TCC Vacinas

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COSTA, Ana Karoline Alves Lourenço da; HAMIA, Mayla Mohamad Abou;

MARQUES, Silvana Vieira Novais. A importância do enfermeiro na sala de


vacinas. Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Enfermagem do Centro
Universitário São Judas Tadeu - Campus UNIMONTE, Santos - SP, 2019.

Resumo: Vacinar é uma das mais importantes formas preventivas do mundo.


Para que houvesse redução de mortalidade infantil e erradicação de doenças, foi
implantado o Programa Nacional de Imunização (PNI) que tem como meta,
ações preventivas incentivando a imunização. O objetivo desse artigo é
descrever a importância do enfermeiro na supervisão da sala de vacinação.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica. É responsabilidade do enfermeiro a
supervisão da sala de vacinação com o objetivo de avaliar as atividades
desenvolvidas, reduzir falhas nos procedimentos e na orientação ao paciente ou
responsável passando segurança ao cliente. A importância de minimizar
qualquer tipo de falha é fundamental, devendo o profissional, estar em constante
busca por aperfeiçoamento de suas técnicas.

Ana Karoline Alves Lourenço da Costa1


Mayla Mohamad Abou Hamia1
Silvana Vieira Novais Marques1
Bruna Renó2

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA SALA DE VACINA

Introdução
Vacinar é o ato de imunizar, uma das mais importantes formas
preventivas do mundo, favorecendo proteção do indivíduo contra sérias doenças,
reduzindo assim, contaminação de agentes infecciosos protegendo sua
comunidade, cidade, estado e país. Para um grande começo e realização de
redução de mortalidade infantil, foi implantado o Programa Nacional de
Imunização (PNI) que tem como objetivo, ações preventivas incentivando a
1 Discentes do curso de Enfermagem
2 Orientadora de TCC - Enfª Drª em Saúde Coletiva
imunização, realizando campanhas, busca ativa dos responsáveis para a
procedência da vacinação rotineira. (OLIVEIRA ET AL, 2010).
É considerada uma das melhorias mais expressivas da medicina preventiva,
contribuindo para a redução das hospitalizações e morbimortalidade por doenças
imunopreviníveis. (SILVA e CARREIRO, 2013)
Possui lugar de destaque nas práticas de políticas de saúde pública no Brasil. Seu
êxito se deve ao cumprimento das recomendações seguidas pela enfermagem.
(OLIVEIRA et al, 2013).
É um dos pilares da Assistência Integral à Saúde da criança, que surge como
resposta aos agravos de saúde preveníveis mais frequentes (TERTULIANO e
STEIN, 2011) e fator determinante para a redução do coeficiente de mortalidade
infantil (FRANÇA et al., 2009). Até o século passado, milhões de crianças
morreram em decorrência de doenças como coqueluche, meningite e
poliomielite. Entretanto essa mortalidade foi reduzida devido a investimentos de
organismos internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o
Fundo das Nações para Desenvolvimento da Infância (UNICEF), promovendo
ações como a imunização. (PUDELCO et al, 2014). Em contrapartida, o
“desaparecimento” de determinadas doenças , controladas pela imunização
coletiva, modifica o foco das mídias e do imaginário popular para novas
ameaças, como efeitos adversos associados e muitas vezes mal compreendidos
ou mesmo, mal esclarecidos em sua origem. (VASCONCELLOS-SILVA et al.,
2015)
Apesar de ser considerado um dos maiores e mais efetivos programas públicos
de vacinação do mundo, o programa pode estar ameaçado. Segundo dados do
Ministério da Saúde, entre 2015 e 2017, houve significativa redução da
cobertura vacinal, sendo que a vacinação contra a Poliomielite caiu de 98,3%
para 79,5%; Rotavírus de 95,4% para 77,8%; Pentavalente de 96,3% para
79,2%; Hepatite B ao nascer (<1 mês de idade) de 90,9% para 82,5%;
Meningococo C de 98,2% para 81,3%; Pneumocócica de 94,2% para 86,3% e; 1ª
dose de tríplice viral de 96,1% para 86,7%. A ABRASCO – Associação
Brasileira de Saúde Coletiva – aponta diversos fatores que podem contribuir para
o quadro. Entre eles destacam-se a falsa sensação de segurança devido à baixa
ocorrência de determinadas doenças imunopreviníveis, resultado do sucesso do
PNI; divulgação falsa sobre ineficácia das vacinas e efeitos adversos
inexistentes.
Evidências epidemiológicas levantadas através de inquérito vacinal revelam um
quadro de tensão entre a aceitação vacinal e algumas camadas sociais, sendo
inversamente proporcional ao tempo de estudo e renda. (BARBIERI et al.,
2017), o que provoca o risco do retorno de doenças e o surgimento de surtos,
agravando a situação de grupos vulneráveis e pondo em risco toda uma
população. A propagação de um surto está vinculada à aglomeração de
susceptíveis, criando obstáculos à imunização coletiva (VASCONCELLOS-
SILVA et al., 2015).
A orientação do Ministério da Saúde (MS) é que os profissionais se
comprometam com a vacinação das pessoas que buscam o serviço de saúde,
assim como rastrear pessoas que não utilizam a unidade, organizando e
garantindo um serviço efetivo, reduzindo as oportunidades perdidas de
vacinação (TERTULIANO e STEIN, 2011).
Estudos brasileiros evidenciam a falta de conhecimento de alguns profissionais
em relação à procedimentos e sua própria atuação na sala de vacinação
(MARINELLI et al, 2015), considerando que o ato de vacinar objetiva, não
somente o alcance de metas de cobertura vacinal, mas principalmente a
soroconversão do indivíduo (SANTOS et al., 2017).
Diante do exposto, questiona-se “Qual deve ser a atuação do enfermeiro na sala
de vacina para que a imunização se torne efetiva”?

Objetivo
Descrever a importância do enfermeiro na supervisão da sala de
vacinação.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica , utilizando publicações disponíveis nas
bases de dados indexadas na Bireme, resultado da busca com a combinação de
descritores: “Programa nacional de imunização AND enfermagem AND gestão”.
Os critérios de inclusão de artigos foram: publicados em língua portuguesa e
texto completo disponível gratuitamente em formato digital.
Esta busca retornou 47 artigos. Durante a leitura crítica, foram descartados 26
estudos por não apresentarem relação direta com os objetivos deste trabalho. Os
21 artigos restantes foram incluídos e analisados para os resultados dessa
pesquisa.

