Plano de Orientacao em Saude

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ACADEMIA MILITAR MARECHAL SAMORA MACHEL

Carmina Sebastião José Joaquim

Plano de orientação em saúde para prevenção da COVID – 19 no Hospital Rural de Ribáuè,


2021

Curso: Mestrado em Psicopedagogia

Nampula, Março de 2021


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ACADEMIA MILITAR MARECHAL SAMORA MACHEL

Carmina Sebastião José Joaquim

Plano de orientação em saúde para prevenção da COVID – 19 no Hospital Rural de Ribáuè,


2021

Trabalho de carácter avaliativo da


Cadeira de Educação para Saúde
Publica, 2º Ano, Curso de Mestrado
em Psicopedagogia.

Docente: PhD. Amélia Mandane

Nampula, Março de 2021


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Índice
INTRODUÇÃO................................................................................................................................3

1. TEMA...........................................................................................................................................4

2. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................4

3. OBJECTIVOS..............................................................................................................................5

3.1. Objectivo geral..........................................................................................................................5

3.2. Objectivos específicos...............................................................................................................5

4. REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................................6

4.1. Informação genérica sobre o surto COVID-19.........................................................................6

4.2. Principais factos sobre o COVID-19.........................................................................................6

4.3. Modo de transmissão do COVID-19.........................................................................................6

4.4. Tratamento da infecção por COVID-19....................................................................................7

4.5. Prevenção..................................................................................................................................7

5. METODOLOGIA.........................................................................................................................8

6. PLANO DE ORIENTAÇÃO.......................................................................................................9

7. Cronograma de actividades........................................................................................................11

8. Orçamento..................................................................................................................................12

Bibliografia.....................................................................................................................................13

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INTRODUÇÃO
Desde os primórdios, o Ministério da Saúde (MISAU) tem desenvolvido planos estratégicos
quinquenais para orientar a planificação e implementação das acções do sector, como um
contributo importante para a evolução, e consequente melhoria do estado de saúde do povo
moçambicano.

Tendo em conta que a saúde é indubitavelmente um dos bens de maior importância para o ser
humano, imprescindível não apenas à sua sobrevivência, mas também à preservação da espécie e
a uma digna qualidade de vida, a sua busca é uma preocupação presente desde os primórdios da
humanidade. Por isso, o homem sempre manifestou preocupação e interesse em conhecer a
prevenção e tratamento e cura de várias doenças. Com esse conhecimento, o homem consegue
prolongar os seus anos de vida.

Plano de orientação em saúde para prevenção da COVID – 19 no Hospital Rural de Ribáuè é


elaborado com o objectivo de definir directivas aos profissionais de saúde, outras instituições
públicas, privadas e às comunidades envolvidas na preparação e resposta à ameaça do potencial
surto por COVID-19 na Vila Municipal de Ribáuè em particular ao Hospital rural de Ribáuè.
Portanto, A produção deste plano foi possível graças à consulta de algumas obras que versam
conteúdos relativos à saúde pública.

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1. TEMA
Plano de orientação em saúde para prevenção da COVID – 19 no Hospital Rural de Ribáuè, 2021

2. JUSTIFICATIVA
As estratégias e intervenções de prontidão e resposta à COVID-19 no Hospital de Ribáuè,
precisam ser anunciadas e explicadas ao público e outros sectores da sociedade com
antecedência, e sempre que forem alteradas. É essencial divulgar ao público o que já se sabe, o
que ainda não se sabe, e o que está sendo feito para prevenir e controlar a transmissão do vírus. O
Hospital Rural de Ribáuè, é um centro que atende populações oriundas dos distritos de Cuamba,
Malema, Lalaua ate de Mecubúri. O Deste modo, Mensagens rápidas, transparentes, coerentes e
precisas, que reconheçam as percepções do público e a elas respondam, são necessárias para
estabelecer/manter a credibilidade e confiança. Os sistemas devem ser desenvolvidos para
gerenciar proactivamente a “epidemia de desinformação”, detectando e respondendo a dúvidas,
boatos e informações falsas.

