Manual de Boas Praticas para A Merendeira Escolar Cursos CPT 180521203256
Manual de Boas Praticas para A Merendeira Escolar Cursos CPT 180521203256
Manual de Boas Praticas para A Merendeira Escolar Cursos CPT 180521203256
ÍNDICE
Apresentação...............................................................................................................................4
Termos Importantes a Saber........................................................................................................5
1 - Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE........................................................6
1.1 - Diretrizes do PNAE......................................................................................................7
2 - Recursos Humanos..............................................................................................................8
2.1 - Atribuições....................................................................................................................8
2.2 - Quantidade de Profissionais........................................................................................9
2.3 - Seleção........................................................................................................................9
2.4 - Saúde do Manipulador de Alimentos...........................................................................9
2.5 - Higiene Pessoal...........................................................................................................10
2.6 - Higienização das Mãos................................................................................................11
2.7 - O Uso de Luvas Descartáveis......................................................................................13
2.8 - Equipamento de Proteção Individual (EPI)..................................................................13
2.9 - Regras para Visitantes.................................................................................................15
3 - Comportamento e Atitude....................................................................................................16
3.1 - Situações Inadequadas para o Exercício da Função...................................................16
3.2 - Comportamentos Inadequados....................................................................................16
3.3 - Atitudes Corretas..........................................................................................................16
3.4 - Prevenção de Acidentes..............................................................................................17
3.5 - Primeiros Socorros.......................................................................................................17
4 - Noções sobre Alimentação e Nutrição................................................................................18
4.1 - Alimentos Energéticos..................................................................................................20
4.2 - Alimentos Construtores................................................................................................21
4.3 - Alimentos Reguladores................................................................................................22
5 - Orientação para o Cardápio Escolar...................................................................................23
5.1 - Atendimento aos Alunos com Necessidades Nutricionais Especiais...........................24
6 - Aceitabilidade dos Alimentos..............................................................................................25
6.1 - Fatores que Interferem na Aceitação da Alimentação Escolar....................................25
6.2 - Sugestões para Melhorar a Aceitabilidade e Adesão...................................................26 3
7 - Armazenamento dos Gêneros Alimentícios.......................................................................27
8 - Equipamentos e Utensílios..................................................................................................28
9 - Preparações Sugeridas........................................................................................................30
Neste Manual de Boas Práticas Para a Merendeira Escolar, você conhecerá quais são
os meios de operacionalização e otimização do PNAE.
• Alimentos de Alto Risco: são aqueles que se destinam ao consumo sem pas-
sarem por processos de cozimento ou preservação. São os produtos com altos
teores de proteínas e que exigem o seu armazenamento sob refrigeração (car-
nes, ovos, molhos, cremes, peixes, entre outros).
As ações que envolvem a alimentação escolar datam do século XIX, mas a formaliza-
ção oficial da merenda enquanto política social só ocorre na década de 50. Em 1955
é criada a Campanha da Merenda Escolar que contava com “doações” norte-ameri-
canas de leite em pó acompanhado de cápsulas de vitamina A e D, beneficiando-se
inicialmente os Estados do Nordeste brasileiro. Já em 1956, o governo passa a com-
plementar essas doações com a comprar de farinha enriquecida de leguminosas e
cereais (milho, trigo, arroz e soja), adquiridos no próprio mercado internacional.
Atualmente, a base legal do PNAE é a Lei nº 11.947 de 2009 que dispõe sobre o aten-
dimento da alimentação escolar e a Resolução CD/FNDE nº 26, de 17/06/2013, que
estabelece as normas para a execução técnica, administrativa e financeira do PNAE
aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades federais.
2.1 - Atribuições
Segundo a Lei nº 206, de 29/12/2004 que dispõe sobre alterações na Lei Comple-
mentar nº 50, de 1/10/1998, no Capítulo II, Seção II, Artigo 9º define as atribuições do
profissional:
a) Nutrição Escolar, cujas principais atividades são: preparar os alimentos que com-
põem a merenda, manter a limpeza e a organização do local, dos materiais e dos
equipamentos necessários ao refeitório e a cozinha, manter a higiene, a organização e
o controle dos insumos utilizados na preparação da merenda e das demais refeições.
Também é de responsabilidade desse profissional as seguintes atividades:
2.3 - Seleção
A seleção da merendeira é feita por meio de concurso público ou por meio de contrato
temporário, mediante processo seletivo, conforme edital de seleção vigente. São exi-
gências para o contrato:
• Exame de saúde.
