Guia de Boas Práticas Na Construção Civil

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Guia

de Boas
Práticas na
Construção
Civil

08/2009
Ap r e s e n t a ç ã o

Para o Santander, um negócio só é bom Nossa visão de um novo banco para uma nova
mesmo quando é bom para todos: para as sociedade passa também por esta construção
empresas, a sociedade e o meio ambiente. conjunta com você.

Neste guia, você vai encontrar informações


sobre boas práticas para planejar e construir seu
empreendimento. Esperamos que você goste do José Roberto Machado
material e que ele possa ser útil no seu dia-a-dia. Diretor Executivo de Negócios Imobiliários

02
Sumário

Cenário 4 Construção
Recomendações Quanto à Demolição 24
Programa de Sustentabilidade na Construção Civil 5 Logística e Segurança nos Canteiros de Obras 25
Plano de Negócios 7 Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes 25
Passo-a-Passo do Obra Sustentável 8 Comunicação com a Comunidade
do Entorno do Empreendimento 26
Concepção 14 Relacionamento com Funcionários 27
Eficiência Energética 15 Relacionamento com Fornecedores e Parceiros 28
Conforto Ambiental do Edifício 16
Conservação da Água 18 Consultas Gerais 29
Seleção de Materiais 19
Bibliografia 35
Saúde e Bem-Estar do Usuário 21
Glossário 36
Qualidade do Empreendimento 22

03
Cenário

A construção civil tem grande impacto na A quantidade gerada de resíduos de construção e de demolição (RCD)
é, em média, de 150 kg/m² construído5, sendo que os resíduos da
economia, na sociedade e no planeta. construção constituem de 41% a 70% da massa dos resíduos sólidos
O impacto negativo para o planeta pode urbanos6, ou seja, em muitos municípios mais da metade dos resíduos
ser diminuído com práticas sustentáveis. gerados por toda a cidade são da construção civil.

O esgotamento das reservas próximas às grandes cidades faz com que a


O setor representa 11% do PIB da União Européia, sendo que no Brasil areia natural já esteja sendo transportada de distâncias superiores a 100 km,
esse número supera 14%1. implicando enormes consumos de energia e geração de poluição7.

40% da energia consumida mundialmente é utilizada pelo setor da Por isso, buscam-se métodos construtivos de baixo impacto, que
construção civil2. O setor residencial foi, em 2006, responsável por 11% previnem riscos.
do consumo total de energia no Brasil, representando 22% do uso total
de energia elétrica. O consumo de energia elétrica do setor residencial Investidores buscam cada vez mais por empresas socialmente
é quase equivalente à soma dos setores comercial e público. A taxa de responsáveis e sustentáveis para aplicar seus recursos, pois
crescimento do consumo da eletricidade residencial foi de 8,4% ao ano3 consideram que elas geram valor para o acionista no longo prazo por
estarem mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e
Em 2005, foram produzidas cerca de 331 milhões de toneladas ambientais. Essa tendência vem crescendo e já tem reflexos claros no
de agregados (areia, brita, etc.) para a construção. Desse total, Brasil, com a crescente adoção por empresas de diretrizes do GRI –
135 milhões de toneladas representam as pedras britadas e Global Reporting Iniciative8 e Indicadores de Responsabilidade Social
196 milhões de toneladas, a areia. Assim, o consumo brasileiro do Instituto Ethos9, além da criação do ISE - Índice de Sustentabilidade
de agregados poderia ser estimado em aproximadamente Empresarial10, da Bovespa.
1,77 tonelada/habitante ao ano4.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10. Ver Bibliografia.


04
Programa de Sustentabilidade
na Construção Civil

O Programa de Sustentabilidade na Construção Civil do Santander


fomenta práticas que aumentam a eficiência econômica, reduzam
o impacto ao Meio Ambiente e favoreçam a qualidade de vida nas
fases de projeto, construção e uso das edificações.
Responsabilidade e pró-atividade
O programa é composto por três pilares: o Obra Sustentável, o Buscando práticas que vão além do que a legislação obriga.
Construção Sustentável Pessoa Física e o Engajamento do
Setor. Já implementados dois destes pilares, que são: Reduzir, reutilizar e reciclar
o Engajamento do Setor e o Obra Sustentável. Este Guia de Boas Repensar o empreendimento, reduzindo perdas e evitando
Práticas na Construção Civil abrange os três pilares do programa, desperdício de materiais de construção, gerenciando corretamente
porém, está focado no primeiro pilar, o “Obra Sustentável”. os resíduos e incentivando primeiro sua reutilização quando
possível, e depois a sua reciclagem, inclusive pela aquisição de
Obra Sustentável materiais de construção reciclados.
O Obra Sustentável estimula iniciativas que apresentem soluções
para as interferências socioambientais da construção com base nas Eficiência energética das edificações
seguintes premissas: Buscar sistemas de energia que reduzam consumo e desperdício,
optando por alternativas energéticas menos impactantes.
Atendimento à legislação e justiça social
Construir de forma responsável, atendendo à legislação trabalhista, Conservação da água
fiscal e ambiental, estendendo aos fornecedores Verificar a viabilidade de implantação de sistemas de reuso de
e parceiros estas boas práticas. água e de tecnologias para boa gestão do consumo e desperdício.

05
Programa de Sustentabilidade
na Construção Civil

Conservação da biodiversidade Monitoramento do desempenho da edificação


e dos recursos naturais Implantação de técnicas e equipamentos que permitam a
Buscar materiais e processos que reduzam a utilização dos medição e o monitoramento do desempenho ambiental da
recursos naturais e que contribuam para a manutenção da edificação durante a execução da obra e na fase de ocupação.
biodiversidade.
Melhoria da qualidade do processo construtivo
Melhoria da qualidade do ar interior Buscar maneiras de fomentar a adoção de boas práticas
e proteção à saúde socioambientais por seus fornecedores e clientes.
Priorizar o uso de materiais que não utilizem produtos tóxicos
na fabricação (como tintas e vernizes), nem produtos que Interesse social
liberem gases tóxicos durante sua aplicação ou uso (como vários No processo de planejamento e construção do empreendimento,
produtos de construção e de limpeza). buscar melhorar a qualidade de vida dos funcionários e da
comunidade, principalmente aquela que está no entorno
Durabilidade imediato do empreendimento.
Priorizar projetos que se preocupam com a vida útil dos materiais
utilizados, ajudando a evitar desperdícios.

06
Plano de Negócios

Ao financiar um projeto, o Santander realiza uma avaliação por às partes envolvidas como a oportunidade de adequação ao projeto e,
meio de ferramentas que abordam a magnitude dos impactos consequentemente, a diminuição de impactos socioambientais negativos.
socioambientais oriundos do empreendimento. Os critérios do Obra Sustentável foram elaborados com base em
critérios de certificações e diretrizes existentes no mercado, como
Questionário de Risco Socioambiental - QRSA:
as normas da série ISO NBR 14001 e 9001, NRs trabalhistas,
análise da empresa para aprovação de crédito. Avaliam-se as
PBQP-H, LEED, HQE, GRI, ISE, Indicadores Ethos e aplicações práticas
práticas e impactos socioambientais do empreendimento, de
empresariais, entre outras fontes de consulta.
segurança e governança corporativa com caráter inclusivo,
podendo até ser restritivo.
Assim, o Santander, junto com as empresas do setor de construção
Estudo de Viabilidade do Projeto - EVP: civil, busca disseminar um modelo de negócio que considera o meio
desde 2004, antes da liberação dos recursos, realizam-se estudos ambiente e o desenvolvimento de toda a sociedade.
técnicos e econômicos, exigindo parecer técnico de Inspeção Porque, para nós, lucrativo mesmo é o empreendimento em que
Ambiental e Imobiliária, Declaração de Solo Limpo e avaliação todos ganham: a empresa, as pessoas, a sociedade e o planeta.
dos critérios de sustentabilidade do projeto e da obra. O Santander aborda mais profundamente questões ligadas a
Vistoria Técnica Ambiental - VTA: práticas sustentáveis e risco socioambiental em questionários e guias
análise de cada etapa de implementação do projeto para verificar se as disponíveis em seu site.
ações especificadas no projeto estão sendo efetivamente implantadas
na construção do empreendimento durante sua evolução. Acesse www.santander.com.br > Responsabilidade Social >
Os responsáveis pelos empreendimentos avaliados pelos critérios do Sustentabilidade > Clientes > Produtos e busque os seguintes itens:
Obra Sustentável recebem um feedback, na forma de relatório, sobre
a situação do projeto ou da obra. O objetivo é que a avaliação se Questionário de Avaliação de Risco Socioambiental
torne uma ferramenta indutora de mudanças, gerando benefícios Obra Sustentável
07
P a s s o - a - P a s s o d o Ob r a S u s t e n t á v e l

Planejamento projetando-se de forma a minimizar os impactos em todas as


Na fase de planejamento, deve ser feito um levantamento dos fases da obra. A concepção do projeto deve refletir todos os
aspectos e impactos socioambientais e econômicos relativos ao estudos obtidos na fase de planejamento.
seu empreendimento, de forma a garantir a segurança e evitar
possíveis riscos operacionais. Veja a seguir alguns aspectos ambientais que devem ser
incluídos no planejamento do empreendimento a fim de
É aconselhável a contratação de um consultor em projetos evitar custos e transtornos desnecessários:
sustentáveis, ou incluir na equipe de trabalho um responsável
técnico que desenvolva ou acompanhe o planejamento e a 1. Verificação de necessidades
concepção do projeto, garantindo o respeito aos princípios e dos públicos envolvidos
práticas socioambientais da obra que se pretende. Definir o uso final (edifício comercial, residencial, hospitalar, etc.) do
empreendimento a partir da análise das necessidades dos usuários,
Cabe ao consultor ou responsável técnico formular previamente gestores, investidores e sociedade, determinando estratégia de
critérios e rotinas para avaliar a qualidade de fornecedores abordagem dos agentes envolvidos. Em caso de mudança de uso de
e parceiros da obra. Recomenda-se que o planejamento imóvel já existente, analisar o interesse social, considerando o valor
seja desenvolvido em conjunto pelo consultor, proprietário, cultural que ele tem na comunidade na qual está inserido.
investidor, arquiteto do projeto e projetistas (hidráulica, elétrica,
ar condicionado e ventilação, paisagismo, estrutura, etc.), Analisar a possibilidade de contratação de mão-de-obra local.
aproveitando ao máximo as condições locais e evitando retrabalho. Realizar consulta pública, divulgando o que será feito no local,
horários de funcionamento do canteiro, benefícios e transtornos
Nessa etapa definir-se-á o ciclo de vida da edificação e todos previstos, bem como diálogo com a população local, consultando
os impactos que esta poderá causar ao longo de sua existência, a comunidade local do bairro. É fundamental que a sociedade