Assim, um plano de orientação, pode desacelerar a transmissão e disseminação de doenças


infecciosas. Essas medidas podem ser intervenções de protecção individual, relativas ao
ambiente, distanciamento social, e viagens. Actualmente, não existem vacinas ou tratamentos
farmacológicos específicos para a COVID-19. As intervenções de saúde pública são e
continuarão sendo uma ferramenta importante para reduzir a transmissão e prevenir a
disseminação da COVID-19.

Desta forma, as instituições de saúde devem se preparar para um aumento


significativo nos casos de COVID-19, garantindo a manutenção da prestação de
serviços de saúde essenciais. Serão necessários sistemas de triagem para reduzir o
risco de exposição de outras pessoas ou pacientes ao COVID-19, priorizar o
tratamento de pacientes graves e de alto risco, e gerenciar as demandas de
profissionais, instalações e materiais. Para muitos países, o sector privado será um
parceiro fundamental na prestação de serviços de saúde. (OPAS, 2020, p. 4).

Em caso de transmissão comunitária em grandes áreas ao longo do Distrito, a vigilância talvez


precise evoluir da notificação diária de casos individuais para uma notificação menos frequente
(por ex. semanal) de dados agregados, para fins de monitoramento de tendências da doença. A
OMS recomenda uma abordagem de vigilância com base no Sistema Global de Vigilância e

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Resposta ao Influenza (em inglês, Global Influenza Surveillance and Response System, ou
GISRS), que não exija tantos recursos para fins de monitoramento. A vigilância de rotina
complementará os estudos especiais sobre factores de risco, gravidade, tratamentos clínicos,
dinâmica de transmissão em trabalhadores da saúde ou ambientes próximos, e outros estudos
sobre a COVID-19.

Avaliações de risco periódicas nos níveis regional, nacional e subnacional (incluindo para
cenários específicos como, por exemplo, pequenas ilhas) devem continuar orientando as medidas
de prevenção e controle mais apropriadas para cada local. É necessário avaliar a gravidade clínica
da COVID-19 para elucidar morbidade e mortalidade excessivas, avaliar o impacto nos sistemas
de saúde e permitir planejamento para necessidades futuras. Os países podem usar os protocolos
de Influenza e de outras doenças para embaçar o trabalho de avaliação de gravidade da infecção
pelo vírus COVID-19.

3. OBJECTIVOS

3.1. Objectivo geral


 Elaborar um plano de orientação em saúde para prevenção da COVID – 19 no Hospital
Rural de Ribáuè.

3.2. Objectivos específicos

 Identificar todos os contactos possíveis dos casos suspeitos, prováveis e confirmados para
COVID-19, para rastrear a fonte da infecção;
 Assegurar a coordenação eficaz das actividades na preparação e resposta a um possível
surto da COVID -19;

 Divulgar informação relevante e actualizada ao público sobre os factores de risco,


prevenção e controlo da transmissão da doença na comunidade.

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4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1. Informação genérica sobre o surto COVID-19


Os coronavírus (CoV) pertencem a uma grande família de vírus que causam doenças que variam
entre as gripes comuns e as doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente
Médio (MERS-CoV), identificada em 2012 e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-
CoV), identificada em 2002. (MISAU, 2020, p. 4).

No dia 31 de Dezembro de 2019, a República Popular da China reportou à OMS a existência de


casos de pneumonia de etiologia desconhecida detectados na Cidade de Wuhan, Província de
Hubei, e a 7 de Janeiro de 2020 foi identificado um novo coronavírus (COVID-19) como
causador da doença.

Até ao dia 15 de Março de 2020, foram confirmados um total um total de 153.517 casos, dos
quais 81.048 na China com 3.204 óbitos. Foram ainda confirmados 72.479 casos fora da China
em 143 países/territórios/áreas com registo de 2.531 óbitos.

4.2. Principais factos sobre o COVID-19


A OMS declarou COVID-19 como uma emergência de saúde pública de carácter internacional no
dia 30 de Janeiro de 2020, e como pandemia no dia 11 de Março do corrente ano. Vários grupos
técnicos de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgaram normas e
procedimentos que orientam os países perante a situação de pandemia nas diversas áreas de
intervenção para a prevenção e redução da morbi mortalidade pelo COVID-2019.

