Manual de Boas Praticas Pref Jundiai

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 32

Manual de Boas Práticas

APRESENTAÇÃO

A educação infantil tem mais de um século de história, mas somente nos


últimos anos foi reconhecida como primeira etapa da Educação Básica, direito da
criança e dever da família, do Estado e da sociedade. A partir desse reconhecimento,
houve uma ampliação significativa do interesse pelo atendimento nas escolas de
educação infantil e, consequentemente, um crescimento da demanda desse
segmento. Embora as escolas de educação infantil tenham como prioridade o
desenvolvimento pleno das crianças e de suas aprendizagens, não se pode
desconsiderar a importância de assegurarmos um ambiente saudável e seguro para
que o trabalho possa ser realizado de forma harmoniosa.

O trabalho realizado nessas unidades integra ações de educar e de cuidar,


visando os desenvolvimentos cognitivo, afetivo, social e psicológico da criança.
Propostas de vivências e de experiências com os colegas e com os adultos são
determinantes para esses desenvolvimentos. Portanto, a utilização de um espaço
coletivo deve ter procedimentos voltados à prevenção e ao controle de doenças, à
prevenção de acidentes e à ampliação das possibilidades de utilização dos espaços
pelas crianças.

Visando essa normatização, em 2010, a Secretaria Municipal de Educação


(SME), em parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos
(INBRAPE), organizou a primeira versão do Manual de Boas Práticas. Nele, de forma
bastante simples, estão descritas as atividades e os procedimentos relacionados à
higiene nas nossas creches. As orientações contemplam desde a higienização pessoal
dos profissionais até a higiene das crianças, a higiene ambiental e a higiene de
utensílios. Em 2014, este Manual foi revisado e atualizado, para atender às novas
demandas que surgiram após a elaboração do primeiro documento. Acreditamos que,
a partir da aplicação destes procedimentos em nossas escolas, possibilitemos maior
qualidade no atendimento e no serviço prestado e tenhamos consequências positivas
na saúde e no desenvolvimento das crianças.
Manual de Boas Práticas

SUMÁRIO

1. Objetivos .....................................................................................................................5

2. Campo de aplicação .....................................................................................................5

3. Definições ....................................................................................................................5

4. Recursos Humanos .......................................................................................................7

4.1. Formação permanente dos servidores da educação ......................................................... 7

4.2. Saúde/ Controle ................................................................................................................. 7

4.3. Vestimenta de servidores................................................................................................... 8

4.4. Higiene das mãos ............................................................................................................... 9

4.5. Hábitos Pessoais ............................................................................................................... 10

5. Saúde e Higiene das Crianças ...................................................................................... 11

5.1. Higiene ............................................................................................................................. 11

5.2. Troca de fraldas ................................................................................................................ 12

5.3 Banho ................................................................................................................................ 15

5.4 Desfralda ........................................................................................................................... 16

5.5 Saúde Bucal ....................................................................................................................... 17

5.6 Troca de roupas (para crianças que não usam fraldas) .................................................... 19

6. Higienização Ambiental e de Instalações (Procedimentos operacionais padronizados) ..... 19

6.1. Área externa ..................................................................................................................... 19

6.2. Caixas de areia.................................................................................................................. 20

6.3. Ralos ................................................................................................................................. 20

6.4. Pisos.................................................................................................................................. 20

6.5. Paredes internas e azulejos .............................................................................................. 21

6.6. Interruptores, tomadas e caixas disjuntores.................................................................... 21

6.7. Telas e janelas .................................................................................................................. 22

6.8. Teto, luminárias e ventiladores ........................................................................................ 22

6.9. Sanitários .......................................................................................................................... 23


Manual de Boas Práticas

6.10. Portas ............................................................................................................................. 24

6.11. Recipiente de lixo ........................................................................................................... 24

7. Higienização de equipamentos e utensílios – procedimentos operacionais padronizados . 25

7.1. Roupa de cama e banho ................................................................................................... 25

