Síndrome Metabólica e Obesidade

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Síndrome metabólica e população brasileira e 40% da

Obesidade. população já apresenta sobrepeso.


Etiologia da obesidade – Obesidade em idosos - Já na terceira
Obesidade é definida pelo acúmulo idade, devido à diminuição do turnover
de tecido adiposo no organismo, fisiológico, a constituição morfológica é
resultante da quebra do balanço lentamente substituída por tecido
energético, que também pode ser adiposo, tornando a “adipolização” um
fenômeno inerente ao idoso – ou seja,
causada por doenças genéticas
a lenta e progressiva substituição de
e/ou endócrino-metabólicas.
estruturas diversas por adipócitos faz
Segundo a OMS a obesidade é uma parte do envelhecimento. O desgaste
doença crônica, de difícil etiologia e natural é intensificado pelas adipocinas
de controle complexo, considerado – classificadas como potencializadoras
um “transtorno alimentar da de comorbidades.
modernidade”. A obesidade está
associada a diversas desordens na ADIPOCINAS

fisiologia endócrino-metabólica, OBESIDADE É O FATOR DE


propiciando um estado que RISCO MAIS IMPORTANTE PARA
predispõe a O DESENCADEAMENTO DE SM!!
endocrinometabolopatias. Segundo
dados do Ministério da Saúde a Síndrome metabólica – É uma
obesidade já acomete 12% da doença metabólica crônica. O
número de casos na faixa dos 50 sinalização insulínica reduzindo a
anos é duas vezes maior do que expressão de GLUT-4, o transporte
aos 30, 40 anos. Embora acometa de glicose, a síntese hepática e
mais o sexo masculino, mulheres muscular de glicogênio.
com ovários policísticos estão
Esteatose tecidual- A
sujeitas a desenvolver a síndrome
lipotoxicidade em virtude do
metabólica.
acúmulo de ácidos graxos de cadeia
Dentre os fatores incluídos na SM longa, acetil-Coenzima A e
estão: Obesidade visceral ou cerâmidas leva à esteatose tecidual
central (caracterizada por (em fígado, músculos e pâncreas).
distribuição de gordura corporal
DM-2- A esteatose de ilhotas
do tipo androide podendo ser
pancreáticas acarreta apoptose das
medido pela ciecinferência da
células beta, o que compomete a
cintura), a dislipidemia
secreção de insulina levando a DM
aterogênica, a hipertensão e a
tipo 2.
resistência à insulina, mas outras
comorbidades, como doença Dislipidemia aterogênica – O
hepática gordurosa não alcoólica excesso de triglicerídeos circulante
e apneia obstrutiva do sono (seja pelo aumento de ingesta
também estão comumente calórica ou pela RI) aumenta a
associadas. síntese hepática de lipopoliproteínas
ricas em TG (LDL e HDL) o que leva
Obesidade visceral – Adipócitos
ao aumento de LDL e diminuição de
grandes e hipertrofiados,
HDL caracterizando a dislipidemia
presentes no tecido visceral e
aterogênica.
omental, são fonte específica de
aumento de ácidos graxos livres
pois secretam grandes quantidades
HAS – Na obesidade, o aumento de
de TNF-alfa e acentua a lipólise. O
resistina, IL-6, angiotensina I e II e
aumento de AGL diminui a
aumento do tônus simpático elevam desencadeado por um processo
a PA. inflamatório hipotalâmico irreversível
com perda de controle dos
Apnéia obstrutiva do sono –
mecanismos de fome e saciedade
Decorre da hipóxia do SNC.
promovendo ainda mais acúmulo de
O excesso de adipocinas no tecido adiposo.
organismo promove desarmonia da
O sinergismo da leptina com a
homeostase, desencadeando um
insulina já é conhecido, a insulina
processo de inflamação contínuo e
promove maior expressão dos
controlado, apontado como principal
receptores de leptina, na obesidade
fator danoso da obesidade, pois o
o estado de hiperinsulinemia
processo inflamatório permanente,
retroalimenta positivamente a
característico da obesidade, que
oxidação do tecido nervoso, que
tem como fator causal os elevados
desencadeia mais alterações
níveis de adipocinas, interfere em
inflamatórias irreversíveis. A leptina
todos os aparelhos do organismo.
desencadeia calcificação arterial
As adipocinas podem sinergir ou
coronariana, justificando o
antagonizar as ações fisiológicas
estado de pró-aterosclerose
nos tecidos ou até competir com
comum nos obesos.
outras substâncias, potencializando
a ação de outras adipocinas. O aumento de leptina (típico de
obesos) compete com a
A grelina, sintetizada no estômago e
osteocalcina, que atua no
diretamente relacionado à ingestão
remodelamento ósseo levando ao
alimentar, pois atua regulando o
