Transformada de Laplace 0
Transformada de Laplace 0
Transformada de Laplace 0
Método:
L[ y](t ) f (t ) L p( s) L 1
PVI :
L [ y] y(t )
I t0 ( y) y 0 q( s )
Desvantagens:
(i) Só se aplica a PVI`s envolvendo EDO’s lineares, principalmente à
coeficientes constantes.
(ii) No caso de EDO’s não-homogêneas, a não-homogeneidade tem que
satisfazer certas restrições.
b
P1) f C p ([ a, b]) a
f (t )dt .
b b
P2) f g em [a, b] exceto nos pontos de descontinuidade f (t )dt g (t )dt .
a a
f (t ) Cet , t 0 .
Exemplo:
f 1 é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, 0 .
f (t ) t n é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, 0 .
f (t ) e at é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, a .
senbt
f (t ) é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, 0 .
cos bt
e at cos bt
f (t ) at é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, a .
e senbt
t n e at cos bt
f (t ) n at é de ordem exponencial em ]0,[ com C 1, a .
t e senbt
2
et
lim lim et (t ) , .
t e t t
0
e st f (t )dt
converge s .
C
(s ) T
lim 1 e ( s )T
C
(s )
, se s .
T 1
L [e at ]( s) e st e at dt lim e ( s a )t dt , s a .
0 T 0 ( s a)
T
e st
s cos bt bsenbt
T
L [cos bt ]( s) e st
cos btdt lim e st
cos btdt lim 2
T 0 T s b 2
0
0
e sT
lim 2
T s b 2
s cos bT bsenbT 2 s 2 2 s 2
s b s b
se só se s 0 .
Com a adição e multiplicação por escalar ponto a ponto, S é um espaço vetorial real.
Além disso,
L :E S
Pergunta: L [ f g ]( s) L [ f ]( s ) L [ g ]( s ), f , g E ?
Resposta: Nem sempre, pois se f (t ) cos at e g (t ) cos at , então
s s
L [ f ]( s ) L [ g ]( s ) 2 2 2
0 , em ]0,[ .
s a 2
s a
L [ f g ]( s ) L [0]( s ) 0 em ] ,[ ! ?
Teorema 2: (Lerch)
Dadas f , g E tais que s0 R satisfazendo:
L [ f ]( s) L g ( s), s ]s0 ,[
Então, excetuando os possíveis pontos de descontinuidade, tem-se que
f (t ) g (t ), t ]0,[
L [ f ]( s ) F ( s ) S f (t ) L 1[ F ](t ) E .
1
Definição: f (t ) L [ F ](t ) é denominada transformada inversa de Laplace da
função F (s ) S.
Teorema 3: f E lim L [ f ]( s ) 0 .
s
s
Conclusão: Funções como 1, s, sens , cos s, , pertencem a S, mas não possuem
sa
transformadas inversas em E .
L [ f ]( s) sL [ f ]( s) f (0 )
Prova: Apenas para o caso n 1, os outros casos seguem por indução finita.
0
L [ f ]( s) e st f (t )dt e st f (t ) 0 s e st f (t )dt
0
sL [ f ]( s) lim e f (t )
st T
a
a 0
T
dn n n!
Exemplo: n
t n! L [ D n t n ]( s) L [n!]( s) n!L [1]( s) , s 0 .
dt s
n! n!
Logo, s n L [t n ]( s ) L [t n ]( s ) n 1 , s 0 .
s s
OBS: Da última igualdade se obtém que n! s n1L [t n ]( s) s n1 e st t n dt , s 0 , em
0
particular para s = 1, obtemos a generalização do fatorial de um número natural para
qualquer número real que não seja um inteiro negativo, dado pela função especial
função Gama de Euler
( x 1) x ! et t x dt □
0
n n
n k 1
L [ f ]( s ) ai s ( k 1) i y (i ) (0 )
L [ f ]( s ) q( s )
y (t ) L 1 k 1 i 0
L 1
[ ](t )
n
k p L (s)
ak s
k 0
1 1 a 1
L ... f ( x)dx...dx ( s ) n L [ f ]( s ) n f ( x)dx n 1
t t a t
a a s s 0 s
0 a
f ( x)dxdx ...
