Triquetra

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XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA

O DIÁRIO SECRETO
Alex Swander Martins (CiFEFiL/SME-RJ)
[email protected]

Ao meu eterno mestre,


Prof. Dr. José Pereira da Silva

RESUMO
Existe uma breve fagulha que paira entre o sagrado e o profano. Entender o limiar
de interseção que há entre eles é uma questão de inserção contextual. Tomemos por
exemplo um símbolo muito presente no mundo: duas divisas com o ápice voltado para
cima. Se vistas em um uniforme militar, representam a patente de Cabo. No universo
automobilístico são o logotipo da corporação Citroën. Já no contexto esotérico, o sím-
bolo em questão é uma dupla exaltação do falo, tendo uma conotação proativa e de po-
laridade positiva. Triquetra – símbolo sagrado de origem celta: o laço sem fim, o eter-
no recomeço. Aqui, reforçado pela presença da lua tríplice: nova (a donzela), cheia (a
mãe) e minguante (a anciã). Durante a vigência da igreja católica primitiva, o símbolo
em questão foi assimilado e, por via do sincretismo, passou a designar a Santíssima
Trindade. Esse mesmo símbolo adquire uma conotação profana ao ser utilizado como
logotipo de uma empresa. A título de exemplo, o grupo Unibanco repaginou o referido
símbolo concedendo-lhe formas mais arredondadas. Outra empresa que também o fez
é a Mitsubishi. Esta, por sua vez, optando por uma simetria mais geométrica, daí os
três losangos.
Palavras-chave: Símbolos. Semiótica. Religião. Sagrado. Profano

1. Considerações iniciais
O modelo teórico que norteia o presente artigo é a semiótica. Fa-
çamos, doravante, uma breve recapitulação: Diferente da linguística teó-
rica que reconhece apenas a palavra como detentora de significante e
significado, a semiótica provou cientificamente, já há décadas, que a lin-
guística era reducionista ao não aceitar os signos não verbais como de-
tentores de significante e significado. O notório e excelentíssimo profes-

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sor André Valente publicou uma obra extraordinária neste contexto: A
Linguagem Nossa de Cada Dia. Seria pretensão jactanciosa de minha
parte parafrasear o referido estudioso, cujas credenciais acadêmicas “fa-
lam” por si mesmas. Todavia, sou compelido a “curvar-me” à grandeza
do professor André Valente. Ele, com muita lucidez e de forma genial,
explica muito bem a tripartição do signo semiótico. Destarte, sugiro aos
leitores que estudem a obra magnífica do ilustre professor referendado.
No tocante, estarei focalizando o meu olhar científico na categoria
signo semiótico “símbolo” que, por seu turno, apresenta uma relação
convencional entre significante e significado.
Exemplo: dependendo do contexto, uma cruz pode ter vários sig-
nificados. Ei-los: símbolo da cristandade, símbolo dos quatro elementos
alquímicos, socorro médico, uma “sociedade secreta” etc.
A própria suástica (profanada por Hitler), apresenta dois signifi-
cados: um de polaridade positiva, tendo o movimento levogiro (sentido
anti-horário), sendo inclusive um símbolo impresso numa gigantesca es-
tátua do Iluminado (Buda) e outra de polaridade negativa (sentido horário
e deslocada em aproximadamente 45º; o que, simbolicamente, era uma
alusão à estratégia de guerra nazista- a “blitzkrieg”). Por conseguinte,
existe uma breve fagulha que paira entre o sagrado e o profano. Entender
o limiar de interseção que há entre eles é uma questão de inserção con-
textual.
Tomemos por exemplo um símbolo muito presente no mundo:
duas divisas com o ápice voltado para cima. Se vistas em um uniforme
militar, representam a patente de Cabo. No universo automobilístico são
o logotipo da corporação Citroën. Já no contexto esotérico, o símbolo em
questão é uma dupla exaltação do Falo, tendo uma conotação proativa e
de polaridade positiva.
Triquetra – símbolo sagrado de origem celta: o laço sem fim, o
eterno recomeço. Aqui, reforçado pela presença da lua tríplice: nova (a
donzela), cheia (a mãe) e minguante (a anciã).
Durante a vigência igreja católica primitiva, o símbolo em questão
foi assimilado e, por via do sincretismo, passou a designar a Santíssima
Trindade.
Esse mesmo símbolo adquire uma conotação profana ao ser utili-
zado como logotipo de uma empresa. A título de exemplo, o grupo Uni-
banco repaginou o referido símbolo concedendo-lhe formas mais arre-