4.3. Modo de transmissão do COVID-19


A transmissão do COVID-19 pode ocorrer pela emissão de gotículas geradas através de espirro,
tosse, assoar o nariz e fala que podem contaminar as superfícies, mãos e objectos de uso pessoal
(talheres, pratos, copos e garrafas).

Os trabalhadores de saúde poderão ser infectados ao tratar pacientes com COVID-19; isto
acontece através do contacto directo, sem o uso das devidas precauções de controlo de infecções
e uma protecção adequada durante os procedimentos de enfermagem. A título de exemplo, os

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trabalhadores de saúde que não usam luvas, máscaras ou óculos de protecção estão em risco, uma
vez que podem estar expostos ao contacto directo com as gotículas/aerossóis libertados pelos
pacientes infectados.

4.4. Tratamento da infecção por COVID-19


 Antes de se fazer um diagnóstico da infecção por COVID-19, devem ser excluídos, as
síndromes gripais e pneumonia por outras causas, pelo que o uso da definição de caso
suspeito é fundamental.

 Não existe um tratamento específico para o COVID-19, pelo que devem ser tratados os
seus sintomas.

4.5. Prevenção
 Para evitar a infecção deve-se isolar os doentes confirmados e garantir o uso correcto do
Equipamento de Protecção Individual (EPI), pelo pessoal médico, enfermagem, dos
laboratórios, de limpeza na área de isolamento, entre outros.
 Todo o pessoal médico que atende doentes com COVID-19 deve usar EPI apropriado,
constituído por macacão impermeável, luvas, máscaras, óculos de protecção.
 É igualmente importante controlar e monitorar regularmente os contactos dos doentes
com COVID-19 e isolar os que apresentem sintomas;
 De acordo com a avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de
propagação do COVID-19 considerado muito alto na China, a nível regional e a nível
global.

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5. METODOLOGIA
Para a prevenção e combate à COVID-19 serão desenvolvidas certas actividades tendentes a
travar a onda de propagação da doença, a saber:

 Difusão de informações relativas à medidas de prevenção e combate a pandemia pelos


meios de comunicação social, nomeadamente a rádio, televisão, redes de telefonia móvel
mediante o envio de mensagem por SMS às pessoas;
 Passagem pelas televisões de cenas que retratam o perigo da doença e a necessidade de
redobrar esforços para a travar o seu alastramento;
 A nível dos sectores de trabalho, far-se-á colagem de panfletos contendo informações
sobre a doença (mediadas de prevenção e combate a doença);
 Difusão da informação sobre a doença pelos activistas de saúde, e profissionais de saúde,
líderes comunitários (a nivele dos bairros da comunidade), líderes religiosos (a nível das
igrejas e mesquitas) e professores (a nível da escola).

Para execução deste plano, terá como população alvo para disseminação da informação sobre a
COVID – 19 toda população que frequenta aquela unidade sanitária da vila municipal de Ribáuè.

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6. PLANO DE ORIENTAÇÃO
Hospital Rural de Ribáuè
Plano de Orientação em saúde para combate ao COVID -19
1. COORDENAÇÃO – será criada uma equipa de coordenação com as seguintes responsabilidades:

Actividade de preparação da equipe técnica


Resposta a actividade
Coordenar a realização de exercícios de simulação; Aprimorar mecanismos de coordenação de toda a
sociedade para suporte às medidas de prontidão e
resposta

Mobilizar recursos para implementação do plano; Mobilização de fundos para o pagamento de seguro de
vida dos funcionários envolvidos na resposta ao surto de
COVI -19.

Fortalecer a colaboração multissectorial com vista a melhorar Encontros diários de coordenação das actividades
a integração das intervenções; multissectoriais de resposta;

Monitorar o nível de preparação Distrital; Reactivar os grupos de gestão de emergências sanitárias


a todos os níveis para monitorar a implementação do
plano;
Garantir existência de recursos para o funcionamento do Avaliação da necessidade de criação de centros
Centro Operativo de Emergência em Saúde Pública operativos de emergências Distrital.