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P a s s o - a - P a s s o d o Ob r a S u s t e n t á v e l

tenha um canal de comunicação disponível, claramente divulgado, 3. Estudo de viabilidade socioambiental


para se manifestar. Recomenda-se a realização de parceria Realizar estudo de viabilidade ambiental antes da aquisição da
com instituições ou comunidades que atuam no local para dar área, prevenindo riscos e imprevistos que possam gerar aumento
andamento a programas locais que podem vir ao encontro do de custos ou não-cumprimento de prazos previamente estimados,
empreendimento, como o estabelecimento de um programa de levantando possíveis restrições legais e ambientais e verificando se
coleta seletiva de lixo (a prefeitura ou subprefeitura local também existe algum passivo ambiental. Os estudos mencionados a seguir
pode fornecer dados sobre planos e programas instaurados). devem ser realizados por equipe técnica especializada, com registro
nas respectivas entidades de classe, apresentando atestado de
2. Capacitação dos agentes envolvidos e difusão responsabilidade técnica do CREA ou conselho de classe relacionado.
das boas práticas socioambientais
Capacitar todos os funcionários e colaboradores envolvidos Investigação de áreas contaminadas11: verificar se a área é
é muito importante para a continuidade dos princípios e a passível de estar contaminada, especialmente em áreas urbanas onde
política definida pelo empreendimento, assim como valorizar e existiram atividades potencialmente poluidoras, levantando histórico
divulgar os aspectos socioambientais implementados. Capacitar das atividades realizadas no local e imediações. Em caso afirmativo,
vendedores (imobiliárias e corretoras) para que estejam aptos realizar investigação confirmatória de contaminação por meio de
a comunicar todo o processo, com conhecimento das escolhas equipe técnica especializada. Se comprovada a contaminação, realizar
feitas no projeto, das formas de minimização de impactos, das investigação detalhada para determinar a extensão e as características
preocupações especiais com o social e o ambiental, mostrando da pluma de contaminação e análise de risco de exposição da saúde
ao cliente o valor agregado da compra. Elaborar um manual dos humana, identificando as técnicas de remediação.
usuários a ser disponibilizado aos proprietários e usuários, para
que valorizem e, de fato, otimizem o uso dos equipamentos e Análise da infra-estrutura do entorno: analisar o estágio
técnicas de ecoeficiência incorporados no empreendimento. de desenvolvimento urbano da região, da proximidade de infra-
11. A CETESB é um órgão ambiental fiscalizador e controlador da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br/). Em São Paulo, a CETESB mapeou áreas de acordo com a região e a atividade produtiva do local, identificando as áreas potencialmente contaminadas.
Os resultados desse estudo possibilitam mais informação ao empreendedor quanto à qualidade da área pretendida. Estuda-se, atualmente, nesse estado, a possibilidade de inclusão, na matrícula do imóvel, da caracterização de áreas efetivamente contaminadas. 09
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estruturas12 da acessibilidade quanto à malha de transportes públicos, Avaliação de aspectos naturais: levantar dados sobre o clima
acessos existentes, fontes de recursos, redes de abastecimento e e microclima local (temperaturas ao longo do ano, precipitações,
serviços urbanos disponíveis, prevendo estratégias para ligações com o ventos dominantes), os ecossistemas e função da vegetação
transporte público, passeios públicos confortáveis, não-intervenção em local, bem como realizar levantamento de fauna e flora existentes
áreas verdes e de lazer já constituídas. para previsão de reposição de áreas verdes e de conhecimento
das precauções de expulsão de espécies animais. A verificação
Ações de melhoria social e valorização do entorno: são da carta solar local, bem como orientação do terreno, ventos
recomendadas, podendo tornar-se um atrativo de venda para o dominantes, índices pluviométricos e outros permitem identificar
empreendimento. as melhores oportunidades para proporcionar conforto ambiental
do empreendimento e de aproveitamento energético dos recursos
Avaliação das características físicas do terreno: avaliar naturais, como o posicionamento adequado de painéis solares e
topografia, natureza do solo, hidrologia, presença de mananciais posicionamento de janelas para o efeito de ventilação natural.
e lençóis subterrâneos, bem como identificar áreas de fragilidade
ambiental (Áreas de Proteção Permanente –APPs, áreas Identificação de restrições legais e regulamentares:
suscetíveis a assoreamento e alagamento para a escolha das identificar todos os órgãos públicos que autorizam ou licenciam
linhas de drenagem, áreas de rios e encostas, áreas definidas o empreendimento. Consultá-los quanto a restrições legais,
como Reserva Legal ou Área Verde, Unidades de Conservação, exigências e possíveis empecilhos atrelados à área a ser
entre outras). Estas características podem se alterar ao longo dos escolhida. Analisar leis específicas, como plano diretor, lei de
anos e geram restrições de uso e ocupação de solo, devendo ser zoneamento local, lei de parcelamento do solo, bem como os
verificadas antes da elaboração do projeto do empreendimento, códigos de obra e de postura locais. Verificar se existe, por
já que dão subsídios ao melhor desempenho e performance exemplo, Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente na
ambiental do empreendimento. Câmara Municipal para participar de audiências públicas que
12. Nos casos de construção em área sem abastecimento de água ou coleta de esgoto, os órgãos públicos devem ser consultados para aprovação de projetos de captação de água e destinação de esgoto.
10
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informam sobre projetos de leis relacionados ao Plano Diretor Acre - SEMA - Secretaria Estadual de Meio Ambiente
da Cidade e ao Uso do Solo (em cidades com mais de 100 mil e Recursos Naturais do Acre
habitantes, que tenham Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tel. (68) 3224-8786/ 3223-3447 - www.seiam.ac.gov.br
há necessidade de aprovações de projetos por este órgão).
Atender às diretrizes da Secretaria Municipal de Transportes Alagoas - SEMARHN - Secretaria Executiva de Meio Ambiente,
em relação ao trânsito e acessibilidade do empreendimento, Recursos Hídricos e Naturais
aprovando projetos de edificações em razão do acesso e tel. (82) 3315-3905/ 3315-2680 - www.semarh.al.gov.br
restrições de vagas de estacionamento. Edificações devem seguir
também orientações do município e investir em torno dos seus
Amapá - SEMA - Secretaria Estadual de Meio Ambiente
empreendimentos a fim de diminuir o impacto do trânsito. Vale
tel. (96) 3212-5381/5320
consultar o órgão de engenharia de tráfego local e Departamento
de Estradas de Rodagem do seu estado.
Amazonas - IPAAM - Instituto de Proteção Ambiental
Buscar informações sobre a necessidade de realização do Estado do Amazonas
de Avaliação de Impacto Ambiental (exemplo: RAP - tel. (92) 3643-2300/2311/2325 - www.ipaam.am.gov.br
Relatório Ambiental Preliminar; EIA/RIMA - Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente; Bahia - SEMARH - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
EAS - Estudo Ambiental Simplificado; EIV - Estudo de Impacto de tel. (71) 3115-6103 - www.conpam.ce.gov.br
Vizinhança), dependendo do tamanho, complexidade e localização
do empreendimento. A busca por informações pode ter início Ceará - SOMA - Secretaria da Ouvidoria-Geral e do Meio Ambiente
junto às secretarias estaduais de meio ambiente. O contato das tel. (85) 3101-1234 - www.soma.ce.gov.br
secretarias, você confere na lista a seguir.

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Distrito Federal - SEDUMA - Secretaria de Estado Minas Gerais - SEMAD - Secretaria de Estado de
de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
tel. (61) 3325-1803 - www.semarh.df.gov.br tel. (31) 3219-5000 - www.semad.mg.gov.br

Espírito Santo - SEAMA - Secretaria de Estado de Meio Pará - SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Ambiente e Recursos Hídricos tel. (91) 3184-3365 - www.sema.pa.gov.br
tel. (27) 3136-3501/3498 - www.meioambiente.es.gov.br
Paraíba - SECTMA - Secretaria de Estado de Ciência
Goiás - SEMARH - Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos e Tecnologia e do Meio Ambiente
Hídricos tel. (83) 3218-4371/4373 - www.sectma.pb.gov.br/index.php
tel. (62) 3201-5188 - www.semarh.goias.gov.br
Paraná - SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Mato Grosso - SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
tel. (65) 3613-7200 - www.sema.mt.gov.br tel. (41) 3304-7700 - www.sema.pr.gov.br

Mato Grosso do Sul - SEMAC - Secretaria de Estado do Meio Pernambuco - SECTMA - Secretaria de Ciência, Tecnologia
Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente
tel. (67) 3318-4043 - www.semac.ms.gov.br tel. (81) 3425-0300/0302 - www.sectma.pe.gov.br

12
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Piauí - SEMAR - Secretaria de Meio Ambiente Santa Catarina - SDS - Secretaria de Estado do Desenvolvimento
e Recursos Hídricos do Piauí Econômico Sustentável
tel. (86) 3216-2033/2039/2030 - www.semar.pi.gov.br tel. (48) 3029-9000 - www.sds.sc.gov.br

Rio de Janeiro - SEA- Secretaria de Estado do Ambiente São Paulo - SMA - Secretaria do Meio Ambiente
tel. (21) 2299-2402 - www.ambiente.rj.gov.br tel. (11) 3133-3000 - www.ambiente.sp.gov.br

Rio Grande do Norte - IDEMA - Instituto de Defesa do Meio Ambiente Sergipe - SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente
tel. (84) 3232-2110/2111/1966 - www.rn.gov.br e Recursos Hídricos
tel. (79) 3179-7300/7301
Rio Grande do Sul - SEMA - Secretaria Estadual do Meio Ambiente
tel. (51) 3288-8100 - www.sema.rs.gov.br Tocantins - NATURATINS - Instituto Natureza do Tocantins
tel. (63) 3218-2600 - www.naturatins.to.gov.br
Rondônia - SEDAM - Secretaria de Desenvolvimento Ambiental
tel. (69) 3216-1045 - www.sedam.ro.gov.br
Observação: Para contato com os órgãos estaduais de meio ambiente,
consulte a ABEMA - Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio
Roraima - FEMACT - Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ambiente. Para contato com órgãos municipais de meio ambiente, consulte
Ciência e Tecnologia a ANAMMA - Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente
tel. (95) 3623-8553 - www.femact.rr.gov.br (www.anamma.com.br).