Referencial Teórico

REVOLTA DA VACINA
Instaurada em 1889, a República tinha como meta, a modernização do país,
porém era constantemente paralisada por epidemias de varíola e febre amarela.
Na tentativa de mudar este quadro, realizou-se diversas campanhas sanitárias
lideradas pelo médico Oswaldo Cruz, diretor do Instituto Soroterápico Federal,
hoje conhecido como Instituto Oswaldo Cruz, produtor de soros e vacinas.
Motivado pelos 7.000 casos de varíola na capital federal, apresentou ao
Congresso Nacional, um projeto de lei com cláusulas rigorosas, obrigando a
vacinação. Sua aprovação eclodiu em uma revolta que reuniu grupos com
motivações diversas, que se aproveitaram do momento para militar em causas
próprias. Consagrou-se assim a chamada Revolta da Vacina, que paralisou a
cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904.
A falta de investimentos, recursos e prioridades no âmbito da saúde, permitiram
a reintrodução da doença no país e em 1966 o Brasil era a única fronteira de
varíola nas Américas. Acordos com a Organização Mundial de Saúde e
Organização Pan Americana de Saúde permitiram a transferência de tecnologia e
modernização na produção de vacinas, estruturando as bases do que seria o PNI
- Programa Nacional de Imunizações. Em maio de 1980, a Assembleia Mundial
da Saúde declarava que a "varíola estava morta". (HOCHMAN, 2011)

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES - PNI


PNI foi desenvolvido em 1973 e tem como meta vacinar toda população
brasileira, é percebido sua ascensão acerca do percentual de crianças menores de
um ano segundo o tipo de vacina, localidade e ano. De acordo com FRANÇA
ET AL, 2009 as primeiras campanhas de vacinação foram postas em prática em
1804 e com estudos e planejamento estratégicos foi erradicada a varíola em 1973
e em 1989 a poliomielite. Hoje o que vem sendo controlado é sarampo, tétano
neonatal, tétano acidental, formas graves de tuberculose, difteria e a coqueluche.
É referência internacional e através de suas ações, além da erradicação,
eliminação e controle de diversas doenças, proporciona o declínio da
morbimortalidade infantil por doenças imunopreveníveis, assim como a redução
de hospitalização de idosos por doenças cerebrovasculares, pneumonia e
influenza (SILVA e CARREIRO, 2013). Atualmente existem calendário vacinal
para todas as fases da vida, além dos grupos especiais atendidos pelo CRIE -
Centro de referência de imunobiológicos especiais (ARAÚJO et al., 2010).
O programa é responsável pela normatização dos processos relacionados à
vacina. Determina o perfil e a quantidade mínima de profissionais que devem ser
envolvidos no processo. Recomenda que as atividades sejam realizadas por
equipe capacitada para manuseio, conservação e administração de
imunobiológicos, liderados por um enfermeiro responsável pela supervisão e
educação permanente da equipe (OLIVEIRA et al., 2013). A equipe deve ser
composta preferencialmente por 2 técnicos/auxiliares de enfermagem e 1
enfermeiro responsável, que devem possuir conhecimento adequado à técnicas,
atitudes e rotinas ligadas ao ato de vacinação (SANTOS et al, 2017).
O Ministério da Saúde desenvolveu a Rede Frio pois visa todo processo de
monitoramento de transporte de imunobiológicos que tem o objetivo de manter a
temperatura adequada desde o laboratório produtor até o momento de
administração. A rede de frio é definida como o complexo de ligação entre os
níveis nacional, estadual, regional, municipal e local e a sua continuidade
acontece na unidade básica de saúde (UBS). Para manter sua capacidade
imunizante, devem ser consideradas condições de refrigeração, iluminação e
armazenamento adequado, assim como manipulação e administração. A
manutenção da rede de frio em nível local é atividade exclusiva da equipe de
enfermagem e deficiências nos processos podem interferir na eficácia da
imunização de um município (OLIVEIRA et al, 2009).

SALA DE VACINA
A sala de vacinação está em contato direto com o usuário final da cadeia
de frio e é a estrutura por meio da qual se executa o serviço de administração dos
imunobiológicos. Além disso, devem estar aptas para promover campanhas,
bloqueios, intensificações e ações extramuros, onde os recursos devem ser
previstos no dimensionamento. Sua estrutura deve ser planejada de forma a
evitar riscos indesejados de exposição dos imunobiológicos, assim como do
profissional e do usuário, ao risco, promovendo o controle adequado de
temperatura, garantindo o conforto térmico, espaço adequado para a
higienização de mãos e descarte de perfurocortantes, garantindo o conceito de
boas práticas. (BRASIL, 2014)
É classificada como área semicrítica e deve ser destinada exclusivamente à
administração dos imunobiológicos. Deve ser ambientada de forma que seja
acessível de forma autônoma à todos os usuários e profissionais, promovendo
um ambiente acolhedor e seguro. (SILVA e CARREIRO, 2013) e sua
organização deve ter foco na excelência, contribuindo para a gestão de riscos e
qualificação dos serviços (BRASIL, 2014).
Os pisos, paredes e portas devem ser lisos e resistentes a lavagens. A ventilação,
iluminação e dimensão da sala devem ser apropriadas para permitir um fluxo
adequado para o desempenho das atividades conforme RDC nº 50/2002
(BRASIL, 2014).
Considera-se indiscutível a manutenção da rede de frio, para conservação das
propriedades imunogênicas do imunobiológico (OLIVEIRA et al, 2009)
As salas de vacina são ambientes dinâmicos e complexos devido à constante
atualização no calendário básico de vacinas, onde as normas e recomendações
são sempre modificadas, exigindo treinamento e supervisão permanentes
(MARTINS, 2018).
O dimensionamento de pessoal pode ser definido conforme a previsão de um
vacinador administrar com segurança 30 vacinas injetáveis ou 90 vacinas via
oral por hora de trabalho. (BRASIL, 2014)
São responsabilidades do profissional de vacina a constante atualização técnico
científica, assim como, manter as condições ideais de conservação de
imunobiológicos, equipamentos e ambiente; avaliar, divulgar e acompanhar as
doses administradas. (OLIVEIRA et al., 2013)
Ao iniciar os trabalhos, o profissional deve adotar os procedimentos de
verificação de temperatura das câmaras e ambiente, assim como o estoque de
insumos e as condições da sala. Verificar a validade das vacinas, especialmente
as que já sofreram diluição. (BRASIL, 2014)
É imprescindível estar atento para o processo de acolhimento, pois neste
momento é que se estabelece o vínculo, garantindo a continuidade do esquema
vacinal e/ou encaminhamento adequado, assim como as orientações necessárias
aos usuários. Neste momento também é realizada a triagem, estabelecendo
prioridades e organização do fluxo de atendimento, com possível melhoria na
resolutividade do serviço e satisfação do usuário. Observa-se frequentemente
que o profissional de enfermagem desenvolve outras atividades não relacionadas
à vacinação, limitando-se à administração do imunobiológico, quebrando assim
o vínculo com o usuário, podendo prejudicar o prosseguimento do esquema
vacinal (PUDELCO et al., 2014).

