Transformada de Laplace 0

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 44

Transformada de Laplace

Característica principal: Algebrizador de EDO’s lineares, ou seja, transforma uma


EDO linear numa equação algébrica.

Método:
L[ y](t )  f (t ) L p( s) L 1
PVI :   
 L [ y]   y(t )
 I t0 ( y)  y 0 q( s )

Vantagens: Existem duas razões principais para a utilização da transformada de


Laplace L ;
(i) O método tradicional de resolução de um PVI envolvendo uma EDO não
homogênea requer três etapas: 1) resolver a homogênea associada através da
obtenção de um conjunto fundamental, 2) obter uma solução particular, 3)
impor as condições iniciais. A transformada de Laplace resolve a EDO
incorporando simultaneamente as condições iniciais.
(ii) Resolve PVI’s com forças externas f(t) mais gerais que as impostas pelo
método dos coeficientes indeterminados.
(iii) Resolve equações integrais e integro-diferenciais.

Desvantagens:
(i) Só se aplica a PVI`s envolvendo EDO’s lineares, principalmente à
coeficientes constantes.
(ii) No caso de EDO’s não-homogêneas, a não-homogeneidade tem que
satisfazer certas restrições.

Definição: Dada f :]0, [ defini-se a transformada de Laplace de f como sendo


a função dada por

L [ f ]( s)   e  st f (t )dt .
0

OBS: Uma notação alternativa é F ( s)  L [ f ]( s) . □

OBS: Uma justificativa operacional para a estrutura da transformada de Laplace é dada


pelo seguinte fato: para que um operador integral nuclear

T [ f ]( s )   K ( s, t ) f (t )dt  F ( s )
0
possua a propriedade de transformar uma EDO em uma equação algébrica envolvendo
F (s ) e as condições iniciais, observamos que
  
T [ f ]( s )   K ( s, t ) f (t )dt  K ( s, t ) f (t ) 0   K ( s, t ) f (t )dt
0 0

 lim K ( s, t ) f (t ) 0   K ( s, t ) f (t )dt
T
T  0

 K ( s,0) f (0)   K ( s, t ) f (t )dt
0

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 1


Desde que se tenha K ( s, T ) f (T )  0 , quando T   (essa é uma condição adicional
que se deve impor). A equação algébrica mais simples envolvendo F (s ) seria da forma
p ( s ) F ( s ) , com p(s ) um polinômio em s . Para que se tenha uma compatibilidade entre
a ordem da EDO e o grau da equação algébrica correspondente, impõe-se que o grau de
p(s ) seja 1. O polinômio do primeiro grau mais simples é p( s)  as , com a ℝ. Para
tudo isso seja atendido, basta impor que se tenha
K ( s, t )  asK ( s, t )
onde a derivada é em relação a variável t . Resolvendo obtem-se que
K ( s, t )  Ce ast
Como a transformada atua sobre funções definidas para t  0 e se necessita do
comportamento assintótico K ( s, T ) f (T )  0 , quando T   , então é necessário
tomar a  0 , sendo mais simples tomarmos a  1(e C  1 ), se quisermos que o
domínio da função F (s ) contenha o semi-eixo positivo, ou seja,
K ( s, t )  e  st .□

OBS: A integral imprópria acima é definida como sendo


 T

0
e  st f (t )dt  lim
T  0 e  st f (t )dt .
Quando para algum s o limite acima existe, diz-se que a integral converge nesse valor
de s.

OBS: Quais devem ser as condições sobre f para que


T
0
e  st f (t )dt
seja convergente quando T   para ao menos alguns valores de s ?
Primeiramente, a função
e  st f (t )
tem que ser integrável na variável t em qualquer intervalo [0, T ], T  0 .Como e  st é
contínua t  ,então basta que f(t) seja integrável t  0 , por exemplo seja contínua
por partes em qualquer intervalo [0, T ], T  0 . Já a questão da convergência quando
T   é muito mais delicada e, na verdade, não se conhece uma condição necessária.
Entretanto, uma condição suficiente é que f seja “dominada” por alguma exponencial de
tal modo que se tenha o seguinte decaimento
e  st f (t )  0, quando t   .□

Definição: f :[a, b]  é contínua por partes ou seccionalmente contínua em [a, b]


se:
(i) f  C ([ a, b]  {t1 ,..., t n }) isto é f só não é contínua no conjunto finito {t1 ,..., t n } de [a,
b].
(ii) Existem os limites laterais nos pontos t1 ,..., t n , ou seja, as descontinuidades são
apenas de salto, ou seja,
f (t k )  lim f (t )  lim f (t k   ) e f (t k )  lim f (t )  lim f (t k   ) .
t t k  0 t t k  0

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 2


Notação: C p ([a, b])  { f :[a, b]  : f é contínua por partes em [a, b]} .

Exemplo: f (t )  1 / t e f (t )  sen (1 / t ) não são contínuas por partes em nenhum


intervalo contendo a origem.

Propriedades das funções contínuas por partes

b
P1) f  C p ([ a, b])  a
f (t )dt   .
b b
P2) f  g em [a, b] exceto nos pontos de descontinuidade   f (t )dt   g (t )dt .
a a

P3) f , g  C p ([ a, b])  f .g  C p ([ a, b]) .


P4) f  C ([ a, b])  f  C p ([ a, b]) .

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 3


Definição: f :]0, [ é de ordem exponencial em ]0,[ se C ,   , C  0 ,tq:

f (t )  Cet , t  0 .

Exemplo:
f  1 é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   0 .
f (t )  t n é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   0 .
f (t )  e at é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   a .
 senbt
f (t )   é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   0 .
cos bt
e at cos bt
f (t )   at é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   a .
 e senbt
t n e at cos bt
f (t )   n at é de ordem exponencial em ]0,[ com C  1,   a .
 t e senbt

Exemplo: f (t )  e t não é de ordem exponencial em ]0,[ , pois


2

2
et
lim  lim et (t  )  ,   .
t  e t t 

Definição: E  { f :] 0,[ R : f séc.contínua e de ordem exponencial em ]0,[}

Propriedade: E é um espaço vetorial real.

Teorema 1: Se f E então existe   tal que


 0
e  st f (t )dt
converge s   .

Prova: Utilizaremos o seguinte critério de comparação


Lema: Se f e g são integráveis em todo intervalo [a,b], onde a é fixo, e se
f (t )  g (t ), t  a , então
 

a
f (t )dt converge se a
g (t )dt converge.
Como f E , C ,   , C  0 ,tal que: f (t )  Cet , t  0 . Por outro lado,
T
  T  e  ( s  )t 
 (Ce )dt  C  e 
t  ( s  ) t  ( s  ) t
e  st
dt  C lim e dt  C lim  
T   0 T    ( s   )
0 0
 0


C
(s   ) T  

lim 1  e ( s  )T 
C
(s   )

, se s   .

De modo que, pelo critério da comparação aplicado a g (t )  Ce ( s  )t , obtem-se que



 0
e  st f (t )dt converge se s  . 

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 4


Conseqüência: O domínio da transformada de Laplace de uma função f E sempre
contém um semi-eixo positivo ] ,[ .

Exemplo: Cálculo de algumas transformadas


T
 T  e  st   1 e  sT  1
L [1]( s)   e dt  lim
 st
 e dt  lim 
 st
  lim     , s  0 .
T  0 T   s
0
  0 T  s s  s

 T 1
L [e at ]( s)   e  st e at dt  lim  e ( s a )t dt  , s  a .
0 T  0 ( s  a)

T
  e  st 
 s cos bt  bsenbt 
T
L [cos bt ]( s)   e  st
cos btdt  lim  e  st
cos btdt  lim  2
T   0 T   s  b 2
0
 0
 e  sT 
 lim  2
T   s  b 2
 s cos bT  bsenbT   2 s 2   2 s 2
 s b  s b
se só se s  0 .

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 5


Definição: Defini-se como abscissa de convergência de L [ f ] o número dado por
s0 inf{  : L [ f ](s)  , s  }

Com isso quer-se dizer que


(i) s0   ,    .
(ii) Se   :    ,       s0 .
Pode-se mostrar que L [ f ]( s ) não converge para s  s0 , de modo que
D( L [ f ] ) ]s0 ,[ .
OBS: Se f (t )  e t ou f (t )  0 então s0   .
2

Pergunta: Já sabemos que se f E então L [ f ] . Será que vale a recíproca? Se


L [ f ]( s), s  s0 , então f E ? A resposta é não, pois, por exemplo,
f (t )  1 / t E , mas L [ f ]( s)  , s  0 .

A Transformada de Laplace como Transformação Linear

Conforme vimos E é um espaço vetorial onde sempre existe L [ f ] . Portanto, é um


bom domínio para L . Agora, devemos achar um espaço vetorial real que sirva de
contradomínio para L .

Definição: S {F : I  : I ]s0 , [ ou [ s0 , [ ou s0  } .