7.2. Colchonetes ...................................................................................................................... 25

7.3 Brinquedos ........................................................................................................................ 26

7.4. Prateleiras de apoio e armários ....................................................................................... 26

7.5. Cubas de banho ................................................................................................................ 27

7.6. Vasilhames de plástico em geral ...................................................................................... 28

7.7. Mesas e cadeiras .............................................................................................................. 28

7.8. Pano de tecido.................................................................................................................. 29

7.9. Bebedouros de galões de água ........................................................................................ 29

7.10. Desinfecção periódica de bebedouros de pressão ........................................................ 30

8. Preparo de Soluções ................................................................................................... 31

8.1. Preparação de soluções de Hipoclorito de Sódio (200 ppm) ........................................... 31

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .......................................................................................... 32


Manual de Boas Práticas

1. Objetivos

O Manual de Boas Práticas tem por objetivos:

 estabelecer procedimentos a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias


necessárias para atender aos requisitos relativos às Boas Práticas, proporcionando
inocuidade aos ambientes e segurança aos alunos e funcionários envolvidos em
todos os processos realizados cotidianamente nas escolas municipais de educação
básica;
 estabelecer procedimentos padronizados de limpeza e sanitização de ambientes,
bem como de tarefas efetuadas cotidianamente (Procedimentos Padronizados de
Higiene Operacional).
 estabelecer procedimentos de verificação e avaliação dos processos de boas
práticas de manipulação e de higienização e sanitização implementados.

2. Campo de aplicação

 Este documento aplica-se às Escolas Municipais de Educação Básica (EMEB) que


atendem crianças de 0 a 3 anos, no município de Jundiaí.
 Os Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional e os Procedimentos
Operacionais Padronizados aplicam-se às instalações, aos equipamentos, aos
utensílios utilizados, aos funcionários e aos usuários dessas instituições.

3. Definições

 AÇÃO CORRETIVA: qualquer ação a ser tomada quando os resultados da


monitorização indicarem um desvio das boas práticas.
 ANTISSEPSIA: operação destinada à redução de micro-organismos presentes na
pele, por meio de agentes químicos, após lavagem, enxágue e secagem das mãos.
 BOAS PRÁTICAS: procedimentos necessários para obtenção de segurança sanitária
nas rotinas cotidianas.
 CONTROLAR: adotar as ações necessárias para manter e assegurar o cumprimento
dos critérios estabelecidos no Manual de Boas Práticas.
5
Manual de Boas Práticas

 CONTROLE: maneira como os procedimentos corretos são executados e os critérios


cumpridos.
 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS: sistema que incorpora ações preventivas e
corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação de
vetores e pragas urbanas que comprometam a segurança ambiental.
 DESINFECÇÃO: redução, por método físico e/ou agentes químicos, do número de
micro-organismos a um nível que não comprometa a segurança de usuários e
funcionários.
 HIGIENIZAÇÃO: operação que se divide em duas etapas, limpeza e desinfecção.
 LIMPEZA: remoção residual de alimentos, sujidades ou outras substâncias
indesejáveis.
 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS: documento que descreve as operações a serem
realizadas pelo estabelecimento educacional, incluindo, no mínimo: os requisitos
sanitários dos edifícios; a manutenção e a higienização das instalações, dos
equipamentos e dos utensílios; o controle integrado de vetores e pragas urbanas; o
controle da higiene e o cuidado com a saúde dos manipuladores; o controle e a
garantia de qualidade aos usuários.
 MEDIDA PREVENTIVA: qualquer ação ou atividade que pode ser usada para
prevenir, eliminar ou reduzir a um nível aceitável um contaminante.
 MONITORIZAÇÃO: condução de uma sequência planejada de observações ou de
medidas de controle, com a finalidade de se avaliar a execução das boas práticas.
 PRAGAS: animais que infestam ambientes urbanos, podendo causar agravos à
saúde e/ou prejuízos materiais.
 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO: procedimento escrito de forma
objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações
rotineiras.
 PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS DE HIGIENE OPERACIONAL: procedimentos de
limpeza e sanitização adotados pelo estabelecimento educacional.
 REGISTRO: planilha ou documento contendo as anotações de controles ou de
verificação com a assinatura do responsável pelo seu preenchimento.