LEGISLAÇÃO
Para regular as ações de vigilância epidemiológica, vacinação e notificação
compulsória de doença no país, foi instituído a Lei nº 6.259 de 30 de outubro de
1975, com o objetivo de submeter o Estado brasileiro à vacinação obrigatória,
dotando um marco legal de alta relevância. Sabendo que a institucionalização
das políticas públicas de vacinação responsável pela criação do Programa
Nacional de Imunização (PNI).
A Constituição Federal de 1988, antes da sua formulação e antes do Sistema
Único de Saúde (SUS), a Lei 6.259/75 diz no Art. 3 prevê sobre a
obrigatoriedade da vacinação. “As vacinações obrigatórias serão praticadas de
modo sistemático e gratuito pelos órgãos e entidades públicas, bem como pelas
entidades privadas, subvencionadas pelos Governos Federal, Estaduais e
Municipais, em todo o território nacional”. Enfim, em 12 de agosto de 1976 a
Lei 6.259/75 foi regulamentada, contemplando detalhadamente a forma de como
a vacinação obrigatória deve ser desempenhado no Brasil. De acordo com o Art.
27 do regulamento, “serão obrigatórias, em todo o território nacional, as
vacinações como tais definidas pelo Ministério da Saúde, contra as doenças
controláveis por essa técnica de prevenção, consideradas relevantes no quadro
nosológico nacional”. O Decreto dispões em seu Art. 29, que “é dever de todo
cidadão submeter-se e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade,
à vacinação obrigatória. Só será dispensada da vacinação obrigatória, a pessoa
que apresentar Atestado Médico de contra indicação explícita da aplicação da
vacina.” (MARINELLI et al, 2015).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reforçou a obrigatoriedade de
vacinação para menores de 18 anos, Lei 8.069/90, que por sua vez
regulamentou o art. 227 da Constituição Federal de 1988, com a finalidade de
proporcionar direitos e proteção integral à população. O ECA, no Art. 14 diz “é
obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades
sanitárias” (BARBIERI et al., 2017).
A Lei que define que o profissional de enfermagem tem como a
responsabilidade a liberação e execução de tarefas referentes a conservação e a
aplicação de vacinas, decorre segundo o Decreto n. 94.406/87, que regulamenta
a Lei n.7.498, de 25 de junho de 1986, que diz no Art. 13 que o auxiliar e técnico
de enfermagem tem como função executar essas atividades de vacinação e
também sua conservação, porém tudo sob supervisão, orientação e direção do
enfermeiro. Tem como objetivo o acompanhamento de todo o processo em sala
de vacinação, pois contribui para o planejamento e avaliação das atividades
desenvolvidas, reduzindo falhas nos procedimentos mecânicos e na própria
orientação estabelecida, reproduzindo segurança para cliente. (OLIVEIRA et al.,
2013)

Nos EUA, embora a obrigatoriedade de vacinação também seja regida por leis,
são liberados da ilicitude, abstenções por crenças religiosas ou filosóficas em 47
estados (VASCONCELLOS-SILVA et al., 2015).