n
1 a t t
... f ( x)dx...dx
s 0a
a
n 1
Prova:
t
A prova se baseia no fato de que se f E então a
f ( x)dx E .De modo que,
e st
L f ( x)dx ( s) e st ( f ( x)dx)dt f ( x)dx d (
t t t
)
a 0 a 0 a s
e st t 1 st 1 0 1
s
a
f ( x ) dx
0 s
0
e f (t ) dt
s a
f ( x)dx L [ f ]( s )
s
A fórmula geral é provada iterando esse resultado.
t
t senax senat
Exemplo: Como se sabe 0 cos axdx a 0 a . Então,
1 1 a s a
L [ senat ]( s ) L [cos at ]( s ) L [ senat ]( s ) ( 2 ) 2 , s 0.
a s s s a 2
s a2
xe dx xde xe e dx te
t t t
x t
x x
0
x t
et 1 .
0 0 0
De modo que,
t 1
L [tet e t 1]( s ) L [ xe x dx]( s ) L [tet ]( s ) .
0 s
Mas então
1 1 1 1
(1 )L [tet ]( s) L [e t ]( s) L [1]( s) .
s s 1 s s( s 1)
O que resulta em
1
L [te t ]( s ) , s 1.
( s 1) 2
1 d 1 d
OBS: L [tet ]( s) L [et ]( s) . Coincidência?
( s 1) 2
ds s 1 ds
Prova:
a a
1 t t 1 t t
L [ e b f ( )]( s ) e st ( e b f ( )) dt e ( bs a ) f ( )d L [ f ](bs a ) (bs a )
b b 0 b b 0
a a
1 bt t t
Corolário: L 1
[ (bs a )](t ) e f ( ) eb L - 1
[ (bs )](t ), b 0, a ℝ
b b
a
t
L 1
[ (bs)](t ) e b
L 1
[ (bs a)](t ), a ℝ.
De modo que,
sa
L [e at cos bt ]( s ) , a, b ℝ.
(s a) 2 b 2
2s 3
1
Exemplo: Calcular L [](t ) .
s 4 s 20 2
2s 3 2s 3 2( s 2 ) 7 ( s 2) 7 4
2 2
s 4 s 20 ( s 4 s 4) 16 ( s 2) 4
2 2 2
( s 2) 4
2 2
4 ( s 2) 2 4 2
De modo que,
2s 3 7
L 1 [ 2 ](t ) 2e 2t cos 4t e 2t sen 4t .
s 4 s 20 4
0 , t a
H a (t ) (a 0)
1 , t a
2º Teorema da Translação:
Corolário:
1
L [e as L [ g ]( s )](t ) H a (t ) g (t a) , a 0.
1 e 3s
Exemplo: L [ 2 ](t ) ?
s 6s 10
Vamos usar o corolário: L 1 [e as L [ g ]( s)](t ) H a (t ) g (t a) , a 0.
Neste caso, temos que necessariamente a 3 . De modo que,
e 3s 1
L 1 [ 2 ](t ) H 3 (t ) g (t 3) onde L [ g ]( s ) 2 .
s 6s 10 s 6 s 10
Por outro lado,
1 1 1 1
g (t ) L 1 [ ](t ) e 3t L 1 [ 2 ](t ) e 3t sent
s 6 s 10 ( s 3) 1
2 2
( s 3) 1
2
s 1
Portanto,
e 3s
L 1 [ 2 ](t ) H 3 (t )e 3(t 3) sen(t 3) .
s 6s 10
dn
Teorema 6: L [t n f (t )]( s) (1) n L [ f ]( s) .
ds n
dn
Corolário: L [ f ]( s) ( s) L 1
[ ( s)](t ) (1) n t n L 1
[ ](t ) .
ds n
d d 1 2s
Exemplo: L [tsent ]( s) L [ sent ]( s) 2 2 .
ds ds s 1 ( s 1) 2
1 1
Exemplo: L [ ](t ) ?
( s 1) 2
2
De modo que,
1 1 s t 1 d 1
L 1[ 2 ](t ) L 1[ ](t ) L 1[ ( 2 )](t )dt
( s 1) 2
s ( s 1)
2 2 0 2 ds s 1
Por outro lado,
d 1 1
L 1 [ ( 2 )](t ) tL 1 [ 2 ](t ) tsent
ds s 1 s 1
Assim,
1 1 t 1 t 1 1
1
L [ ]( t ) ( xsenx) dx xd (cosx ) sent t cos t .