6
Manual de Boas Práticas

 RESÍDUOS: materiais a serem descartados, oriundos de áreas de produção e de


demais áreas do estabelecimento.
 SANEANTE: substância química ou preparação capaz de eliminar ou reduzir, em
níveis aceitáveis, contaminantes microbiológicos.
 SANITIZAÇÃO: operação de eliminação ou redução do número de micro-
organismos, por meio de método físico ou de substância química, em um nível que
não comprometa a integridade e a inocuidade do alimento.
 VERIFICAÇÃO: procedimento realizado, cotidianamente, pelo diretor da unidade
escolar e, ocasionalmente, pela Secretaria de Educação.
 VETORES: artrópodes ou invertebrados que transmitem infecções, por meio do
carreamento externo (transmissão passiva ou mecânica) ou interno (transmissão
biológica) de micro-organismos.

Observação: Limpeza e esterilização são procedimentos diferentes. A limpeza se


destina à remoção de resíduos, enquanto a esterilização refere-se à eliminação de
bactérias e germes.

4. Recursos Humanos

4.1. Formação permanente dos servidores da educação

Sempre que ingressarem novos servidores nas EMEB que atendem crianças de
0 a 3 anos, deverá ocorrer formação relativa aos procedimentos contidos neste
manual. Esta formação deverá ser organizada pelas diretorias da SME, responsáveis
pelas atribuições dos cargos envolvidos, com indicação dos diretores das escolas. Após
esta formação inicial, caberão às equipes gestoras das unidades a manutenção da
formação e o acompanhamento da execução dos procedimentos.

4.2. Saúde/ Controle

No caso de o funcionário apresentar sintomas de enfermidades e ou lesões que


possam comprometer às condições higiênico-sanitárias do estabelecimento, dos

7
Manual de Boas Práticas

alunos ou de outros funcionários, ele deverá ser encaminhado à unidade básica de


saúde ou ao hospital mais próximo, para que passe por consulta médica.

Todo funcionário deverá manter a carteira de vacinação atualizada.

4.3. Vestimenta de servidores

As regras de vestimenta serão aplicadas a todos os servidores da unidade


escolar, com exceção das cozinheiras, que seguem procedimentos próprios, e dos
assistentes administrativos (desde que não circulem pelos ambientes destinados às
crianças), conforme seguem:

 utilizar vestuário em bom estado, sem fendas ou manchas, nem com partes
descosturadas ou furos;
 manter a vestimenta limpa, bem passada e trocada diariamente;
 utilizar roupas confortáveis e discretas que permitam ampla movimentação no
contato com as crianças, com os materiais e com o ambiente (sentar no chão,
abaixar, subir escadas, carregar crianças, caixas etc.);
 não utilizar peças de roupas curtas, apertadas, decotadas, transparentes ou com
elementos excessivamente salientes, como, por exemplo, botões muito grandes,
pedrarias etc.;
 calçar sapatos que ofereçam segurança ao profissional e ao atendimento às
crianças, sendo assim, não devem ser utilizados saltos altos, tamancos ou chinelos;
 durante o trabalho, não portar acessórios ou adereços, tais como: anéis, colares,
correntes, gargantilhas, amuletos, relógios, pulseiras, piercings e brincos grandes;
o é permitido apenas o uso de aliança e de piercings ou brincos pequenos,
sem argolas ou pingentes, que não ultrapassem o lóbulo da orelha;
 não portar, durante o trabalho, bolsas, pochetes ou similares, nem carregar no
vestuário: caneta, lápis, espelhinhos, ferramentas, pentes, pinças, batons, alfinetes,
cigarros, dinheiro, celulares ou quaisquer outros objetos que possam desviar a
atenção do servidor durante o trabalho com as crianças;
 utilizar touca durante a alimentação das crianças.