Com a adição e multiplicação por escalar ponto a ponto, S é um espaço vetorial real.
Além disso,
L :E  S

Pergunta: L [ f  g ]( s)  L [ f ]( s )  L [ g ]( s ), f , g E ?
Resposta: Nem sempre, pois se f (t )  cos at e g (t )   cos at , então
s  s 
L [ f ]( s )  L [ g ]( s )  2   2 2 
 0 , em ]0,[ .
s a 2
 s a 

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 6


Mas não está definida para s  0 . Por outro lado,

L [ f  g ]( s )  L [0]( s )  0 em ]  ,[ ! ?

Convenção: Identificaremos F, G  S quando tivermos


F ( s )  G ( s ) em algum semi-eixo positivo ]a,[ .
Assim se obtém que
L [f  g ]( s )  L [ f ]( s)  L [ g ]( s ), f , g E, ,   .

Pergunta: Núcleo ( L ) = {0E } ? Ou seja, L é injetiva e, portanto invertível sobre sua
imagem?
Resposta: Não, pois conforme já sabemos pela propriedade P2, se f , g E só diferem
em seus pontos de descontinuidade, então L [ f ]  L  g  , entretanto f  g .

Teorema 2: (Lerch)
Dadas f , g E tais que s0  R satisfazendo:
L [ f ]( s)  L  g ( s), s ]s0 ,[
Então, excetuando os possíveis pontos de descontinuidade, tem-se que
f (t )  g (t ), t ]0,[

Conclusão: L :E  S é uma transformação linear que, se convencionarmos


identificar funções em E que coincidem nos pontos de continuidade, satisfaz

L [ f ]( s )  F ( s )  S  f (t )  L 1[ F ](t ) E .

1
Definição: f (t )  L [ F ](t ) é denominada transformada inversa de Laplace da
função F (s )  S.

Pergunta: L :E  S é sobrejetiva, ou seja, L (E )  S ?


Resposta: Não! Isso por causa do seguinte resultado

Teorema 3: f E  lim L [ f ]( s )  0 .
s  

Prova: Pelo teorema 1,


   C
L [ f ]( s )  
0
e  st f (t )dt  
0
e  st f (t ) dt  C  e ( s  )t dt 
0 s 
, s   . 

s
Conclusão: Funções como 1, s, sens , cos s, , pertencem a S, mas não possuem
sa
transformadas inversas em E .

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 7


Teorema 4: Seja f  C (]0,[) tal que f  E . Então,

L [ f ]( s)  sL [ f ]( s)  f (0  )

onde f (0  )  lim f (t ) . Generalizando, se f , f ,..., f ( n1)  C (]0,[) e f (n ) E ,


t 0
então
L [ f ]( s)  s 2L [ f ]( s)  sf (0  )  f (0  )
.
.
.
L [ f ]( s)  s L [ f ]( s)  s f (0  )  s n2 f (0  )  ...  f ( n1) (0  )
(n) n n 1

Prova: Apenas para o caso n  1, os outros casos seguem por indução finita.

0

  
L [ f ]( s)   e  st f (t )dt  e  st f (t ) 0  s  e  st f (t )dt
0

 sL [ f ]( s)  lim e f (t )
 st T
a
a 0 
T 

Agora vamos usar o seguinte fato

Lema: Se f  C (]0,[) com f  E , então f E .

Prova: Como f  E então C ,   ℝ, C  0 tal que f (t )  Cet , t  0 , ou seja


 Cet  f (t )  Cet
Integrando e desprezando as constantes de integração, obtém-se que
C
f (t )  e t . □

De modo que,
e  sT f (T )  0, qdo.T  , s   .
Portanto,
L [ f ]( s)  sL [ f ]( s)  lim e  sT f (T )  lim e  sa f (a)
T   a 0


 sL [ f ]( s)  f (0 )

Exemplo: f (t )   1a cos at  f (t )  senat .


Logo,
L [ senat ]( s)  sL [ 1a cos at ]( s)  f (0  )
s 1
  L [cos at ]( s)  ( )
a a
s s 1 a
 ( 2 )  2 , s  0.
a s a 2
a s  a2

dn n n!
Exemplo: n
t  n!  L [ D n t n ]( s)  L [n!]( s)  n!L [1]( s)  , s  0 .
dt s

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 8


Por outro lado,
L [ D n t n ]( s)  s n L [t n ]( s)  s n1 .0 n  s n2 (n0 n1 )  ...  n(n  1)...( n  (n  2)).0  s n L [t n ]( s)

n! n!
Logo,  s n L [t n ]( s )  L [t n ]( s )  n 1 , s  0 .
s s

OBS: Da última igualdade se obtém que n! s n1L [t n ]( s)  s n1  e st t n dt , s  0 , em
0
particular para s = 1, obtemos a generalização do fatorial de um número natural para
qualquer número real que não seja um inteiro negativo, dado pela função especial
função Gama de Euler

( x  1)  x !   et t x dt □
0

Aplicação da Transformada de Laplace a um PVI


Caso Particular:
 y   y  1
  0  
L 1
PVI :   L [ y   y]( s)  L [1]( s)  s 2L [ y]( s)  1  L [ y]( s) 
I y    s
 0 1

ou seja,
1 s 1 1 1 L 1
( s 2  1)L [ y ]( s )   L [ y ]( s )     L [e t ]( s )  L [1]( s ) 
s s ( s  1) s  1 s
y(t )  e t  1 , t  0 .
Que é, exatamente, a única solução do PVI.
Caso Geral: Dados a0 , a1 ,..., an  ℝ, f E , y 0  ( y (0), y(0),..., y ( n 1) (0))T  n , seja o
L[ y ](t )  a n y ( n ) (t )  ...  a1 y (t )  a0 y(t )  f (t ) L n
PVI : 
I0 y  y0
  L [  a k y ( k ) (t )]( s)  L [ f ]( s)
 k 0

Usando as propriedades de L, obtemos que

n n

 ak L [ y ( k ) ]( s)  L [ f ]( s)  a0L [ y]( s)   ak [s k L [ y]( s)  s k 1 y(0  )  s k 2 y (0  )  ...


k 0 k 1
n n k 1
...  y ( k 1) (0  )]  L [ f ]( s )   a k s k L [ y ]( s )   ai s ( k 1) i y (i ) (0  )  L [ f ]( s ) 
k 0 k 1 i  0
n k 1
L [ f ]( s )   ai s ( k 1) i y (i ) (0  )
L 1
 L [ y ]( s )  k 1 i  0
n

a
k 0
k sk

 n k 1

 L [ f ]( s )   ai s ( k 1) i y (i ) (0  ) 
L [ f ]( s )  q( s )
y (t )  L 1  k 1 i  0
 L 1
[ ](t )
 
n

 k p L (s)
 ak s 
k 0

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 9


Teorema 5: Se f E e a  0 ,então
L   f ( x)dx  ( s )  L [ f ]( s )   f ( x)dx
t 1 1 a
 a  s s 0
De um modo geral

 
1 1 a 1
L  ... f ( x)dx...dx  ( s )  n L [ f ]( s )  n  f ( x)dx  n 1
 t t a t

  
a a s s 0 s 
0 a
f ( x)dxdx  ... 
 n 
1 a t t
   ... f ( x)dx...dx
s 0a
a
n 1

Prova:
t
A prova se baseia no fato de que se f E então  a
f ( x)dx E .De modo que,
e  st
L   f ( x)dx  ( s)   e  st (  f ( x)dx)dt     f ( x)dx d (
t  t  t
)
 a  0 a 0  a  s

 e  st t  1   st 1 0 1
 
 s
a
f ( x ) dx  
0 s
0
e f (t ) dt 
s a
f ( x)dx  L [ f ]( s )
s
A fórmula geral é provada iterando esse resultado. 

t
t  senax  senat
Exemplo: Como se sabe 0 cos axdx   a  0  a . Então,
1 1 a s a
L [ senat ]( s )  L [cos at ]( s )  L [ senat ]( s )  ( 2 ) 2 , s  0.
a s s s a 2
s  a2

Exemplo: L [tet ]( s)  ? Tem-se que

 xe dx  xde  xe    e dx  te
t t t
x t
x x
0
x t
 et  1 .
0 0 0
De modo que,
t 1
L [tet  e t  1]( s )  L [  xe x dx]( s )  L [tet ]( s ) .
0 s
Mas então
1 1 1 1
(1  )L [tet ]( s)  L [e t ]( s)  L [1]( s)    .
s s  1 s s( s  1)
O que resulta em
1
L [te t ]( s )  , s  1.
( s  1) 2

1 d 1 d
OBS: L [tet ]( s)     L [et ]( s) . Coincidência?
( s  1) 2
ds s  1 ds

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 10


1º Teorema da Translação:
a
1 t t
L [ f ]( s )   ( s )  L [ e b f ( )]( s )   (bs  a ), b  0, a  ℝ.
b b

Prova:
a a
1 t t  1 t t 
L [ e b f ( )]( s )   e  st ( e b f ( )) dt   e ( bs a ) f ( )d  L [ f ](bs  a )   (bs  a )
b b 0 b b 0

a a
1 bt t t
Corolário: L 1
[ (bs  a )](t )  e f ( )  eb L - 1
[ (bs )](t ), b  0, a  ℝ
b b
a
 t
L 1
[ (bs)](t )  e b
L 1
[ (bs  a)](t ), a  ℝ.