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dondadas. Outra empresa que também o fez é a Mitsubishi. Esta, por sua
vez, optando por uma simetria mais geométrica, daí os três losangos.
Há um símbolo bem interessante que nos foi apresentado pelo
universo de Harry Potter criado por J. K. Howling. Lá, ele é nomeado
como as relíquias da morte. Obviamente, não vou me prender à ficção li-
terária em questão, até porque existem inúmeras incoerências outrossim
verdadeiras hipérboles na obra. Doravante, apresentarei no próximo pa-
rágrafo informações sérias, embora bem concisas, acerca deste símbolo
extraordinário.
Existem muitas interpretações para este poderoso símbolo. No
momento apresentarei uma que remonta ao misticismo judaico. Ei-la:
O triângulo representa ora a capa de Elias, ora a Arca da Aliança.
O círculo é uma referência à pedra utilizada por Davi para derrotar Goli-
as e a linha reta na vertical refere-se ao cajado de Moisés por meio do
qual grandes prodígios ele operou.

2. Um adendo
A tradicional imagem de São Jorge enfrentando o dragão é uma
belíssima alegoria gnóstica cujo significado é o esforço do guerreiro
Wicca no sentido de lutar contra o seu próprio ego no intuito de conse-
guir despertar a sua consciência mágica. O dragão não é o mal. Pelo con-
trário; ele é o guardião do maior de todos os tesouros que é a sabedoria.

3. Amuleto e talismã
Um amuleto ou talismã pode ser uma cruz ou até mesmo uma pe-
dra que tenha um significado. Eles são frequentemente confundidos com
"amuletos da sorte". Em linhas gerais, amuletos protegem, enquanto ta-
lismãs dão poder à pessoa. Talvez, esta seja a melhor forma de desambi-
guação.
Talismã
A palavra vem do latim, amuletum. Trata-se de um objeto que pode ser
vivo ou inanimado ao qual se lhe atribui o poder mágico de proteger seu por-
tador de qualquer tipo de desgraças, guardando-o de aflições e malefícios. Em
tupi, patuá quer dizer caixa, caixão, designando-se com essa palavra todas as
modalidades de magia que dão sorte. Há muita confusão entre amuletos e ta-
lismãs. Não deveria haver, pois são bem diferentes no trabalho para o qual são

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designados. O talismã seria um objeto mágico carregado com a força real que
deve representar. É um objeto ativo, cheio de uma força igualmente ativa, des-
tinado a criar um certo conjunto de leis mágicas ao redor da pessoa para a qual
foi feito. Se feito de maneira apropriada, continuará a funcionar por um perío-
do que durará tanto quanto tiver sido designado, sem que nada mais precise
ser feito, autoperpetuante, na verdade.
Um amuleto é como um capacete de proteção, é protetor em sua maior
parte, afastando as más influencias daquele que o usa. Algo usado continua-
mente, como um São Cristóvão usado como escudo contra acidentes durante
uma viagem, uma cruz/crucifixo contra o mal de qualquer tipo, uma cruz ansa-
ta, um pantáculo, ou qualquer tipo de símbolo usado em volta do pescoço é
basicamente um amuleto contra uma ou outra coisa, mesmo que a pessoa que
o use negue, a intenção permanece no subconsciente.
Frequentemente é dado de presente e por isso carrega os desejos e preces
daquela pessoa pela sua segurança e contínuo bem-estar. Quase tudo pode ser
usado como amuleto: uma pedra preciosa, uma figura religiosa, uma raiz, uma
flor ou um osso. Podem ser levados na mão ou no bolso, usados como joias,
podem ser enterrados ou secretamente colocados em algum lugar dentro de
casa, de um celeiro e até de um automóvel. Podem ser comprados, achados ou
feitos.
Podem também ser pintados ou receber inscrições de palavras mágicas ou
de poder e ou símbolos para atrair determinadas influências. Veja alguns
exemplos de amuletos e talismãs.