8
Manual de Boas Práticas

o O servidor poderá optar por utilizar-se de outros recursos, além da


touca, caso esta não seja suficiente para manter todo cabelo preso
durante a refeição.

4.4. Higiene das mãos:

Os funcionários devem higienizar as mãos antes e após realizarem os


procedimentos cotidianos com os usuários (alimentação, banho, troca de roupas),
adotando as técnicas adequadas, que envolvem, obrigatoriamente, as etapas de
lavagem e antissepsia das mãos.

Lavagem:

A lavagem deverá ser realizada nos seguintes momentos:

 quando chegar ao trabalho;


 depois de utilizar os sanitários;
 depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz;
 depois de usar esfregões, panos e materiais de limpeza;
 depois de recolher o lixo e os resíduos;
 depois de pegar em dinheiro;
 depois de tocar nos sapatos;
 antes de manipular alimentos;
 cada vez que as mãos estiverem sujas;
 antes e após a troca das crianças.

Procedimentos:

 umedecer as mãos e os antebraços com água;


 aplicar o sabonete líquido inodoro em quantidade suficiente;
 friccionar por, no mínimo, 15 segundos toda a superfície das mãos, dedos e
antebraços;
 lavar a torneira (quando a abertura for manual);

9
Manual de Boas Práticas

 enxaguar bem com água corrente as mãos e antebraços;


 enxaguar a torneira (quando a abertura for manual) e usar toalha de papel para
fechá-la;
 enxugar as mãos e os antebraços com papel toalha;
 aplicar álcool em gel (70o) e espalhar por toda a mão e antebraço, deixando secar
naturalmente.

Observações: Utilizar sabonete líquido e saboneteiras dosadoras.


Não é recomendado o uso de escovas para lavar as unhas.

Antissepsia

 aplicar o antisséptico nas mãos e nos antebraços, deixando secar naturalmente ao


ar;
 utilizar antisséptico em saboneteiras dosadoras.

Observação: O antisséptico deverá ser utilizado mesmo quando, na etapa de lavagem,


tiver sido utilizado o sabonete líquido antisséptico;

4.5. Hábitos Pessoais:

É dever de todos os servidores seguir os procedimentos de higiene corporal e


operacional.

Procedimentos:

 tomar banho diariamente;


 lavar e secar bem os pés;
 lavar a cabeça com frequência e escovar bem os cabelos;
 evitar barba, bigode, costeletas e, se utilizados, bem aparados, limpos e não
exagerados;
 manter as unhas curtas e limpas
o é permitido o uso de esmaltes;
 escovar os dentes após as refeições;
10
Manual de Boas Práticas

 não utilizar perfumes ou produtos com odores acentuados;


 eliminar odores de cigarros do corpo e da vestimenta, antes de iniciar o trabalho;
 manter a higiene adequada das mãos;
 limpar, cobrir e proteger qualquer ferimento;
 comunicar à chefia direta a ocorrência de ferimento ou doenças transmissíveis;
 manter os calçados limpos.

5. Saúde e Higiene das Crianças

5.1. Higiene:

Toda criança deve ter seus utensílios de higiene pessoal separados e


identificados. Devem ser de uso individual: pente, escova de dente, creme dental,
sabonete líquido, shampoo e condicionador.

A criança que faz uso de chupeta durante o período de adaptação deve ter um
recipiente identificado e com tampa para acondicioná-la de acordo com os
procedimentos a seguir.

Higienização das chupetas:

Ressalta-se que o uso da chupeta é permitido no período de adaptação. Nos


casos em que a criança faz o uso da chupeta para dormir, deverão ser traçadas ações
para a retirada desse hábito, respeitando a individualidade de cada criança.

Frequência: diária, no início do período, e após sempre que necessária.