( s 1)
2 2
2 0 2 0 2 2
L [ f ]( s)
0
e st f (t )dt
.
1 e sT
Prova:
T 2T ( n 1)T
L [ f ]( s) e st f (t )dt e st f (t )dt e st f (t )dt ... e st f (t )dt ...
0 0 T nT
( n 1)T T T
nT
e st f (t )dt e sx e snT f ( x nT )dx e snT e sx f ( x)dx
0 0
T T T
L [ f ]( s) e st f (t )dt e sT e sx f ( x)dx ... e snT e sx f ( x)dx ...
0 0 0
T
1 e sT ... e snT ... e sx f ( x)dx
0
1 T
sT 0
(1 e )
e sx f ( x)dx
Tem-se que
1 ,0 t 1
f (t ) 0 ,1 t 2
f (t 2) f (t )
De modo que,
2 1
e st f (t )dt e
st
dt 1 e s 1
L [ f ]( s ) 0
0
.
1 e 2 s 1 e 2 s s (1 e ) s (1 e s )
2 s
Exemplo: Obter
L [sen(t )]( s)
Tem-se que
2
e st
2
( s sen t cos t )
T 2 L [sen(t )]( s)
0
e st sen tdt
s2 1 0
2
e2 s 1
2
1
1 e2 s 1 e2 s 2 s
( s 1)(1 e ) s 1
A segunda função especial que nós obteremos será a função de Bessel de 1ª espécie e
ordem zero, J 0 (t ) ,dada pela solução do seguinte
ty y ty 0
PVI :
y (0) 1, y(0) 0
Aplicando Laplace à EDO obtemos
De modo que,
C C 1 C 1 3 1 (2n)! 1
L [ y ]( s ) (1 2 ) 1/2 1 2 2 4
... (1) n n 2 2 n ...
s 1 s
2 s s 2s 2 2! s (2 n !) s
OBS: Por Taylor obtem-se que
( 1) 2 ( 1)( 2) 3
(1 x) 1 x x x ..., ℝ.
2! 3!
Sendo assim, então
(1)k (2k )! 1
L [ y]( s) C k
k 0 (2 k !)
2
s 2 k 1
Procedendo formalmente e aplicando a transformada inversa de Laplace, obtemos
(1)k (2k )! 1 1
(1) k (2k )! t 2 k
( 1) k 2 k
y(t ) C k 2
L [ 2 k 1 ](t ) C k 2
C k 2 t
k 0 (2 k !) s k 0 (2 k !) (2k )! k 0 (2 k !)
Agora, impondo a condição inicial y (0) 1 , conclui-se que
(1) k 2 k
J 0 (t ) k 2 t
k 0 ( 2 k!)
t 2 y ty (t 2 n 2 ) y 0 .
Possui como uma das soluções a função de Bessel de 1ª espécie e ordem n dada por
n2k
(1)k t
J n (t )
k 0
k !((n k )! 2
, t 0.
Consideremos o seguinte
y y 1
PVI :
y ( ) a, y ( ) b
Fazendo a mudança x t obtemos que ~ y ( x) y ( x ) y (t ) satisfaz as seguintes
condições
De modo que,
~ 1 as b
y ( x) L 1 [ 2 ]( x) L 1 [ 2 ]( x)
s ( s 1) ( s 1)
Agora,
1 1 s as b s 1
2 L 1 1 cos x , 2 a 2 b 2 L 1 a cos x bsenx
s ( s 1) s s 1
2
s 1 s 1 s 1
De modo que,
~
y ( x) 1 (a 1) cos x bsenx
Retornando a variável inicial, obtem-se que a solução do PVI original é dada por
y (t ) 1 (a 1) cos(t ) bsen (t ) .
ay by cy g (t )
onde 0 e g (t ) é zero exceto num intervalo t 0 t t 0 , no qual é “muito
grande”, ou seja g (t ) é uma força concentrada em t 0 .
senhs
0 2 s
1
lim e s (t0 ) e s (t0 ) lim e st0
0 s
L [ t0 ]( s) e st0 , t 0 0, s 0.