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
A equipe de enfermagem é fundamental em todos os aspectos do processo de
imunização, para tanto deve agir com seriedade e conhecimento profundo sobre
imunologia e técnicas de enfermagem, como o preparo e administração, para que
não haja comprometimento da saúde. A supervisão do enfermeiro é primordial
para que se mantenha a alta qualidade dos cuidados prestados, pois, somente
profissionais qualificados são capazes de indicar corretamente uma vacina
(SILVA e CARREIRO, 2012).
O enfermeiro tem um leque de relevantes papéis, funções e responsabilidades
referente a saúde, sua essência é o cuidado com o indivíduo, onde requer o
desenvolvimento de intervenções de promoção, prevenção de doenças
recuperação e reabilitação da família e comunidade. Visa pelo conforto,
acolhimento, bem-estar e autonomia dos pacientes. Um desses modos do
cuidado é a comunicação, com esse mecanismo sabe-se onde vivem, trabalham e
até mesmo se adoecem, sendo assim por mais que o enfermeiro consiga executar
procedimentos do teórico para o técnico é crucial que haja aprimoramento e
desenvolvimento na qualidade da comunicação. (MELLO E LIMA, 2009).
A importância da supervisão dos enfermeiros gestores na sala de vacina é crucial
pois colabora em diagnósticos que abrangem singularidades que prestem maior
assistência aos pacientes. Na lei 7.498/865, o decreto 94.406/876 e a RDC
45/20037 constituem esta responsabilidade, que ressalta a relevância da
supervisão, orientação e direção do enfermeiro pela equipe que nela se
responsabiliza, que por sua vez fazem a assistência da administração de
medicamentos, imunobiológicos e sua manutenção. (SILVA e CARREIRO,
2013)
A responsabilidade técnica sobre a sala de vacinas é do enfermeiro. Ele é o
responsável por questões logísticas, como o controle do estoque, manutenção
dos sistemas de registro, monitorização da conservação dos imunobiológicos,
destino adequado ao lixo infectante, assim como a orientação adequada aos pais
e pacientes e manejo de possíveis reações adversas, além da supervisão e
capacitação da equipe, dando assim, continuidade à rede de frio. (QUEIROZ et
al., 2009)
A equipe de enfermagem tem papel fundamental nos serviços de imunização,
além da indicação para essa tarefa é que seja com profissionais qualificados, e
esse gerenciamento torna o fluxo mais produtivo e organizado. E nesse cuidado
que a enfermagem presta, requer seriedade, reflexão, conhecimento e técnicas de
enfermagem que se baseiam na administração sobre imunobiológicos. Contudo,
pode se dizer que assim pode ser concluído com mais segurança e qualidade.
(SILVA e CARREIRO, 2013)
Em outros países, esta prática também é competência da equipe de enfermagem,
como em Madrid, onde 97,7% dos responsáveis pela rede de frio são da equipe
de enfermagem.
Pode-se dizer que uma supervisão precisa do enfermeiro durante o preparo da
administração de imunobiológicos e a qualidade do cuidado e da orientação em
sala, evita possíveis erros prestada ao cliente. (SILVA e CARREIRO, 2013)
O líder que presta qualidade no serviço de imunização deve se comprometer a
questionar possíveis erros, já que a administração das vacinas é responsabilidade
da sua equipe. Sendo assim, a importância de minimizar qualquer tipo de falha é
fundamental, buscando sempre melhorar e qualificar a assistência ao cliente.
(SILVA e CARREIRO, 2013)
O enfermeiro tem como responsabilidade educar sua equipe, visando para áreas
que estabelecem uma relação entre teoria e prática, pois colabora na prática das
intervenções diante de dúvidas, estabelecendo metas, objetivos com destino de
planejar e por fim avaliar os resultados (MARTINS, 2018). Logo, o enfermeiro
deve propor uma supervisão planejada em sala de vacina, conforme Programa
Nacional de Imunização (PNI) e perceber demandas da Educação Permanente
em Saúde (EPS), com objetivo fortalecer qualificação da equipe de Enfermagem
(MARTINS, 2018). A supervisão em sala de vacina deve ser compreendida
como parte do processo natural do dia-a-dia, pois auxilia na competência do
profissional que está manuseando o imunobiológico e sua orientação dada em
sala (MARTINS, 2018).
Na sala de vacina o papel da enfermagem é determinar ações que são de sua
responsabilidade, visando realizar uma atenção a erradicação de agravos
evitáveis, como a execução exata de toda a política em relação à conservação
dos imunobiológicos, correta administração e preparo da vacina, conduta aos
efeitos adversos, preenchimento correto dos impressos e educação continuada
para profissionais. (MARINELLI et al, 2015)
Foi visto em uma pesquisa de caso-controle, dirigido em Odisha, na Índia que
detectou um conhecimento maior entre os profissionais que ali trabalham, o
olhar estratégico para aperfeiçoar os conhecimentos e a prática na imunização de
rotina, tudo isso devido à supervisão em sala de vacinação diária. Neste estudo
foi mostrado a importância de compartilhar conhecimento de seus supervisores
(MARTINS, 2018).
Além de vacinar em Unidades Básicas de Saúde (UBS), é realizado também em
hospitais, maternidades, e prontos-socorros no intuito que seja eficiente a
abrangência da imunização. É fundamental que o profissional acolha o paciente
durante a vacinação, orientando qual será realizada, os eventos adversos e a
próxima vacina preconizado pelo PNI, mostrando ao mesmo a importância do
seu retorno. Visto isso é crucial o atendimento integral desse cliente (PUDELCO
et al., 2014).
Pesquisas relacionadas à supervisão do enfermeiro revelam que, em algumas
unidades de saúde, o enfermeiro comparece à sala de vacinas somente para
coletar os mapas no final do período, descaracterizando sua função, pois esta
prática avalia somente a cobertura vacinal e o quantitativo de imunobiológicos e
não a dinâmica em sala. (OLIVEIRA et al., 2013).
Quando o enfermeiro delega indiscriminadamente suas funções para um
profissional de nível médio, eles acabam realizando-as com uma visão
fragmentada, não contemplando as etapas do processo de planejamento,
execução e avaliação (FOSSA et al., 2015).
A literatura enfatiza que a conscientização da equipe sobre suas atribuições e os
processos de trabalho, são funções do enfermeiro (MARINELLI et al, 2015), o
que corrobora com o entendimento de que a prática de vacinação vai além da
administração de vacinas, defendida por (VASCONCELLOS-SILVA et al.,
2015).
Um dos fatores que influenciam negativamente a vacinação é uma comunicação
ineficiente, pois o cliente tem o direito de realizar as melhores escolhas em
relação à sua saúde. Para isso, deve ser feita uma triagem adequada, onde serão
levantadas possíveis contraindicações e orientações referente aos possíveis
efeitos adversos (FOSSA et al., 2015) .
Para TERTULIANO e STEIN, 2011, o cuidar não diz respeito somente às
técnicas empregadas, mas também à escuta, acolhimento, vinculo e ao olhar
integral ao indivíduo, principalmente em grupos vulneráveis, onde os problemas
sociais são difíceis de curar. O apoio social se refere à atitudes que favoreçam a
resolução de conflitos que neutralizam desvios de comportamento determinantes
para vacinação em dia.
A qualidade dessas ações dependem do engajamento profissional na
compreensão do seu processo de trabalho, onde, além dos fatores já citados,
devem ser avaliadas a utilização adequada aos recursos disponíveis (LAGES,
2013).
O serviço de imunização deve agir com o princípio de integralidade,
transcendendo a demarcação de área, focalizando o processo como um todo,
permitindo ao cidadão, um comportamento de saúde participativo, ciente do seu
direito adquirido (MARINELLI et al, 2015).
Para PUDELCO et al, 2014, observa-se que na prática, o foco é as atividades
técnicas, porém, deve-se haver uma multidisciplinaridade entre ciência e
filosofia, onde relaciona-se às experiências e valores dos indivíduos, com o
procedimento propriamente dito.
O interesse das mães em cuidar da saúde dos filhos contrasta com a insegurança
e a falta de conhecimento acerca das doenças imunopreveníveis. O enfermeiro
deve estar atento aos sinais destas mães e dedicar mais tempo à ações educativas
(ARAÚJO et al., 2010).
É importante que o indivíduo saiba que a vacinação é um direito - direito à saúde
- e o enfermeiro, como promotor em saúde, deve transmitir à população e à
equipe, o conceito de que não se trata somente de um procedimento técnico, mas
sim uma ação de cuidado. (FOSSA et al., 2015)
Pesquisas apontam a fragilidade no processo de comunicação enfermeiro-
técnico-paciente como entrave à vacinação. A formação do vínculo é dificultada
porque o enfermeiro está envolvido com as demais atividades da unidade de
saúde, sendo que, para iniciar-se uma reforma na práticas destes profissionais,
primeiro é necessário despertar o pensamento crítico e auto perceptivo nestes
atores da promoção de saúde. (FRANÇA et al., 2009). Desta forma, a adesão de
mães ao calendário vacinal se dará devido aos benefícios que este fornece e não
somente porque lhes é imposto, o que pressupõe ao profissional, uma gama de
saberes específicos para o atendimento à demandas com características
específicas. (PUDELCO et al, 2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observando os aspectos mencionados, concluímos que a presença do