Bíblia:
É o símbolo máximo da proteção divina e do encontro do homem com
Deus, mantenha-a sempre aberta em seu lar e leia-a diariamente. Atrai a prote-
ção para toda a família.

Trevo de quatro folhas:


Por ser muito difícil encontrar uma folha desta planta que possua quatro
folhas, devido a planta apresentar comumente apenas três folhas, a pessoa que
encontra um trevo com quatro folhas, utiliza-o como amuleto de sorte, costu-
mam colocá-lo dentro de bolsas ou carteiras junto a cédulas de dinheiro, para
atrair mais. O trevo de 4 folhas é talismã da sorte nos jogos, ideal para quem
gosta de arriscar em loterias, atrai dinheiro e lucros, pode ser natural ou de
metal (ouro ou prata).

Elefante branco:
Além de proteger a casa, impede que energias negativas destruam a sua
família. Você deve usar esse amuleto com o traseiro do elefante virado para a
porta de entrada da casa, evitando que fluidos negativos e olhares invejosos
possam entrar por ela. É símbolo da força não agressiva e sabedoria. Longevi-

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dade também é um de seus atributos. Dizem que um elefante branco anunciou


o nascimento do Buda. Esse protetor da família também é famoso por afastar
demônios.

Chave:
é um símbolo poderoso porque representa a abertura de novos caminhos.
Dê preferência à uma chave antiga que não seja utilizada diariamente, mante-
nha-a no bolso.

Patuá:
O patuá é um amuleto muito utilizado por pessoas ligadas ao Candomblé,
o amuleto é feito de um pequeno pedaço de tecido na cor correspondente ao
orixá, ao qual é bordado o nome do orixá e colocado um determinado preparo
de ervas e outras substâncias atribuídas a cada orixá. A pessoa utiliza o Patuá
especifico do seu orixá no bolso da sua vestimenta, dentro de carteiras de cé-
dulas, bolsas para obter proteção e sorte do seu orixá.

Buda:
Conhecido também como "o talismã da felicidade", atrai sorte e dinheiro,
se estiver ao lado de moedas, para quem possui essa estátua em casa. Deve ser
colocado virado para a parede, dentro de um pires e, de preferência, com mui-
tas moedas ao seu redor para atrair riqueza. Para chamar a sorte, deve-se coçar
a barriga do Buda, em sinal de carinho.

Aliança:
Símbolo da união, sem começo nem fim. É muito usada para magias que
visam proteger o casamento e os relacionamentos amorosos.

Contas dos orixás:


A conta do orixá ou como também é conhecida por Guia, é um colar de
miçangas confeccionado obedecendo padrões religiosos, como banho de de-
terminadas ervas e escala hierárquica dentro da Religião do Candomblé, as co-
res das contas de orixá variam conforme a cor determinante de cada orixá, por
exemplo uma conta feita com miçangas brancas é atribuída a Oxalá. A utiliza-
ção destes amuletos se faz como um colar, colocados preferencialmente no
pescoço, ou guardados dentro de bolsa, ou mesmo no bolso da vestimenta, sua
função é basicamente de proteção do orixá.

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Cabeça de alho:
É o símbolo da fecundidade e da família, devido ao número de dentes.
Espanta maus espíritos, vampiros e protege contra más influências. Deixe
sempre alguns dentes em local visível.
Figa:
É um objeto ,feito de diversos materiais e diversos tamanhos quando con-
feccionada para utilização pessoal é feita em tamanho pequeno, e são utiliza-
das para fazer a figa plantas muito utilizadas para afastar coisas ruins, como a
planta conhecida por Guiné e a planta muito conhecida à Arruda , o objeto
confeccionado transformado em Figa apresenta a forma de uma mão fechada,
com o polegar entre o indicador e o dedo médio, sua origem é africana e foi
bastante difundida principalmente em locais no Brasil onde é grande esta des-
cendência, utiliza-se para afastar os espíritos maus , também é bastante varia-
da a sua utilização ,desde peças de bijuterias , em locais das residências, esta-
belecimentos comerciais, entre outros locais.

