
%Q0.1 K2_estrela 1
%Q0.2 K3_triangulo 0
Fonte: SENAI-SP (2013)
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
126
%I0.0 botao_Desliga 1
%I0.1 botao_Liga 0
%I0.2 rele_Termico 1
%Q0.0 K1 1
%Q0.1 K2_estrela 0
%Q0.2 K3_triangulo 1
Fonte: SENAI-SP (2013)
Fisicamente, esse circuito terá apenas uma entrada digital %I0.0 (chave1) e
uma saída digital %Q0.0 (lamp1). A chave que será conectada à entrada digital do
CLP terá retenção mecânica e sua função será ligar e desligar o circuito.
Na network 0001, o bloco de lógica E possui uma inversora na segunda entrada
(off). Portanto, a lógica E é verdadeira quando a entrada %I0.0 (chave1) estiver em
nível lógico 1 e a entrada off estiver em nível 0.
Ao acionar a chave na entrada digital do CLP, %I0.0 (chave1) irá para nível ló-
gico 1, a lógica E se torna verdadeira e o temporizador T0 inicia a contagem de
tempo.
Após o término da contagem, a saída on, que estava em nível lógica 0, irá para
nível 1.
Nesse instante as entradas on e chave1 estarão em nível lógico 1, e as lógicas E
das networks 0002 e 0003 serão verdadeiras.
A saída lamp1 será acionada e o temporizador T1 inicia a contagem de tempo.
Após o término da contagem de tempo, a saída off será acionada. A entrada
off da network 0001 estará em nível lógico 1, e a lógica E não será mais verdadeira.
Considerando que a lógica E não é mais verdadeira, a entrada IN estará em
nível 0. A saída on passará para nível lógico 0.
A saída da network 0003 será desacionada e a lâmpada será desligada. Na ne-
twork 0002, a saída off voltará a ter nível lógico 0.
Essa é a condição inicial do programa e o ciclo será reiniciado automaticamen-
te.
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
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Fisicamente esse circuito terá apenas uma entrada digital %I0.0 (chave1) e três
saídas digitais: %Q0.0 (vermelho), %Q0.1 (amarelo) e %Q0.2 (verde).
A seguir, um exemplo de programa para essa lógica:
Anotações:
REFERÊNCIAS
ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão.
2. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10: segurança em instalações e serviços de
eletricidade. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/portal-mte>. Acesso em: 9 abr. 2013.
FRANCHI, Claiton Moro; CAMARGO, Valter Luís Arlindo de. Controladores lógicos programáveis:
sistemas discretos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2009.
INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. Database IEC 60617: graphical symbols for
diagrams. Switzerland: IEC, 2013.
Database IEC 81346-2: industrial systems, installations and equipment and industrial products:
structuring principles and reference designations: classification of objects and codes for classes.
Switzerland: IEC, 2009.
PARKER. Tecnologia eletroidráulica industrial. Disponível em: <http://www.parkerstoretaubate.
com.br/catalogos/Treinamento/M1003-1%20BR.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2013.
Tecnologia eletromecânica. Disponível em: <http://www.tecnobi.com.br/catalogo/
eletromecanica.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2013.
PROFIBUS. Artigos técnicos Profibus. Disponível em: <http://www.profibus.org.br/artigos.php>.
Acesso em: 11 abr. 2013.
SCHNEIDER ELETRIC. Esquemateca: tecnologia do controle e automação industrial. São Paulo:
MM,2000.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DE SÃO PAULO. Apostila de administração
da manutenção. São Paulo: SENAI/SP, 2006.
. Apostila de automação industrial. 2. ed. São Paulo: SENAI/SP, 2008.
. Apostila de eletrotécnica: teoria. São Paulo: SENAI/SP, 1993.
. Apostila de técnicas de manutenção. São Paulo: SENAI/SP, 2010.
SILVA, Clodoaldo. O controlador lógico programável. Disponível em: <http://www.
clubedaeletronica.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2013.
SMAR. Redes industriais. Disponível em: <http://www.smar.com/brasil/artigostecnicos/artigo.
asp?id=48>. Acesso em: 11 abr. 2013.
CAMARGO, Valter Luís Arlindo de; FRANCHI, Claiton Moro. Controladores Lógicos Programáveis –
sistemas discretos. 2ª ed. São Paulo: Editora Érica, 2012.
ANEXOS
ANEXO 1
OPERADOR DESCRIÇÃO
** Exponenciação
- Negação
* Multiplicação
/ Divisão
+ Soma
- Subtração
<,>,<=,>= Comparação
= Igualdade
<> Desigualdade
OR OU booleano
ANEXO 2
OPERADOR DESCRIÇÃO
OR Função “OU”.
JMP Salto.
CAL Chamada.
B
Booliano 91
C
Curto-circuito 19, 36, 67, 69, 117, 122
D
Diagrama 28, 29, 30, 37
E
EMI 19
Envasada 17
Envasar 18
F
Firmware 48
I
Interface Homem-Máquina 23, 38, 43, 60, 106
L
LED 64
LEDs 23, 49, 69
P
Punção de bico 23
S
Sensor pick-up 71
U
UCP 18, 19, 20, 21, 22, 37, 39
V
Valor 48, 69
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
I2 Designer
Cassiana Mendonça Pottmaier
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Observação:
Este livro contém conteúdos extraídos e adaptados de:
SENAI-DN e SENAI-SP. Instalação de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais. SENAI-DN: Brasília,
2013 (Série Eletroeletrônica).
SENAI-DN e SENAI-SP. Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais. SENAI-DN: Brasí-
lia, 2013 (Série Eletroeletrônica).
SENAI-DN e SENAI-SP. Projetos de Sistemas Eletroeletrônicos Industriais. SENAI-DN: Brasília,
2013 (Série Eletroeletrônica).