Exemplo: Tem-se que


s
L [cos bt ]( s ) 
s  b2
2

De modo que,
sa
L [e at cos bt ]( s )  , a, b  ℝ.
(s  a) 2  b 2
2s  3
1
Exemplo: Calcular L [](t ) .
s  4 s  20 2

2s  3 2s  3 2( s  2 )  7 ( s  2) 7 4
 2  2 
s  4 s  20 ( s  4 s  4)  16 ( s  2)  4
2 2 2
( s  2)  4
2 2
4 ( s  2) 2  4 2
De modo que,
2s  3 7
L 1 [ 2 ](t )  2e 2t cos 4t  e 2t sen 4t .
s  4 s  20 4

Definição: A função degrau unitário ou função de Heaviside é a seguinte função:

0 , t  a
H a (t )   (a  0)
1 , t  a

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 11


Aplicação:
Dada uma função g : ℝ  ℝ pode-se construir a seguinte função
H a (t ) g (t  a) , a  ℝ.

A interpretação física de tais funções é de que elas representam impulsos com


retardamento em sistemas físicos, pois só passam a atuar no sistema após t = a.

2º Teorema da Translação:

Se f (t )  H a (t ) g (t  a)  E , então L [ f ]( s)  e  asL [ g ]( s), a  0 .


Prova:
  
L [ f ]( s )   e  st H a (t ) g (t  a )dt   e  st g (t  a)dt   e  s (  a ) g ( )d  e  as L [ g ]( s )
0 a ( t  a ) 0

Corolário:
1
L [e  as L [ g ]( s )](t )  H a (t ) g (t  a) , a  0.

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 12


Exemplo:
L [ H a (t ) sent ]( s)  L [ H a (t ) sen(t  a  a)]( s)  e  as L [ sen(t  a)]( s )
 e  as L [ sent cos a  sena cos t ]( s )
 e  as cos aL [ sent ]( s )  senaL [cos t ]( s)
 1 s   cos a  s sin a 
 e  as cos a 2  sena 2   e  as  
 s 1 s  1  s2 1 

Exemplo: Seja f uma função que possui o seguinte gráfico

Podemos calcular L [ f ] utilizando os teoremas acima. Basta observar que


f  f1  f 2  f 3
0 ,0  t  1 0 ,0  t  2
f1  1 , f 2 (t )   , f 3 (t )  
1  t , t  1 t  2 , t  2
Assim tem-se que
f 2 (t )  H 1 (t )( (t  1)) , f 3 (t )  H 2 (t )(t  2) .
De modo que,
1 e  s e 2 s s  e  s  e 2 s
L [ f ]( s)  L [1]( s)  e  s L [t ]( s)  e 2 s L [t ]( s)    2  .
s s2 s s2

1 e 3s
Exemplo: L [ 2 ](t )  ?
s  6s  10
Vamos usar o corolário: L 1 [e  as L [ g ]( s)](t )  H a (t ) g (t  a) , a  0.
Neste caso, temos que necessariamente a  3 . De modo que,
e 3s 1
L 1 [ 2 ](t )  H 3 (t ) g (t  3) onde L [ g ]( s )  2 .
s  6s  10 s  6 s  10
Por outro lado,
1 1 1 1
  g (t )  L 1 [ ](t )  e 3t L 1 [ 2 ](t )  e 3t sent
s  6 s  10 ( s  3)  1
2 2
( s  3)  1
2
s 1
Portanto,
e 3s
L 1 [ 2 ](t )  H 3 (t )e 3(t 3) sen(t  3) .
s  6s  10

dn
Teorema 6: L [t n f (t )]( s)  (1) n L [ f ]( s) .
ds n

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 13


Prova: n=1:
 
d
ds
L [ f ]( s ) 
d   st
ds 0
e f (t )dt  
0 s
e  st f (t ) dt   e  st (t ) f (t )dt  L [tf (t )]( s ) .
0

n>1: indução sobre n. 

dn
Corolário: L [ f ]( s)   ( s)  L 1
[  ( s)](t )  (1) n t n L 1
[ ](t ) .
ds n

d d  1  2s
Exemplo: L [tsent ]( s)   L [ sent ]( s)    2  2 .
ds ds  s  1  ( s  1) 2

1 1
Exemplo: L [ ](t )  ?
( s  1) 2
2

Vamos usar a propriedade L   f ( x)dx  ( s )  L [ f ]( s ) .Neste caso, obtém-se que


t 1
 0  s
1 1
t
0 L [ (s)](t )dt  L [ s  (s)](t ) .
1

De modo que,
1 1 s t 1 d 1
L 1[ 2 ](t )  L 1[ ](t )   L 1[ ( 2 )](t )dt
( s  1) 2
s ( s  1)
2 2 0 2 ds s  1
Por outro lado,
d 1 1
L 1 [ ( 2 )](t )  tL 1 [ 2 ](t )  tsent
ds s  1 s 1
Assim,

1 1 t 1 t 1 1
 
1
L [ ]( t )   (  xsenx) dx  xd (cosx )  sent  t cos t .
( s  1)
2 2
2 0 2 0 2 2

O próximo resultado é muito importante na análise de sinais periódicos, os quais são


muito freqüentes na eletrônica.

Teorema 7: Se f E é periódica de período T, então

L [ f ]( s) 
 0
e  st f (t )dt
.
1  e  sT
Prova:
 T 2T ( n 1)T
L [ f ]( s)   e st f (t )dt   e st f (t )dt   e st f (t )dt  ...   e st f (t )dt  ...
0 0 T nT

Fazendo a mudança t  x  nT na (n+1)-ésima integral obtém-se que

( n 1)T T T
 nT
e st f (t )dt   e sx e snT f ( x  nT )dx  e snT  e sx f ( x)dx
0 0

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 14


De modo que,

T T T
L [ f ]( s)   e  st f (t )dt  e  sT  e  sx f ( x)dx  ...  e  snT  e  sx f ( x)dx  ...
0 0 0

  T
 1  e  sT  ...  e  snT  ...  e  sx f ( x)dx 
0
1 T
 sT 0
(1  e )
e  sx f ( x)dx

Uma vez que 0  e  sT  1, s  0 . 

Exemplo: Obtenha a transformada de Laplace do seguinte sinal

Tem-se que
 1 ,0  t  1

f (t )   0 ,1  t  2
 f (t  2)  f (t )

De modo que,
2 1
 e  st f (t )dt e
 st
dt 1  e s 1
L [ f ]( s )  0
 0
  .
1  e 2 s 1  e 2 s s (1  e ) s (1  e  s )
2 s

Exemplo: Obter
L [sen(t )]( s)
Tem-se que
2
e st
2
( s sen t  cos t )
T  2  L [sen(t )]( s) 
 0
e st sen tdt

s2  1 0
 2
e2 s  1
 2
1
1  e2 s 1  e2 s 2 s
( s  1)(1  e ) s  1

Aplicações as EDO’s a Coeficientes Polinomiais:

A segunda função especial que nós obteremos será a função de Bessel de 1ª espécie e
ordem zero, J 0 (t ) ,dada pela solução do seguinte
 ty  y  ty  0
PVI : 
 y (0)  1, y(0)  0
Aplicando Laplace à EDO obtemos

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 15


d 2 d
 [ s L [ y ]( s )  sy (0  )  y (0  )]  ( sL [ y ]( s )  y (0  ))  L [ y ]( s )  0
ds ds
Ou seja
d 2 d
 [ s L [ y ]( s )  s ]  sL [ y ]( s )  1  L [ y ]( s )  0
ds ds
Ou seja
d d s
( s 2  1)
L [ y ]( s )  sL [ y ]( s )  0  L [ y ]( s )  2 L [ y ]( s )  0
ds ds s 1
A qual é uma EDO linear de 1ª ordem com fator integrante
s
 s 2 1ds
 ( s)  e  e ln(s 1)1 / 2
 ( s 2  1)1 / 2 .
2

De modo que,
C C 1 C 1 3 1 (2n)! 1 
L [ y ]( s )   (1  2 ) 1/2  1  2  2 4
 ...  (1) n n 2 2 n  ... 
s 1 s
2 s s  2s 2 2! s (2 n !) s 
OBS: Por Taylor obtem-se que
 (  1) 2  (  1)(  2) 3
(1  x)   1  x  x  x  ...,   ℝ.
2! 3!
Sendo assim, então

(1)k (2k )! 1
L [ y]( s)  C  k
k 0 (2 k !)
2
s 2 k 1
Procedendo formalmente e aplicando a transformada inversa de Laplace, obtemos

(1)k (2k )! 1 1 
(1) k (2k )! t 2 k 
( 1) k 2 k
y(t )  C  k 2
L [ 2 k 1 ](t )  C  k 2
 C k 2 t
k 0 (2 k !) s k 0 (2 k !) (2k )! k 0 (2 k !)
Agora, impondo a condição inicial y (0)  1 , conclui-se que

(1) k 2 k
J 0 (t )   k 2 t
k  0 ( 2 k!)

Generalização: A equação de Bessel de 1ª espécie e de ordem n é dada por

t 2 y   ty   (t 2  n 2 ) y  0 .