13
Concepção

A concepção do empreendimento abrange a elaboração dos Os projetos devem ser vistos como uma grande oportunidade
estudos preliminares dos projetos arquitetônicos, instalações de atuação preventiva, já que as consequências das decisões
prediais (hidráulica, elétrica, automação predial), implantação, tomadas nesta fase estendem-se ao longo de todo o ciclo de vida
fundações, incêndio, gás e outras tubulações como ar do empreendimento.
condicionado, estruturas e paisagismo, além de seus projetos
executivos. Nesta fase, selecionam-se materiais, componentes, Os projetos também podem gerar benefícios econômicos, como
equipamentos e sistemas construtivos. reduções significativas na operação e manutenção da edificação,
que geram redução do valor do condomínio, além de ganhos de
É nesta etapa também que devem ser promovidas intervenções produtividade para seus ocupantes devido ao conforto ambiental.
conscientes sobre o meio ambiente. O empreendimento deve se
adaptar às necessidades de uso, produção e consumo humano Já existem casos de reduções de cerca de 30% do valor do
sem que haja esgotamento de recursos naturais, ficando condomínio, sendo argumento de venda do empreendimento.
preservados para as gerações futuras.
É muito importante que os projetistas considerem e
Neste processo se definem as diretrizes de implantação e partido integrem aos seus trabalhos as informações obtidas na
arquitetônico que se reflete pela reinterpretação de todos os fase de planejamento.
dados obtidos na fase de planejamento, como a análise da infra-
estrutura do entorno, avaliação das características físicas do
terreno e avaliação de aspectos naturais.

14
Concepção

1. Eficiência Energética energética deve ser incentivada, principalmente os que emitem


É importante buscar a redução do consumo energético, a fim de pouco calor para auxiliar na redução da carga térmica interior.
garantir o atendimento à demanda crescente de energia no país e
a exploração de formas alternativas de fornecimento de energia, Sistemas de automação predial são excelentes contribuições à
como a solar, a eólica, a energia a gás e a geotérmica. eficiência energética, uma vez que monitoram e controlam, através
de sensores estrategicamente posicionados e outros equipamentos,
Adotar sistemas de aquecimento de água que considerem a os sistemas de ar condicionado, aquecimento e ventilação forçada, a
disponibilidade local de sistemas a gás ou o aproveitamento da integração da iluminação natural e artificial (para controle desta última:
energia solar13. Um aquecedor solar pode reduzir o consumo de dimerização, controle de cenas, sensor de presença e detecção de
energia elétrica em relação à que seria consumida em sistemas falhas), o uso dos elevadores, sistema de combate a incêndio e outros.
elétricos se adequadamente dimensionado e instalado14. A escolha de equipamentos e acessórios com alto rendimento
e baixo consumo (luminárias, motores, lâmpadas) além da
Estas soluções pretendem minimizar a utilização de equipamentos de setorização do ambiente e o estudo luminotécnico eficientes são
condicionamento de ar, ventilação e exaustão forçada, iluminação fundamentais para a melhoria da eficiência energética.
artificial, chuveiros e aquecedores elétricos, entre outros.
A Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
Outros equipamentos que também devem ser projetados desenvolve pesquisas contemplando a influência das
com eficiência são os elevadores, cujo dimensionamento e diversas variáveis arquitetônicas na eficiência energética
funcionamento inteligente são essenciais. A especificação de de edifícios, incluindo a listagem das variáveis e a
materiais e equipamentos com o selo PROCEL de eficiência equação que fornece o consumo energético.

13. Painéis fotovoltaicos são disponibilizados hoje em várias apresentações além da forma plana clássica. Esta diversidade de apresentações possibilita a integração dos painéis fotovoltaicos às edificações com um mínimo de impacto arquitetônico. Eles podem ser adquiridos na forma de telhas, laminados
flexíveis, placas semitransparentes (que associam a geração de energia elétrica ao conforto ambiental em edifícios comerciais) e outros (Ricardo Rüther, Instalações Solares Fotovoltaicas Integradas a Edificações Urbanas e Interligadas a Rede Pública – UFSC / LABSOLAR.1998). 14. Ver Bibliografia. 15
Concepção

O projeto Purefa - Programa de Uso Racional de Energia funcionários. “Ao aumentar a ventilação nas áreas onde as
e Fontes Alternativas, da Universidade de São Paulo – pessoas circulam, a produtividade pode crescer até 15%.
USP, tem, entre outras medidas, transformado parte do Nas escolas, a iluminação natural tem capacidade de aumentar
esgoto produzido diariamente por cerca de 500 pessoas em cerca de 30% a capacidade de aprendizado dos alunos.”
(residências e restaurantes universitários) em energia
elétrica (15 kWh). O programa proporcionou uma economia Conforto térmico
anual de energia de 1.236,3 MWh, resultando na economia Garantir um bom desempenho térmico do edifício através da aplicação
de R$ 305.986,00 no ano de 2006 para a USP. de materiais e componentes adequados e da própria concepção
arquitetônica dos espaços, aliado à tecnologias passivas (como ventilação
2. Conforto Ambiental do Edifício natural), significa promover o conforto do usuário, como também a
Como conforto ambiental no edifício, entende-se o desempenho diminuição dos gastos energéticos com o condicionamento artificial.
térmico, luminoso e acústico da construção, que interfere
diretamente no usuário. Um ótimo desempenho ambiental é Desenvolvimento racional de fachadas e coberturas
alcançado quando esses três componentes (térmico, luminoso e Deve-se considerar o posicionamento e dimensionamento das
acústico) são desenvolvidos de forma integrada. aberturas, das proteções solares, previsão de iluminação zenital,
adequação de envidraçamentos, influências nas construções vizinhas,
Segundo o arquiteto Volker Hartkopf, que concedeu entrevista à proporções dos espaços exteriores e interiores, e ainda as influências
Revista Exame (11/4/2007), as empresas instaladas em escritórios do formato, rugosidade e cores dos materiais componentes das
sustentáveis, que apresentam um bom desempenho ambiental, fachadas e coberturas. Em climas quentes, é melhor evitar o ganho
geram um lucro maior, pois leva-se em conta o bem-estar dos de carga térmica do que remediar o problema depois.

16
Concepção

Ventilação natural o excesso de insolação) e/ou aberturas zenitais. Deve-se realizar


Os ambientes devem ser configurados de modo a permitir soluções estudos para conforto luminoso que priorizem iluminação natural
do tipo ventilação cruzada, efeito chaminé, ventilação noturna, e garantam iluminação artificial adequada, reduzindo efeitos de
uso de peitoris ventilados, ventilação subterrânea, ventilação ofuscamento e desvios de níveis de iluminação ambiente.
pela cobertura, ventilação através de espaços intermediários,
fachada dupla ventilada e efeito chaminé balanceado15. Deve-se Iluminação artificial
dar atenção especial à altura mínima do pé-direito útil de 2,70 Deve-se adotar sensores de presença, especialmente nas áreas
metros16 e evitar o uso de ar-condicionado sempre que possível. comuns, e racionalização no dimensionamento e composição dos
circuitos. Implantar circuitos independentes, de acordo com a
Conforto luminoso aproximação às fontes de iluminação natural (aberturas laterais e
Promover o conforto luminoso no edifício, pois este interfere zenitais). Especificar lâmpadas e luminárias de alto desempenho,
positivamente na produtividade do usuário e na redução do uso da que emitam pouca ou nenhuma energia na forma de calor,
iluminação artificial, gerando economia de energia elétrica. minimizando sua contribuição à carga térmica.

Iluminação natural Conforto acústico


A luz exterior deve ser aproveitada com, por exemplo, instalação Deve-se promover o máximo de conforto acústico, através da
de prateleiras de luz (light shelfs) para melhor distribuição da luz aplicação de materiais e componentes adequados, da forma e
no ambiente interno ou a previsão de brises e superfícies refletoras disposição dos elementos arquitetônicos e de acordo com o tipo
que direcionem a luz para os pontos mais afastados das janelas, de atividade do espaço, garantindo o conforto do usuário
ou através de aberturas laterais (devidamente protegidas contra e também a sua produtividade.

15. Informações na ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento – www.abrava.com.br 16. Antigamente, a altura do pé-direito dos cômodos era bem maior, de 3 metros ou mais, justamente para o ar quente ficar no teto, longe da altura onde as pessoas
circulavam. Com o advento do ar-condicionado, o pé-direito foi encolhendo para caber cada vez mais andares, o que sacrifica demais a sensação de conforto, porque mesmo com ventilação cruzada, o ar quente circula em cima das pessoas, ao invés de circular o ar mais fresco que fica na camada inferior
dos cômodos. Atualmente, as construções não respeitam a altura mínima de 2,70 metros, que garante melhor conforto ambiental, fazendo o pé-direito com 2,50 de altura de piso a laje, o que impossibilita até a colocação de ventiladores de teto.
17
Concepção

Realizar estudos para conforto acústico. Verificar atenuação sonora Existem algumas alternativas e tecnologias associadas ao
através do envelope do edifício, projetar barreiras acústicas e utilizar aproveitamento e uso racional da água em edificações.
materiais de absorção e isolantes acústicos, atendendo aos níveis
máximos de ruídos permitidos, conforme a atividade realizada. Consumo eficiente17
Previsão de equipamentos e sistemas detectores de vazamentos e
3. Conservação da Água ineficiências. Emprego de equipamentos hidráulicos e componentes
A conservação da água, além de benefícios ambientais, pode trazer economizadores, tais como restritores de vazão, bacias sanitárias
enormes benefícios econômicos. Já existem casos de redução de de volume reduzido, arejadores, torneiras de acesso restrito, entre
40% no consumo de água em condomínios por meio de ações outros. As tecnologias economizadoras para os pontos de consumo
podem ser controladores de vazão ou controladores do tempo de
simples, como a instalação de registros reguladores de vazão nas
uso ou uma combinação dos dois.
prumadas de bacias sanitárias e lavatórios.
Aproveitamento de águas servidas
O Programa PURA - Programa de Uso Racional da Água, da USP,
Utilização de sistema que permite a reutilização dos efluentes dos
obteve redução de 36% no consumo de água, reduzindo o gasto
equipamentos sanitários (chuveiros, lavatórios, tanques, águas cinzas).
anual de 17,57 milhões para 14,66 milhões de reais (entre 1997 Concepção de pequenas estações de tratamento e armazenamento
e 2005), apesar de 96% de aumento de tarifa. Para isso, foram das águas cinzas para posterior utilização em pontos de consumo que
realizadas detecção e eliminação de vazamentos em reservatórios, não exijam potabilidade, tais como descargas em bacias sanitárias,
vazamentos em redes externas e vazamentos nas tubulações internas, lavagem de pátios, entre outros. É extremamente importante que os
bem como substituição de equipamentos convencionais por modelos sistemas de reuso não estejam interligados com tubulações de água
economizadores e racionalização das atividades que consomem água. tratada e estejam rigorosamente sinalizados.