Devem ser realizados exames admissionais, periódicos e demissionais por médico ha-
bilitado em medicina do trabalho. É obrigatório a realização dos exames discriminados
no quadro a seguir:
Fezes
Pesquisa de protozoários e helmintos de
Coproparasitológico importância médica
Alguns municípios emitem, por meio da vigilância sanitária, Carteira de Saúde que
atesta as condições de saúde do manipulador de alimentos. Deve ser mantido na es-
cola a cópia da carteira de saúde de cada merendeira.
Nos municípios que não emitem a carteira de saúde, o profissional deve realizar os
exames citados acima e solicitar ao médico um laudo de suas condições de saúde.
A cópia deste laudo deve ser arquivada na escola. Tanto a carteira de saúde como o
laudo médico devem ser feitos anualmente ou em intervalo menor de tempo se houver
necessidade.
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A maioria das pessoas não gasta nem 10 segundos para lavar as mãos, mas uma boa
lavagem deve durar mais que 20 segundos.
Atenção!
Não seque as mãos na roupa para não recontaminá-las; Passar álcool nas mãos
sem lavá-las previamente não tem o mesmo efeito bactericida.
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Cuidados:
O uso de luvas descartáveis não é permitido em procedimentos que envolvam dire-
tamente o calor, ou seja, no cozimento de alimentos. Troque as luvas sempre que
interromper ou trocar de atividade.
Tipos de luvas descartáveis: existem três tipos de luvas que podem ser utilizadas
na manipulação de alimentos, que são: vinil, látex, polietileno.
Todo EPI deve ter o certificado de aprovação (CA) pelo Ministério do Trabalho e Empre- 13
go, para ser comprovada a sua eficiência de acordo com a finalidade a que se destina.
Sem esse registro, o equipamento não deve ser utilizado na Unidade de Alimentação
e Nutrição.
ÁREAS DO SERVIÇO
EPI RECOMENDADOS FUNÇÃO DO EPI
DE ALIMENTAÇÃO
14
Atenção!
Os visitantes não devem tocar nos alimentos, equipamentos e utensílios ou qualquer
outro material da cozinha, exceto os técnicos e nutricionistas que verificam as condi-
ções de higiene de móveis, equipamentos, utensílios e o armazenamento dos alimen-
tos, sendo necessário para a realização desta atividade fazer a correta higienização
das mãos. Não deverão entrar na área de manipulação de alimentos pessoas que
estiverem com ferimentos expostos, gripe, doenças transmissíveis, gastroenterites
ou qualquer outro quadro clínico que represente risco de contaminação.
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O(a) gestor(a) deve garantir que o manipulador nessas situações seja afastado para
outras atividades, sem prejuízo de qualquer natureza. Ele pode ser mantido na função
se o ferimento permitir a desinfecção e proteção com luva, de forma a não oferecer
risco de contaminação dos alimentos.
• Fumar, comer, tossir, espirrar, cantar, assoviar, falar demais ou mexer em dinheiro
durante o preparo dos alimentos.
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2. Saborosa: o sabor é fudamental para que uma refeição seja consumida com pra-
zer, privilegiando a forma de preparo com os temperos regionais à base de produtos
naturais.
4. Colorida: quanto mais colorida for uma alimentação, mais rica em diversos nu-
trientes será. Uma refeição colorida é mais rica em vitaminas e minerais, atrativa,
promovendo maior consumo de alimentos saudáveis, como: frutas, legumes e ver-
duras, grãos e tubérculos em geral.
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• Carboidratos: arroz, milho, aveia, trigo, cevada, pão, massas, batata, cará, mandio-
ca, mel, açúcar, geleias, mandioca e farinhas.
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b. A qualidade do ferro (heme) contido nas carnes tem qualidade superior ao ferro ob-
tido dos alimentos de origem vegetal (não heme) contidos nos feijões, uma vez que
podem ser absorvidos (passagem do nutriente do intestino para o sangue) mais
rapidamente e em maior quantidade. O ferro “não heme” presente nos vegetais é
bem mais aproveitado pelo organismo somente se os alimentos fonte de vitamina
C, estiverem presentes na alimentação.
c. A vitamina B12 está presente unicamente nos alimentos de origem animal e parti-
cipa também na formação dos glóbulos vermelhos (hemoglobina). 21
São alimentos construtores: carnes, ovos, feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico,
leite, queijos, iogurte, coalhada.