Possui como uma das soluções a função de Bessel de 1ª espécie e ordem n dada por

 n2k
(1)k  t 
J n (t )  
k 0
 
k !((n  k )!  2 
, t  0.

Aplicação a PVI com condições iniciais em t00

Consideremos o seguinte
 y   y  1
PVI : 
 y ( )  a, y ( )  b
Fazendo a mudança x  t   obtemos que ~ y ( x)  y ( x   )  y (t ) satisfaz as seguintes
condições

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 16


~
y (0)  y ( ), ~
y (0)  y ( ), ~
y ( x)  y (t )

De modo que, o PVI original se transforma no seguinte


 ~
y   ~
y 1
PVI :  ~ ~
 y (0)  a, y (0)  b
Esse nós podemos aplicar Laplace para obter
1
L [~ y ( x)]( s )  L [ ~y ( x)]( s )  L [1]( s )  [ s 2 L [ ~ y ]( s )  s~ y (0)  ~y (0)]  L [ ~
y ]( s ) 
s
ou seja
1 1 as  b
( s 2  1)L [ ~ y ]( s )   as  b  L [ ~ y ]( s )   2
s s ( s  1) ( s  1)
2

De modo que,
~ 1 as  b
y ( x)  L 1 [ 2 ]( x)  L 1 [ 2 ]( x)
s ( s  1) ( s  1)
Agora,
1 1 s as  b s 1
  2 L 1 1  cos x , 2 a 2 b 2 L 1 a cos x  bsenx
s ( s  1) s s  1
2
s 1 s 1 s 1
De modo que,
~
y ( x)  1  (a  1) cos x  bsenx
Retornando a variável inicial, obtem-se que a solução do PVI original é dada por

y (t )  1  (a  1) cos(t   )  bsen (t   ) .

Função Impulso Unitário (Delta de Dirac)

As forças impulsivas aparecem geralmente como “forças externas” em EDO’s do tipo

ay   by   cy  g  (t )
onde   0 e g  (t ) é zero exceto num intervalo t 0    t  t 0   , no qual é “muito
grande”, ou seja g  (t ) é uma força concentrada em t 0 .

Definição: A integral imprópria



I ( )   g  (t )dt


é o impulso total aplicado pela força impulsiva g  (t ) .

Exemplo: Consideremos a seguinte força impulsiva


 1 ,    t  
d  (t )   2
 0 , t    t  
Neste caso o impulso total é dado por
 
I ( )   d  (t )dt   1
dt  1,   0 .
  2

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 17


Concentração da força impulsiva d  : é quando se faz   0  .
Tem-se que
lim d  (t )  
 0
Por outro lado,
lim I ( )  1
 0 
De modo que, no limite se obtém um “objeto matemático” surpreendente!
  , t  0 
d 0 (t )  
0 , t 0
satisfazendo

d 0 (t )dt  1 !? 
Esse novo objeto impôs uma generalização do conceito usual de função.

Definição: A “função” delta de Dirac ou função impulso unitário,  , é caracterizada


pelas seguintes propriedades
  , t  0 
 (t )  
0 , t 0
e

 (t )dt  1 . 
OBS: Não existe função do Cálculo Elementar satisfazendo tais propriedades. O  é o
primeiro exemplo de uma função generalizada ou distribuição. □

Definição: O impulso unitário em t 0  0 é dado por


 (t  t 0 )
e denotado por  t0 .De modo que,
 , t  t 0 
 t (t )  
0
 0 , t  t0
com 

 t (t )dt  1 .
0

Apesar de  t0 não ser uma função, pode-se obter a transformada de Laplace de


 t através de um processo limite. Denota-se  por  0 .
0

Definição: L [ t0 ]( s )  lim L [d  (t  t 0 )]( s ), t 0  0 .


 0
De modo que,
t0  
 t0   1 1  e st 
L[ t0 ]( s)  lim  e d (t  t0 )dt  lim 
 st  st
dt  lim
 0 2   s  t 
e
 0 0  0 t0   2
0

senhs
 0 2 s  
1
 lim e s (t0  )  e s (t0  )  lim e st0
 0 s

Aplicando L’hospital, obtem-se que

L [ t0 ]( s)  e  st0 , t 0  0, s  0.
OBS: Surpreendentemente,

L [ t0 ]  S, mas  t0 E !□

OBS: Passando o limite t 0  0  , obtem-se que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 18


L [ 0 ]( s)  1.□

Definição:
 

 t (t ) f (t )dt  lim  d (t  t0 ) f (t )dt , f  C 0 ( ) .
0
 0  

Utilizando o TVM para integrais, obtem-se que


 1 t0   1
 d (t  t0 ) f (t )dt  2 t0  f (t )dt  2 (2 ) f (t*)  f (t*)
para algum t* ]t 0   , t 0   [ . Logo, t*  t 0 , quando   0  , de modo que


 
 t (t ) f (t )dt  f (t0 ) , f  C 0 ( ) .
0

Exemplo: Resolva o seguinte


 y  2 y  2 y   (t )
PVI : 
 y (0)  y(0)  0
Aplicando L obtemos que
s 2L [ y]( s)  sy(0 )  y(0 )  2( sL [ y]( s)  y(0 ))  2L [ y]( s)  e s
ou seja
e s
( s 2  2s  2)L [ y ]( s)  e s  L [ y ]( s)  2
s  2s  2
1
Aplicando L
e ( s 1) 1 e
 s
y (t )  e L 1[ ](t )  e t
e L [ ](t )  e  (t  ) H  (t )sen(t   ) 
( s  1)  1
2
s 1
2

 e (t  ) H (t ) sent

Convolução:

Pergunta: L [ f .g ]( s )  L [ f ]( s ).L [ g ]( s ) ?
Resposta: Não!

Contra-Exemplo:
1 1 1
f  1, g (t )  t  L [ f ]( s)  , L [ g ]( s)  2  L [ f ]( s)L [ g ]( s)  3 .
s s s
1
Entretanto, L [ fg ]( s)  L [t ]( s)  2 .
s

Por outro lado, pela 2ª propriedade da translação, tem-se que


e sL [ g ](s)  L [ H (t ) g (t   )](s)   e st g (t   )dt ,   0.
0

OBS: De fato,

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 19




 e
 s
e L [ g ]( s)  L [ H (t ) g (t   )]( s )   st
g (t   )dt



e
 s (  )
 g ( )d , (  t   )
0
Por outro lado,
 

 e g (t   )dt   e
 s (  )
L [ g (t   )]( s )   st
g ( )d
0 

 0    s (  )
     e g ( )d
  0 
Como g E ,então D( g ) ]0, [ g  0 ,   [ , 0],   0. De modo que,


e
 s (  )
L [ g (t   )]( s)  g ( )d  e sL [ g ]( s),   0. 
0

Portanto, se f , g E possuem transformadas definidas em ] ,[ , então

L [ f ]( s )L [ g ]( s )   e  s f ( )d  e  st g (t )dt 


 

 0   0 
f ( )e  s  e  st g (t )dt d
 
 
0   0 


 f ( )e L [ g ]( s)d
 s

0

  f ( )L [ g (t   )]( s )d
0
   
  f ( )  e g (t   )dtd   
 st
f ( )e  st g (t   )dtd
0 0 0 0
ou seja,




T
L [ f ]( s )L [ g ]( s )  lim f ( )e  st g (t   )dtd   (1)
T   0 0

Uma vez que, L [ f ]( s) , L [ g ]( s)  , s   .


OBS: Fixados T  0, R  0 ,tem-se que o integrando em (1) é contínuo em sub-regiões
contidas no retângulo ℛ : 0    T ,0  t  R . Uma vez que, se os saltos de f em
[0, T ] ocorrem nos pontos  k , (k  1,.., m) e os saltos de g em [0, R ] ocorrem nos pontos
t i , (i  1,..., n) , então os saltos do integrando ocorrem nas retas;    k , t    t i .

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 20


Teorema: Teste M de Weierstrass para convergência uniforme de integrais do tipo

F ( x)   f ( x, t )dt ,0  x  c .
0
Hipótese:
(H1) f ( x, t ) contínua em regiões poligonais (nº finito) contidas em retângulos:
0  x  c ,0  t  T .
(H2)Existe uma função seccionalmente contínua M(t) satisfazendo
f ( x, t )  M (t ) ,0  x  c, t  0
e


 M (t )dt   .
0

Tese: A integral F(x) é uniformemente convergente em relação ao parâmetro x  [0, c ] .