enfermeiro na sala de vacinação é de suma importância. O enfermeiro capacita
sua equipe para que todas as etapas da rede de frio sejam realizadas de forma
correta, portanto, esse profissional tem a responsabilidade de se manter em
constante atualização técnico científico a fim de possuir conhecimento adequado
às condições ideais de conservação dos imunobiológicos, equipamentos,
ambiente, técnicas, atitudes e rotinas ligadas ao ato de vacinação.

Um enfermeiro responsável se compromete com a atuação de sua equipe, se


aproveitando de seu momento de supervisão para desenvolver ações de
vigilância, capacitação e qualificação de sua equipe. Para a organização de sua
assistência, consideramos importante seguir alguns passos levantados durante o
estudo dos artigos: Avaliação dos determinantes sociais que levam ao atraso
vacinal; educação em saúde para o público alvo; reuniões periódicas com a
equipe para adequações e atualizações.

É responsabilidade do enfermeiro a supervisão da sala de vacinação com o


objetivo de avaliar as atividades desenvolvidas, reduzir falhas nos
procedimentos e na orientação ao paciente ou responsável passando segurança
ao cliente. A importância de minimizar qualquer tipo de falha é fundamental,
devendo o profissional, estar em constante busca por aperfeiçoamento de suas
técnicas.

Podemos observar também que é imprescindível para o profissional estar atento


para o processo de acolhimento. É durante a vacinação que o enfermeiro cria
vínculo com o cliente orientando qual vacina será realizada, os eventos adversos,
qual será a data e próxima vacina mostrando sempre ao paciente a importância
do seu retorno, garantindo a continuidade do esquema vacinal.

O profissional que escolhe a enfermagem como profissão deve compreender que


sua atuação vai além de realizar procedimentos e técnicas de forma adequada.
Ele deve compreender que estamos lidando com vidas. Gente cuidando de gente.
Portanto deve agir de forma a preservar a integridade física destas pessoas,
atuando de forma a garantir a qualidade da assistência, acolhendo e orientando
de forma adequada, percebendo o nível de compreensão de cada um, utilizando
meios para que seja claro e garanta a continuidade do esquema de vacinação,
garantindo assim o objetivo final de soroconversão.

Quadro Sinóptico

AUTOR, TÍTULO RESULTADO


ANO

ARAÚJO et Cobertura vacinal e fatores Atualmente, os adolescentes fazem


al, 2010 relacionados à vacinação dos parte dos grupos prioritários ao
adolescentes residentes na área Programa Nacional de Imunização
de Teresina/PI. em virtude da elevada
susceptibilidade a algumas doenças
evitáveis por imunizantes e
especialmente pela sua baixa
cobertura vacinal necessária ao
controle das doenças
imunopreveníveis. A presente
pesquisa objetivou verificar a
cobertura vacinal dos
adolescentes residentes na área
norte de Teresina. Trata-se de
um estudo transversal realizado
por meio de inquérito domiciliar,
com amostragem por
conglomerado. Os dados foram
coletados no período de setembro
a novembro de 2008, por meio
de entrevistas, com 178
adolescentes residentes na área
pesquisada. Os resultados foram
processados com a utilização do
software Epi-Info versão 6.04b. A
análise foi feita por meio de
estatísticas descritivas como
frequências absolutas e percentuais.
Constatou-se que a maioria é do
sexo feminino (63%) com 17 a 19
anos de idade (57,3%), 9 a 11 anos
de estudo (62%) e renda familiar
dois salários mínimos (61%).
Aproximadamente 50%
desconheciam o cartão e as vacinas
destinadas ao adolescente. As
coberturas vacinais apresentaram-
se baixas, especialmente contra o
tétano (2,5%). Conclui-se que a
escola e os profissionais de saúde
possuem papel preponderante na
sensibilização dos adolescentes
para o cuidado com a sua saúde.

BARBIERI et A (não) vacinação infantil entre As políticas de vacinação foram


al., 2017 a cultura e a lei: os significados instituídas pela Lei nº 6.259, de 30
atribuídos por casais de camadas de outubro de 1975, que regula as
médias de São Paulo, Brasil. ações de vigilância epidemiológica,
vacinação e notificação de doenças
compulsórias. Dispõe, em seu art.
29, que a dispensa da vacinação
obrigatória somente é permitida à
pessoa que apresentar atestado
médico de contra indicação
explícita de aplicação da vacina.
Em documento do Conselho
Federal de Medicina, declara-se a
responsabilidade da instituição em
favor da proteção da criança,
independente da dos pais. Porém, o
presente estudo demonstra que a
decisão de vacinar ou não os filhos,
está mais ancorada em valores
culturais de que legais. Valores
ligados às práticas de vida mais
naturais sobressaem na narrativa
dos casais estudados. Os casais
vacinadores e os seletivos referem
desconhecer a obrigatoriedade da
vacinação, realidade diferente dos
casais não vacinadores, que
mantém suas decisões em segredos,
com medo das possíveis
penalidades legais.
O controle desta lei é feito através
do impedimento de matrícula nas
escolas, perda de benefícios sociais,
impossibilidade de prestar ou
assumir um cargo público.