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Coloque o cardápio bem visível, com todos os dias da semana e os nomes das prepa-
rações. Dessa forma, estará orientando melhor a organização de cada preparo, alter-
nando preparações doces com salgadas, além de evitar perguntas repetitivas sobre a
merenda de cada dia.
Atenção!
Leve sempre em conta os grupos de alimentos. Observe, também, a aceitabilida-
de de cada cardápio e modifique a prepração se “não” for bem aceita. A boa apre-
sentação influi na aprovação dos cardápios. Prepare a merenda com atecedência
para que seja servida na temperatura adequada.
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Atenção!
É dever do nutricionista orientar a direção da escola para que solicite aos respon-
sáveis pelo aluno providenciarem um LAUDO MÉDICO com indicação do problema
de saúde, indicando a Classificação Internacional de Doença - CID.
A cópia desse laudo médico deve ser enviada ao nutrionista, para que providencie
a alimentação adequada ao problema de saúde do aluno, bem como orientar as
merendeiras, os professores e outros funcionários da escola, se necessário, quanto
aos procedimentos para atender o aluno.
O nutricionista deve conversar com os responsáveis e educadores para obter mais in-
formações sobre o problema do aluno e seus hábitos, para que o atendimento realizado
na escola seja adequado a cada caso. Deve ainda orientar as merendeiras, na escola e
por escrito, quanto aos procedimentos adequados para a alimentação do aluno.
Pode acontecer de o aluno incialmente rejeitar a alimentação que foi oferecida, embora
esteja adequada ao que ele precisa. Assim, informar ao nutricionista para que o proble-
ma seja solucionado. Pode ser que determinado alimento possa ser preparado de outra
forma e o aluno venha a aceitar a refeição.
Por meio de ligações telefônicas, por e-mail ou nas visitas periódicas que o nutricionista
fizer à escola, a merendeira deve solicitar esclarecimentos e buscar orientações sobre
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as dúvidas que houver para o atendimento adequado dos alunos.
Cardápios saudáveis nem sempre são garantia de ótima aceitabilidade, ou seja, que as
refeições serão bem aceitas pelos alunos. Especialmente crianças e os adolescentes
podem rejeitar uma alimentação saudável, mas não se pode desistir facilmente.
Para o nutricionista não é tarefa fácil manter no cardápio refeições saudáveis, mas com
alto índices de rejeição, até em decorrência dos índices mínimos de aceitabilidade es-
tabelecidos pelo FNDE (2013). Em caso de rejeição, deve haver ações corretivas, de
forma a inserir os alimentos no hábito alimentar dos alunos. Estudos mostram que um
alimento novo precisa ser oferecido várias vezes às crianças para que elas se acostu-
mem a ele, sendo necessário de 12 a 15 apresentações dos alimentos recusados.
Já entre crianças com idade entre 2 e 6 anos há constantes recusas dos alimentos,
contudo, tem curiosidade pelos alimentos dos adultos, tendo certa facilidade para se-
rem aceitos.
d. O tipo de utensílio.
e. O tipo de mobiliário.
k. Sugerir aos professores para levarem seus alunos a uma horta, pomar, indústria
de alimentos.
l. Colocar uma porção dos alimentos crus (uma cabeça da verdura servida, uma por-
ção de macarrão, uma porção de fruta que foi picada, uma cabeça da cebola, uma
cabeça de alho, um ramo da salsa, do coentro, e outros), identificando-os com os
seus respectivos nomes para que os alunos os conheçam.
3. Colocar junto os gêneros do mesmo tipo. Ex.: merenda doce com merenda doce,
salgada com salgada, entre outros.
4. Colocar os gêneros mais antigos na frente para que sejam usados em primeiro lu-
gar. Utilizar os gêneros dentro do prazo de validade.
5. Não deixar nenhum volume em contato direto com o solo ou paredes da despensa.
Somente o responsável deve possuir a chave da despensa.
6. Não abrir outro pacote antes de desocupar o que está em uso e amarrar bem os
pacotes abertos. 27
7. Material de limpeza, inseticida e objetos de uso pessoal (bolsa, avental, entre ou-
tros) não devem ser armazenados juntos dos alimentos.