OBS: Para podermos inverter a ordem de integração em (1) é necessário estabelecer a


convergência uniforme da integral imprópria em (1) em relação ao parâmetro
  [0, T ] .□

Entretanto, devido à f , g E , existe C  0,   ℝ tal que


f ( )e  st g (t   )  Ce  s e  st e  ( t  )  Ce (  s )t : M (t ) (2)
onde M(t) satisfaz ao teste M de Weierstrass, pois independe do parâmetro  e


 M (t )dt  , s   .
0
De modo que, (1) pode ser reescrito como


  f ( ) g (t   )d dt  lim I (T )  I (T )
T
L [ f ]( s )L [ g ]( s )  lim e  st 1 2
T   0 0 T  

onde

  f ( ) g (t   )ddt
T T
I 1 (T )  e  st
0 0

(T )    f ( ) g (t   )ddt
T
I2 e  st
T 0
De (2), obtem-se que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 21


 T e ( s  )T T
I 2 (T )  C  e( s  )t  d dt  C , s   .
T 0 (s   )
De modo que,
lim I 2 (T )  0 .
T  

Por outro lado, a região de integração de I1(T) é o quadrado: 0    T ,0  t  T , sendo


que g (t   ) não está definida para   t podendo, portanto, ser definida igual a zero
nessa região. Com isso, obtem-se que

  f ( ) g (t   )ddt .
T t
I 1 (T )  e  st
0 0
De modo que,


  f ( ) g (t   )ddt .
t
L [ f ]( s )L [ g ]( s )  lim I 1 (T )  e  st
T   0 0

Definição: A convolução de duas funções f e g , denotada por f  g , é dada pela


seguinte função

 f ( ) g (t   )d .
t
( f  g )(t ) :
0

Teorema:
Hipóteses: f , g E com L [ f ]( s ), L [ g ]( s ) definidas em 0    s   .
Tese:
L [ f ]( s).L [ g ]( s)  L [ f  g ]( s)
s   .

1
Corolário: ( f  g )(t )  L [ F (s).G(s)](t ) .

Propriedades:
(P1) f  g  g  f
(P2) f  ( g  h)  f  g  f  h
(P3) f  ( g  h)  ( f  g )  h
(P4) f  0  0
~  f (t ),0  t  
(P5) f   0  f , f (t )  
 0 , t0


OBS: f  C ( )  f  C ( ) e f ( 0)  0 . □

Pergunta: f , g E  f  g E ?
Resposta: Sim!
ft gt
De fato, f , g E  C f , C g  0,  f ,  g  ℝ: f (t )  C f e , g (t )  Cg e , t  0
De modo que,
 f   g ( t  )
f ( ) g (t   )  Ce  Ce t , onde C  C f C g ,   max{ f ,  g } . Logo,
t t
( f  g )(t )   f ( ) g (t   ) d  C  e t d  Cte t , t  0 .
0 0
Por outro lado, dado   0 , definindo

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 22


M ( )  max te t
0t  
Obtemos que
Ctet  Cte t e (  ) t  Me (  ) t
onde M  CM ( )  0 .

Aplicação as Equações Integrais Convolutivas

t
y(t )  f (t )   g (t   ) y( )d (EIC)
a

Procedendo formalmente, aplicamos L em ambos os lados obtendo

F (s)
Y ( s )  F ( s )  L [ g  y ]( s )  F ( s )  G ( s )Y ( s )  Y ( s )  .
1  G (s)
onde Y ( s )  L [ y ]( s ), F ( s )  L [ f ]( s ), G ( s )  L [ g ]( s ) .
Aplicando L 1 obtemos que

1 t 1
y (t )  L 1
[  F ( s )](t )   L 1
[ ]( ) f (t   )d .
1  G(s) 0 1  G(s)

Exemplo: Aplicação as Equações Integro - Diferenciais Convolutivas (coeficientes


constantes) 1ª ordem.

t
ay (t )  by(t )  f (t )   g (t   ) y( )d
0

Aplicando L obtem-se

(as  b)Y (s)  ay(0  )  F (s)  G(s)Y (s)


Logo
F ( s )  ay (0  )
Y ( s)  .
p L ( s)  G ( s)
1
Aplicando L obtem-se

1 t 1
y (t )  ay (0  )L 1
[ ](t )   L 1
[ ]( ) f (t   )d .
p L (s)  G(s) 0 p L (s)  G (s)

Aplicação as EDO’s Lineares com coeficientes polinomiais.

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 23


 y   ty   y  0 , 0  t  
  0
PVI : 
I 0 y   
 1

dn
OBS: F ( s)  L [ f ]( s)  L [t n f (t )]( s)  (1) n F ( s) .□
ds n
De modo que,
d
L [ty (t )]( s )  
( sY ( s )  y (0  ))   sY ( s )  Y ( s ) .
ds
Aplicando L a ambos os lados da EDO obtem-se

(s 2Y (s)  sy (0  )  y (0  ))  sY (s)  Y (s)  Y (s)  0


ou seja
2  1
Y ( s )    s Y ( s )   .
s  s
Que é uma EDO Linear de 1ª ordem. De modo que,

2 s2 s2 s2 s2
 ( s  s ) ds 2 ln s    
 (t )  e e 2
s e 2 2
 (  ( s )Y ( s ))    se 2
  ( s )Y ( s )    se 2
ds  C

s2 s2 s2
  s2 
OBS:  se s
ds    e 2
d ( )  e 2 .□
2

Portanto,
s2
2
1 e
Y (s)  2
C 2 .
s s

Entretanto, se quisermos y E então necessariamente C  0 .

1
Conclusão: Aplicando L , obtem-se que a solução do PVI (em E ) é dada por

y (t )  t .

Exemplo:
 y  ty  y  0

PVI :  0 ,0  t  
 I0 y   1 
  
Aplicando L a ambos os lados da EDO obtem-se

s 2Y (s)  sy (0  )  y (0  )  sY (s)  Y (s)  Y (s)  0

Ou seja

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 24


1
Y ( s )  sY ( s )   .
s
Neste caso,
s2

 2 / 2
 e  s / 2   ( s )Y ( s)   
 sds e 2
 (s)  e  s2 / 2 e

2 2
 Y ( s )  e d  Ce s / 2
s 

Novamente, como queremos y E , então necessariamente C  0 .


De modo que,
s  2 / 2
e

s2 / 2
Y ( s )  e d .

1
Entretanto, se aplicarmos L obteremos que

 s  2 / 2 
1  s 2 / 2 e
y (t )  L e  d  (t )  ?
  
 
2
OBS: Não existe f E tal que L [ f ]( s)  e s / 2 . De modo que, não se pode aplicar a
convolução. □

Teorema: (Valor Inicial)

Hipótese: f , f  E .
Tese: lim sL [ f ]( s )  lim  f (t ) .
s  t 0

Prova: L [ f ]( s)  sL [ f ]( s)  f (0  ) e f  E  lim L [ f ]( s )  0 . Portanto,


s 
lim sL [ f ]( s)  f (0  )  lim  f (t ) . 
s t 0

Teorema: (Valor Final)

Hipótese: f , f  seccionalmente contínuas e limitadas sobre [0,[ , com f  integrável


em [0,[ .
Tese: lim  sL [ f ]( s )  lim f (t ) .
s 0 t 

  st   st
Prova: L [ f ]( s )   e f (t )dt  lim  L [ f ]( s )  lim  e f (t )dt . 
0 s 0 s 0 0
Pela convergência uniforme obtida pelo teste de Weierstrass, uma vez que

e  st f (t )  f (t ) , t  0 e 0 f (t ) dt   ,
temos que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 25


  st 
lim   e f (t )dt   lim  e  st f (t )dt .
s 0 0 0 s 0
De modo que,

s 0
lim  L [ f ]( s )  
0

f (t )dt  lim 
T  0
T
f (t )dt  lim
T 
f (T )  f (0 ).

Portanto,
 
lim  sL [ f ]( s)  f (0  )  lim  L [ f ]( s)  lim
s0 s0 t 
 f (t )  f (0  ). 


1
Teorema: Hipótese: F (s)   ak , absolutamente convergente s    0 .
k 0 s k 1
Tese:

tk
f (t )  L 1[ F (s)](t )   ak , t  0 .
k 0
k!
Além disso, f é contínua e de ordem exponencial 1, 1   .

Aplicação ao cálculo de integrais parametrizadas.

Exemplo: Função Gama de Euler (fatorial generalizado):


O fatorial de um número inteiro positivo é por definição dado por
n! 1.2.3..(n  1).n
De modo que a função fatorial satisfaz a seguinte equação funcional
n! n(n  1)! .
Assim, para n  1 obtemos que
1  1! 1.0! 0! .
Se fizermos n  0 obteremos que
n! 0! 1
(1)!  lim     .

n 0 n 0 0
Mas então quando n  1 obteremos que
(1)!  (1)( 2)!    (2)! .
Analogamente, quando n  2 obteremos que
(2)!  (2)( 3)!    (3)! .
E assim sucessivamente. Ou seja, o fatorial de qualquer inteiro negativo será infinito!
Por outro lado, se n  0 sabemos que
 n!
L [t n ]( s )   e  st t n dt  , s  0 .
0 s n 1
De modo que,
 n  t
0 t e dt  L [t n ](1)  n! .
Esse fato levou Euler a definir a seguinte generalização da função fatorial

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 26


Definição: A Função Gama (ou fatorial generalizado), denotada por  (x ) , é dada por
 x 1  t
( x)   t e dt , x  0 .
0

Propriedades
(P1) ( x  1)  x( x), x  0.
(P2) (1)  1 .
(P3) (n  1)  n! , n  1 .
Gráfico
x

20

10

x
-3 -2 -1 1 2 3

-10

-20

Com a função Gama podemos obter


L [t r ]( s) , r  1.
Isso permite generalizar a noção de derivada de ordem n  ℕ para ordem fracionária!