Moeda:
Atrai bons fluídos. É usada em casos em que se quer atrair a sorte e di-
nheiro. Use no bolso ou carteira uma moeda antiga de ouro, prata, cobre ou
bronze.

Moeda chinesa:
Na China do século VII a.C. moedas de cobre eram gravadas com ideo-
gramas, dois ou quatro em cada peça. Os ideogramas sozinhos já são fortes
escudos contra o mal, aliados ao metal tornam-se ainda mais fortes. Acredita-
se que possam afastar energias negativas e proteger contra epidemias, prolon-
gando assim a vida.

Carranca:
É um objeto, feito principalmente de madeira, com tamanho variável a es-
cultura apresenta características de um ser fantástico, com detalhes muito for-
tes, devido a forma como é retratada, com grandes dentes pontiagudos e olhar
de uma criatura muito feroz, sua utilização se faz como proteção contra espíri-
tos maus, pois segundo muitas pessoas que utilizam a Carranca, ao se deparar
com uma criatura tão monstruosa e aparentemente feroz, o espírito mau se as-
susta e foge, é bastante evidenciada nas proas dos barcos na Região do Rio
São Francisco, e em frentes das residências, estabelecimentos comerciais e
etc.

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Pirâmide:
Confere tenacidade às pessoas para atingirem seus objetivos. Não deixa
desanimar nos novos planos, atrai bons fruídos e rejuvenesce. Quando usada
como pingente no peito, ajuda na recuperação da saúde distribuindo energia
pelo corpo.
Espantalho:
É um tipo de amuleto muito particular da zona rural, foi introduzido no
Brasil primeiramente pelos portugueses, e mais tarde por outros imigrantes eu-
ropeus, utilizado para proteção de lavouras, atualmente sua utilização se faz
por todo o País, confeccionado de diversos materiais , como em madeira ves-
tida com roupas e chapéu e principalmente de roupas de pessoas, enchidas
com palhas e outros materiais, colocado um chapéu de palha, ele é levantado e
preso a uma vara que serve como suporte, onde é colocado no meio da lavou-
ra, sua função é espantar aves, roedores e outros animais.

Bentinho ou escapulário:
É uma tira com pequeno quadrado com dois lados que podem ser de pano
bento, com oração escrita, ou imagem de Jesus, Nossa Senhora, ou Santos da
Igreja Católica, em que as pessoas utilizam e que se trazem pendentes para di-
ante e para trás do pescoço para dar sorte e terem proteção contra o mal.
Quando se ganha é sinal de sorte.

Medalhas e medalhões:
São peças que na sua grande maioria com forma arredondada, e que tra-
zem a imagem de Jesus Cristo, Nossa Senhora ou Santos da Igreja Católica, a
forma de utilização na grande maioria dos casos é amarada no pescoço, tam-
bém é utilizado em algum local como dentro de bolsas, carteira de cédulas, e
etc. Muito utilizado para dar proteção contra o mal.

Coração:
Entre os 3 centros espirituais e vitais do ser humano esse é considerado
aquele que equilibra os dois outros, cérebro e sexo. É o símbolo maior do
amor. Era a única víscera mantida no interior do corpo durante o processo de
mumificação dos egípcios por ser considerado indispensável à conquista da
eternidade. Quem usa um coração mantém acesa a chama do amor, do cari-
nho, do afeto.

Dente:
Entre os guerreiros de antigas culturas simbolizavam bravura, status. Es-
tão intimamente ligados à virilidade, fertilidade. O mais comum nos amuletos
são dentes de animais, longas presas. Seu uso também afasta o Medo.