OBS: Surpreendentemente,
L [ t0 ] S, mas t0 E !□
Definição:
t (t ) f (t )dt lim d (t t0 ) f (t )dt , f C 0 ( ) .
0
0
t (t ) f (t )dt f (t0 ) , f C 0 ( ) .
0
e (t ) H (t ) sent
Convolução:
Pergunta: L [ f .g ]( s ) L [ f ]( s ).L [ g ]( s ) ?
Resposta: Não!
Contra-Exemplo:
1 1 1
f 1, g (t ) t L [ f ]( s) , L [ g ]( s) 2 L [ f ]( s)L [ g ]( s) 3 .
s s s
1
Entretanto, L [ fg ]( s) L [t ]( s) 2 .
s
e sL [ g ](s) L [ H (t ) g (t )](s) e st g (t )dt , 0.
0
OBS: De fato,
e
s
e L [ g ]( s) L [ H (t ) g (t )]( s ) st
g (t )dt
e
s ( )
g ( )d , ( t )
0
Por outro lado,
e g (t )dt e
s ( )
L [ g (t )]( s ) st
g ( )d
0
0 s ( )
e g ( )d
0
Como g E ,então D( g ) ]0, [ g 0 , [ , 0], 0. De modo que,
e
s ( )
L [ g (t )]( s) g ( )d e sL [ g ]( s), 0.
0
0 0
f ( )e s e st g (t )dt d
0 0
f ( )e L [ g ]( s)d
s
0
f ( )L [ g (t )]( s )d
0
f ( ) e g (t )dtd
st
f ( )e st g (t )dtd
0 0 0 0
ou seja,
T
L [ f ]( s )L [ g ]( s ) lim f ( )e st g (t )dtd (1)
T 0 0
M (t )dt .
0
M (t )dt , s .
0
De modo que, (1) pode ser reescrito como
f ( ) g (t )d dt lim I (T ) I (T )
T
L [ f ]( s )L [ g ]( s ) lim e st 1 2
T 0 0 T
onde
f ( ) g (t )ddt
T T
I 1 (T ) e st
0 0
(T ) f ( ) g (t )ddt
T
I2 e st
T 0
De (2), obtem-se que
f ( ) g (t )ddt .
T t
I 1 (T ) e st
0 0
De modo que,
f ( ) g (t )ddt .
t
L [ f ]( s )L [ g ]( s ) lim I 1 (T ) e st
T 0 0
f ( ) g (t )d .
t
( f g )(t ) :
0
Teorema:
Hipóteses: f , g E com L [ f ]( s ), L [ g ]( s ) definidas em 0 s .
Tese:
L [ f ]( s).L [ g ]( s) L [ f g ]( s)
s .
1
Corolário: ( f g )(t ) L [ F (s).G(s)](t ) .
Propriedades:
(P1) f g g f
(P2) f ( g h) f g f h
(P3) f ( g h) ( f g ) h
(P4) f 0 0
~ f (t ),0 t
(P5) f 0 f , f (t )
0 , t0
OBS: f C ( ) f C ( ) e f ( 0) 0 . □
Pergunta: f , g E f g E ?
Resposta: Sim!
ft gt
De fato, f , g E C f , C g 0, f , g ℝ: f (t ) C f e , g (t ) Cg e , t 0
De modo que,
f g ( t )
f ( ) g (t ) Ce Ce t , onde C C f C g , max{ f , g } . Logo,
t t
( f g )(t ) f ( ) g (t ) d C e t d Cte t , t 0 .
0 0
Por outro lado, dado 0 , definindo
t
y(t ) f (t ) g (t ) y( )d (EIC)
a
F (s)
Y ( s ) F ( s ) L [ g y ]( s ) F ( s ) G ( s )Y ( s ) Y ( s ) .
1 G (s)
onde Y ( s ) L [ y ]( s ), F ( s ) L [ f ]( s ), G ( s ) L [ g ]( s ) .
Aplicando L 1 obtemos que
1 t 1
y (t ) L 1
[ F ( s )](t ) L 1
[ ]( ) f (t )d .