OBS:
dr
L [t r f (t )]( s)  (1) r L [ f ]( s) , r  , r  1. 
ds r

Teorema: Dado r∈ℝ , r>-1, tem-se que

(r  1) (r  1)!
L [t r ]( s )   , s  0 .
r 1
s s r 1
Prova:
  (r  1)
L [t r ]( s )   e  st t r dt   e u ( us ) r d ( us )  . 
0 0 s r 1

Exemplo: Um exemplo de integral não trivial que todo estudante de Cálculo I conhece
é o seguinte
  x 2

0
e dx .

Através da transformada de Laplace podemos calcular tal integral. De fato, definindo a


seguinte função (família parametrizada de integrais impróprias)

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 27



f (t )   e  tx dx
2

0
Tem-se que,

     
L [ f ]( s) 
 e  st
 e  tx dxdt 
 e  ( s  x )t dxdt 
 e  ( s  x )t dtdx 
2 2 2

0 0 0 0 0 0
T
 e ( s  x )t 
2
  

   
T
dx
 e  ( s  x )t dtdx   dx  
2
lim lim 
T   ( s  x 2 ) s  x2
0 T  0 0
  0 0



1  x  
 
b
1 1dx d (x / s )
  lim   arc tg  
s 0 1  ( x / s ) 
2
s b 0 1  ( x / s ) 
2
s s 0 2 s
   

De modo que,
  1
f (t )  L 1[ ](t )  L 1[ ](t ) .
2 s 2 s
OBS: Pelo teorema anterior,
(1 / 2)
L [t 1 / 2 ]( s )  .□
s1 / 2
Pelo exercício da lista, sabemos que (1 / 2)   , o que implica em

f (t )  t 1 / 2 .
2
Portanto,
 x2 
0 e dx  f (1) 
2
.

OBS: Solução apresentada por Laplace:

L [ f ](1)   et
0

  e dx  dt    e

0
 tx 2
0
 

0
 (1 x 2 ) t
dxdt  

0 

0
e  (1 x )t dtdx
2


 e (1 x )t  
2
  dx
   dx    (arctgx]0 
 (1  x )  0 1 x
2 2
0 0 2
Por outro lado,


0
et   e dx  dt   e   e
0

 x 2t
0

t
0

 u 2 1/2
t du dt 
OBS: u 2 : x 2t  x  u / t  dx  t 1/2 du .


0
et   e dx  dt    e t dt   e du 

0
 x 2t
0

 t 1/2
0

u 2

1/2
OBS: v : t 1/2
 t  v  dt  2vdv  t
2
dt  2dv .


0
et   e dx  dt    2e dv   e du 
0

x t2

0

 v2

0
u 2

 2   e du 
 2
u2
0

De modo que,
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 28

  
 2 
 L [ f ](1)  2 e  x dx   e  x dx  
2 2

2 0 0 2

Exemplo: Avaliar a família de integrais

 cos tx
h(t )   dx , a  0, t  0 . (1)
0 x2 a2

Aplicando a transformada de laplace à (1), obtem-se que

  cos tx
H ( s )   e  st  dxdt (2)
0 0 x2 a2
OBS: Tem-se que

h(t )   f ( x, t )dx
0
1  
onde f ( x, t ) 
x2  a2
 M ( x) com
0 2a
  . De modo que, pelo  M ( x) dx 

Teste M de Weierstrass h é uniformemente convergente, portanto pode-se trocar a


ordem de integração em (2) e obter-se que

   st
H ( s)   1

e cos tx dtdx
0 x a 0
2 2


 1 s
0 x2 a2 s2  x2
 dx
Usando frações parciais
1 A 
 A  1 /( s 2  a 2 )
B
   □
( x 2  a 2 )( s 2  x 2 ) x2  a2 s2  x2 
 B  1 /( s 2
 a 2
)

De modo que,

H (s) 
s

(s 2  a 2 ) 0

x 1 a
2 2
 1
x s22
dx   2
s
2
(s  a )
    

 2 a 2 s

 2 a ( s
1
 a)
.

Sendo assim,
 1   at
h(t )  L 1[ H ](t )  L 1[ ](t )  e .
2a sa 2a
Portanto,

 cos tx   at
0 x a
2 2
dx 
2a
e , a  0, t  0.

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 29


Aplicação às soluções fundamentais de equações diferenciais parciais.

Modelo Matemático para difusão do calor unidimensional (um fio semi-infinito de


material homogêneo) com temperatura inicial (t = 0) igual a zero, com a extremidade (x
= 0) mantida à temperatura constante u 0  0 . O Problema de Valor Inicial e de
Fronteira (PVIF) é dado por

ut  k 2 u xx , x  0, t  0


( PVIF ) :  u ( x,0)  0 ,x  0
 u (0, t )  u ,t  0

 0

Onde k 2  K / c é o coeficiente de difusividade, sendo K a condutividade térmica, c o


calor específico do material do fio e  a densidade do fio. Como não existem no
mundo real temperaturas infinitas, impõe-se a seguinte condição de limitação sobre a
temperatura
u( x, t )  M , x  0, t  0 . (1)
Como a temperatura está definida, em cada variável, em domínios semi-infinitos, pode-
se aplicar a transformada de Laplace tanto em relação ao espaço (variável x) quanto em
relação ao tempo (variável t). Apliquemos em relação à variável t. Com isso obtemos
que

L [u t ]( x, s )   e  st  u ( x, t )dt  sL [u ]( x, s )  u ( x,0)  sU ( x, s ) .
0 t
 d 2   st 2 d
2
L [k 2u xx ]( x, s)  k 2  e  st  2 u ( x, t )dt  k 2 
2
e u ( x, t ) dt  k U ( x, s)
0 x dx 2 0 dx 2

De modo que, obtemos a seguinte EDO


d2 s
U ( x, s) 
U ( x, s)  0 . (2)
dx 2 k2
OBS: Na verdade trata-se de uma família de EDO’s parametrizadas pelo parâmetro real
s. □
Pela teoria das EDO’s, para obtermos uma solução única de uma EDO de 2ª ordem
precisamos impor duas condições iniciais. Entretanto, só temos uma condição inicial na
variável x! Realmente, a condição de fronteira é transformada em uma condição inicial
para a função transformada U ( x, s ) , uma vez que

  u
U (0,s)  L [u(0, t )]( s)   e  st u(0, t )dt   e  st u0 dt  u0L [1]( s)  0 .
0 0 s

A solução geral da EDO (2) é dada por


s s
x  x
U ( x, s)  C1e k  C2 e k .

Aqui é que será fundamental termos imposto a condição (1). Isso suprirá a falta de uma
segunda condição inicial. De fato, de (1) obtem-se que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 30


  

  
M
U ( x, s )  e  st u ( x, t )dt  e  st u ( x, t ) dt  M e  st dt  , s  0 .
0 0 0 s
De modo que, necessariamente lim U ( x, s )  0 .
s 

Portanto,
s
 x
U ( x, s)  C2 e k .

Agora sim podemos impor nossa única condição inicial sobre a solução geral para
obtermos uma solução única. Fazendo isso, obtemos que

u0
 U (0, s)  C2 .
s

Portanto, a única solução do problema misto

 d2 s
 2 U ( x, s )  2 U ( x, s )  0 , x  0
 dx k
 U (0, s)  u 0 / s
 ~
U ( x, s )  M


É
s
u  x
U ( x, s )  0 e k .
s
Então, a solução do (PVIF) será dada por
x
 s
e k
u ( x, t )  L 1[U ( x, s)]( x, t )  u 0L 1[ ]( x, t ) . (3)
s

Para obtermos essa transformada inversa precisaremos de alguns resultados.

Proposição:
2
1  e  s
(a) L[ e 4t ]( s )  ,  0 .
t s
2
 
(b) L[ e 4t ]( s)  e  s ,   0 .
2  t3

Prova: Estratégia: transformar em um sistema de EDO’s. Definindo as variáveis


e  s
Y ( s)  ,   0, s  0 e Z ( s)  e  s ,   0, s  0 .
s
Tem-se que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 31


( sY ( s))    Z ( s)  1 Y ( s) e Z ( s)    Y ( s) .
2 2 2

OBS: De fato,
 1 1  s  e  s
( sY ( s ))  sY ( s )  Y ( s )  s ( )e  s  (e )  
 s s  s
  e  s
 s (  1 s  3 / 2 ) e   s  ( s )e  s  
1
 2 s  s
 e  s  e  s
(  s 1 / 2 )e  s  
1
 s  
 2 s3 s 2  s
 
e  s  s
  e  s 
e
  1 Y ( s )   Z  ( s )
2 s 2 s 2 2

De modo que, obtemos o seguinte sistema

sY ( s)  1 Y ( s )   Z ( s )  0
 2 2
  Y (s)  0
 
Z  ( s ) 
2 
Aplicando L 1 , somos levados ao sistema

 (ty (t ))  1 y (t )   z (t )  0  ty  1 y   z  0


  2  2  
  ( 1   2 ) y  0
2

  2 2  y
  tz (t )   y (t )  0  z   y 2t 4t
 2  2t

OBS:
L [ty ]( s)  Y ( s)  sL [ty ]( s)   sY ( s)
L [(ty )]( s)  sL [ty ]( s)  0. y (0)   sY ( s)
 L 1[ sY ( s)]( s)  (ty (t ))

A qual é uma EDO linear de 1ª ordem, cujo fator integrante é dado por

1 ( 1   2 ) dt 2

2 2t 4t 2
 (t )  e  t e 4t .