aumento de fraturas ósseas e
apetite no centro da fome, tem seus
deformidades ósseas em pacientes
mecanismos potencializados
obesos.
mostrando-se ainda mais capaz de
sensibilizar as vias de apetite e Outra adipocina que atua
estimular o consumo alimentar. danosamente no SN é a proteína
estimuladora de acilação que atua
O antagonista natural da grelina é a
em ambientes hiperlipídicos
leptina, a adipocinas de maior
ativando a via Toll-like receptor 4
atividade conhecida no sistema
(TLR4), ativando mecanismos de
nervoso (é o controlador da fome)
apoptose de neurônios hipocampais
atuando no hipotálamo. O obeso
e causando danos às áreas
cursa com altas concentrações de
neurocognitivas, cursando com
grelina, e para antagonizar os
maiores riscos de desenvolvimento
efeitos das elevadas concentrações
de demência precoce.
de grelina, típicas do obeso, a
leptina, ao ativar as várias vias Os estados hiperlipídicos da obesidade
metabólicas descritas acima, gera também promovem alterações
um misto de radicais livres, produtos hemodinâmicas ao hiperestimular os
intermediários das múltiplas vias sistemas simpático e renina-angiotensina-
energéticas estimuladas, que aldosterona, levando a maior retenção de
progressivamente levam à oxidação sódio e, consequentemente, de líquido –
do tecido nervoso no hipotálamo, com expressiva sobrecarga do sistema
cardiovascular. Levando à: aumento do
débito cardíaco que está associado a
Quadro clínico SM
aumento da resistência vascular, o que leva
ao desenvolvimento de HAS precoce, que Constituído de sinais e sintomas
se complica com a hipertrofia ventricular que são consequência das doenças
esquerda, predispondo a maior risco de associadas ao quadro: acrocórdons
arritmia cardíaca e de insuficiência cardíaca (tumorações em região de
congestiva. pescoço), acantose nigricans,
polidipsia, poliúria, dores articulares,
Pneumopatias restritivas e
alterações menstruais, diminuição
pneumopatias inflamatórias são
da libído (pode estar relacionada a
reflexo da infiltração de estruturas
apneia do sono pois, a interrupção
ventilatórias por tecido adiposo o
do sono desregula o ritmo da
que diminui a complacência
secreção de testosterona),
torácica. A resistina (outra
síndrome da apneia do sono,
adipocina) causa hiperexcitação do
cefaleia, mal estar, cansaço,
epitélio respiratório, tornando o
tonturas, zumbidos.
epitélio hiper-responsivo típico de
asmático, o que prejudica as trocas Podemos observar ainda
gasosas, levando a falhas na complicações relacionadas à
hematose e, consequentemente, obesidade e à SM:
fragilizando todos os tecidos que
necessitam de oxidação energética.  Aterosclerose facilitada pela
dislipidemia e pela
Nos músculos as adipocinas hipertensão, levando a
antagonizam as miocinas doenças como doença
(substâncias produzidas em arterial obstrutiva periférica
resposta à contração muscular), (DAOP), infarto agudo do
levando a progressiva diminuição miocárdio, acidente vascular
dos receptores GLUT IV, os encefálico;
principais receptores insulínicos dos  Osteoartrite (devido à
músculos, gerando diminuição da sobrecarga articular pelo
atividade muscular e intensifica o aumento de peso);
“estado de hiperinsulinemia dos  Hiperuricemia
obesos”.  Asma
São múltiplas as ações pró-inflamatórias  Nefropatia por obesidade
das adipocinas. As evidências apontam que  Nefropatia diabética
o excesso dessas substâncias é tipicamente  Síndrome do ovário
próinflamatório, sendo as interleucinas IL- policístico
1, IL-6 e IL-8, o TNFα e aquelas produzidas  Aumento do risco de câncer:
por células Th1 (IL-2 e interferon-γ) as mais Mama, ovário, endométrio,
relacionadas à obesidade. E tantas rim, bexiga, próstata,
alterações nos mecanismos fisiológicos esôfago, estômago, fígado,
representam importantes fatores de risco vesícula, pâncreas, cólon,
para a homeostasia e a harmonia dos reto, tireoide e mieloma
sistemas orgânicos. múltiplo.
Diagnóstico de SM Em crianças os critérios
diagnósticos são um pouco
Para fechar o diagnóstico:
diferentes:
A OMS, faz-se necessária a
 NCEP-ATP III: 3 dos 5 critérios
resistência à insulina associada a
 AHA: obesidade central (cintura
mais dois outros fatores.
abdominal aumentada) + 2
O NCEP- ATPIII preconiza a critérios no mínimo;
presença de três dos componentes,  IDF: obesidade central (cintura
sem priorizar nenhum deles em abdominal aumentada) + 2
especial critérios no mínimo