1 G(s) 0 1 G(s)
t
ay (t ) by(t ) f (t ) g (t ) y( )d
0
Aplicando L obtem-se
1 t 1
y (t ) ay (0 )L 1
[ ](t ) L 1
[ ]( ) f (t )d .
p L (s) G(s) 0 p L (s) G (s)
dn
OBS: F ( s) L [ f ]( s) L [t n f (t )]( s) (1) n F ( s) .□
ds n
De modo que,
d
L [ty (t )]( s )
( sY ( s ) y (0 )) sY ( s ) Y ( s ) .
ds
Aplicando L a ambos os lados da EDO obtem-se
2 s2 s2 s2 s2
( s s ) ds 2 ln s
(t ) e e 2
s e 2 2
( ( s )Y ( s )) se 2
( s )Y ( s ) se 2
ds C
s2 s2 s2
s2
OBS: se s
ds e 2
d ( ) e 2 .□
2
Portanto,
s2
2
1 e
Y (s) 2
C 2 .
s s
1
Conclusão: Aplicando L , obtem-se que a solução do PVI (em E ) é dada por
y (t ) t .
Exemplo:
y ty y 0
PVI : 0 ,0 t
I0 y 1
Aplicando L a ambos os lados da EDO obtem-se
Ou seja
s 2 / 2
1 s 2 / 2 e
y (t ) L e d (t ) ?
2
OBS: Não existe f E tal que L [ f ]( s) e s / 2 . De modo que, não se pode aplicar a
convolução. □
Hipótese: f , f E .
Tese: lim sL [ f ]( s ) lim f (t ) .
s t 0
st st
Prova: L [ f ]( s ) e f (t )dt lim L [ f ]( s ) lim e f (t )dt .
0 s 0 s 0 0
Pela convergência uniforme obtida pelo teste de Weierstrass, uma vez que
e st f (t ) f (t ) , t 0 e 0 f (t ) dt ,
temos que
s 0
lim L [ f ]( s )
0
f (t )dt lim
T 0
T
f (t )dt lim
T
f (T ) f (0 ).
Portanto,
lim sL [ f ]( s) f (0 ) lim L [ f ]( s) lim
s0 s0 t
f (t ) f (0 ).
1
Teorema: Hipótese: F (s) ak , absolutamente convergente s 0 .
k 0 s k 1
Tese:
tk
f (t ) L 1[ F (s)](t ) ak , t 0 .
k 0
k!
Além disso, f é contínua e de ordem exponencial 1, 1 .
Propriedades
(P1) ( x 1) x( x), x 0.
(P2) (1) 1 .
(P3) (n 1) n! , n 1 .
Gráfico
x
20
10
x
-3 -2 -1 1 2 3
-10
-20
OBS:
dr
L [t r f (t )]( s) (1) r L [ f ]( s) , r , r 1.
ds r
(r 1) (r 1)!
L [t r ]( s ) , s 0 .
r 1
s s r 1
Prova:
(r 1)
L [t r ]( s ) e st t r dt e u ( us ) r d ( us ) .
0 0 s r 1
Exemplo: Um exemplo de integral não trivial que todo estudante de Cálculo I conhece
é o seguinte
x 2
0
e dx .
0
Tem-se que,
L [ f ]( s)
e st
e tx dxdt
e ( s x )t dxdt
e ( s x )t dtdx
2 2 2
0 0 0 0 0 0
T
e ( s x )t
2
T
dx
e ( s x )t dtdx dx
2
lim lim
T ( s x 2 ) s x2
0 T 0 0
0 0
1 x
b
1 1dx d (x / s )
lim arc tg
s 0 1 ( x / s )
2
s b 0 1 ( x / s )
2
s s 0 2 s
De modo que,
1
f (t ) L 1[ ](t ) L 1[ ](t ) .
2 s 2 s
OBS: Pelo teorema anterior,
(1 / 2)
L [t 1 / 2 ]( s ) .□
s1 / 2
Pelo exercício da lista, sabemos que (1 / 2) , o que implica em
f (t ) t 1 / 2 .
2
Portanto,
x2
0 e dx f (1)
2
.
L [ f ](1) et
0
e dx dt e
0
tx 2
0
0
(1 x 2 ) t
dxdt
0
0
e (1 x )t dtdx
2
e (1 x )t
2
dx
dx (arctgx]0
(1 x ) 0 1 x
2 2
0 0 2
Por outro lado,
0
et e dx dt e e
0
x 2t
0
t
0
u 2 1/2
t du dt
OBS: u 2 : x 2t x u / t dx t 1/2 du .