Portanto, obtem-se que


2 2
C   
y (t )  e 4t e z (t )  C e 4t .
t 2 t 3
Se   0 , então
1 1 t 1 / 2
Y0 ( s )  y 0 (t )  L 1[ ](t )  ,t  0.
s s 
Logo, para   0 e t  1 , temos que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 32


1
 y0 (1)  C .

Resumindo, obteve-se que

2 2
1   
y (t )  e 4t ,   0, t  0 e z (t )  e 4t ,   0, t  0 .
t 2 t 3

OBS: Esta demonstração está correta desde que a constante C seja independente de
. □
Uma demonstração direta de (a) e (b) pode ser dada da seguinte forma. Primeiro
provamos (a) para   1 e depois utilizamos o 1º Teorema de Translação. De fato,
como
1 1 / 4t
y1 (t )  e , t  0, y1 (0)  0,
t
é contínua t  0 e limitada , então s  0
1 1 2
 ( st 
  st e 1 / 4t   (s  )t dt  s 
)
 Y1 ( s)   e dt   e 4t 2 e e  2 t d (2 t)
0 t 0 t 0

fazendo a mudança   2 t obtem-se que


s 1
 (   )2
(c) e s
Y1 (t )   e 2  d .
0
s
fazendo a mudança    obtem-se que
2
1 s 2
2  (  ) d
e 
e 
s
(d) Y1 ( s)  2 .
s 0 2
Somando (c) e (d) obtem-se que

s 1 1 s 2
 (   )2  (  ) d
Y1 ( s)   e  d  2
2 e 
e 
s 2 2 .
0 s 0 2

Finalmente fazendo    na primeira integral obtem-se que


s 1 s 1
 (   )2 2  (   )2 2 s 1
2 e s
Y1 ( s )   e 2  (1  )d   e 2  (  )d
0 2 s 0 s 2 2

s 1 s 1 2
2  (   )2 s 1 2  (   )
 d( s 1
 
s 0
e 2  (
2 
 )d 
2 s 0
e 2
2   )

2   x2 

s 
e dx  2
s
.

De modo que,

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 33


e s
Y1 ( s) 
s
ou seja,
e 1 / 4t e s
L[ ]( s)  .
t s

Para obtermos (a) para   0,   1 , basta utilizar o seguinte resultado

1º Teorema da Translação:
Hipótese: L [ f ]( s )  F ( s ), para s   .
Tese:
1 t 
F (cs )  L [ f ( )]( s ) , s  , c  0 .
c c c
Assim   0 ,
e  s e  / 4t
2
1 t 1
 Y1 ( s )  2
L [ y1 ( )]( s )  L[ ]( s ) ,
 s 2 2 2  t / 2

ou seja,
e  / 4t e  s
2

L[ ]( s)  , s  0,   0 .
t s

Para provar (b), observamos que a função



e  / 4t , t  0, z (0)  0,
2
z (t ) 
2  t3
é contínua e limitada t  0 . Além disso,

z (t )  y (t ) .
2t
Aplicando o seguinte resultado

f (t )
Teorema: Hipótese: f E , lim    .
t 0 t
f (t ) 
Tese: L[ ]( s )   L [ f ]( ) d  , s   f .
t s
Prova: Observando que

F ( )   e   t f (t )dt
0
satisfaz as condições do teorema de Weierstrass    f , obtem-se que se r  s   f
então
r
r r   r   e  t 
 F ( )d    f (t )dtd   f (t )  e d  dt  
 t  t
f (t ) 
 t 
e dt
s s 0 0 s 0
 s
 f (t )  st  f (t )
 e dt   e rt dt.
0 t 0 t

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 34


f (t ) f (t ) f (t )
OBS: f E , lim     E . De modo que, lim L [ ]( s)  0 .□
t 0 t t s  t

Portanto, fazendo r   , obtem-se que

  f (t )  st f (t )
s
F ( )d   
0 t
e dt  L [
t
]( s ) .
Conclui-se então que
 
 e 
d   e   d (  )
y
L [ z ]( s )  L [  y ]( s)   L [ ]( s )    Y ( )d   
2t 2 t 2 s 2 s  s

b
 lim   e     lim (e  s  e  b )  e  s .
b    s b 

ou seja,
 e  / 4t ]( s )  e  s ,   0, s  0.
2
L[
2  t 3

Agora já temos quase tudo que precisamos para obter a solução do PVIF dada pela
transformada inversa (3). Entretanto, ainda necessitamos definir duas funções especiais
muito importantes na Física-Matemática; as funções erro e erro complementar. Como
motivação, lembramos que

(r  1)
L [t r ]( s )  , r  1 .
s r 1

Por outro lado,


( f  g )(t )  L 1[ F ( s)G( s)](t ) .
Particularmente, temos que
1 1 1 t 1 / 2 t t 1 (t  ) e t t e  (r   )

 0   0 
L [  ](t )  e  1 e d  d 
s s 1 
2e t t r 2

 0 e dr

Definição: A função especial erro (probability integral ) é dada por

2 t r 2
erf (t ) :
 0
e dr , t  0 .

De modo que,
1 1
L 1[  ](t )  e t erf ( t ) .
s s  1
Por outro lado, pelo 1º teorema da translação, temos que

L [e at f (t )]( s)  F ( s  a), a  ℝ.


Com isso obtemos que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 35


1
L [erf ( t )]( s)  , s  0 .
s s 1
Lembrando também que
t 1 1 a
L [  f ( x)dx]( s )  L [ f ]( s )   f (t )dt , a  0 ,
a s s 0
obtemos que

e  s Z ( s ) t  e  / 4 x
2
t
  L [  z ( x)dx]( s)  L [  dx]( s)
02 
s s 0
x3 / 2
t e  / 4 x
2



2 
L[
0 
x3 / 2
dx]( s)

fazendo a mudança 2   2 / 4 x , obtemos que

 s  / 2 t  2 
e   d .
e
L 1[ ](t )  
     / 2
2
e ( 4 d )  2
s 2  t

Assim somos levados a seguinte

Definição: A função especial erro complementar é definida como sendo

  r 2
erfc(t ) : 2
 t e dr , t  0 .

Propriedade:
erf (t )  erfc(t )  1 , t  0.

Gráfico:

De modo que,
 s
e  r 2  / 2 t r 2 
L 1[
 0  0
](t )  2 e dr  2 e dr  1  erf ( )
s 2 t
ou seja,

 e  s
L [erfc( )]( s)  ,   0, s  0.
2 t s

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 36


Conclusão: A solução do PVIF é dada por
x
 s
k
e x
u ( x, t )  L 1[U ( x, s )]( x, t )  u0L 1[ ]( x, t )  u0erfc( ).
s 2k t

Aplicação a Sistemas de Controle automático (Servomecanismos)

Objetivo: Controlar a rotação de uma haste (shaft) através de um ponteiro (controle).

Notação:
 o (t )  ângulo de giro da haste. (output)
 i (t )  ângulo de giro do ponteiro. (input)
Hipótese: A haste possui um momento de inércia I >> momento de inércia do ponteiro.

Definição:  (t )  (haste, ponteiro)  o (t )  i (t ) . (1)

Procedimento: Um sistema auxiliar (servomecanismo) é projetado para medir (t ) e


retroalimentar a haste através de um torque que seja proporcional ao desvio (t ) . Além
disso, para produzir um “damping” no sistema o servomecanismo também produzirá um
torque proporcional à variação do desvio  (t ) .

OBS: O servomecanismo pode conter sua própria fonte de energia através de motor,
gerador ou equipamento elétrico. □

Modelo matemático: O modelo matemático é conseqüência da seguinte lei da Física:


“O produto de I pela aceleração angular é igual ao torque aplicado a haste”, ou seja,
expressando matematicamente obtem-se

I o (t )  k(t )  c(t ) (2)

OBS: Se utilizarmos (1) perceberemos que a EDO que está “por detrás” é
I o (t )  k ( o (t )   i (t ))  c( o (t )   i (t ))  k o (t )  c o (t )  k i (t )  c i (t )
ou seja,
I o (t )  c o (t )  k o (t )  k i (t )  c i (t )

Ou seja, é uma EDO de 2ª ordem linear a coeficientes constantes, portanto do tipo

ay (t )  by (t )  cy (t )  f (t ) .□

Hipóteses adicionais: k , c  0, i , i contínuas em [0,[ .


