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Vera Lucia Conrado de Oliveira¹; Maria Zildaneide Gonzaga²; Elda Cristiane de Souza Lima³
[email protected];
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Resumo
A Educação Inclusiva a cada dia chama atenção da sociedade, está nas rodas de discussões dos
pensadores e intelectuais, seja como abordagem em literaturas para informações e conhecimentos, seja
na concretização de políticas públicas. É necessário e urgente que essas discussões não fiquem apenas
em papéis, mas que possam conscientizar de fato o sonho de uma sociedade menos opressora, e a
promoção da liberdade, da solidariedade, da fraternidade e da afetividade sejam verdadeiramente
ações concretizadas. A Escola como um espaço privilegiado de construção de conhecimento é também
um espaço para vivenciar práticas de educação inclusiva, garantindo ao nosso estudante o direito de
ser diferente. Essa diversidade se dá por meio da aprendizagem, da interação, do conhecimento e da
socialização tanto no espaço escolar como no meio em que se está inserido, pois é partindo de valores
e ações que devem ser concebidos como o respeito, a amorosidade, a credibilidade, a participação
cidadã e da concretização dos direitos e deveres. Vale ressaltar a importância das políticas públicas
inclusivas e das leis as quais vem assegurar essas práticas seja no meio social oportunizando a
afirmação da acessibilidade, e das condições de trabalho para o deficiente, bem como no processo
educativo no que se refere a metodologias e estratégias através de formação continuada e especializada
aos professores e estudantes, preparando-os e motivando-os a desenvolverem uma educação de
qualidade, são esses os interesses e compromissos fundamentais que fazem parte de uma educação
inclusiva, não basta apenas integrar um estudante na escola é preciso incluir.
A Educação Inclusiva deve ser uma ação educacional baseada em amor cuidados,
afetividade, paciência e respeito a um ser humano que foi restrito de aprender alguns
conhecimentos que são necessários para sua formação. Objetiva o reconhecimento e a
inclusão dos mesmos na sociedade, para que venham a se sentir igual aos outros seres
humanos, como eles são com limitações mais amados e capazes de serem felizes convivendo
com o próximo.
Para que a Educação aconteça de fato como um direito de todos, deve acontecer a
garantia desse direito, a orientação, o fortalecimento, o respeito e a construção da cidadania.
As oportunidades de aprendizagem devem ser para todas as crianças, todos dentro dos
mesmos parâmetros. A inclusão deve acontecer e deve garantir a todas as crianças e jovens o
acesso a aprendizagem por meio de todos os recursos e possibilidades dos variados conceitos
e prováveis níveis de desenvolvimento que a escola pode oferecer.
Para atender a todos e atender melhor, a escola atual tem de mudar, e a tarefa de
mudar a escola exige trabalho em muitas frentes. Cada escola, ao abraçar esse
trabalho, terá de encontrar soluções próprias para os seus problemas. As mudanças
necessárias não acontecem por acaso e nem por Decreto, mas fazem parte da
vontade política do coletivo da escola, explicitadas no seu Projeto Político
Pedagógico – PPP e vividas a partir de uma gestão escolar democrática. É
ingenuidade pensar que situações isoladas são suficientes para definir a inclusão
como opção de todos os membros da escola e configurar o perfil da instituição. Não
se desconsideram aqui os esforços de pessoas bem intencionadas, mas é preciso ficar
claro que os desafios das mudanças devem ser assumidos e decididos pelo coletivo
escolar. (ROPOLI, 2010, p. 10)
Percebem-se neste contexto que as leis estão presentes para garantir essa inclusão,
mudar de paradigmas, conceitos e costumes, acolher a proposta para a educação inclusiva,
com a Declaração de Salamanca, a UNESCO, as Políticas e Práticas Educacionais Especiais
essas são atitudes motivadoras que faz o cidadão acreditar e promover ações de sensibilização
e conhecimento, não se trata apenas de crer nessa mudança, mas é necessário que essa
proposta esteja na prática pedagógica efetivada. Segundo a Constituição Federal de 1988, no
Capítulo III / Seção I / que trata ‘Da Educação’, o Art. 208 - O dever do estado com a
Educação será efetivado mediante a garantia de: III – atendimento especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. O direito aos
deficientes, assegurando melhorias não só no âmbito da prática do professor, mas dos poderes
governamentais no que se refere a um espaço físico, acessível, e de aquisição de materiais de
apoio, valorizando assim o estudante e resgatando a sua dignidade no meio em que estão
inseridos, na escola não é diferente as ações devem ser pensada e efetivada no PPP, dentro de
uma proposta de mudança assumida pelo coletivo.