FEITOSA et Conhecimentos e práticas do Este estudo, de abordagem


auxiliar de enfermagem em sala
al, 2010 qualitativa, teve como objetivo
de imunização.
analisar conhecimentos e práticas
do auxiliar de enfermagem em sala
de imunização, considerando seu
papel fundamental na Atenção
Básica. Os instrumentos para coleta
de dados foram a entrevista e a
observação não participante,
aplicados a 10 auxiliares de
enfermagem. A análise de dados foi
realizada conforme a Análise de
Conteúdo de Bardin, com
elaboração de cinco categorias
temáticas: Contaminação com
materiais da sala de vacinas;
Descarte do lixo produzido na sala
de vacinação; Educação
permanente dos profissionais da
sala de imunização; Orientações
prestadas às mães; e Relação
enfermeiro e auxiliar de
enfermagem. A mecanicidade do
trabalho, capacitação deficiente,
falta de orientações à clientela
quanto à finalidade e reações
adversas foram alguns problemas
identificados. Diante dos
resultados, recomenda-se maior
investimento na educação
permanente destes profissionais
aliando o conhecimento científico
ao cotidiano do trabalho para uma
atuação mais fortalecida e
humanizada.

FOSSA et Conservação e administração de O PNI, criado pelo MS, tem como


vacinas: a atuação da
al., 2015 de contribuir para o controle,
enfermagem.
eliminação e erradicação de
doenças imunopreveníveis. Para
tanto, disponibiliza
imunobiológicos que devem ser
manipulados e conservados de
forma a preservar sua eficácia. Para
o sucesso do programa é necessário
não somente a disponibilidade
destes imunobiológicos, mas
também, estratégias de
gerenciamento da unidade de
saúde, equipe de atuação e
acolhimento e orientação
adequadas aos usuários, cabendo ao
enfermeiro capacitar-se e capacitar
a equipe para atendimento desta
demanda.

O presente estudo foi realizado


em duas unidades de saúde de
municípios de pequeno porte,
contemplando auxiliares, técnicos e
enfermeiros e buscou avaliar itens
como o conhecimento teórico e
prático, acolhimento e atitudes em
relação à rede de frio e apresentou
resultados parcialmente
satisfatórios, onde itens como
acolhimento e busca ativa, não
foram satisfatórios, assim como a
presença de um enfermeiro para
atuação exclusiva na sala de vacina,
revelando a necessidade de maior
investimento por parte dos gestores
de instâncias superiores na
capacitação, atualização e
adequação destas equipes.

FRANÇA et Cobertura vacinal e mortalidade Estudo realizado na cidade de


al., 2009. infantil em Campina Grande, Campina Grande – PB, em
PB, Brasil
conjunto com a Secretaria
Municipal de Saúde e Unidades
Básicas de Saúde, onde avaliou-se
a cobertura vacinal e sua relação
com a infantil. Levantou-se causas
apontadas pelos enfermeiros para
justificar a baixa cobertura vacinal
e as estratégias e ações utilizadas
para alcance dos grupos não
atingidos.

Ao término do estudo não foi


possível determinar a relação entre
os óbitos e as doenças
imunopreviníveis devido a não
justificativa do agente infeccioso na
causa mortis, porém, demonstrou a
tendência à queda na mortalidade
infantil, confirmando o impacto da
cobertura vacinal.

HOCHMAN, Vacinação, varíola e uma cultura Discute o estabelecimento da


2011 da imunização no Brasil cultura de imunização no Brasil à
partir da erradicação da varíola,
associando-se ao processo da
introdução da vacinação em massa
desde o final do século XIX.

Esta cultura constituiu-se ao longo


do século com a adesão progressiva
aos programas de imunização.
Quadro que contrasta com o
episódio da “Revolta da Vacina”,
em 1904.

Existem, porém, posições


individuais de oposição às vacinas,
podendo elas ser de cunho
religioso, ético, político ou
científico, não representando assim,
grupos antivacinistas.

A busca/oferta de vacinas associa-


se à compreensão de que saúde é
um direito que deve ser garantido
pelo estado.

LAGES, A.S, Profissionais de Saúde no Constatar o conhecimento e o


2013 Processo de Vacinação Contra cumprimento das recomendações
Hepatite B em Duas Unidades técnicas do Programa Nacional de
Básicas em Belo Horizonte: uma Imunização. Os resultados indicam
Avaliação que há falhas ao controle e à
utilização do cartão espelho, à
Qualitativa
orientação dos pais/responsáveis, e
no monitoramento da cobertura
vacinal. Conclui-se que a
defasagem apresentada no processo
de vacinação, pode ser superada
com uma maior valorização das
ações cotidianas

MARINELLI Conhecimento dos profissionais A análise da amostra mostrou


de enfermagem em sala de repetidas vezes conhecimento
et al, 2015
vacina: análise da produção inadequado dos profissionais em
científica.
sala de vacina, a maioria
relacionada à conservação dos
imunobiológicos. Identificou-se
demanda urgente na qualificação
dos profissionais de enfermagem de
sala de vacina. Percebe-se que
todos os artigos analisados
evidenciam descumprimento das
ações referentes ao manual de
vacinação, apontando necessidade
de processo contínuo e sistemático
de supervisão e educação
permanente.

MARTINS Educação permanente na sala de A Educação Permanente em Saúde


et al, 2018 vacinação: qual é a realidade? (EPS) norteia o processo de
formação dos trabalhadores de
saúde, colocando-o como gestor da
sua formação, porém é um desafio
ambicioso e necessário. Em um
ambiente complexo e dinâmico
como a sala de vacinas, a EPS é
fundamental para se garantir a
qualidade imunológica e a
vacinação segura.

Após estudo com um grupo de 56


participantes, observou-se que a EP
se apresenta infrequente e
insuficiente, sendo que a prática do
dia a dia contribui para qualificação
no trabalho.

Meios como notas técnicas,


manuais e internet são apontados
como referência para a busca de
conhecimento e elucidação de
dúvidas.

Apontam-se como obstáculos para


a educação permanente a
sobrecarga de trabalho,
insuficiência de recursos humanos,
o distanciamento do enfermeiro da
sala de vacina e a falta de apoio nos
níveis mais altos.