Responsável: ADI
Procedimentos:

Diariamente

 lavar a chupeta após o uso com sabão neutro e água corrente;


 remover o excesso de água e borrifar solução clorada em toda a superfície do látex
ou do silicone do bico;

11
Manual de Boas Práticas

 acondicioná-la, após secar, em recipientes limpos e com tampa;


 lavar a chupeta em água corrente, antes que a criança a utilize novamente;
 não deixar a chupeta diretamente sob o calor ou luz do sol, nem deixar em solução
esterilizadora por mais tempo do que o recomendado, para não prejudicar o
funcionamento do produto.

Observação: a família deverá realizar diariamente a esterilização das chupetas,


fervendo-a por cinco minutos.

5.2. Troca de fraldas:

A fralda deverá ser trocada imediatamente após a criança urinar ou defecar. A


higienização das crianças procede de forma diferente em cada uma dessas duas
situações. Não se deve trocar a criança na sala de atividades e deve-se aproveitar este
momento para trocar as roupas das crianças, sempre que houver necessidade. É
função dos adultos observar as condições climáticas, garantindo que as crianças
estejam com roupas adequadas, além de providenciar, junto à família, o acesso às
roupas necessárias para atender a criança.

Antes de iniciar a troca, é necessário forrar o trocador com lençol descartável e


retirá-lo após o uso.

Frequência: sempre que necessário


Responsável: ADI
Procedimentos:

Ao urinar – criança de sexo feminino

 certificar-se de que todos os materiais estão preparados;


 lavar as mãos antes de limpar o bebê e após a realização deste procedimento;
 usar luvas durante o procedimento;
 levar a criança à sala de banho e colocá-la em posição de troca (decúbito dorsal);
 retirar a fralda da criança;

12
Manual de Boas Práticas

 higienizar a região genital com água morna ou lenço umedecido;


 começar a limpeza sempre partindo da região mais limpa para a mais suja;
 limpar sempre no sentido descendente (de cima para baixo);
 após limpar os grandes lábios, afastá-los e proceder à limpeza nos pequenos lábios,
sempre de cima para baixo;
 trocar o lenço umedecido sempre que houver necessidade;
 após secar bem a pele do bebê, se necessário, passar pomada preventiva contra
assadura e colocar uma nova fralda descartável;
 descartar a fralda suja e as luvas utilizadas;
 após cada troca, limpar o trocador com álcool de forma unidirecional.

Ao urinar – sexo masculino

 certificar-se de que todos os materiais estão preparados;


 lavar as mãos antes de limpar o bebê e após a realização deste procedimento;
 usar luvas durante o procedimento;
 levar a criança à sala de banho e colocá-la em posição de troca (decúbito dorsal);
 retirar a fralda da criança e começar a higienização com água morna ou lenço
umedecido;
 colocar sobre ele um pano pequeno enquanto estiver sem falda, poupando, assim,
um eventual esguicho inesperado de urina;
 começar a limpeza pela virilha, sempre partindo da região mais limpa para a mais
suja;
 limpar sempre no sentido descendente (de cima para baixo);
 após limpar o pênis de cima para baixo, limpar os testículos e o períneo;
 trocar o lenço umedecido sempre que houver necessidade;
 após secar bem a pele do bebê, se necessário, passar pomada preventiva contra
assadura e colocar uma nova fralda descartável;
 descartar a fralda suja e as luvas utilizadas;
 após cada troca, limpar o trocador com álcool de forma unidirecional.