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Lua:
Também é muito poderosa. Basta pensar que ela é o satélite natural da
Terra. Geralmente é muito bonita e pode servir também como objeto de deco-
ração. Se for de um tamanho pequeno, pode ser usado como pingente ou brin-
cos.

Crucifixo (cruz):
É um dos amuletos mais utilizados, não só no Brasil mas em todo o mun-
do, se trata da representação em um objeto do local onde Jesus Cristo foi pre-
gado para morrer, este amuleto representa o sofrimento de Jesus Cristo o "Sal-
vador do Mundo", para salvar toda a humanidade. As pessoas utilizam mesmo
sem tê-lo como um amuleto, pois é um símbolo universal de Jesus Cristo, e
sua utilização se dá principalmente como forma de proteção contra o mal.
Usado na parte de traz (costa) protege de tudo que venha pelas costas.

Ferradura:
Um dos amuletos bastante utilizados, principalmente na zona rural, a fer-
radura de animal, como cavalo é colocada presa atrás da porta principal da ca-
sa, para segundo a tradição popular, afastar espíritos maus das residências das
pessoas que possuem este amuleto. Sua utilização no Brasil foi por intermédio
dos europeus, que já tinham costume de utilizar a ferradura e passaram a utili-
zá-la também no Brasil. A Ferradura de 7 cravos é um dos mais antigos amu-
letos contra "espíritos maus, bruxas e feiticeiros", dependurada atrás da porta
protege a casa, em chaveiros ou pingentes protege a pessoa.

Pata de coelho:
Este amuleto constitui de uma pata de coelho empalhada, que é utilizada
de várias maneiras, a pata de coelho é atribuído o poder de atrair muita riqueza
e sorte em tudo relacionado ao dinheiro.

Mão de fátima:
O nome desse talismã muçulmano é uma homenagem à filha do profeta
Muhammad (Maomé). Esse símbolo representa também fé, oração, jejum, ca-
ridade, peregrinação, os 5 pilares do Islã. É a representação da Justiça e Gene-
rosidade.

Ímã:
O ímã é utilizado como amuleto especificamente financeiro, ou seja a ele
é atribuído poderes para cada vez mais conseguir dinheiro, as pessoas costu-

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mam colocar um imã em um local e nele colocar moedas, pois os imãs atraem
as moedas que representam o dinheiro, atraindo assim cada vez mais dinheiro.

Âncora:
Simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano
físico, financeiro, e para se livrar de perdas materiais.

Sapo:
Toda bruxa tem um. Pode ser associado tanto à fertilidade quanto à fortu-
na. Sua fácil reprodução e sua semelhança com o útero são os responsáveis
pela associação à fertilidade. Quanto à riqueza, diz-se que se tivermos um sa-
po todo o dinheiro que sai da carteira voltará para ela. Está ligado à lua, umi-
dade, feminino. Algumas culturas acreditavam que as pérolas surgiam das en-
tranhas de sapos especiais. Foi usado por egípcios, antigas culturas orientais e
da América Latina além dos alquimistas e mesmo por nossos índios.

Pimenta:
O ardor que proporciona ao ser consumida foi o responsável por associá-
la aos símbolos da Superstição. Acredita-se que possa afastar todo o mal dei-
xando o inimigo com um terrível gosto em sua boca e ardor em suas entra-
nhas. As cores vivas de algumas espécies são atrativas para os olhos, "puxan-
do" toda energia ruim que possa vir desse olhar.

Coruja:
Simboliza "o ver a totalidade". É usado para ampliar a percepção com a
sabedoria possibilitando ver à totalidade: o consciente e o inconsciente.

Fitinhas de santos:
As fitinha de santos são bastante utilizadas, principalmente no Brasil por
ser um país católico, a fitinha têm uma particularidade entre os outros tipos de
amuletos, pois ela é utilizada também como forma de corrente religiosa entre
um pedido feito a determinado Santo, e a sua proteção e ajuda na realização
do pedido, segundo a cultura popular a fitinha, que pode ser de diversas cores,
é amarrada ao pulso três vezes fazendo-se o pedido e deixando a Fitinha presa
até partir sozinha sendo um sinal que o pedido será realizado, atualmente ela
também é utilizada em diversos locais para atrair proteção, locais como em
automóveis, residências, bolsas, bolso etc.