17. Algumas tecnologias: caixa de descarga com sistema Dual, registro regulador de vazão, restritor de vazão.
18
Concepção

Aproveitamento de águas pluviais 4. Seleção de Materiais


Utilização de sistema composto por captação, transporte, descarte, A seleção de materiais influencia diretamente no desempenho do
gradeamento, reservatório, tratamento e desinfecção, recalque conforto ambiental do edifício ao longo de seu uso e operação
e distribuição das águas provenientes das chuvas para serem e também na minimização de impactos ambientais na fase de
utilizadas em pontos de consumo que não exijam potabilidade, construção, envolvendo uma análise integrada entre os produtos
tais como sistemas de irrigação, bacias sanitárias e torneiras de disponíveis, a qualificação de seus fornecedores e, ainda, com
lavagem. Este sistema deve ser rigorosamente sinalizado. relação aos sistemas e processos construtivos requeridos.
Caso seja feito o reuso de água de chuva e de águas cinzas,
Informações sobre conformidade de produtos podem
o sistema de distribuição para os usos não potáveis pode ser o
ser obtidas junto ao SiMaC - Sistema de Qualificação
mesmo e sem conexões cruzadas com o sistema de água potável.
de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos,
que trata dos diversos aspectos do desempenho dos
Sistemas de retenção de água de chuva
materiais construtivos. A conformidade dos materiais
Análise criteriosa de viabilidade e adequação de sistema de induz à eficiência em termos ambientais, uma vez
retenção ao local, minimizando a área impermeável com soluções que age na durabilidade e na eficiência dos sistemas
como pavimentos permeáveis18, valas de infiltração, poços de construtivos, reduzindo perdas.
infiltração, planos de infiltração, coberturas/tetos verdes ou
técnicas de baixo impacto incorporadas ao paisagismo, como Ainda temos muito poucos materiais de construção testados e
jardins de chuva, lagoas pluviais, alagados construídos certificados no Brasil. Depende também do consumidor exigir que
e biovaletas (valetas de biorretenção vegetadas). os mesmos sejam certificados pelos órgãos competentes.

18. Existem tecnologias de pisos drenantes feitos com fibra de coco e concreto, e piso intertravado com borracha, feito com borracha reciclada de pneu.
19
Concepção

Procedência Características do material


Deve-se selecionar materiais e componentes dando preferência Deve-se analisar, no que diz respeito ao ciclo de vida, os materiais
aos que provêm de fábricas preocupadas com questões a serem utilizados, dando preferência aos materiais reutilizáveis,
socioambientais e procedentes de fontes renováveis ou recicláveis, biodegradáveis ou que causem menor impacto ao
que contenham componentes reciclados ou reutilizados. ambiente. Analisar e ponderar a energia embutida nos materiais
Observar as distâncias de transporte, optando por recursos a selecionar. Escolher materiais com maior aproveitamento e
disponíveis nas proximidades do canteiro (preferência aos maior vida útil.
materiais locais). Não utilizar madeiras constantes na lista
de espécies ameaçadas de extinção.19 Dar preferência por materiais não frágeis e, se possível,
desmontáveis. Escolher materiais e equipamentos de fácil
Utilizar madeira20 proveniente de fontes manejadas, certificadas acesso e manutenção.
ou em condições de reutilização, especialmente para madeiras
e painéis compensados, esquadrias, pisos, acabamentos e A política do Santander é de não utilizar materiais constituídos
construção temporária, tais como: escoras e formas para de amianto e de que os materiais atendam às normas técnicas de
concreto, bandejões e barreiras de pedestres. fabricação, geralmente da ABNT e do INMETRO. Escolher materiais
de menor toxicidade ou de menor impacto ambiental sempre que
Verificar a possibilidade de redução do volume de material possível.21 Não utilizar sistemas de combate a incêndio à base de
consumido, escolhendo materiais e componentes com menos Halon.22 Substituir equipamentos como boilers e geradores à base
embalagens ou embalagens mais leves. Avaliar capacitação e de combustíveis fósseis.
conduta dos fornecedores de materiais e sistemas.

19. A Portaria IBAMA 37 N de 1992 apresenta a lista de espécies ameaçadas de extinção. 20. Um banco de dados e informações sobre as espécies arbóreas brasileiras pode ser consultado no site Árvores Brasil - www.arvoresbrasil.com.br 21. Existem tintas que substituem, em sua composição, produtos
químicos causadores de náuseas e irritações, como VOCs (compostos orgânicos voláteis), por componentes menos agressivos, como terra e minerais. Existem tintas sem verniz e à base de água e esmaltes sem verniz. 22. Gás utilizado para o combate a incêndios em ambientes fechados. Seu uso está
limitado, por atacar a camada de ozônio da atmosfera, conforme indicado no Protocolo de Kyoto.
20
Concepção

Processos construtivos e aplicação em canteiro de obras pinturas, impermeabilizantes, evitando ter em sua composição
Deve-se selecionar materiais e componentes considerando seu elementos com compostos orgânicos voláteis (VOCs) ou
modo de transporte, de entrega, critérios de armazenagem partículas respiráveis.
e método de aplicação, volume e características do resíduo >Prever instalações prediais, redes de distribuição e
gerado. Adotar sistemas construtivos modulares e de montagem armazenamento bem estruturadas e seguras quanto a
que evitem as perdas nos processos construtivos, visando um riscos de vazamentos e contaminações. Atenção especial ao
processo produtivo mais limpo.23 Adotar sistemas construtivos posicionamento das tomadas de ar externo para que não
de baixo consumo de água e energia. influem poluentes do exterior para o interior do edifício.
>Conceber ambientes adequados em termos de condições
5. Saúde e Bem-Estar do Usuário de higiene e facilidades de limpeza.
Os aspectos de saúde e bem-estar do usuário são determinantes para a
sustentabilidade do empreendimento e para o conforto dos ocupantes. Conforto
>Criar projetos que conciliem as características bioclimáticas
Saúde com relação às formas de ocupação do empreendimento, antes
>Prever ventilação eficaz que garanta um bom nível de de definir posicionamento no lote, espessura das paredes,
qualidade do ar. dimensão das aberturas ou materiais que serão empregados,
>Realizar estudos das taxas de renovação de ar para áreas contribuindo para um bom nível de conforto higrotérmico
condicionadas artificialmente. (considerar, dependendo da região, oscilações entre inverno e verão).
>Controlar fontes poluidoras provenientes de elementos tais >Evitar ao máximo o uso de ar-condicionado. Prever dispositivos
como revestimentos, isolamentos, colas, adesivos e solventes, para controle da temperatura interna de ambientes.

23. A construção pré-fabricada traz muitos benefícios ambientais. O conceito de “lean construction”, ou “construção enxuta”, contribui para a redução de perdas. Módulos de montagem deixam o canteiro mais limpo e também podem trazer benefícios posteriores na desmontagem, se forem desconstrutíveis.
Geralmente, essas tecnologias trazem benefícios para a operação e os processos de manutenção (com relação à acessibilidade e facilidade de manutenção das peças).
21
Concepção

>Realizar estudos da homogeneidade na difusão do >Projeto arquitetônico que contemple flexibilidade, como
ar condicionado. possibilidades de expansão e modernização futura. Segundo
>Garantir a ventilação eficaz e o controle de fontes de odores. o arquiteto Volker Hartkopf24, que acompanhou o projeto de
>Prever espaços externos de qualidade para os usuários um edifício em Ohio, nos Estados Unidos, concebido com essa
do edifício. preocupação, afirma que o edifício chega a economizar quase
>Proporcionar acesso visual ao exterior. Segundo artigo publicado 1 milhão de dólares por ano em mudanças internas.
na Revista Exame (2/2007), a sede da empresa americana de >Acesso seguro e facilitado para as atividades de manutenção
biotecnologia Genzyme, localizada em Cambridge, nos Estados dos elementos construtivos e equipamentos, tais como previsão
Unidos, investiu em extensas fachadas, de modo que a maioria de shafts25, dispositivos seguros para uso de equipamentos que
dos usuários tivesse acesso à vista exterior. Essa medida surtiu permitam a limpeza de fachadas, coberturas e reservatórios
um efeito muito positivo aos funcionários. A produtividade superiores, previsão de áreas técnicas e salas de controle.
do pessoal que dá expediente na nova sede, inaugurada em >Garantia de acessibilidade prevendo instalações dimensionadas
2004, aumentou 15%. A matéria complementa que o índice para possibilitar o deslocamento de pessoas com necessidades
de ausências devido a doenças tornou-se 5% menor que o especiais ou destinando unidades específicas para tal.
registrado nos demais edifícios da companhia. >Disponibilizar as-builts26 e informações necessárias à confecção
do manual do usuário, ressaltando as práticas de sustentabilidade
6. Qualidade do Empreendimento adotadas e as responsabilidades dos gestores e futuros usuários.
Outras diretrizes podem elevar a qualidade do empreendimento, >Prever instalações e logística para a gestão dos resíduos de
referentes às demais características de desempenho ainda não uso, possibilitando a implantação de sistemas de coleta de lixo
mencionadas: eficientes e que permitam a triagem feita pelo próprio usuário.

24. Entrevista concedida à Revista Exame, 11/4/2007, pelo arquiteto Volker Hartkopf, titular do curso de arquitetura da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos. 25. Shafts: ver Glossário. 26. As-builts: ver Glossário.
22
Concepção

Recomendações para a operação e a manutenção chegando até às ações de vendas e ao consumidor final.
do empreendimento A avaliação da operação e manutenção do empreendimento
Na fase de concepção do empreendimento, já devem ter sido pode se traduzir em índices de desempenho27 do edifício.
previstas ações referentes à ocupação relacionadas à forma Recomenda-se a realização, na fase de concepção, de simulações
como o próprio edifício pode reagir aos usuários. Estas ações de desempenho ambientais dos projetos, assim como a previsão
contemplam redução no consumo de água e energia, bem como de metodologias e equipamentos para acompanhamento e
saúde e conforto dos ocupantes, além da previsão de espaços monitoração do desempenho.
para realização de coleta seletiva.

O empreendedor deve elaborar um manual de uso e operação


do imóvel, também conhecido como manual do proprietário,
englobando princípios e ações a serem implantadas pelos
usuários, objetivando um melhor desempenho ambiental a que
o empreendimento se propôs.