13
Manual de Boas Práticas

Ao defecar – ambos os sexos

 certificar-se de que todos os materiais estão preparados;


 lavar as mãos antes de limpar o bebê e após a realização deste procedimento;
 usar luvas durante o procedimento;
 levar a criança à sala de banho e colocá-la em posição de troca (decúbito dorsal);
 retirar a fralda da criança e começar a limpeza com lenço umedecido para não sujar
a água, sempre de cima para baixo, principalmente nas meninas, para evitar que as
fezes entrem em contato com o órgão genital;
 após a limpeza, fechar a fralda suja com as próprias tiras adesivas, colocando-as
dentro das luvas e jogar em lixo apropriado;
 colocar o bebê na cuba e LAVAR as partes intimas com água e sabão TODA vez que
ocorrer a defecação, independentemente do gênero;
 secar bem a pele do bebê com uma toalha macia, usar pomada preventiva contra
assaduras e, se necessário, colocar nova fralda descartável;
 higienizar o trocador com álcool de forma unidirecional.

Descarte de fraldas

 fechar bem a fralda com o conteúdo de defecação na parte interna (fechar com a
própria fita adesiva);
 retirar a luva de procedimento da mão esquerda e, ao retirar a da mão direita,
deixar todo o conteúdo (fralda fechada + luva da mão esquerda) dentro da luva
invertida da mão direita;
 fechar a luva que contém a fralda e a luva da mão esquerda;
 descartá-la no lixo;
 fechar o lixo após o descarte.

Observação: A unidade de ensino deverá ter uma rotina periódica de limpeza e de


retirada desse lixo, para que o conteúdo de fezes não fique muito tempo no ambiente
do banheiro.

14
Manual de Boas Práticas

5.3 Banho:

É necessário o uso da cuba para os bebês e de chuveiros para as crianças que já


andam com segurança. Antes de colocar a criança na cuba ou chuveiro, o funcionário
deverá testar com o dorso da mão a temperatura da água.

Frequência: Escolas de período integral: diariamente somente para as crianças que


usam fralda, de acordo com a necessidade da criança. Para as crianças
que não usam fralda, sempre que se fizer necessário.
Escolas de período parcial: sempre que se fizer necessário, para todas as
crianças (que usam fralda ou não).
Responsável: ADI
Procedimentos:

Na cuba:

 providenciar e organizar todo material de banho;


 lavar as mãos antes de dar o banho na criança e após a realização deste
procedimento;
 ligar a ducha e examinar a temperatura da água com o dorso da mão;
 encher a cuba e examinar, novamente, a temperatura da água com o dorso da mão;
 desligar a ducha;
 retirar toda a roupa da criança e colocá-la na cuba;
 caso tenha defecado antes do banho, fazer a higienização com o lenço umedecido,
conforme as instruções dos procedimentos de troca de fraldas, antes de colocá-la
na cuba;
 começar a higienização da cabeça (cabelos) e depois do corpo, parte de trás das
orelhas, pescoço e axilas – locais em que se acumulam detritos;
 lavar os braços e as pernas da criança, atentando-se para os dedos dos pés e das
mãos;
 lavar o umbigo e, finalmente, a região inguinal, limpando-a cuidadosamente e
detalhadamente, principalmente nas meninas;

15
Manual de Boas Práticas

 não trocar a água durante o banho, a água utilizada na cuba durante o banho
deverá ser a mesma do início ao término;
 após o banho, enrolar a criança em uma toalha seca;
 enxugar a cabeça com movimentos suaves, evitando-se esfregar;
 enxugar bem as dobras, pois nestas regiões podem ocorrer intertrigos;
 enxugar as orelhas com a toalha;
 após enxugar a criança, trocá-la com roupas limpas e secas;
 fazer a limpeza e desinfecção da cuba após o banho.

No chuveiro:

 providenciar e organizar todo o material de banho;


 lavar as mãos antes de dar o banho na criança e após a realização deste
procedimento;
 ligar o chuveiro e identificar a temperatura da água com o dorso da mão;
 retirar toda a roupa da criança e colocá-la embaixo do chuveiro;
 começar a higienização da cabeça (cabelos) e depois do corpo, parte de trás das
orelhas, pescoço e axilas – locais em que se acumulam detritos;
 lavar os braços e as pernas da criança, atentando-se para os dedos dos pés e das
mãos;
 lavar o umbigo e, finalmente, a região inguinal, limpando-a cuidadosamente e
detalhadamente, principalmente nas meninas;
 após o banho, enrolar a criança em uma toalha macia;
 enxugar a cabeça com movimentos suaves, evitando esfregar;
 enxugar bem as dobras, pois nestas regiões podem ocorrer intertrigos;
 enxugar as orelhas com a toalha;
 após enxugar a criança, trocá-la com roupas limpas e secas.