O IDF, torna-se obrigatória a


medida da circunferência abdominal Importante colher uma história
alterada, além de mais dois outros clínica completa do paciente,
fatores. procurando fatores de risco como:
idade, tabagismo, prática de
atividade física, história pregressa A relação cintura/quadril- tem
de hipertensão, diabetes, diabetes como valores de referência < 0,85
gestacional, doença arterial para mulheres (mulheres tem o
coronariana, acidente vascular quadril mais largo devido a ação
encefálico, síndrome de ovários do estrógeno um esteroide
policísticos (SOP), doença hepática sexual) e < 0,95 para homens,
gordurosa nao-alcoólica, valores superiores indicam alto risco
hiperuricemia, HF de cardiovascular. A relação cintura-
HAS/DM/doença cardiovascular. quadril possibilita estimar tanto a
Interrogar quanto ao uso de gordura visceral (cintura) como a
medicamentos hiperglicemiantes gordura periférica/subcutânea
(corticosteroides, betabloqueadores (quadril), sendo um melhor
e os diuréticos). O baixo marcador de distribuição de gordura
condicionamento cardiorrespiratório, corporal e de risco cardiovascular.
pouca força muscular e
A medida da cintura deve ser feita
sedentarismo aumentam a
ao final da expiração profunda, na
prevalência da SM em três a
linha média horizontal entre a crista
quatro vezes.
ilíaca e o último rebordo costal, com
Dentre os exames laboratoriais, o paciente em pé. Deve ser sempre
podem ser solicitados: Perfil medida em um ponto fixo.
glicêmico, perfil lipídico ambos são
Relação cintura-quadril, alterada
critérios para diagnóstico de SM.
em uma maior ou igual a 0,55 e
A medida da cintura abdominal prediz mais adequadamente o risco
correlaciona-se com a obesidade de DCV que o IMC ou mesmo a
visceral (relacionado com o depósito medida de circunferência
de gordura nos órgãos viscerais) abdominal.
altos valores tem alta correlação
Composição corporal (tem na
com risco cardiovascular.
prática mais utilização os métodos
“Pessoas com mesmo IMC, mas duplamente indiretos (a prega
que tenham maior cintura abdominal cutânea e a bioimpedância) é
tem maior resistência insulínica e fundamental para identificar risco à
mais risco de ter HAS, DM-2 e saúde associados a níveis
dislipidemias”. excessivamente altos ou baixos de
gordura corporal. Em homens
abaixo de 8% da gordura corporal
já altera a síntese e o metabolismo
de hormônios esteroides. A
composição corporal também
avalia o acúmulo excessivo de
gordura intra-abdominal e estima o
peso corporal ideal de atletas, não-
NCEP-ATP III - >102 cm nos
atletas, avalia a eficiência de
homens e > 88 cm nas mulheres é
intervenções nutricionais e de
considerado índice da cintura
exercícios físicos e monitoriza
alterado, aumentando risco
mudanças de composição corporal
cardiovascular.
associadas ao crescimento, As estatinas devem ser
desenvolvimento e idade. consideradas como tratamento de
primeira linha da dislipidemia na SM
Tratamento
devido as evidências de maior
HAS: podem-se fazer uso de redução de morbimortalidade
diuréticos que possuem eficácia cardiovascular. Ação das estatinas:
comprovada na redução da Tem como efeito inibição da HMG-
morbidade e da mortalidade CoA redutase, reduzindo a síntese
cardiovascular ou os antagonistas de colesterol e aumentando a
do receptor AT1 da angiotensina II expressão hepática dos receptores
que são nefroprotetores. visando a da LDL e, consequentemente, a
redução da PA até as metas captação dessa lipoproteína e das
descritas abaixo. VLDL pelo hepatócito. Também,
bloqueiam a síntese hepática de
triglicérides. Dessa forma, resulta
em diminuição do colesterol total, do
LDL-colesterol e dos triglicérides,
além do aumento no HDL-
colesterol.