A administração do edifício deve contar com uma gestão voltada


à responsabilidade socioambiental, para dar continuidade às
diretrizes de concepção e construção do empreendimento.
Assim, o empreendedor cumpre seu papel, fomentando a efetiva
sustentabilidade do uso e da ocupação do empreendimento,

27. Ver Bibliografia.


23
Construção

Na fase de construção do empreendimento surgem os primeiros Deve-se estipular uma comunicação entre os ocupantes do
impactos diretos ao meio ambiente. A modificação da paisagem entorno e os responsáveis pelo local a ser demolido, informando
local, as atividades de preparação do terreno e as demolições sobre as ações que serão realizadas no local. Um grande impacto
das construções preexistentes são as primeiras tarefas a serem gerado pela demolição está relacionado aos resíduos gerados.
controladas. É também nesta etapa que aparecem as primeiras
consequências decorrentes do processo seletivo de materiais e Alguns destes resíduos podem ser separados e reaproveitados
sistemas construtivos, realizado na fase de concepção. na própria obra, os demais devem ser destinados corretamente.
Para saber mais, consulte o item Gestão de Resíduos Sólidos
1. Recomendações Quanto à Demolição e Efluentes deste guia (pág. 25).
A demolição gera impactos que devem ser minimizados.
Muitas áreas já possuem construções que serão demolidas antes Já existem empresas prevendo a reciclagem de alguns
do início das obras do empreendimento. A saúde e a segurança resíduos de demolição (com trituradores e peneiras) no
dos trabalhadores envolvidos devem estar protegidas nesta fase, próprio local da obra, com o objetivo de reaproveitar
devendo ser minimizados os incômodos gerados à comunidade materiais, como a brita, e reutilizá-los em locais de
do entorno (especialmente excesso de ruídos e poeira). pavimentação e outras aplicações que não necessitam
de materiais de alta qualidade ou elevada resistência.
Outros riscos, gerados a partir do desprendimento de gases,
faíscas, lançamentos de fragmentos e material particulado Essa ação reduz a utilização de materiais mais nobres
excessivo também devem ser considerados, além de se verificar e os impactos causados pelo transporte e destinação
se a municipalidade exige licença para demolição ou implosão. dos resíduos descartados.

24
Construção

2. Logística e Segurança nos Canteiros de Obras28 adotando sistema de contenção de efluentes.


Com relação a este item, deve-se: >Implantar mecanismo de lavagem de rodas, evitando sujar os
>Prever local e horários adequados para entrada e saída de veículos, logradores públicos e colocação de tapumes.
evitando transtorno nas vias de acesso, como trânsito e ruído. >Instalar contenções e ter cuidados especiais na estocagem de
>Prever local para carga e descarga de materiais, colocação de produtos inflamáveis ou que gerem resíduos perigosos.
caçambas e estacionamento de veículos, não ocupando vias públicas. >Monitorar e adotar medidas de proteção nas práticas passíveis
>Prever rampas dentro da construção e nas vias de acesso. de geração de faíscas.
>Zelar pela segurança na circulação dos pedestres e funcionários com >Monitorar e adotar medidas de proteção nas práticas que geram
placas, sinalizações de pontos-de-venda e depósito de materiais. fragmentos ou material particulado excessivo.
>Prever mecanismos de contenção na probabilidade de erosões >Reduzir incômodos gerados pelo canteiro como poeira, ruído,
ou desmoronamento de terra. mau cheiro, transtorno nas vias de acesso.
>Avaliar a viabilidade de adotar no canteiro sistemas de reuso de água
e geração de energia, visando um consumo mínimo destes recursos. 3. Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes
>Analisar o sítio quanto ao posicionamento das redes públicas, Com relação a este item, deve-se:
a fim de evitar perfurações de redes. >Avaliar a viabilidade de contenção e tratamento dos efluentes
>Monitorar as entregas de materiais e os procedimentos de líquidos, não lançando à rede pluvial os resíduos da lavagem
estocagem com a finalidade de evitar derramamentos ou do canteiro que contenham material sólido ou contaminantes e
vazamentos. prover instalações de tratamento e rotinas de monitoramento.
>Adotar práticas adequadas de manutenção e limpeza das >Evitar derramamento ou vazamento de materiais e resíduos, escolhendo
ferramentas, equipamento e veículos utilizados nos canteiros, transportadoras adequadas ao tipo de material transportado.

28. Ver Bibliografia.


25
Construção

>Classificar os resíduos da obra de acordo com o tipo e volume gerado29. sistema de recolhimento de entulhos ou solicitar informações
>Verificar a possibilidade de redução na geração de resíduos, junto a este órgão, que é o mais adequado para informar sobre
utilizando produtos que tenham menos embalagens ou evitando o melhor procedimento em relação ao manuseio e destino
perda ou desperdício de produtos. desses tipos de resíduos na sua região.
>Definir Plano de Gerenciamento de Resíduos. Observar leis >Na dificuldade de encontrar destinação para um certo tipo de resíduo,
e normas de classificação de acordo com a fase que a obra verificar com o fabricante a possibilidade de ele receber de volta o
se encontra e definir alternativas de destinação de resíduos material, como é o caso dos sacos de cimento ou de cal vazios.
com base nas melhores alternativas econômicas e ambientais >Treinar e capacitar a alta direção e os funcionários da obra
(muitos resíduos podem ser reutilizados dentro da obra, como, com relação aos procedimentos adequados ao manuseio dos
por exemplo, a reutilização de agregado reciclado como base resíduos e dividir funções para cada etapa.
e sub-base de pavimentação, ou comercializados). >Desenvolver metodologia de homologação de fornecedores
>Definir a logística de triagem, acondicionamento e transporte e parceiros, certificando-se do cumprimento das exigências
interno de acordo com a destinação. legais e boas práticas ambientais, em razão da sua
>Levantar as empresas qualificadas para transporte e destinação corresponsabilidade por crimes ambientais30.
final dos resíduos. Contratar empresas qualificadas exigindo licenças
ambientais dos transportadores e dos locais de destino. Monitorar 4. Comunicação com a Comunidade
documentos, licenças e autorizações necessárias, elaborando fichas do Entorno do Empreendimento
de controle de movimentação de resíduos, de preferência contendo a É essencial ouvir e informar a comunidade do entorno, mantendo
assinatura do transportador do destino final. canais claros de comunicação.
>Verificar se a prefeitura da cidade do empreendimento possui >Informar sobre a realização de vistoria dos imóveis do entorno,

29. Mais informações podem ser obtidas no Manual de Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil, realizado pelo SINDUSCON-SP, encontrado no site www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_residuos_solidos.pdf.
30. De acordo com o art. 2o da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal no 9.605/98), “quem, de qualquer forma, concorre para a prática de crimes previstos na Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade”. 26
Construção

avaliando seu estado e garantindo reparos a possíveis danos. e quais os funcionários que participaram. Esta capacitação
>Antes do início da obra, comunicar sobre o que ocorrerá no pode ser feita de forma criativa. Já existem casos de obras que
local, os horários de funcionamento do canteiro, períodos e capacitam seus funcionários com aulas de alfabetização, oficina
locais de entrada e saída de caminhões. e ateliê de arte, onde eles trabalham os excedentes do próprio
>Comunicar a política socioambiental da empresa à comunidade canteiro enquanto debatem temas como saúde, segurança do
e aos possíveis interessados. A comunicação pode ser feita por trabalhador, meio ambiente e cidadania.
meio de placas, sites, panfletos, tapumes e outros meios.
Veja que outras medidas devem ser tomadas
no relacionamento com funcionários:
5. Relacionamento com Funcionários
>Atender integralmente à legislação trabalhista31.
O relacionamento com funcionários é extremamente importante,
>Elaborar o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos
destacando-se aqui a premissa da preocupação social tanto em
Ambientais da obra, deixando-o sempre disponível no canteiro.
relação aos funcionários da obra quanto aos funcionários de seus
>Elaborar o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde
fornecedores. Ocupacional da obra, deixando-o sempre disponível no canteiro.
>Elaborar PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente
Os funcionários devem ser capacitados para atuarem de do Trabalho na Indústria da Construção, deixando-o sempre
acordo com a concepção do empreendimento. A realização de disponível no canteiro.
treinamentos, bem como a atualização dos assuntos tratados, é >Constituir CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
extremamente importante. instituindo pelo menos um funcionário responsável por seu
atendimento, que deve estar sempre presente no canteiro.
Sempre registre seus treinamentos com os assuntos abordados >Utilizar os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual e
desenvolver ações de capacitação e incentivo para utilização.

31. Ver Bibliografia.


27
Construção

>Manter alojamento limpo, com instalação sanitária, vestiário, riscos, além dos incômodos à vizinhança e, especialmente, em
cozinha e refeitório adequados ao número de funcionários. razão da co-responsabilidade por crimes ambientais, criando
>Elaborar Plano de Emergência da Obra com telefones úteis e multiplicadores e segurança nos relacionamentos32.
instruções de atendimento às emergências, bem como realizar >Adotar procedimentos para seleção e avaliação de fornecedores
simulados de atendimento. que considerem, além das características específicas de seus
>Atender às normas de higiene, saúde e segurança do produtos e serviços, os seguintes aspectos: adequação dos
trabalhador. meios de transporte e descarga utilizados, procedência,
>Disseminar a política socioambiental da empresa, por meio de distâncias de transporte fábrica–canteiro.
ações de educação ambiental e capacitação de funcionários, >Certificar-se da procedência dos materiais, dando preferência
identificando meios de comunicação interna. àqueles que apresentam selos ou que possam garantir a
>Prover treinamento adequado e frequente. qualidade da produção e do uso.
>Avaliar a disponibilidade de trabalhadores locais. >Priorizar a contratação de serviços locais.
>Deixar registrado e evidenciado, no canteiro de obra,
o cumprimento das exigências acima destacadas.

6. Relacionamento com Fornecedores e Parceiros


Com relação a este item, deve-se:
>Criar mecanismos de homologação de fornecedores e
parceiros, verificando o atendimento à legislação e às boas
práticas socioambientais, com a finalidade de minimizar

32. De acordo com o art. 2o da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal no 9.605/98), “quem, de qualquer forma, concorre para a prática de crimes previstos na Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade”.
28
C o n s u lta s g e r a i s

Informações sobre legislação, normas técnicas, tecnologias,


instituições de ensino, órgãos públicos, associações e sindicatos
de classe, institutos de pesquisa, entre outros pontos abordados
Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material
neste guia, podem ser encontrados nos endereços a seguir.
de Construção: informações sobre materiais usados na construção
Verifique em seu estado ou município quais organismos são
civil. Portal da Construção Civil com informações gerais sobre o
referências para seu projeto. Características regionais e locais
setor. Dicas aos consumidores do cimento. www.anamaco.com.br
devem ser levadas em consideração.
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente
ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Construído – ANTAC – Estudos sobre avaliação pós-ocupação,
Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento. www.abrava.com.br conforto, energia, durabilidade, resíduos, etc. www.antac.org.br
ASBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura. Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC –
www.abnt.org.br Atualidade, encontros e representações. www.cbic.org.br
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – Possui
Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil. banco de dados, artigos, matérias sobre sustentabilidade na
Fornece a base necessária ao desenvolvimento tecnológico construção civil e organização e comunicação de eventos sobre o
brasileiro sobre todos os assuntos relacionados a esse guia. tema. www.cbcs.org.br
www.abnt.org.br Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas Sustentável – CEBDS – Informações sobre encontros, seminários,
ABRAFATI. www.abrafati.com empresas envolvidas com a questão da sustentabilidade e a
ANAB – Associação Brasileira de Arquitetura Bioecológica. produção mais limpa no contexto brasileiro. www.cebds.org.br
Oferece e promove cursos de capacitação, eventos, disponibiliza Centro de Referência e Informação em Habitação
artigos e matérias sobre o assunto. www.anabbrasil.org www.infohab.org.br

