Relatorio de Granulometria

Relatório Técnico de Índices Físicos
(Mecânica dos solos)
Ensaio de Granulometria
Vitor Luciano Alves Guimarães

Rui Eferson Pereira Braga
Alan Petrus de Souza Santos
Contagem
1
Relatório Técnico de Análises de Indices Físicos – Mecânica de Solos 2021
Novembro/2021
SUMÁRIO
1 - Introdução__________________________________________________________________3
2 – Objetivo____________________________________________________________________3
Tabela 01- Classificação da granulometria, segundo ABNT – NBR 6502.____________4
3 – Metodologia_________________________________________________________________4
4 – Resultados e discussões________________________________________________________6
Tabela 02- Resultados_____________________________________________________7

Gráfico 01- Curva Granulométrica___________________________________________8
Imagem 01- Coeficiente de Uniformidade______________________________________9
Imagem 02- Coeficiente de Curvatura_________________________________________9
Tabela 03- Identificação dos diâmetros.______________________________________10
9 - Referências Bibliográficas_____________________________________________________11
2
1 - Introdução
Com intuito de aplicar os conhecimentos obtidos durante as aulas, acompanhamos de forma

remota o ensaio de granulometria realizado pela professora Verônica no Laboratório de
Mecânica dos Solos do Centro Universitário Una, que nos apresentou o manuseio e
aplicação dos ensaios que descreveremos a seguir.
A norma ABNT NBR 7181 estabelece o método para análise granulométrica de solos,
realizada por peneiramento ou por uma combinação de sedimentação e peneiramento. A
classificação da granulometria é estabelecida pela ABNT NBR 6502.
O ensaio de granulometria é um procedimento realizado para que se possa determinar a
distribuição granulométrica de um dado solo, o que possibilita o conhecimento de seus
atributos para propiciar as operações de construção dentro de parâmetros de segurança
adequados. Desta forma, de modo resumido, pode-se definir o ensaio de
granulometria como um teste que determina o percentual em peso que cada faixa
delimitada de tamanho de grãos irá representar no total de massa seca utilizada para o
ensaio, a partir da amostra obtida.
Através dos resultados obtidos desse ensaio, é possível a construção da curva de
distribuição granulométrica, que possui fundamental importância na caracterização
geotécnica do solo, principalmente no caso dos solos grossos.
2 – Objetivo
O ensaio de granulometria tem como objetivo principal conhecer a distribuição

granulométrica do agregado do solo de amostra e, assim, representá-la através de uma
3
curva. Através da curva granulométrica podem-se estimar as porcentagens, correspondentes
a cada fração granulométrica do solo.
Tabela 01- Classificação da granulometria, segundo ABNT – NBR 6502.

Classificação Diâmetro em grãos
Bloco de Rocha d>1000
Matação 200<d<1000
Seixo 60<d<200
Grânulo 2<d<60
Areia Grossa 0,6<d<2
Areia Média 0,2<d<0,6
Areia Fina 0,06<d<0,2
Silte 0,002<d<0,06
Argila d<0,002
Fonte: Autores, (2021)
3 – Metodologia
A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por peneiramento, por
sedimentação, ou a análise granulométrica conjunta, que compreende tanto peneiramento,
quanto a sedimentação, se necessário.
Os principais equipamentos e utensílios utilizados conforme a norma ABNT NBR 7181
são:
 Estufa;
 Balança;
 Almofariz e mão de grau;
4
 Cápsulas;
 Jogo de peneiras com tampa e fundo (9,5 mm; 4,8 mm; 2 mm; 1,2 mm; 0,6 mm;
0,425 mm; 0,3 mm; 0,15 mm; 0,075 mm);
 Agitador de peneiras;
 Recipiente Plástico
 Bandeja;
 Pincel para limpar peneira.
Seleciona-se uma quantidade representativa P1 de material seco ao ar ou úmido; determina-

se sua umidade: - 10,0 kg para material com pedregulho grosso; - 2,0 kg para material com
pedregulho fino; 1,0 kg para material arenoso; - 0,5 kg para material siltoso/argiloso. B.
Passa-se a massa P1 na peneira #10 (2,0mm); C. Do material que passar, separa-se 03
quantidades: P2 = 20 g para a determinação do peso específico real das partículas; P3 = 50
a 100 g para a sedimentação; P4 = 200 a 600 g para o peneiramento fino.
De acordo a ABNT NBR 7181 o procedimento experimental consiste em três fases (a, b e
c) descritas abaixo:
a) Peneiramento Grosso (material retido na peneira #10):
- Lava-se o material na peneira #10 (2,0mm), em seguida coloca-o na estufa;
- Peneira-se o material seco, mecânica ou manualmente, até a peneira #10;
- Pesa-se a fração retida em cada peneira;
b) Peneiramento Fino (material que passa na peneira #10):
- Lava-se o material na peneira #200 (0,075mm), em seguida coloca-o na estufa; -
Passa-se o material seco nas peneiras de aberturas menores que a #10;
- Pesa-se a fração retida em cada peneira;
5
c) Sedimentação:
- Coloca-se a massa P3 em “banho” (6 a 24 horas) com defloculante (solução de
hexametafosfato de sódio);
- Agita-se a mistura no dispersor elétrico por 5 a 15 minutos;
- Transfere-se a mistura para a proveta graduada, completando com água destilada
até 1000 ml e realiza-se o balanceamento;
- Efetuam-se leituras do densímetro nos instantes de 30s, 1, 2, 4, 8, 15, 30min, 1,2,
4, 8, 25h.
4 – Resultados e discussões
Nesta etapa foram realizados os cálculos necessários ao ensaio. Os resultados estão
apresentados na tabela 02. O gráfico 01 é formado com os valores das porcentagens
passantes (ou retidas) e os diâmetros correspondentes
Fórmulas utilizadas:
a) Peneiramento Grosso: PR = (MR/MTS). 100 PP = 100 – PR
b) Peneiramento Fino: Pr = (Mr/MSPF).100 Pp = (100 - Pr).N
Tabela 02- Resultados