Os fibratos são drogas de escolha


em pacientes com SM e com
Pacientes com SM que tem HAS triglicérides de 500 mg/dL.
devemos sempre considerar as
seguintes associações de classes Calculadora para Estimativa de
distintas de anti-hipertensivos são risco cardiovascular
atualmente reconhecidas como
http://departamentos.cardiol.br/sbc-
eficazes: betabloqueadores e
da/2015/CALCULADORAER2017/et
diuréticos; IECA e diuréticos; BRA e
apa1.html
diuréticos; antagonistas dos canais
de cálcio e betabloqueadores; Resultado de EDGAR, 59 anos.
antagonistas dos canais de cálcio e
IECA.

Tratamento de dislipidemias
hipertensos, eles devem ser
cuidadosamente monitorados.
Estudos envolvidos: STORM,
SCOUT.
Dose aprovada pela ANVISA: 1
cápsula de 10 ou de 15 mg pela
manhã.
Populações especiais: A
sibutramina pode levar a uma
pequena elevação média de 3-5
mmHg na pressão arterial diastólica
e de 2 a 4 bpm na freqüência
cardíaca, efeitos que devem ser
cuidadosamente monitorados.
Pacientes diabéticos tipo 2 em uso
Tratamento medicamentoso de metformina e sibutramina 15mg
Obesidade tiveram pequenas reduções da
glicose, hemoglobina glicada e
O tratamento farmacológico para triglicerídeos e pequenos aumentos
pacientes com SM com Obesidade do colesterol HDL em relação aos
(IMC > ou igual a 30 kg/m2) ou com participantes que receberam
excesso de peso (IMC entre 25 e 30 placebo, e nenhum efeito sobre o
kg/m2) desde que acompanhados colesterol total e o colesterol LDL. O
de comorbidades tem indicação de uso de sibutramina em homens
medicamento para obesidade. No obesos com apneia do sono
Brasil 5 medicamentos estão demonstrou que a perda de peso
liberados para obesidade: resultante de sua utilização se
dietilpropiona (anfepramona), acompanhou de melhora na
femproporex, mazindol, sibutramina severidade da apneia.
e orlistat (são os dois de primeira
escolha). Orlistate: Esse medicamento é um
análogo da lipstatina, inibidor de
Sibutramina: Ela atua bloqueando lipases gastrintestinais (GI). Ele age
a recaptação de noradrenalina(NE) impedindo a digestão de cerca de
e de serotonina (SE), induzindo a um terço dos triglicérides ingeridos.
perda de apetite. Essa medicação Com isso, os triglicerídeos que não
promove a perda de 4 a 6 kg em 6 são absorvidos pelo intestino, são
meses. No entanto, apesar dos eliminados nas fezes.
benefícios, ela pode levar a uma
pequena elevação média de 3-5 Esse mesmo mecanismo, pode
mmHg na pressão arterial diastólica levar a esteatorreia, flatos e
e de 2 a 4 bpm na frequência urgência fecal. Além disso, devido a
cardíaca. Por conta disso, se disabsorção, pode ocorrer
indicada para pacientes deficiência de vitaminas
lipossolúveis (A, D, E K). Ele não
possui efeitos cardiovas-culares
significativos e leva a perda de
cerca de 10% do peso em 1 ano de
tratamento.
Tratamento cirúrgico obesidade
Quem no Brasil tem indicação
cirúrgica na obesidade¿
A cirurgia para tratamento da
obesidade pode ser feita por via
laparoscópica ou por laparotomia.
Podemos dividir as técnicas em A imagem acima mostra a
restritivas, ou seja, apenas reduz o prevalência de sobrepeso e
tamanho do estômago; obesidade na infância
desabsortivas que levam a má mundialmente.
absorção de alimentos e Passamos por uma transição
desnutrição; e por fim, as técnicas epidemiológica nas últimas décadas
mistas que promovem tanto a essa transição acompanha-se de
restrição do tamanho do estômago, modificações demográficas e
quanto a disabsorção dos nutricionais, com a desnutrição
alimentos. sendo reduzida a índices cada vez
menores e a obesidade atingindo