OLIVEIRA Prática da enfermagem na Nas Unidades Básicas de Saúde


et al, 2009 conservação de vacinas. (UBS), a continuidade da rede de
frio, ou seja, a manutenção da
qualidade dos imunobiológicos, no
que diz respeito à conservação e à
administração dos mesmos, é
atividade exclusiva da equipe de
enfermagem. Também em outros
países, como na Espanha, esta
prática é de competência da
enfermagem. Em trabalho realizado
nos Centros de Atenção Primária na
cidade de Madrid, 97,7% dos
profissionais responsáveis pela rede
de frio são da equipe de
enfermagem. A equipe de
enfermagem é a responsável pela
imunização na rede municipal,
neste sentido, é de extrema
importância maior investimento na
formação acadêmica dos
profissionais. Também é evidente a
necessidade de aperfeiçoamento
dos profissionais, uma vez que as
normas de vacinação estão em
constantes mudanças, e a
introdução de imunobiológicos no
calendário vacinal é frequente.
OLIVEIRA Supervisão de enfermagem em O êxito do Programa Nacional de
sala de vacina: a percepção do
et al., 2013. Imunização (PNI) está relacionado
enfermeiro.
à segurança e eficácia dos
imunobiológicos, bem como o
cumprimento das recomendações
específicas de conservação,
manipulação, administração,
acompanhamento pós-vacinal,
dentre outras, pela equipe de
enfermagem. O PNI recomenda que
as atividades em sala de vacina
sejam realizadas por equipe de
enfermagem capacitada para o
manuseio, conservação e
administração dos
imunobiológicos. A equipe é
composta, preferencialmente, por
dois técnicos ou auxiliares de
enfermagem, para cada turno de
trabalho, e um enfermeiro
responsável pela supervisão das
atividades da sala de vacina e pela
educação permanente da equipe.

Contudo, apesar dos bons


resultados do PNI, estudos
brasileiros apontam deficiências em
sala de vacina, principalmente
relacionadas à conservação dos
imunobiológicos que podem
comprometer a efetividade do PNI.
3-5 Adicionalmente, pesquisa
identifica que a vacinação
propriamente dita, incluindo a
indicação, contraindicação,
administração e acompanhamento
dos eventos adversos é realizada
pelo técnico ou auxiliar de
enfermagem e quase sempre sem a
supervisão do enfermeiro. Tendo
em vista que o enfermeiro é o
responsável técnico e
administrativo pelas atividades em
sala de vacina e que a supervisão de
enfermagem é uma importante
ferramenta para a melhoria na
qualidade do serviço e para o
desenvolvimento de habilidades e
competências da equipe de saúde, 8
é relevante compreender de que
maneira o enfermeiro das Unidades
de Atenção Primária à Saúde
(UAPSs) realiza a supervisão das
atividades da equipe de
enfermagem em sala de vacina,
visando a qualidade da assistência
prestada.

OLIVEIRA et Vacinação: O fazer da Identificar as ações de enfermagem


al, 2010. enfermagem e o saber das mães na sala de vacina e descrever o
e/ou cuidadores. conhecimento das mães/cuidadores
acerca da vacinação infantil.
A maioria das mães conhece a
importância de vacinação, embora
não saibam quais as
vacinas. A maioria dos
profissionais prioriza mais a técnica
do que a atividade educativa.
Percebe-se que há falha de
comunicação e intervenções entre
profissional e cliente. (REFAZER)

PUDELCO et Impacto da vacinação na redução Este estudo identificou o impacto


al, 2014 da hepatite B no Paraná. da vacinação contra hepatite B na
redução da incidência dessa doença
no Paraná, de 2001 a 2011, e
discutiu a atuação da enfermagem
na imunização. Trata-se de
pesquisa descritiva documental,
quantitativa. Foram utilizados
dados secundários de hepatite B, de
2001 a 2011, e de coberturas da
vacina hepatite B, de 1995 a 2011,
no Paraná, disponíveis no
DATASUS, SINAN e Programa de
Imunizações. Os dados foram
coletados de maio a julho de 2012,
incluídos casos de hepatite B
confirmados laboratorialmente. Dos
14.434 casos selecionados, 81,8%
residiam na zona urbana, 86,5%
pertenciam à faixa etária de 20 a 59
anos e 45,3% foram infectados por
via sexual. Na correlação das
coberturas vacinais com a
incidência, identificou-se a redução
desta taxa nas faixas de 0 a 9 anos,
que apresentavam coberturas
vacinais acima de 95%. Concluiu-
se que a vacinação levou à redução
da HB, no Paraná.

QUEIROZ et Atuação da equipe de A equipe de enfermagem mostrou-


al, 2009 enfermagem na sala de se promotora da imunização, sendo
vacinação e suas condições de o enfermeiro responsável técnico
funcionamento. por 100% das salas, todavia é
necessária supervisão diária.
Merecem melhorias: distância da
geladeira à parede; degelo;
organização das vacinas na
geladeira, bobinas no evaporador,
uso de bandejas não-perfuradas,
manutenção da gaveta de legumes,
garrafas com água dispostas na
base e portas isentas de partes
removíveis. Dez salas usavam o
mapa de controle de temperatura,
mas temperaturas eram registradas
fora do parâmetro aceitável, sem
providências cabíveis. Temperatura
das caixas térmicas sem
monitoramento em seis salas.