29
C o n s u lta s g e r a i s

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental –CETESB. FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal: iniciativa
Site do Estado de São Paulo, porém com informações idôneas para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das
sobre a questão ambiental como um todo. www.cetesb.sp.gov.br florestas. O selo FSC atesta que a madeira utilizada num produto
CIB – lnternational Council for Research and Innovation é oriunda de uma floresta manejada de forma ecologicamente
in Building and Construction – Parcerias e intercâmbios de adequada. www.fsc.org.br
pesquisas e inovações na construção. www.cibworld.nl/site Fundação Vanzolini. www.vanzolini.org.br
Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA GBC Brasil – Green Building Council Brasil. www.gbcbrasil.org.br
Órgão que dita resoluções ambientais com força de lei. GEA Construction – Global Environmental Alliance for
Regem a elaboração de leis e normas estaduais e municipais. Construction. www.geaconstruction.com
www.mma.gov.br/conama GestCon – Grupo Gestão da Construção da Universidade
Ecological Footprint Network – Reportagens, estatísticas Federal de Santa Catarina (UFSC). Estudos sobre eficiência em
sobre consumo dos recursos naturais e a pegada ecológica. gestão de materiais na construção civil.
www.footprintnetwork.org www.ecv.ufsc.br/secdepto/gestcon
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade HABITARE – Programa de Tecnologia de Habitação:
de São Paulo (USP). www.usp.br/fau desenvolvimento de produtos e tecnologias para a construção
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo civil. Projetos sobre segurança do trabalho, comunidade e
da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. financiamento. www.habitare.org.br
www.fec.unicamp.br Holcin Foundation – Promove competições de construções
Falcão Bauer – Centro Tecnológico de Controle da Qualidade: sustentáveis e incentiva o desenvolvimento de pesquisas e
organismo certificador de produtos e processos. www.falcaobauer.com.br projetos sobre o tema. www.holcimfoundation.org
Federação Européia da Indústria da Construção
– European Construction Industry Federation. www.fiec.org
30
C o n s u lta s g e r a i s

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Instituto Akatu – Centro de referência sobre consumo
Naturais Renováveis: órgão federal executor da Política Nacional do consciente. Dicas de boas práticas socioambientais e selos de
Meio Ambiente, com atuação em todas as unidades da federação. qualidade de produtos em geral como o FSC, PROCEL, INMETRO
Atua nas áreas de pesca, fauna e flora, poluição, degradação, e Atuação responsável. www.akatu.org.br
unidades de conservação, entre outras. www.ibama.gov.br Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia: Informações sobre práticas de responsabilidade empresarial,
base de dados brasileira e principalmente informações sobre ciclo resultados e indicadores. Rede de tecnologia social como um
de vida dos produtos e materiais. www.ibict.br conjunto de técnicas de transformação social e de interação com
IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento de Habitação a comunidade. www.ethos.org.br
Ecológica: informações sobre produtos e materiais de baixo Instituto Socioambiental – Associação que dá informações
impacto ambiental. www.idhea.com.br sobre justiça social e direitos relativos ao meio ambiente, ao
IFC – Internacional Finance Corporation: site com links de sites patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.
e assuntos específicos sobre sustentabilidade, investimentos e www.socioambiental.org.br
financiamentos, dita padrões internacionalmente utilizados para Internacional Institute for Sustainable Development –
responsabilidade socioambiental. www.ifc.org Inovações, pesquisas e principalmente referências globais sobre
Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola. práticas de produção mais limpa. www.iisd.org
www.imaflora.org IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas: centro de referência
Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e de pesquisas tecnológicas em geral. Tecnologias em ambiente
Qualidade Industrial Vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, construído como conforto, saneamento, instalações prediais e
Indústria e Comércio Exterior, informa sobre os padrões e sustentabilidade na construção. www.ipt.br
mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e
serviços. www.inmetro.gov.br
31
C o n s u lta s g e r a i s

LABAUT – Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência para redução de desperdício de materiais nos canteiros de obras,
Energética. www.usp.br/fau/pesquisa/laboratorios Finep, Poli, 1998. www.reciclagem.pcc.usp.br
LABEEE – Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da POLI – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). www.labeee.ufsc.br - Departamento de Sustentabilidade na Construção Civil:
MMA – Ministério do Meio Ambiente: órgão da administração departamento especializado da POLI. www.poli.usp.br
federal direta que tem como área de competência a política nacional Portal da Construção – Traz informações integradas sobre o
do meio ambiente e dos recursos hídricos. www.mma.gov.br setor. www.portaldaconstrucao.com.br
Ministério das Cidades – Site do governo brasileiro com Programa de Informação para Gestão de Ciência,
informações sobre licenciamento, saneamento, transporte, Tecnologia e Inovação do Instituto Brasileiro de Informação
financiamento imobiliário e principalmente habitação. www.cidades.gov.br em Ciência e Tecnologia do Ministério de Ciência e Tecnologia
NUTAU – Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura – MCT – Base de dados brasileira em temas socioambientais.
e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). www.prossiga.br
www.usp.br/nutau SECOVI – Sindicato da Habitação e Incorporação: site do
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento: sindicato em São Paulo. www.secovi-sp.com.br
publicação de relatórios sobre temas sociais no contexto mundial. SINAENCO – Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e
www.undp.org Engenharia Consultiva. www.sinaenco.com.br
PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo
publicação de relatórios sobre temas ambientais no contexto www.sitivesp.org.br
internacional. www.unep.org Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo
POLI – Departamento de Engenharia de Construção Civil da www.sindusconsp.com.br
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: alternativas

32
C o n s u lta s g e r a i s

Sistema Assessoria Ambiental – Empresa que presta Para medir o resultado


serviços e desenvolve projetos na área de meio ambiente e As duas principais etapas do modelo são a qualificação e avaliação
sustentabilidade e conta com equipe técnica multidisciplinar. de desempenho. Na etapa de qualificação, a empresa se auto-avalia
www.sistemambiental.com.br nos aspectos técnico, administrativo-financeiro, social, ambiental e de
SustainAbility Tomorrow´s Value – Informações sobre riscos governança, e a equipe do Santander faz a verificação de conformidade
e oportunidades voltados à responsabilidade empresarial e da auto-avaliação, por meio de análise de documentação e visitas,
desenvolvimento sustentável, no contexto mundial. entre outras ações. A etapa de avaliação de desempenho abrange o
www.sustainability.com cumprimento do contrato nos aspectos quantitativo (prazo, volume e
WBCSD – Conselho Empresarial Mundial para o conformidade) e visa a busca conjunta da melhoria contínua. O índice
Desenvolvimento Sustentável: informações sobre encontros, de desempenho de fornecedores é uma das ferramentas que podem
seminários, empresas envolvidas com a questão da nos ajudar a melhorar nossa relação, gerando valor para ambos.
sustentabilidade e a produção mais limpa no contexto Para medir os resultados, tanto para o banco quanto para os
internacional. www.wbcsd.ch fornecedores, e o seu impacto para a sustentabilidade, estamos
World Green Building Council – Conselho Mundial de desenvolvendo uma ferramenta de gestão chamada Matriz
Edifícios Verdes: informações, artigos e atualidades sobre de Valor. Esse instrumento apresenta um conjunto de fatores
edifícios “verdes” no mundo. Acesso aos conselhos regionais de de desempenho organizacional que podem ser afetados por
edifícios “verdes”. www.worldgbc.org atividades voltadas ao desenvolvimento sustentável.
World Watch Institute – Publicação de pesquisas e relatórios
na temática ambiental e justiça social. www.worldwatch.org
WWF Brasil – World Wildlife Fund.: informações sobre
conservação dos recursos naturais, ecossistemas, relatórios
anuais, artigos e projetos sobre o tema. www.wwf.org.br
33
C o n s u lta s g e r a i s

Certificação
Não existem ainda certificadores para construção sustentável Essa certificação é importante pelo seu pioneirismo, já que
no Brasil. Atualmente, o LEED (Leadership in Energy and é a primeira desse tipo a ser concedida na América do Sul,
Environmental Design) é um sistema de classificação criado pelo e por vir em um momento propício, em que a questão
U.S. Green Building Council. Esse conselho norte-americano é ambiental é tão relevante.
uma organização sem fins lucrativos que congrega representantes
de todos os ramos da construção no intuito de promover Mas, acima de tudo, é importante para a sociedade e para
construções que espelhem uma responsabilidade ambiental, o planeta, pois é mais um esforço em criar um paradigma,
econômica e social. uma referência para a construção sustentável e impulsionar
o desenvolvimento de novos produtos e fornecedores para a
O LEED estabelece uma lista de pré-requisitos e critérios
construção sustentável no Brasil.
divididos nas seguintes categorias:
> Eficiência energética
Para saber o que mais o Santander faz pelo
> Racionalização do uso da água
desenvolvimento sustentável, acesse:
> Qualidade ambiental interna
www.santander.com.br > Responsabilidade Social >
> Sustentabilidade do espaço
Sustentabilidade > Clientes > Produtos.
> Sustentabilidade dos materiais
A classificação se dá atendendo aos pré-requisitos e
pontuando nos demais critérios da seguinte forma:
> 26 a 32 pontos: certificado verde
> 33 a 38 pontos: certificado prata
> 39 a 51 pontos: certificado ouro
> 52 a 69 pontos: certificado platina
34
Bibliografia