2. Vigilância nos pontos de maior aglomeração, nas paragens e comunidades


O principal objectivo da vigilância activa nos principais pontos de maior aglomeração, nas paragens e comunidades, é
prevenir a introdução do vírus do COVID-19
Medidas Acção de resposta
Reavaliar o risco e o grau de prontidão dos pontos de maior Fazer o rastreio dos passageiros/tripulação e pacientes
aglomeração usando como base as recomendações mínimas oriundos de vários pontos do distrito ou que tenham
da Lista de verificação consolidada da preparação da OMS transitado pelas áreas afectadas pelo vírus de COVID-
para o vírus do COVID-19; 19;

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Identificar e treinar equipes, proporcionais ao volume e Caso seja detectado algum passageiro/tripulação
frequência de pacientes para detectar, avaliar e gerir suspeito, isolar imediatamente, usar equipamento de
correctamente quaisquer possíveis casos de COVID-19, protecção individual (EPI) e encaminhar para a Unidade
aplicando os procedimentos recomendados; Sanitária de referência, em transporte seguro;

Garantir que cada de Ponto de Entrada tenha acesso imediato Sensibilizar aos pacientes e a comunidade em geral
a EPI e suprimentos (EPI adequado, termómetros sobre a necessidade de se realizar o rastreio;
infravermelho, produtos de limpeza e desinfecção,
instalações de observação/ isolamento e uma ambulância
disponível, dependendo da localização);

Orientar aos operadores de transporte para notificar


imediatamente as autoridades de saúde nos Pontos de
Entrada, de qualquer caso suspeito de COVID-19;

Reforçar a coordenação multissectorial nos pontos de entrada Em colaboração com outras entidades (como
(agricultura, Município e operadores de transporte, agências Municipais) disseminar informação sobre o COVID-19
de viagens, entre outros), para apoio nas actividades de (formas de transmissão, sinais, sintomas e formas de
prevenção e controlo; prevenção) nos pontos de entrada, em geral aos
pacientes que são atendidos naquela unidade sanitária.

Intensificar acções de prevenção e informação aos utentes e a Elaborar boletins de retro informação, diários e
comunidade em geral provenientes ou em trânsito dos Locais semanais e disseminar a todos níveis e parceiros.
afectados.

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7. Cronograma de actividades
A execução do plano vai compreender um período de seis (06) meses, conforme ilustra o quadro
a seguir.

No de Periodicidade (Meses) de execução das


orde actividades
Actividades
m Abr. Mai Jun. Jul. Ago. Set.
.

01 Angariação de recursos financeiros e XX XX


materiais

02 Capacitação das pessoas que vão XX


difundir a mensagem sobre a prevenção
e combate à COVID-19 na comunidade

03 Difusão das medidas de prevenção e XX XX XX


combate à doença na comunidade

04 Balanço/análise das actividades XX

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8. Orçamento
O presente plano está orçamentado em 1.850.100mts (Um Milhão, Oitocentos e Cinquenta mil, e
Cem Meticais), assim distribuído:
Actividade Quantidade P.Unitario Total
Aquisição de EPIs 300 Un 4000 1.2000.000
Aquisição de material de Mobilização 70 Un 9000 630.000
Reforço da comunicação (para partilha de informação entre os 28 Anuncio 200 5.600
diversos níveis)
Treinar em serviço os técnicos na utilização dos instrumentos 3 2000 6.000
de vigilância

Treinar o pessoal comunitário para identificação de casos 3 2000 6.000


suspeitos na comunidade

Elaboração dos boletins informativos 100 20 2.000

Imprimir e disponibilizar permanentemente formulários 100 5 500


individuais para a triagem de passageiros provenientes de
áreas afectadas

Total 1.850.100

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Bibliografia

1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus


2. Organização Pan-American da Saúde, 2020. Resposta à transmissão comunitária de COVID-19.
Orientação provisória.
3. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde https://www.saude.gov.br/saude-
dea-z/coronavirus

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