SANTOS et Conhecimento, O programa também enfatiza a


al, 2017. atitude e prática necessidade de as salas de vacina
dos vacinadores contarem com pessoal habilitado e
sobre vacinação capacitado para as peculiaridades
infantil em das atividades a serem realizadas.
Teresina-PI A cada sala de vacina deve
corresponder uma equipe
composta, preferencialmente, por
um ou dois técnicos de
enfermagem, com a participação de
um enfermeiro. É fundamental que
o profissional de enfermagem tenha
conhecimentos, atitudes e práticas
adequadas relacionadas às ações da
vacinação, haja vista o crescente
número de notificações resultantes
de procedimentos equivocados
realizados em sala de vacina. Para a
supervisão dos procedimentos de
vacinação é exigida do enfermeiro
a Responsabilidade Técnica pelo
serviço, estabelecida pela
Resolução do Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN) nº 302, de
16 de março de 2005. 5 5. Conselho
Federal de Enfermagem. Resolução
nº 302 de 16 de março de 2005.). O
enfermeiro deve orientar e prestar
assistência aos usuários dos
serviços de saúde em condições
seguras, fazendo o
acompanhamento das doses
administradas e
averiguando os efeitos adversos
ocorridos, além de capacitar sua
equipe, avaliar e buscar a
atualização do conhecimento
técnico-científico. A promoção de
capacitação do trabalhador da sala
de vacina vem-se realizando sob a
direção dos gestores dos serviços
de atenção básica do município,
realidade constatada em outras
localidades. No que tange à
supervisão feita pelo enfermeiro
responsável pela sala de vacinação,
a maior parcela dos vacinadores
referiu pouca frequência dessa
supervisão, reforçando a hipótese,
levantada em estudos, de que esses
profissionais não estão disponíveis
exclusivamente para a função. Este
aspecto pode dificultar o bom
funcionamento do serviço de
vacinação.

SILVA e Diagnóstico situacional do A indicação de uma vacina deve ser


CARREIRO, preparo e administração de tarefa de
2012. imunobiológicos. profissionais qualificados. Nos
serviços de saúde a equipe de
enfermagem tem desempenhado
um papel fundamental no
gerenciamento e nos aspectos
técnicos do processo de
imunização. Esse cuidado de
enfermagem exige do profissional,
seriedade, reflexão, conhecimento
profundo sobre imunologia e sobre
as técnicas de enfermagem que
fundamentam a administração dos
imunobiológicos, pois assim pode
ser realizado com mais segurança e
qualidade. Os sujeitos da pesquisa
foram sete profissionais da equipe
de enfermagem que atuam nas salas
de vacina das UBS pesquisadas,
sendo quatro do nível técnico e três
do nível superior, e todos foram
informados através de um Termo
de Consentimento Livre e
Esclarecido sobre os objetivos da
pesquisa. Foram identificados erros
na técnica de preparo dos
imunobiológicos que
comprometem a qualidade do
processo de vacinação, podendo
levar a eventos adversos pós-
vacinação. Entre essas falhas
destacam-se a omissão ou
higienização inadequada das mãos.
Foi evidenciada a inadequada
reconstituição dos
imunobiológicos, que pode expor o
profissional a partículas
dispensadas no ar. Referente à
administração, ela é realizada de
forma mais satisfatória em todas as
UBS. É fundamental que os
enfermeiros mantenham supervisão
detalhada do preparo e
administração de imunobiológicos,
considerado um dos maiores e mais
efetivos programas públicos de
vacinação do mundo evitando
possíveis erros que possam
comprometer a qualidade do
cuidado e que realizem ações de
educação permanente para elevar o
padrão de qualidade dos cuidados
prestados aos clientes atendidos nas
UBS.

Atraso vacinal e seus Enfocando a Assistência Integral à


TERTULIAN determinantes: um estudo em Saúde da Criança, seis ações
O e STEIN, localidade atendida pela básicas surgiram como respostas
2008. Estratégia Saúde da Família aos agravos mais frequentes na
morbimortalidade de crianças de 0
a 5 anos de idade: aleitamento
materno, orientação alimentar para
o desmame, controle da diarreia,
controle das doenças respiratórias
na infância, imunização e
acompanhamento do crescimento e
do desenvolvimento.
Mesmo nesse cenário de êxitos, é
importante ressaltar que durante os
encontros da família ou da criança
com o serviço de saúde constata-se,
através de relatos frequentes, que
ainda existem crianças com atraso
vacinal motivado por perda de
oportunidade de vacinação, o que
ocasiona prejuízo à cobertura.
Vários fatores surgem como
determinantes para o atraso vacinal.
O ato de vacinar implica uma
interação entre a população e os
serviços de saúde, ultrapassando o
ato de uma administração oral e/ou
parenteral. Autores dizem que o
atraso vacinal pode estar
relacionado à impossibilidade de
leitura do cartão da criança por
mães analfabetas, o que foi
evidenciado neste estudo, em
metade da amostra. O
distanciamento cultural entre o
cuidador e os profissionais é um
fator para o atraso vacinal.

VASCONCE A sociedade de risco O retrato que se deseja descrever se


LOS-SILVA, midiatizada, o movimento refere à colonização das mídias por
2014. antivacinação e o risco do fontes de sentidos que se auto
autismo validam, não raro sobre bio valores
- o que é um seu atributo
comunicacional lacunar. As
microfonias dos ruídos e rumores
de riscos amplificados pelo “efeito
celebridade” não raro promovem
debates, gerando um ciclo de
enunciações, autor
referencialidades e incompletudes
que elegem conteúdos que
ocuparão os espaços reservados às
verdades de mais vigoroso apelo. A
título de exemplificação, este foi o
caminho percorrido pelo ciclo de
enunciações que envolveu a doença
de Creutzfeld-Jacob, inicialmente
um circuito de informações de
exclusivo interesse de especialistas.
Convertida em “Mal da vaca louca”
pela enunciação jornalística de
periódicos leigos, ascendeu aos
ciclos viciosos dos conteúdos
autorreferentes em paralelo à
epidemia cuja repercussão
econômica e política de alcance
mundial ainda é relembrada. No
caso específico da imunização
coletiva, esses círculos de atenção
parecem se ampliar no tempo e no
espaço - desde suas origens no
século XIX até o cenário atual
globalizado. Transcendendo ao
conceito de sociedade da
informação, na perspectiva da
sociedade midiatizada e da
sociedade de risco, conclui-se que a
ameaça ligada à saúde ou à
integridade física das crianças
sobrecarrega de dúvidas os pais que
não mais se permitem tê-las. Estes,
reflexivamente, não se permitem
errar perante as indeterminações
que os conduzem aos recursos de
informação amplamente acessíveis,
plurais e, por vezes, mutuamente
dissonantes. Urgem as decisões sob
o imperativo autoimposto das
certezas unívocas e categóricas
entre opções que, talvez conduzam
à tomada de posições aceitáveis e
responsáveis frente a riscos
iminentes, ou a outras que talvez
ocasionam consequências
irreversíveis.

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