1. Fogão industrial: a gás, com quatro queimadores duplos, grelhas medindo 40x40
cm e com forno, estrutura e quadro em chapa de aço carbono, registro de latão cro-
mado laminado, bandeja coletora em chapa de aço tratado pintado, queimadores
em ferro fundido.
6. Panelas: de tamanho médio, podendo ser de alumínio fundido, com 2 alças, com
tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda lateral de 23 cm e capaci-
dade para 30 litros, com selo que tenha a composição e informações do fabricante
estampados na peça.
7. Panelas: de tamanho grande, podendo ser de alumínio fundido, com 2 alças, com
tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda lateral de 23 cm e capaci-
dade para 40 litros, com selo que tenha a composição e informações do fabricante
estampados na peça.
12. Placa de altileno: placa de corte para alimentos, pode ser de várias cores, com 2
cm de espessura, 50 cm de comprimento por 30 cm de largura.
13. Faca para cozinha: com lâmina em aço inox com 25 cm de comprimento e cabo
em altileno com 15 cm de comprimento.
15. Colher para servir: pode ser toda em material de alumínio ou em aço inoxidável,
tamanho grande, usada para servir alimentos.
16. Concha: pode ser toda em material de alumínio ou em aço inoxidável, tamanho
grande, usada para servir alimentos.
17. Colher de sopa: toda em aço inoxidável, sem cabo de madeira ou plástico, resis-
tente a 100º C.
19. Caneca: em material de polipropileno, com alça, atóxica, resistente a 100º C, inder-
formável, capacidade de 250 ml.
21. Pratos para servir: utensílios em vidro temperado, resistente a impactos e peque-
nas quedas, também pode ser em aço inoxidável, em polietileno (plástico), pode ser
fundo ou raso.
22. Lixeira: material de polietileno, resistente, com tampa acionada por pedal com ca-
pacidade de 30 a 50 litros.
24. Pano de copa: de material absorvente cor clara. Pano multiuso (tipo perfex).
Torta de
Repolho Cursos
CP
CP
CP
»»1 xícara (chá) de talos e folhas (ex.: couve) Bater os ovos e misturar com a cebola picada e o
sal. Acrescentar as folhas e talos picados. Juntar à
»»2 ovos
mistura a farinha de trigo, a aveia. Acrescentar o
»»1 xícara (chá) de farinha de trigo fermento e misturar. Untar uma assadeira e moldar
»»1 cebola os bolinhos. Assar.
CP
»»5 tomates picados em cubos Misture tudo e coloque em uma forma untada em
óleo e leve ao forno brando.
»»1 cebola picada em cubos
»»3 pimentões picados em cubos
»»2 cenouras cozidas, picadas em cubos
»»3 ovos inteiros crus
»»13 colheres (sopa) farinha de trigo
»»1 xícara (chá) de óleo
»»Sal a gosto, milho verde e cheiro-verde a gosto
CP
CP
Cenoura CP
Ingredientes:
»»15 laranjas
»»1 copo de cenoura picada
»»Água gelada
Modo de Preparo:
Lavar e higienizar as laranjas e a cenoura. Cozinhar a cenoura. Extrair o suco das laranjas. Bater no
liquidificador o suco da laranja, a cenoura cozida e picada e a água gelada.
CP
Ingredientes:
»»10 laranjas
»»2 fatias de melancia
»»2 bananas
Modo de Preparo:
Lavar e higienizar as frutas. Extrair o suco das laranjas. Cortar a melancia e retirar as sementes. Co-
zinhar as bananas sem casca. Bater as frutas no liquidificador. Despejar numa jarra e servir gelado.
Observação:
As receitas abaixo levam em consideração 20 porções em uma escumadeira média cheia.
CP
Observação:
Dependendo da safra, a água a ser colocada no
arroz deve ser fria. Arroz de safra nova fica melhor
com água fervente.
CP
CP
Fontes:
Curso CPT Capacitação para Cozinheira - Merendeira Escolar - Boas Práticas
de Manipulação de Alimentos; Curso CPT Capacitação para Cozinheira - Me-
rendeira Escolar - Como Conservar, Preparar e Distribuir os Alimentos; Novo
Cardápio Escolar de Ipatinga - Caderno de Receitas; Manual da Merendeira
Escolar de Mato Grosso do Sul e Manual de Procedimentos das Boas Práticas
para o Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar de Mato Grosso.