0
et e dx dt e t dt e du
0
x 2t
0
t 1/2
0
u 2
1/2
OBS: v : t 1/2
t v dt 2vdv t
2
dt 2dv .
0
et e dx dt 2e dv e du
0
x t2
0
v2
0
u 2
2 e du
2
u2
0
De modo que,
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - DEMAT-UFOP 28
2
L [ f ](1) 2 e x dx e x dx
2 2
2 0 0 2
cos tx
h(t ) dx , a 0, t 0 . (1)
0 x2 a2
cos tx
H ( s ) e st dxdt (2)
0 0 x2 a2
OBS: Tem-se que
h(t ) f ( x, t )dx
0
1
onde f ( x, t )
x2 a2
M ( x) com
0 2a
. De modo que, pelo M ( x) dx
st
H ( s) 1
e cos tx dtdx
0 x a 0
2 2
1 s
0 x2 a2 s2 x2
dx
Usando frações parciais
1 A
A 1 /( s 2 a 2 )
B
□
( x 2 a 2 )( s 2 x 2 ) x2 a2 s2 x2
B 1 /( s 2
a 2
)
De modo que,
H (s)
s
(s 2 a 2 ) 0
x 1 a
2 2
1
x s22
dx 2
s
2
(s a )
2 a 2 s
2 a ( s
1
a)
.
Sendo assim,
1 at
h(t ) L 1[ H ](t ) L 1[ ](t ) e .
2a sa 2a
Portanto,
cos tx at
0 x a
2 2
dx
2a
e , a 0, t 0.
ut k 2 u xx , x 0, t 0
( PVIF ) : u ( x,0) 0 ,x 0
u (0, t ) u ,t 0
0
u
U (0,s) L [u(0, t )]( s) e st u(0, t )dt e st u0 dt u0L [1]( s) 0 .
0 0 s
Aqui é que será fundamental termos imposto a condição (1). Isso suprirá a falta de uma
segunda condição inicial. De fato, de (1) obtem-se que
M
U ( x, s ) e st u ( x, t )dt e st u ( x, t ) dt M e st dt , s 0 .
0 0 0 s
De modo que, necessariamente lim U ( x, s ) 0 .
s
Portanto,
s
x
U ( x, s) C2 e k .
Agora sim podemos impor nossa única condição inicial sobre a solução geral para
obtermos uma solução única. Fazendo isso, obtemos que
u0
U (0, s) C2 .
s
d2 s
2 U ( x, s ) 2 U ( x, s ) 0 , x 0
dx k
U (0, s) u 0 / s
~
U ( x, s ) M
É
s
u x
U ( x, s ) 0 e k .
s
Então, a solução do (PVIF) será dada por
x
s
e k
u ( x, t ) L 1[U ( x, s)]( x, t ) u 0L 1[ ]( x, t ) . (3)
s
Proposição:
2
1 e s
(a) L[ e 4t ]( s ) , 0 .
t s
2
(b) L[ e 4t ]( s) e s , 0 .
2 t3
OBS: De fato,
1 1 s e s
( sY ( s )) sY ( s ) Y ( s ) s ( )e s (e )
s s s
e s
s ( 1 s 3 / 2 ) e s ( s )e s
1
2 s s
e s e s
( s 1 / 2 )e s
1
s
2 s3 s 2 s
e s s
e s
e
1 Y ( s ) Z ( s )
2 s 2 s 2 2
□
De modo que, obtemos o seguinte sistema
sY ( s) 1 Y ( s ) Z ( s ) 0
2 2
Y (s) 0
Z ( s )
2
Aplicando L 1 , somos levados ao sistema
2 2 y
tz (t ) y (t ) 0 z y 2t 4t
2 2t
OBS:
L [ty ]( s) Y ( s) sL [ty ]( s) sY ( s)
L [(ty )]( s) sL [ty ]( s) 0. y (0) sY ( s)
L 1[ sY ( s)]( s) (ty (t ))
□
A qual é uma EDO linear de 1ª ordem, cujo fator integrante é dado por
1 ( 1 2 ) dt 2
2 2t 4t 2
(t ) e t e 4t .