METODOLOGIA
I- Erradicação do analfabetismo.
II- Universalização do atendimento escolar.
III- Superação das desigualdades educacionais.
IV- Melhoria da qualidade do ensino.
V- Formação para o trabalho.
VI- Promoção da sustentabilidade sócio-ambiental.
VII- Promoção humanística, científica e tecnológica do país.
VIII-Estabelecimento de metas de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do
produto interno bruto.
IX- Valorização dos profissionais da educação.
X- Difusão dos princípios de equidade, do respeito á diversidade e a gestão democrática da
Educação.
Uma proposta de educação inclusiva envolve, portanto, uma escola que se identifica
com princípios educacionais humanistas e cujos professores têm um perfil que é compatível
com esses princípios. A vivencia da educação inclusiva é acima de tudo o respeito às
limitações, porém acreditando no potencial de aprendizagem desses educandos, cada criança –
adolescente – jovem, tem o seu tempo de aprendizagem é um processo ora lento, ora mais
ágil, dependendo da deficiência que se tem, o desenvolvimento se dá dia a dia, mas é
necessário que enquanto educadores, estejamos preparados para saber como educar uma
criança e /ou jovem enquanto deficiente, as políticas públicas para a educação inclusiva deve
sim contribuir para a promoção de um trabalho efetivo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A inclusão está presente no nosso dia a dia, muito se fala em “Educação Inclusiva”,
porém a prática é outra, pensar a educação apenas como cumprimento de uma meta, um
número não é coerente, pois vai muito além do que está escrito em papéis, no que se refere a
lei, é necessário humanizar tais ações para que de fato a inclusão aconteça, e incluir um
cidadão, uma cidadã é promover a sua cidadania, é ter um olhar direcionado a pessoa e não a
deficiência, é contribuir com Políticas Públicas de Educação Inclusiva que garantam a
efetivação desses direitos.
Com isso, percebe-se que o importante não é o defeito, e sim o sujeito. E será
exatamente esse princípio a desenvolver o processo de inclusão escolar. A promoção da
educação deve se da por meio também da Formação Continuada para Professores, esses
profissionais precisam está preparados, incluídos no processo de ensino aprendizagem,
infelizmente pouco se tem ou nada se tem em relação a formação de professores, assim a
escola que deveria ser para todos se resumem apenas para alguns.
[…] “Escola para todos”, isto é instituições que incluam todo mundo, reconheçam as
diferenças, promovam a aprendizagem e atendam às necessidades de cada um.[…]
Os serviços educativos especiais […] não podem desenvolver-se isoladamente, mas
devem fazer parte de uma estratégia global da educação e, naturalmente, de novas
políticas sociais e econômicas, Requerem uma reforma considerável da escola
comum. (CORDE, 1994, p. 5).
O presente texto ‘Educação Inclusiva: Um ato de Amor e Afetividade’ nos faz refletir sobre as
Práticas Pedagógicas e as Políticas de Educação Especial, a ação pedagógica no ambiente
escolar deve ser pensado e repensado, de maneira a favorecer cada ser, desenvolver em sala
estratégias que construam a própria cidadania.
Nesse contexto, o professor também é peça fundamental, faz parte do processo de inclusão e
socialização, mas só será capaz de fazer diferença se politicamente for capaz de se reconhecer
como um profissional politizado, conhecedor de seus direitos e deveres.
A reflexão a qual nos referimos, nos faz reconhecer a ética profissional como atitude de
transformação, se inserir no contexto sócio cultural, aprofundando a inclusão como um
processo de ação reflexão ação e compreendendo que a partir do conhecimento e de políticas
públicas que garantam o desenvolvimento de uma Educação Inclusiva voltada para a
cidadania, o amor, a afetividade e o respeito, com essa prática construiremos mudanças
significativa na sociedade, para que isso aconteça, não basta apenas cumprir com metas e
números mas ter atitudes cidadãs e políticas, exigindo das autoridades competentes uma ação
efetiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS