Atividade LITERATURA

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ATIVIDADE – LITERATURA – PÓS-MODERNISMO

JOÃO CABRAL DE MELO NETO E JOÃO GUIMARÃES ROSA


1. (UEL-PR) Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto,
identifica-se como:

a) uma obra que, refletindo inovações e experimentações linguísticas do


autor, torna tênues as barreiras entre a prosa e poesia.
b) um auto que explora a temática do nascimento como signo do ressurgir da
esperança.
c) um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos e pastores ao Deus
Menino.
d) um poema que encerra uma síntese das propostas vanguardistas contidas
na obra geral do autor.
e) um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do autor como
problema da seca no Nordeste.

2. (ENEM/2011) Morte e vida Severina

Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação


marcada pela:

a) presença da morte, que universaliza os sofrimentos dos nordestinos.


b) figura do homem agreste, que encara ternamente sua condição de pobreza.
c) descrição sentimentalista de Severino, que divaga sobre questões
existenciais.
d) miséria, à qual muitos nordestinos estão expostos, simbolizada na figura
de Severino.
e) opressão socioeconômica a que todo ser humano se encontra submetido.

3. (Enem 2011)
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O RETIRANTE ENCONTRA DOIS HOMENS CARREGANDO UM DEFUNTO
NUMA REDE, AOS GRITOS DE: “Ó IRMÃOS DAS ALMAS! IRMÃOS DAS
ALMAS! NÃO FUI EU QUE MATEI NÃO"
— A quem estais carregando,
Irmãos das almas,
Embrulhado nessa rede?
Dizei que eu saiba.
— A um defunto de nada,
Irmão das almas,
Que há muitas horas viaja
À sua morada.
— E sabeis quem era ele,
Irmãos das almas,
Sabeis como ele se chama
Ou se chamava?
— Severino Lavrador,
Irmão das almas,
Severino Lavrador,
Mas já não lavra.
MELO NETO, J. C. Morte e vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994
(fragmento)

O personagem teatral pode ser construído tanto por meio de uma tradição
oral quanto escrita. A interlocução entre oralidade regional e tradição
religiosa, que serve de inspiração para autores brasileiros, parte do teatro
português. Dessa forma, a partir do texto lido, identificam-se personagens
que

a) se comportam como caricaturas religiosas do teatro regional.


b) apresentam diferentes características físicas e psicológicas.
c) incorporam elementos da tradição local em um contexto teatral.
d) estão construídos por meio de ações limitadas a um momento histórico.
e) fazem parte de uma cultura local que restringe a dimensão estética.

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4. (Enem) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta
Pernambucano, sobre a função de seus textos:

“Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo
somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por
quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua.
Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a
situação da miséria no Nordeste.”

Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário,

a) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o


fato social para determinados leitores.
b) a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser
imparcial para que seu texto seja lido.
c) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal
da perspectiva do leitor.
d) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do
fato social para todos os leitores.
e) a linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do
escritor para convencer o leitor.

5. Sobre as características da prosa de Guimarães Rosa, é correto afirmar:

I. Observa-se o tratamento estético dado à matéria-prima da literatura: a


palavra. Para Guimarães Rosa, a forma, o metro e o ritmo são
elementos indispensáveis às suas narrativas.

II. A linguagem de Guimarães Rosa é permeada por neologismos,


arcaísmos e pela exploração sonora, sintática e semântica do
português.

III. Uma das principais características da obra de Guimarães Rosa é a


reflexão sobre a criação artística. Para o escritor, a poesia é fruto de
um trabalho árduo, racional, que implica fazer e desfazer o texto até
que ele alcance a sua forma mais adequada.

IV. O escritor apresenta momentos de intenso intimismo, apresentados


por meio de uma linguagem elevada e abstrata e com imagens
recorrentes, retomando assim os ideais dos escritores simbolistas.
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a) Todas estão corretas.
b) Apenas II está correta.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I e II estão corretas.
6. UNILAVRAS)
Com relação à obra “Grande Sertão: veredas”, de João Guimarães, podemos
afirmar:

I. O personagem principal, Riobaldo, é um ex-jagunço do norte de Minas que


gasta seu tempo com conversas com as pessoas que passam pelo local.

II. Riobaldo, o personagem-narrador conta sua vida, numa espécie de


monólogo ininterrupto, a um interlocutor que jamais tem a palavra.

III. O narrador-personagem, apesar de ter pertencido à plebe rural e ter


aderido à jagunçagem, recebeu educação formal, o que justifica o caráter
metafísico de seu discurso.

Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas.

a) Apenas a alternativa I está correta.


b) Apenas a alternativa II está correta.
c) Apenas a alternativa III está correta.
d) Estão corretas apenas as alternativas II e III.
e) Todas as alternativas estão corretas.

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7. (IELUSC) Texto para a próxima questão:

“O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado
sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras
altas, demais do Urucúia. Toleima. [...] Lugar sertão se divulga: é onde os
pastos carecem de fechos; onde um pode torar, dez, quinze léguas, sem topar
com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do
arrocho de autoridade”.
(Guimarães Rosa)

O texto é um fragmento de “Grande Sertão: veredas” (1956), único romance


de Guimarães Rosa. Sobre esta grandiosa obra, assinale a alternativa
CORRETA.

a) Trata-se de uma história em que o autor fala da vida dos cangaceiros, “os
errantes sem eira nem beira”, que sofriam com o calor das matas amazônicas.
b) É uma história apresentada como um imenso monólogo em que Riobaldo,
ex-jagunço do norte de Minas e agora pacato fazendeiro, conta os casos que
viveu a um compadre.
c) Conta a saga de Severino, um retirante que atravessa o sertão de
Pernambuco em busca de uma vida mais digna.
d) Narra a história de amor entre Gabriela e Nacib, tendo os traços exóticos da
região de Ilhéus como cenário.
e) Valendo-se do realismo fantástico em sua segunda parte, traz, como
personagens centrais, mortos que ressuscitam para denunciar a corrupção
dos vivos.

8. (UF-BA) “Este pequeno mundo do sertão, este mundo original e cheio de


contrastes, é para mim o símbolo, diria mesmo o modo de meu universo.
Nós, os homens do sertão, somos fabulistas por natureza. Eu trazia
sempre os ouvidos atentos, escutava tudo o que podia e comecei a
transformar em lenda o ambiente que me rodeava, porque este, em sua
essência, era e continua sendo uma lenda.”

O depoimento acima é do escritor:


a) Rubem Braga
b) Dalton Trevisan
c) Erico Verissimo
d) João Guimarães Rosa

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9.  (PUCC-SP) “Sertão. Sabe o senhor: o sertão é onde o pensamento da
gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito
perigoso.”

Pelo fragmento acima, de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa,


percebemos que neste romance, como em outros textos regionalistas do
autor:

a) o conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as


personagens e o sertão, que acaba por ser mítico e metafísico.
b) o sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem as agressões do
meio hostil e adverso à sobrevivência humana.
c) não existe uma região a que geograficamente se possa chamar “sertão”:
ela é fruto da projeção do inconsciente das personagens.
d) a periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e
social em que vivem.
e) há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de luta entre
bandos de jagunços.

10.(USF-SP) A respeito de Guimarães Rosa é correto afirmar que:

a) transmitiu ao nosso regionalismo valores universais, ao abordar dúvidas


do próprio homem, numa linguagem recriada poeticamente.
b) continuou a tradição das obras regionalistas anteriores, especialmente as
do ciclo da cana-de-açúcar, que denunciam a injustiça social.
c) foi mais valorizado como poeta, pela retomada dos recursos expressivos
da língua, com sua linguagem plena de sonoridades e figuras literárias.
d) retomou a influência científica e a linguagem objetiva e enxuta de Euclides
da Cunha, autor de Os sertões, para explicar a psicologia do sertanejo.
e) foi um autor de vanguarda que procurou mostrar as várias regiões do país,
a partir de uma visão subjetiva e extremamente poética.

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Gabarito
1. B
2. D
3. C
4. A
5. B
6. E
7. B
8. D
9. C
10. A

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