2 2
1
y (t ) e 4t , 0, t 0 e z (t ) e 4t , 0, t 0 .
t 2 t 3
OBS: Esta demonstração está correta desde que a constante C seja independente de
. □
Uma demonstração direta de (a) e (b) pode ser dada da seguinte forma. Primeiro
provamos (a) para 1 e depois utilizamos o 1º Teorema de Translação. De fato,
como
1 1 / 4t
y1 (t ) e , t 0, y1 (0) 0,
t
é contínua t 0 e limitada , então s 0
1 1 2
( st
st e 1 / 4t (s )t dt s
)
Y1 ( s) e dt e 4t 2 e e 2 t d (2 t)
0 t 0 t 0
s 1 1 s 2
( )2 ( ) d
Y1 ( s) e d 2
2 e
e
s 2 2 .
0 s 0 2
De modo que,
1º Teorema da Translação:
Hipótese: L [ f ]( s ) F ( s ), para s .
Tese:
1 t
F (cs ) L [ f ( )]( s ) , s , c 0 .
c c c
Assim 0 ,
e s e / 4t
2
1 t 1
Y1 ( s ) 2
L [ y1 ( )]( s ) L[ ]( s ) ,
s 2 2 2 t / 2
ou seja,
e / 4t e s
2
L[ ]( s) , s 0, 0 .
t s
f (t )
Teorema: Hipótese: f E , lim .
t 0 t
f (t )
Tese: L[ ]( s ) L [ f ]( ) d , s f .
t s
Prova: Observando que
F ( ) e t f (t )dt
0
satisfaz as condições do teorema de Weierstrass f , obtem-se que se r s f
então
r
r r r e t
F ( )d f (t )dtd f (t ) e d dt
t t
f (t )
t
e dt
s s 0 0 s 0
s
f (t ) st f (t )
e dt e rt dt.
0 t 0 t
f (t ) st f (t )
s
F ( )d
0 t
e dt L [
t
]( s ) .
Conclui-se então que
e
d e d ( )
y
L [ z ]( s ) L [ y ]( s) L [ ]( s ) Y ( )d
2t 2 t 2 s 2 s s
b
lim e lim (e s e b ) e s .
b s b
ou seja,
e / 4t ]( s ) e s , 0, s 0.
2
L[
2 t 3
Agora já temos quase tudo que precisamos para obter a solução do PVIF dada pela
transformada inversa (3). Entretanto, ainda necessitamos definir duas funções especiais
muito importantes na Física-Matemática; as funções erro e erro complementar. Como
motivação, lembramos que
(r 1)
L [t r ]( s ) , r 1 .
s r 1
0 0
L [ ](t ) e 1 e d d
s s 1
2e t t r 2
0 e dr
2 t r 2
erf (t ) :
0
e dr , t 0 .
De modo que,
1 1
L 1[ ](t ) e t erf ( t ) .
s s 1
Por outro lado, pelo 1º teorema da translação, temos que
e s Z ( s ) t e / 4 x
2
t
L [ z ( x)dx]( s) L [ dx]( s)
02
s s 0
x3 / 2
t e / 4 x
2
2
L[
0
x3 / 2
dx]( s)
s / 2 t 2
e d .
e
L 1[ ](t )
/ 2
2
e ( 4 d ) 2
s 2 t
r 2
erfc(t ) : 2
t e dr , t 0 .
Propriedade:
erf (t ) erfc(t ) 1 , t 0.
Gráfico:
De modo que,
s
e r 2 / 2 t r 2
L 1[
0 0
](t ) 2 e dr 2 e dr 1 erf ( )
s 2 t
ou seja,
e s
L [erfc( )]( s) , 0, s 0.
2 t s
Notação:
o (t ) ângulo de giro da haste. (output)
i (t ) ângulo de giro do ponteiro. (input)
Hipótese: A haste possui um momento de inércia I >> momento de inércia do ponteiro.
OBS: O servomecanismo pode conter sua própria fonte de energia através de motor,
gerador ou equipamento elétrico. □
OBS: Se utilizarmos (1) perceberemos que a EDO que está “por detrás” é
I o (t ) k ( o (t ) i (t )) c( o (t ) i (t )) k o (t ) c o (t ) k i (t ) c i (t )
ou seja,
I o (t ) c o (t ) k o (t ) k i (t ) c i (t )
ay (t ) by (t ) cy (t ) f (t ) .□
I k c , t 0
PVI : o
o (0) o (0) 0
( s ) o ( s ) i ( s ) . (4)
De (3) e (4), segue-se
Is 2 ( ( s ) i ( s )) (k sc ) ( s ) c i (0)
Donde
( Is 2 i ( s) c i (0))
( s) .