1. Vanderley Moacyr John, Vanessa Gomes da Silva, Vahan Agopyan. que auxilia empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente
Agenda 21: Uma Proposta de Discussão para o Construbusiness Brasileiro. responsável. Site oficial do Instituto Ethos: www.ethos.org.br
Anais do ANTAC – Encontro Nacional e I Encontro Latino- Americano sobre 10. ISE: referencial para investimentos socialmente responsáveis, criado
Edificações e Comunidades Sustentáveis. Canela: Abril 2001. pela Bovespa em associação com a ABRAPP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC,
2. Sergio F. Tavares, Roberto Lamberts. Consumo de Energia para Construção, Instituto ETHOS e o MMA com a ABRAPP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC,
Operação e Manutenção das Edificações Residenciais no Brasil. Anais do Evento Instituto ETHOS e o MMA. Site oficial do ISE: www.bovespa.com.br/mercado/
ENCAC – ELACAC. Maceió, Alagoas. 2005. Págs. 2037 – 2045. rendavariavel/indices/formconsultaapresentacaop.asp?indice=ise
3. Balanço Energético Nacional de 2007 (Ano Base 2006). Fonte: www.mme.gov.br 14. Ver Madureira, R. G. Desenvolvimento e Avaliação Econômica de
4. Anepac – Associação Nacional das Entidades de Produtores de Tecnologia Solar para Conservação de Energia Elétrica em Aquecimento de
Agregados para Construção Civil. A Mineração de Agregados e o Água no Setor Residencial: uma proposta de administração da demanda
Desenvolvimento Sustentável. Apresentação do I Seminário: A Indústria
através de “Pré-Aquecedor Solar de Água para Chuveiros Elétricos de
Mineral Sustentável. Nov. 2006.
Potência Reduzida”. Dissertação (Mestrado em Planejamento de Sistemas
5 e 6. Tarcísio de Paula Pinto. Metodologia para a gestão diferenciada
Energéticos), Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 1995.
de resíduos sólidos da construção urbana. São Paulo, 1999. Tese
27. Mais informações sobre desempenho de edifícios podem ser
(Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
encontradas no Laboratório de Eficiência Energética em Edificações
7. Vanderley Moacyr John. Reciclagem de Resíduos na Construção
Civil: Contribuição a Metodologia e Desenvolvimento, Livre docência. (LABEE) da Universidade Federal de Santa Catarina e na ANTAC –
Universidade de São Paulo. Ano de obtenção: 2000. Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (www.
8. GRI: acordo internacional que visa elaborar diretrizes para a antac.org.br). Sobre o desempenho de materiais, informações no IPT –
elaboração de relatórios de sustentabilidade que possam ser globalmente Instituto de Pesquisas Tecnológicas e no INMETRO – Instituto Nacional
aplicáveis, utilizados por organizações que desejam dar informações de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
sobre os aspectos econômico, ambiental e social de suas atividades, 28 e 31. Algumas publicações da Fundacentro, do Ministério do
produtos e serviços. Site oficial do GRI: www.globalreporting.org Trabalho, auxiliam com literatura técnica, leis e normas sobre segurança
9. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social: é uma ONG e saúde do trabalho na indústria da construção. www.fundacentro.gov.br

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Glossário

Água cinza: água proveniente de lavatórios, chuveiros e tanques de lavar. As-builts: são partes, detalhes, ou até mesmo pranchas inteiras que
Tais águas podem ser utilizadas para irrigação, após processo de filtragem. ilustram as modificações feitas nos projetos originais durante sua
A água proveniente de pias de cozinha e de máquinas de lavar louça nem construção (é o desenho “como construído”). Quando estes não são
sempre pode ser considerada água cinza. fornecidos, o empreendimento é entregue com os projetos originais que
Água negra: água proveniente do vaso sanitário. Possui níveis de não conferem com o real. Durante o uso do imóvel, pode haver problemas
nitrogênio e coliformes fecais bem mais altos do que a água cinza. como perfurações de tubulações de água ou gás, demolição de elementos
Algumas jurisdições nos Estados Unidos incluem a água da pia de estruturais importantes, dificuldades na realização da manutenção de
cozinha e da máquina de lavar louça como água negra devido à sua sistemas prediais, retrabalhos, demolições parciais desnecessárias.
dificuldade de reuso após filtração simples. ASHRAE: American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning
Área de Proteção Ambiental (APA): unidade de conservação de uso Engineers: o equivalente dos Estados Unidos à ABRAVA (Associação Brasileira
sustentável, estabelecida pela Lei Federal no 6902/81, que outorga ao Poder de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) do Brasil.
Executivo, nos casos de relevante interesse público, o direito de declarar Aspectos ambientais: elementos de atividades, produtos ou serviços
determinadas áreas do território nacional como de interesse ambiental. que interagem com o meio ambiente.
Áreas permeáveis: áreas que possibilitam a absorção da água, em Atenuação sonora através do envelope: os componentes construtivos
especial da água da chuva. O alto índice de impermeabilização do solo propiciam atenuações sonoras determinadas por um indicador de
nas grandes concentrações urbanas é responsável por enchentes e riscos desempenho dos materiais de construção, acabamento e revestimento.
relacionados à saúde pública. Desta forma, reduz os riscos de enchentes Avaliação de Impacto Ambiental (RAP, EIA/RIMA, EAS, EIV):
e melhora a qualidade da água que infiltrará novamente nas bacias. estudos exigidos pelo poder público em determinados casos, que
Arejador: componente instalado na extremidade de bicas de torneiras envolvem um conjunto de métodos e técnicas de gestão ambiental
com a função de regular o fluxo de saída de água através de peças reconhecidas, com a finalidade de identificar, predizer e interpretar
perfuradas ou de telas finas. os efeitos e impactos sobre o meio ambiente decorrente de ações
Arquitetura solar passiva: arquitetura que se apropria das condições climáticas propostas, tais como: legislação de solo, políticas, planos, programas,
(incidência solar e ventos) e melhora o desempenho ambiental do edifício projetos, atividades, entre outros.
(iluminação e conforto térmico), sem a necessidade de equipamentos mecânicos.
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Glossário

Biodiversidade: termo que se refere à variedade de genótipos, ou vegetação em decomposição, quanto de fontes criadas pelo homem,
espécies, populações, comunidades, ecossistemas e processos principalmente as emissões de SO2 (dióxido sulfúrico) e NOX (óxidos de
ecológicos existentes em uma determinada região. Pode ser medida nitrogênio), resultantes da combustão de combustíveis fósseis.
em diferentes níveis: genes, espécies, níveis taxonômicos mais altos, Ciclo de vida do empreendimento: compreende todas as fases do
comunidades e processos biológicos, ecossistemas, biomas, e em desenvolvimento e operação do empreendimento, desde sua concepção
diferentes escalas temporais e espaciais. até o final de sua vida útil.
Biovaletas: são valetas de drenagem compostas por solos drenantes Ciclo de vida dos materiais construtivos: todos os estágios desde
e por vegetação, que promovem a diminuição da velocidade das águas a extração da matéria-prima, manufatura, transporte, construção,
das chuvas, a retenção, bem como o tratamento destas, sendo que boa utilização, reuso, reciclagem e destinação final.
parte é infiltrada lentamente, minimizando a sobrecarga no sistema de Componente Ambiental: uma das partes que constituem o meio
drenagem urbano tradicional. ambiente ou um ecossistema.
Boiler: reservatório térmico de água. Componente Orgânico Volátil (COV): elementos químicos
Caixa de descarga com sistema Dual: caixa acoplada que permite descarga baseados em estruturas de carbono e hidrogênio que são vaporizados
completa ou meia descarga, sendo agora instalado na caixa acoplada. Apresenta à temperatura ambiente. COVs são um tipo de contaminante do
os volumes de descarga de 3 ou 6,8 litros (volume nominal de 6 litros). ar, encontrado em materiais de construção. Exemplos de materiais
Captação das águas de chuva para fins não potáveis: captação construtivos que contenham COVs incluem: solventes, tintas, adesivos.
e reuso de água de chuva para irrigação de plantas, descarga de vasos Composto orgânico: matéria resultante da decomposição da mistura
sanitários, mictórios, lavagem de automóveis, pisos, etc. de substâncias orgânicas, tais como folhas secas, capim, esterco, resto
CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. de cimento, entre outros detritos. Depois de processada pelo tempo,
Agência ambiental do Estado de São Paulo. pode ser usada como adubo.
Chuva ácida: termo genérico que se refere à mistura de deposições secas Condições bioclimáticas: condições naturais de disponibilidade de
e molhadas da atmosfera contendo quantidades maiores que o normal de radiação solar, umidade, regime de ventos, morfologia do terreno,
ácidos nítrico e sulfúrico. Resulta tanto de fontes naturais, como vulcões vegetação e obstruções solares, entre outras.

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Glossário

Condições de ocupação: atividades e empreendimentos que Desenvolvimento sustentável: atender às necessidades do presente
se assentam ou se implantam sobre um determinado território, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às
estabelecendo interferências e intervenções sobre os elementos físicos suas próprias necessidades.
e bióticos, definindo formas de manejo adequadas ou inadequadas à Detecção de falhas: sistema de automação predial luminotécnico que
conservação dos recursos naturais. detecta falha em determinado reator, problema com alimentação ou lâmpada
Conforto luminoso: para se obter o conforto luminoso, a iluminação queimada. O reator reportará o seu defeito ao CLP e, através do software de
geral do projeto deverá atender aos valores estabelecidos na NBR supervisão, é possível ter a informação exata da luminária que teve defeito.
5413. O uso inadequado da iluminação pode reduzir e dificultar Dimerização: controle de iluminação que consiste no uso de um
o desenvolvimento das atividades humanas, assim como provocar sensor que mede a quantidade de luz que está entrando no ambiente.
perturbações, fadiga visual, ofuscamento, dores de cabeça, complicações Quando o sensor reconhece uma luminosidade inferior à programada,
no sistema nervoso e efeitos na produtividade. Seus efeitos nocivos não aciona a luz elétrica de acordo com a necessidade, resultando ao
se relacionam apenas aos aspectos quantitativos (nível mínimo de LUX máximo o aproveitamento da luz natural e, consequentemente, o
por atividade), mas também a aspectos qualitativos. aumento da vida útil das lâmpadas.
Conforto térmico: estudo realizado a partir das variáveis climáticas ou Do “berço ao berço”: termo utilizado na análise do ciclo de vida
da atividade desenvolvida pelo usuário para determinar as condições de para descrever um material ou produto que é reciclado, transformando-
conforto térmico e os graus de desconforto por frio ou calor. se em outro material ao final de sua vida definida.
Controle de cenas: tipo de sistema de automação predial luminotécnico Do “berço ao túmulo”: termo utilizado para descrever o ciclo de
que realiza a dimerização para diversas atividades em um mesmo ambiente. vida dos materiais, desde sua geração até o final de sua vida útil (por
Através desse recurso são criadas ‘cenas’ diferenciadas em função da exemplo, na gestão de resíduos, observar desde sua geração até o
intensidade da iluminação, podendo-se até mesmo programar os horários tratamento e destino final).
para que cada cena acenda. Através do trabalho de um luminotécnico, as Efeito-chaminé: como o ar quente tende a se acumular nas partes
cenas terão iluminação e gastos energéticos ideais para cada situação: a mais elevadas do interior da edificação, a colocação de aberturas no topo
‘cena espera’, a ‘cena limpeza’, a ‘cena sala de conferência’, a ‘cena discurso (chaminé) cria um fluxo de ar ascendente, com o ar quente saindo pelo
do palestrante’ e a ‘cena coquetel’, por exemplo. topo e o ar mais frio entrando por aberturas baixas situadas na edificação.
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Glossário