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Olho grego:
O olho é o eterno símbolo da capacidade espiritual de ver. Ele também
emite energias. O olho grego em especial é feito de vidro colorido, o mais
comum é uma esfera branca com uma circunferência menor, azul-turquesa e
uma bem pequena, preta, representando a pupila. Afasta qualquer tipo de inve-
ja. Enquanto realiza essa tarefa ele absorve tais energias, sendo assim pode se
quebrar. Se isso ocorrer não se deve lastimar, ele cumpriu sua tarefa.

Punhal:
Simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais
de magia, tem o poder de transmutar energias. Os ciganos também usavam o
punhal para abrir matas, sendo então, um dos grandes símbolos de superação e
pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado na cerimônia cigana de
noivado e casamento, onde é feito um corte nos pulsos dos noivos, em seguida
os pulsos são amarrados em um lenço vermelho, representando a união de du-
as vidas em uma só.
– Atenção quando for fazer um talismã, amuleto, patuá, uma benzedura
ou uma simpatia, além da fé você deve:
– Só utilizar material novo;
– Nunca substituir um material por outro;
– Usar somente o que a receita pede;
– Durante e depois do trabalho, fazer uma prece de sua fé;
– Ao fazer o trabalho, mantenha o pensamento firme no que você real-
mente deseja.
Nunca, jamais faça uma simpatia ou ritual desejando o mal a alguém, pois
um pensamento negativo atrai para si essa vibração ruim. E, sempre que tiver
o seu desejo realizado, lembre-se de agradecer, dessa maneira, um universo de
boas energias passará a conspirar por você.
Patuá: O patuá é um produto de fé. Quando a pessoa está preparando o
seu, ela vai mentalizando tudo o que deseja. Com tanto pensamento positivo
envolvido nele, o patuá se torna uma barreira contra as más energias, manten-
do somente as vibrações positivas ao seu redor.".
Fonte: <http://www.misteriosantigos.com/talisma.htm>

4. No âmbito da simbologia... Uma polêmica!


Em nossa cultura, lamentavelmente, apesar da sabedoria compar-
tilhada pelas sociedades místico-filosóficas, ainda existe o medo alimen-
tado pela ignorância.

172 CADERNOS DO CNLF, VOL. XVIII, Nº 02 – LEXICOGRAFIA, LEXICOLOGIA,


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Como não posso me estender por razões óbvias, darei um exem-


plo: a imagem de uma caveira. As pessoas inexplicavelmente alimentam
o medo ao associarem-na à “imagem do próprio demônio”.
Por Deus, quanta bobagem...
Apresentarei uma leitura acerca do que estou me referindo; leitura
esta que muitos pseudocientistas e religiosos pretensiosos certamente
discordarão. Porém, não receio a nada, posto que, na condição de busca-
dor da verdade enquanto cientista, a nada me renderei.
Não que eu esteja me comparando aos grandes mestres do passa-
do, mas não fosse a coragem deles, estaríamos ainda hoje na Idade das
Trevas e lendo à luz de velas!
Adiante, segue um exemplo impactante que corrobora com o que
estou postulando. Ei-lo:
Existem muitas teorias para a origem de San La Muerte (Santa
Morte). Uma, em especial, chamou-me a atenção: quando o rei da Espa-
nha expulsou os jesuítas da América Espanhola, um, no entanto, resolveu
desafiar a tirania e ficar para cuidar dos índios que haviam contraído a
lepra. Esse padre, porém, era versado nas artes místicas e profundo co-
nhecedor da magia natural curativa. Quando as autoridades espanholas e
o papa tomaram conhecimento disso, o padre foi excomungado, torturado
e encarcerado numa cela fria e suja.
Esse notável padre, que curou tantos e tantos índios da lepra, pa-
radoxalmente, morreu dessa mesma doença. Segundo os relatos, num
certo dia, quando o carcereiro abriu a cela em que o padre estava preso,
teve uma espantosa surpresa: o corpo do padre havia sido tão consumido
pela lepra, que os ossos estavam à mostra por debaixo da sua túnica ne-
gra.
O mais incrível é que, apesar do quadro mórbido e horrendo, o
cheiro que exalava da mortalha do padre era de rosas (odor de santidade).
O Vaticano, porém, até hoje não reconhece a santidade desse pa-
dre cujo verdadeiro nome acabou se perdendo no anoitecer da história.
Todavia, o exemplo de amor e desprendimento desse santo homem
acrescido das inúmeras graças e milagres alcançados pelos que nele cre-
em, falam por si mesmos.
A Bíblia, embora inspirada pela divindade, infelizmente, traz con-
sigo as marcas do patriarcado logo têm a visão de Deus como uma divin-

SEMÂNTICA E TERMINOLOGIA. RIO DE JANEIRO: CIFEFIL, 2014 173


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dade suprema de sexo masculino. Isso está errado! Deus não tem sexo!
Ele se apresenta conforme a cultura do povo a quem se manifesta.

5. Considerações finais
Espero, humildemente, que este breve artigo sirva de material pa-
ra o questionamento, a pesquisa quiçá deveras ajuda para alguém.
Finalizo o presente texto com o seguinte aforismo: “A religião
sem a ciência é cega e a ciência sem a religião é aleijada” (Albert Eins-
tein).
Ademais, deixo aos meus leitores um conselho: Nunca se esque-
çam de ouvir a voz dos pioneiros. Lutai, amigos e irmãos de cátedra con-
tra a vaidade pessoal, pois nós todos comparados aos grandes estudiosos
da língua somos meros aprendizes.
Amados: hoje temos a internet e o legado dos grandes mestres da
nossa sagrada e “inculta” última flor do lácio. Eles, entretanto, partiram
praticamente do “nada” e construíram as estradas do conhecimento para
cada um de nós!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VALENTE, André. A linguagem nossa de cada dia. Petrópolis: Vozes,
1997.
______. Intertextualidade: aspecto da textualidade e fator de coerência.
In: HENRIQUES, Cláudio Cezar; PEREIRA, Maria Tereza Gonçalves.
(Orgs.). Língua e transdisciplinaridade: rumos, conexões, sentidos. São
Paulo: Contexto, 2003.
______. A intertextualidade nos discursos midiático e literário. In: PAU-
LIUKONIS, Maria Aparecida Lino; SANTOS, Leonor Werneck dos.
(Orgs.). Estratégias de leitura: texto e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,
2006.

REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS NA INTERNET


A verdade sobre as aparições de Fátima e Maria. Disponível em:
<http://m.youtube.com/watch?v=irstNrQa5DA>.

174 CADERNOS DO CNLF, VOL. XVIII, Nº 02 – LEXICOGRAFIA, LEXICOLOGIA,


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A VIRGEM Maria e suas aparições – verdade ou mito. Disponível em:


<http://m.youtube.com/watch?v=d1zgekzND1k>.
COMO criar um amuleto ou talismã. Disponível em:
<http://www.ehow.com.br/criar-amuleto-talisma-como_37040>.
PADRE revela a farsa da "Aparição de Fátima". Disponível em:
<http://m.youtube.com/watch?v=MYaqmg7Y5vg>.
SAN La Muerte: el misterio detrás del culto. Disponível em:
<http://m.youtube.com/watch?sns=em&v=Z-rRhoSptGw>.
TALISMÃ. Disponível em:
<http://www.misteriosantigos.com/talisma.htm>.
VERDADE oculta sobre as aparições de Maria. Disponível em:
<http://m.youtube.com/watch?v=-jx3AtHSIAE>.

SEMÂNTICA E TERMINOLOGIA. RIO DE JANEIRO: CIFEFIL, 2014 175

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