Is 2 cs k
Portanto, o desvio da haste será dado por
( Is 2 i ( s) c i (0))
(t ) L 1 (t ) .
Is 2 cs k
Em particular, se i (t ) at , obtem-se que
aI a a 1
( s )
Is 2 cs k s 2 c s k (s b) 2 2
I I
2
c k c
onde b , 2 .
2I I 4I 2
De modo que,
a a
(t ) L 1 (t ) e bt sent .
( s b)
2 2
k c2
OBS: Supôs-se . Neste caso, (t ) é uma oscilação subcrítica (um
I 4I 2
“damping”).
Definição: Se F ( s) L [ f ]( s) , então
i
f (t ) 1
2 i i
e zt F ( z )dz , t 0 (FI)
u ( x, y ) iv( x, y )
Como f E então ∃C > 0,∃α ∈ tq.
f (t )e xt cos ytdt
0 C
f (t ) Ce t , t 0 C e ( x )t dt , x .
f (t )e sen ytdt x
0
xt 0
Logo, u e v estão bem definidos na faixa e(z) > . Por outro lado, usando Leibniz
u x ( x, y )
x 0 0
f (t )e xt cos ytdt tf (t )e xt cos ytdt
u y ( x, y )
y 0 0
f (t )e xt cos ytdt tf (t )e xt sen ytdt
v x ( x, y )
x 0 0
f (t )e xt sen ytdt tf (t )e xt sen ytdt
v y ( x, y ) f (t )e xt sen ytdt tf (t )e xt cos ytdt
y 0 0
De modo que, u e v são contínuas em ]0, [ e satisfazem as equações de Cauchy-
Riemann. Portanto, F(z) é analítica em e(z) > .
k
Notação: f (z) = O(z ).
De modo que, se F(z) é analítica em e(z) , F(z) = O(z k), k > 0, z >> 1, tem-
se que
i F ( z )
F ( ) 21 i
i ( z )
dz , , e( ) .
Prova:
Seja CR o arco do círculo z = R: x ·, onde R > e R > z0 .De modo
que, z0 int(CR {x = }). Definindo tem-se, pela Fórmula Integral de
Cauchy, que
f ( z) M 1 M 1
k k ,se R > r0,p/algum r0 >> 1.
z z0 z z z0 R ( R z0 )
f ( z) M 2 M
f ( z)dz
C C
f ( z ) dz ML ( z z ) dz R (R z
CR 0
k
0 )
2 R
R (1 z0 / R)
k
0
Quando R , pois k > 0. Além disso, como R2=2+2 a integral tb. Converge para 0
quando +. De modo que, tomando o limite + obtem-se que
i
f ( z) f ( iy) 1 f ( iy)
f ( z0 ) 1
2 i lim
i
( z z0 )
dz 21 i lim
( iy z )
0
dy
2 i ( iy z0 )
dy
i F ( z) i 1
f (t ) L 1[ F ( s)](t ) L 1[ 21 i i (s z)
dz ](t ) 1
2 i
i
F ( z )L 1[
sz
](t )dz
i
1 zt
2 i F ( z )e dz
i
Contorno de Bromwich: Na prática a integral em (FI) é transformada numa integral
de contorno
OBS: Condição suficiente para que a integral sobre convirja para zero quando R:
F ( z ) O( z k ) (CS)
para algum k > 0. Esta condição sempre ocorre quando, por exemplo, F(z)=p(z)/q(z),
para p e q polinômios com grau(p) < grau(q).
e F ( z )dz 0, qdo. R
zt
f (t ) Re s(e
k
zt
F ( z ) : zk ) , zk pólo de F ( z ).
Exemplo: Calcule
s
L 1[ ](t ).
( s 1) ( s 1) 2
3
ze zt
Pólos de F ( z ) :
( z 1)3 ( z 1)2
De modo que,
s 1 1 1
L 1[ ](t ) 3 ( t 2 )et 4 (2t 1)et .
( s 1) ( s 1)
3 2
2 2 2