Obesidade na infância.
proporções epidêmicas.
Na infância, o excesso de
adipocinas age retardando
progressivamente o
desenvolvimento neuropsicomotor e
cognitivo da criança, pois a
multiplicação dos adipócitos é mais
intensa nos primeiros anos de vida,
levando ao atraso global do
desenvolvimento neurológico com Prevalência de hipertensão em
repercussões no sistema crianças
imunológico, o que deixa a criança
obesa mais suscetível a doenças Em lactentes e crianças pequenas, a
mentais e infectocontagiosas e hipertensão arterial sistêmica é incomum,
aumenta as chances de obesidade com uma prevalência de < 1%, mas quando
na idade adulta. presente, geralmente é indicativa de um
processo de doença subjacente
A obesidade futura se dá pois, (hipertensão secundária). A hipertensão
segundo algumas literaturas, o grave e sintomática em crianças é
tecido adiposo armazenado na geralmente causada por hipertensão
infância é capaz de multiplicar-se secundária. Em contraste, a prevalência de
também na vida adulta a partir de hipertensão primária, principalmente em
novas células denominadas de pré- crianças mais velhas de idade escolar e
adipócitos, o que torna a obesidade adolescentes, tem aumentado em paralelo
infantil um forte desencadeador de com a epidemia de obesidade. Estudos de
obesidade entre os adultos. triagem escolar demonstram que
aproximadamente 10% da juventude dos
Obesidade na adolescência: Níveis Estados Unidos têm, em geral, pré-
elevados de adipocinas interferem hipertensão e 2,5% têm hipertensão. A
diretamente no início da influência da obesidade na pressão arterial
estruturação da puberdade, pois elevada é evidente em crianças com 2 a 5
elas competem com mediadores da anos de idade. Aproximadamente 20% dos
síntese de hormônios esteroidais e jovens americanos são obesos e até 10%
interferem na expressão e/ou dos jovens obesos têm hipertensão.
transporte de outros hormônios
secundários e na consequente Prevenir obesidade na infância é a
definição dos caracteres sexuais maneira mais segura de controlar
secundários. essa doença crônica grave, que
pode se iniciar desde a vida
DHGNA - A doença hepática gordurosa intrauterina até a adolescência. A
não alcoólica (DHGNA) faz parte do importância da prevenção na
espectro de doenças hepáticas fortemente infância decorre da associação da
associadas à obesidade e constitui a obesidade com doenças crônicas do
doença hepática crônica mais comum em adulto, que podem surgir já na
crianças. infância.
Crianças com obesidade acentuada
também estão suscetíveis a hipoventilação
alveolar crônica e falha cardíaca direita,
denominada síndrome de Pickwickian.

O ronco habitual durante o sono é muito


comum durante a infância. Até 27% das
crianças que roncam são afetadas por AOS.
A atual epidemia de obesidade tem
afetado a epidemiologia desta condição. O
pico de prevalência é de 2 a 8 anos de
idade.

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