Condições iniciais: Como a haste está inicialmente em repouso, então
 o (0)   o (0)  0 . (3)

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 37


Conclusão: O modelo matemático é dado pelo seguinte

I   k  c  , t  0
PVI :  o
  o (0)   o (0)  0

Aplicando Laplace na equação (2), obtem-se

Is 2 o ( s )  (k  sc ) ( s )  c i (0) . (3)


OBS: (0)   i (0) □
Por outro lado, aplicando Laplace em (1), obtem-se

( s )   o ( s )   i ( s ) . (4)
De (3) e (4), segue-se

Is 2 ( ( s )   i ( s ))  (k  sc ) ( s )  c i (0)
Donde
( Is 2 i ( s)  c i (0))
( s)   .
Is 2  cs  k
Portanto, o desvio da haste será dado por

 ( Is 2 i ( s)  c i (0)) 
(t )  L 1  (t ) .
 Is 2  cs  k 
Em particular, se  i (t )  at , obtem-se que
 aI a  a 1
( s )    
Is 2  cs  k s 2  c s  k (s  b) 2   2 
I I
2
c k c
onde b  , 2   .
2I I 4I 2
De modo que,
a    a
(t )   L 1   (t )   e  bt sent .
  ( s  b)   
2 2 

k c2
OBS: Supôs-se  . Neste caso, (t ) é uma oscilação subcrítica (um
I 4I 2
“damping”).

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 38


Fórmula Complexa de Inversão

Se possuirmos o ferramental matemático necessário para obtermos a inversão efetiva da


transformada de Laplace a inversão será obtida através da Fórmula Integral de Melin.

Definição: Se F ( s)  L [ f ]( s) , então

  i
f (t )  1
2 i   i
e zt F ( z )dz , t  0 (FI)

OBS: Tem-se que



F (s)   e st f (t )dt .
0

“Complexificando” a variável independente, ou seja, fazendo s = z = x+iy, obtem-se que


 
F ( z )   e ( x iy )t f (t )dt   (e  xt cos yt  ie  xt sen yt ) f (t )dt
0 0
 
  f (t )e xt cos ytdt  i  f (t )e  xt sen ytdt
0 0

 u ( x, y )  iv( x, y )
Como f E então ∃C > 0,∃α ∈  tq.
  f (t )e  xt cos ytdt
 0  C
f (t )  Ce t , t  0    C  e  ( x  )t dt  , x   .

 f (t )e sen ytdt x  
 0
 xt 0

Logo, u e v estão bem definidos na faixa e(z) > . Por outro lado, usando Leibniz
  
u x ( x, y ) 
x 0  0 
f (t )e  xt cos ytdt  tf (t )e  xt cos ytdt

  
u y ( x, y ) 
y 0  0 
f (t )e  xt cos ytdt  tf (t )e  xt sen ytdt

  
v x ( x, y ) 
x 0  0 
f (t )e  xt sen ytdt  tf (t )e  xt sen ytdt


v y ( x, y )    f (t )e  xt sen ytdt    tf (t )e  xt cos ytdt
 

y  0   0 
De modo que, u e v são contínuas em ]0, [ e satisfazem as equações de Cauchy-
Riemann. Portanto, F(z) é analítica em e(z) > . 

(FI) é o método direto para obtenção de L 1[ F ( z )](t ) . A integração é efetuada ao


longo da reta e(z) = ·, onde  é tal que as singularidades de F(z) estão à esquerda de
e(z) = .

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 39


Origem da Fórmula (FI): Trata-se de uma generalização da Fórmula Integral de
Cauchy para retas e(z) =  no caso em elas são a fronteira do semi-plano aonde f (z) é
analítica. Para isso necessitaremos ter alguma informação sobre o comportamento de f
(z) para  z  arbitrariamente grande.

Definição: f (z) é de ordem z k quando  z  , se M, r0 > 0 tais que;


f ( z)  M z , se z  r0 .
k

k
Notação: f (z) = O(z ).

Teorema: (Integral Imprópria de Cauchy)


Hip: f (z) analítica sobre o semi-plano e(z)  e f (z) = O(z k), k > 0.
Tese: Se e(z0) >  , então
  i f ( z)  f (  iy )
f ( z0 )   21 i 
  i ( z  z0 )
dz   21 
 (  iy  z0 )
dy

De modo que, se F(z) é analítica em e(z)  , F(z) = O(z k), k > 0,  z  >> 1, tem-
se que
  i F ( z )
F ( )  21 i 
 i (  z )
dz ,   , e( )   .

Prova:
Seja CR o arco do círculo  z  = R: x ·, onde R >  e R >  z0 .De modo
que, z0  int(CR {x =  }). Definindo tem-se, pela Fórmula Integral de
Cauchy, que

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 40


f ( z)  f ( z)
 i 
f ( z)   f ( z)
 i
f ( z) 
f ( z0 )  1
2 i  ( z  z0 )
dz  1
2 i


 C ( z  z0 )
dz   dz  
( z  z0 ) 
1
2 i


 C ( z  z0 )
dz   dz 
( z  z0 ) 
CR { x  }  R  i   R  i  

Quando zCR tem-se que ; z z0  0 e como f (z)<Mzk, então


se  z  = R, R suficientemente grande (R >> 1), obtem-se que

f ( z) M 1 M 1
 k  k ,se R > r0,p/algum r0 >> 1.
z  z0 z z  z0 R ( R  z0 )

Os integrandos em f (z0) na expressão acima são contínuos. O comprimento de CR é


menor que 2 R. Portanto, como

f ( z) M 2 M
 f ( z)dz  
C C
f ( z ) dz  ML   ( z  z ) dz  R (R  z
CR 0
k
0 )
2 R 
R (1  z0 / R)
k
0

Quando R , pois k > 0. Além disso, como R2=2+2 a integral tb. Converge para 0
quando +. De modo que, tomando o limite + obtem-se que

 i
f ( z)  f (  iy) 1  f (  iy)
f ( z0 )   1
2 i lim
 
 i 
( z  z0 )
dz   21 i lim
     (  iy  z )
0
dy  
2 i   (  iy  z0 )
dy

Então, procedendo formalmente, obtem-se que

  i F ( z)   i 1
f (t )  L 1[ F ( s)](t )  L 1[ 21 i    i (s  z)
dz ](t )  1
2 i 
  i
F ( z )L 1[
sz
](t )dz

  i
 
1 zt
2 i F ( z )e dz
  i
Contorno de Bromwich: Na prática a integral em (FI) é transformada numa integral
de contorno

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 41


f (t )  e
1 zt
2 i F ( z )dz
CB

onde CB= é o contorno de Bromwich;

Tem-se que T = donde T se sé se R, donde


 iT
f (t )  lim 21 i  e zt F ( z )dz  lim  21 i  e zt F ( z )dz  21 i e
zt
F ( z )dz 
R   iT R   CB  

OBS: Condição suficiente para que a integral sobre  convirja para zero quando R:
F ( z )  O( z  k ) (CS)
para algum k > 0. Esta condição sempre ocorre quando, por exemplo, F(z)=p(z)/q(z),
para p e q polinômios com grau(p) < grau(q).

Aplicação do teorema dos Resíduos à Inversão da Transformada de Laplace:


Se as singularidades de F(s) são pólos (ordem finita) à esquerda de uma reta
e, além disso, tivermos

e F ( z )dz  0, qdo. R  
zt

no contorno de Bromwich, então

f (t )   Re s(e
k
zt
F ( z ) : zk ) , zk  pólo de F ( z ).

Exemplo: Calcule
s
L 1[ ](t ).
( s  1) ( s  1) 2
3

ze zt
Pólos de F ( z )  :
( z  1)3 ( z  1)2

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 42


d2 ze zt
z1  1 (ordem 3)  Re s(e zt F ( z ) : 1)  lim 1
[ ]  a1 
z 1
2!
dz 2 ( z  1) 2
d (1  tz )e zt ( z  1) 2  ze zt 2( z  1) 1 d (1  tz )e zt ( z 2  2 z  1)  e zt (2 z 2  2 z )
 12 lim [ ]  lim [ ]
z 1 dz ( z  1) 4 2
z 1 dz ( z  1) 4
d ( z 3  2 z 2  z )te zt  e zt (1  z 2 )
 12 lim [ ]
z 1 dz ( z  1) 4
 [(2  zt )( z  1) 2 te zt  2 ze zt ]( z  1) 4  e zt [(1  z 2 )  tz ( z  1) 2 ]4( z  1)3 
 lim 
1

2
z 1
 ( z  1)8 
1  [(2  t )4te  2e ]2  e [4t ]4(2 )  1  2 (2  t )te  2 e  2 te 
t t 4 t 3 6 t 5 t 7 t
    
2 28  2 28 
1  (2  t )te  t e  t te  t  te  t t 2e  t e  t te  t 1 t 2 t
          (  )e .
2 22 23 2  22 23 24 22 2 4 23

d ze zt (e zt  tze zt )( z  1)3  3ze zt ( z  1) 2


z2  1(ordem2)  Re s(e zt F ( z ) :1)  lim [ ]  lim[ ]
z 1 dz ( z  1)3 z 1 ( z  1)6
23 (1  t )et  3.22 et (1  t ) t 3 t et
  e  e  (2t  1) .
26 23 24 24

De modo que,
s 1 1 1
L 1[ ](t )  3 (  t 2 )et  4 (2t  1)et .
( s  1) ( s  1)
3 2
2 2 2

Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 43


Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 44

Você também pode gostar