Percentual de Percentual Porcentagem do
Peneira Massa retida
solo retido em retido solo que passa
(mm) (g)
cada peneira acumulada pela peneira
9,5 45 4,69% 4,69% 95,31%
4,8 60 6,25% 10,94% 89,06%
6
2 60 6,25% 17,19% 82,81%
1,2 85 8,85% 26,04% 73,96%
0,6 165 17,19% 43,23% 56,77%
0,425 100 10,42% 53,65% 46,35%
0,3 90 9,38% 63,02% 36,98%
0,15 200 20,83% 83,85% 16,15%
0,075 155 16,15% 100,00% 0,00%
Fonte: Autores, (2021).
A partir dos valores calculados traça-se a curva de distribuição granulométrica, marcando-

se no eixo das abscissas em escala logarítmica os “diâmetros” das partículas menores do
que aqueles considerados.
Gráfico 01- Curva Granulométrica
7
Um dos principais parâmetros que a curva de distribuição granulométrica permite

identificar é o diâmetro efetivo, chamado também de D10. O Diâmetro Efetivo indica o
diâmetro em que apenas 10% da massa de uma amostra de solo passamos na peneira, sendo
utilizado para estimar a condutividade hidráulica e a drenagem do Solo.
O Coeficiente de Uniformidade (Cu) é outro parâmetro que pode ser encontrado pela curva
de distribuição granulométrica, sendo definido pela razão entre o diâmetro que 60% do
material passa no peneiramento e o diâmetro efetivo. A imagem 01 apresenta o coeficiente.
Imagem 01- Coeficiente de Uniformidade
8
Os solos que apresentam Cu menores que 5 são considerados solos uniformes. Valores
maiores que 15 são considerados solos desuniformes e entre 5 e 15 são mediamente
uniformes.
O Coeficiente de Curvatura (Cc) mede a graduação do solo com base nos diâmetros D30,
D60 E D10. Se o solo apresenta valores entre 1 e 3 ele é bem graduado. Valores maiores do
que 3 indicam um solo mal graduado. A imagem 02 apresenta o coeficiente de curvatura.
Imagem 02- Coeficiente de Curvatura
Desta forma temos definidos que D10= 0,075/ D30= 0,3/ D60=1,2. Conforme ilustra tabela
03.
Tabela 03- Identificação dos diâmetros.

9
Percentual
Porcentagem
Massa de solo Percentual
Peneira do solo que
retida retido em retido
(mm) passa pela
(g) cada acumulada
peneira
peneira
9,5 45 4,69% 4,69% 95,31%
4,8 60 6,25% 10,94% 89,06%
2 60 6,25% 17,19% 82,81%
1,2 85 8,85% 26,04% 73,96% D60
0,6 165 17,19% 43,23% 56,77%
0,425 100 10,42% 53,65% 46,35%
0,3 90 9,38% 63,02% 36,98% D30
0,15 200 20,83% 83,85% 16,15%
0,075 155 16,15% 100,00% 0,00% D10
Portanto:
Cu= 1,2/ 0,075= 16
Solo considerado desuniforme.
Cc= 0,3²/ (0,075*1,2)= 0,09/0,09= 1
Solo considerado bem graduado.
9 - Referências Bibliográficas
DAS, B.M; SOBHAM, K; “FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA

GEOTÉCNICA”. 8º Edição. California: Cengage Learning, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (1984) ABNT NBR 7181:
SOLO – Análise granulométrica. Rio de Janeiro/RJ.
10
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILERA DE NORMAS TÉCNICAS, Análise
Granulométrico – Rochas e Solos. NBR 6502, 1995.
11

Relatorio de Granulometria

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Relatorio de Granulometria

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Relatorio de Granulometria

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Relatório Técnico de Índices Físicos

(Mecânica dos solos)

Vitor Luciano Alves Guimarães

Tabela 01- Classificação da granulometria, segundo ABNT – NBR 6502.____________4

Tabela 02- Resultados_____________________________________________________7

Com intuito de aplicar os conhecimentos obtidos durante as aulas, acompanhamos de forma

O ensaio de granulometria tem como objetivo principal conhecer a distribuição

Tabela 01- Classificação da granulometria, segundo ABNT – NBR 6502.

Seleciona-se uma quantidade representativa P1 de material seco ao ar ou úmido; determina-

Tabela 02- Resultados

A partir dos valores calculados traça-se a curva de distribuição granulométrica, marcando-

Gráfico 01- Curva Granulométrica

Um dos principais parâmetros que a curva de distribuição granulométrica permite

Imagem 01- Coeficiente de Uniformidade

Imagem 02- Coeficiente de Curvatura

Fonte: Autores, (2021).

Tabela 03- Identificação dos diâmetros.

DAS, B.M; SOBHAM, K; “FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA

Você também pode gostar