Eficiência: uma medida da “produtividade” do processo de luz incide diretamente sobre a superfície a ser iluminada) ou indiretamente
implementação, quanto à realização dos seus objetivos. (quando o fluxo é direcionado para outra superfície refletora, em geral o
Energia incorporada: toda a energia gasta para a produção e transporte teto, uma parede ou uma antepara especial) pelo sol.
de um produto, além da energia inerente específica do material. Iluminação zenital: elemento construtivo que propicia a captação e
Entorno: área que circunscreve um território, com a qual este território interage. passagem da luz natural através de coberturas.
Fontes de energia não-renováveis: são aquelas que se esgotam, pois Lagoas pluviais: são depressões modeladas no terreno onde as
têm produção limitada. O petróleo e o carvão mineral (de origem fóssil) são águas da chuva são conduzidas e retidas, a fim de não sobrecarregar o
fontes não-renováveis, pois levam milhões de anos para se formar. sistema de drenagem natural. Geralmente as lagoas pluviais possuem
Fontes de energias renováveis: são aquelas que não se esgotam, pois um nível permanente de água e a capacidade de armazenamento
podem ser plantadas ou naturalmente reabastecidas ou recompostas em provenientes das chuvas é o volume entre o nível permanente da
velocidade superior ao consumo humano daquela fonte, tais como a energia água e o nível de transbordamento. Além disso, as lagoas promovem
solar, eólica, biogás, etc. Dentre estas tecnologias, se destacam o uso de também o tratamento das águas, através da sedimentação dos detritos.
painéis fotovoltaicos, que convertem luz solar em eletricidade corrente direta, Jardim de chuva: é uma microbacia modelada em um pequeno
e os sistemas de aquecimento de água por energia solar. Esta ultima é terreno (uma espécie de depressão), composta por solos drenantes,
atraente economicamente e não possui efeitos poluidores associados. cobertos por matéria orgânica e vegetação adaptada a alagamentos
Halon: gás utilizado para o combate a incêndios em ambientes temporários, na qual as águas da chuva, que se acumulam nas
fechados. Seu uso está limitado, por atacar a camada de ozônio da superfícies impermeáveis, como ruas, calçadas, são direcionadas a este
atmosfera, conforme indicado no Protocolo de Kyoto. local, promovendo a retenção e a infiltração das mesmas, etc.
Iluminação artificial: iluminação produzida, direta (quando o fluxo de Lâmpada T-5: lâmpada fluorescente tubular fina de alto rendimento.
luz incide diretamente sobre a superfície a ser iluminada) ou indiretamente LUX: é a iluminação produzida pelo fluxo luminoso de um lúmen
(quando o fluxo é direcionado para outra superfície refletora, em geral o (unidade de fluxo luminoso), uniformemente distribuída sobre um
teto, ou uma parede, ou uma antepara especial) por fonte de luz artificial. metro quadrado de superfície. É a unidade de medida da iluminância
Iluminação natural: iluminação produzida, direta (quando o fluxo de (intensidade da luz), no SI (Sistema Internacional de Medidas).

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Glossário

Minuterias ou sensores de presença: dispositivos de controle de Plano de gerenciamento de resíduos: tem como objetivo
iluminação, que permitem manter acesas as lâmpadas por um período disciplinar à geração, triagem, armazenamento, transporte,
definido de tempo com o intuito de economizar energia elétrica. O uso reaproveitamento, comercialização e a disposição final de resíduos.
de minuterias é indicado principalmente para controle de lâmpadas de Produção mais limpa: é a aplicação contínua de uma estratégia
ambientes de uso comum como corredores, ante-salas, garagens, etc. técnica, econômica e ambiental integrada aos processos, produtos e
Ofuscamento: efeito produzido pela luminância dentro do campo de serviços, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água
visão de uma pessoa que seja suficientemente maior que a luminância e energia, pela não geração, minimização ou reciclagem de resíduos e
à qual o olho da pessoa está adaptado naquele momento; pode causar emissões, com benefícios ambientais, econômicos e de saúde.
desconforto, irritação ou perda de desempenho visual. Qualidade ambiental: juízo de valor atribuído ao quadro atual ou às
Parâmetros: geralmente determinados por normas técnicas, são o condições do meio ambiente. Refere-se ao resultado dos processos dinâmicos
valor de qualquer das variáveis de um componente ambiental que lhe e interativos dos componentes do sistema ambiental e define-se como
confira uma situação qualitativa ou quantitativa. o estado do meio ambiente numa determinada área ou região, como é
Parcelamento do solo: forma de divisão de uma gleba em percebido objetivamente em função da medição de qualidade de alguns de
unidades autônomas, podendo ser classificada em loteamento ou seus componentes ou mesmo subjetivamente em relação a determinados
desmembramento, regulamentada por legislação específica. atributos, como a beleza da paisagem, o conforto e o bem-estar.
Passivo ambiental: danos causados ao meio ambiente pelo uso e Qualidade do ar interno: de acordo com a US-EPA (Environmental
ocupação inadequados de determinada área, gerando a obrigação de Protection Agency), a definição de boa qualidade interna do ar inclui:
reparação aos responsáveis. O passivo é o valor monetário necessário 1. introdução e distribuição adequada de ar de ventilação; 2. controle
para reparar os danos ambientais. de contaminantes aéreos; e 3. manutenção de níveis aceitáveis de
Pegada ecológica: é uma ferramenta de gerenciamento de recursos temperatura e umidade relativa do ar. De acordo com a norma da ASHRAE
que mede quanta área de água e terra uma população humana 62-1989, a qualidade interna do ar é definida como “ar no qual não
necessita para produzir os recursos que consome e para absorver seus existem contaminantes conhecidos em concentrações perigosas de acordo
dejetos, com a tecnologia preponderante no local. com determinações das autoridades competentes e com o qual uma

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Glossário

maioria substancial (80% ou mais) das pessoas expostas não expressam Sensor de presença: sensor que aciona a iluminação artificial somente
insatisfação”. com a presença de um usuário no espaço.
Reabilitação tecnológica (Retrofit): definição de alterações ou reformas Shafts: mais conhecido como duto vertical, um espaço fechado projetado
realizadas para aumentar a eficiência dos sistemas ou adaptar um edifício no para acomodar tubulações de água e componentes em geral, construído
caso de mudanças de uso. de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser feita por cada andar.
Reciclagem: vem de “re”(repetir) + “ciclar”(o ciclo). A reciclagem é Simulação de desempenho energético: programas de simulação
um processo industrial que transforma o resíduo descartado em produto computacional que prevêem o desempenho energético e ambiental
semelhante ao inicial ou de outra categoria. Reciclar é poupar recursos de edificações nas fases de projeto, comissionamento, operação e
naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que seria jogado fora. gerenciamento e retrofit.
Recursos renováveis: um recurso que é reabastecido em uma velocidade Síndrome do Edifício Doente (Sick Building Syndrome):
igual ou maior que sua taxa de consumo. diz respeito à relação entre causa e efeito das condições ambientais
Registro regulador de vazão: introduz uma perda de carga localizada observadas em áreas internas do edifício como reduzida renovação de ar
ajustável proporcionando vazão mais adequada à utilização dos e a presença de várias fontes de poluentes de origem física, química e/
equipamentos. Indicado para pontos utilização com alimentação através de ou microbiológica, que prejudicam a saúde do usuário e promovem seu
engate flexível (torneira de pia de cozinha de bancada, torneira de lavatório desconforto ao longo tempo de sua permanência dentro da edificação.
de coluna ou de bancada, bacia sanitária com caixa de descarga acoplada), Sistemas de racionalização do uso da água: de acordo com o Manual
onde a vazão seja superior a 0,10 L/s. de Reuso da Água (editado pela ANA, SINDUSCON, FIERJ e COMASP)
Reuso de água residual doméstica: reaproveitamento de água “o reuso, a reciclagem, a gestão da demanda, a redução de perdas e a
proveniente de lavatórios, chuveiros, cozinhas, lavagem de pavimentos minimização da geração de efluentes se constituem, em associação às
domésticos, tanques e máquinas de lavar. práticas conservacionistas, as palavras-chave mais importantes em termos de
Restritor de vazão: dispositivo que mantém a vazão constante. É indicado gestão de recursos hídricos e de redução da poluição”.
para equipamentos hidráulicos sujeitos a pressões superiores a 100 kPa.
Pode ser utilizado em chuveiros e torneiras, inclusive externas. Disponível
para vazões de 0,13 e 0,23 L/s.
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Glossário

Telhados verdes: tecnologia que traz efeitos positivos no desempenho Zoneamento ambiental: trata-se da integração harmônica de um
térmico da edificação. Devido à sua massa térmica, este componente conjunto de zonas ambientais com seu respectivo corpo normativo. Possui
construtivo atenua as altas temperaturas internas no verão e baixas objetivos de manejo e normas específicas, com o propósito de proporcionar
no inverno. Além de efeitos em relação ao desempenho energético da os meios e as condições para que todos os objetivos da Unidade possam
edificação, permite também o recolhimento da água da chuva previamente ser alcançados. É um instrumento normativo do Plano de Gestão Ambiental,
filtrada pela camada vegetal, e armazenamento para posterior uso para tendo como pressuposto um cenário formulado a partir de peculiaridades
finalidades não potáveis. Transformam, ainda, superfícies impermeáveis em ambientais diante dos processos sociais, culturais, econômicos e políticos
interativas com o entorno, construindo um microclima mais favorável, pelo vigentes e prognosticados.
efeito de fotossíntese e evapotranspiração, estando na direção das novas Zoneamento: é a destinação factual ou jurídica da terra a diversas
diretivas municipais no tocante à retenção das águas pluviais urbanas. modalidades de uso humano.
Torneira de acesso restrito: permite o escoamento somente com a
instalação da parte superior da torneira. Este componente restringe o uso
da água por usuários não autorizados. Pode ser empregado também em
torneiras abastecidas com água pluvial ou de reuso, evitando o uso indevido
de água não potável.
Ventilação cruzada: consiste em alocar aberturas em faces opostas
ou adjacentes do edifício, para que o vento possa cruzar os ambientes,
permitindo assim a renovação do ar e a retirada de
cargas térmicas em climas quentes.

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Nossa missão
Ser uma equipe capaz de gerar boas idéias
que satisfaçam nossos clientes, sejam rentáveis
para nossos acionistas e nos consolide como
um líder financeiro internacional e como
entidade que colabora com o desenvolvimento
sustentável da sociedade.
Nosso Compromisso
Somos prestadores de serviços financeiros
e acreditamos que a confiança deve ser a base
de todos os nossos relacionamentos.
Criaremos vínculos de qualidade entre nós,
funcionários, e com nossos clientes e
fornecedores, para juntos buscarmos idéias
inovadoras em gestão, produtos e serviços que
respondam aos desafios da nossa época.
Assim, seremos líderes do nosso setor e
referência para o Grupo Santander,
para o nosso país e para o mercado em geral.

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