5.4 Desfralda:

O processo de desfralda se dá de forma individual e muda de acordo com o


desenvolvimento de cada criança, portanto, deve-se respeitar o tempo de cada uma.
16
Manual de Boas Práticas

A criança precisa ter algumas habilidades para começar a ficar sem as fraldas,
como, por exemplo, ficar sentada sozinha, andar com segurança e desenvoltura e
expressar-se para conseguir ir ao banheiro e tirar suas roupas.

A ADI e a professora têm um papel importante nesse processo, pois podem


ensinar as crianças a deixarem as fraldas, incentivando-as para que isso aconteça
naturalmente, sem traumas.

Deve-se explicar sempre para a criança o que acontece no banheiro, de forma


que ela possa entender que aquele lugar é o ideal para fazer suas necessidades
fisiológicas. Não se deve utilizar penicos ou “troninhos” no ambiente escolar.

É importante familiarizar a criança com o vaso sanitário, explicando-lhe quando


e como usá-lo. No início, é importante oferecer o banheiro constantemente,
aumentando gradativamente os intervalos de tempo.

Nunca se deve postergar a ida ao banheiro quando solicitado pela criança, nem
puni-la ou castigá-la quando não conseguir utilizar o vaso sanitário para realizar as suas
necessidades fisiológicas.

Meninos e meninas aprendem primeiramente sentados, mas os meninos


devem ser estimulados a urinar em pé, depois do controle já adquirido.

Não é indicado deixar a criança por um tempo excessivo no vaso sanitário,


quando ela não conseguir evacuar ou urinar. É importante atentar-se aos horários em
que ela defecava na fralda e levá-la ao vaso sanitário nesses períodos.

5.5 Saúde Bucal:

Os dentes de leite (decíduos) são importantes para “guardar” o espaço e


preparar o caminho dos dentes permanentes, servindo de guia para que esses dentes
se posicionem de forma correta.

17
Manual de Boas Práticas

Para a criança alimentar-se bem, com prazer, e ter uma mastigação eficiente
dos alimentos, sem desconforto, é necessário que seus dentes estejam em bom
estado.

A escovação realizada na escola tem como objetivo, prioritário, que a criança


aprenda a realizar este procedimento.

Higienização Bucal na Escola

Frequência: diariamente, conforme organização de cada unidade escolar.


Responsáveis: ADI ou Professores
Procedimentos: para a higienização bucal das crianças, devem-se seguir os seguintes
procedimentos:

Criança sem dentição:

 higienizar as mãos conforme procedimento descrito;


 enrolar uma gaze limpa no dedo indicador direito ou esquerdo, molhando-a em
água filtrada ou fervida;
 limpar a gengiva da criança, abordando a pele superior e inferior, a língua, e o céu
da boca, isto é, toda cavidade oral.

Criança com dentição:

 usar a escova extramacia com cabeça pequena em todos os dentes;


 usar creme dental infantil com flúor a partir do nascimento do primeiro molar
decíduo (de quinze a dezoito meses);
 estimular a criança a cuspir a espuma da escovação;
 usar uma quantidade mínima (“sujar” a escova com quantidade de pasta
semelhante a um grão de arroz).

Acondicionamento das escovas:

 Identificar todas as escovas com o nome do usuário;

18
Manual de Boas Práticas

 após o uso, bater a escova na pia para eliminar o excesso de água;


 acondicionar as escovas individualmente.

5.6. Troca de roupas (para crianças que não usam fraldas):

Sempre que possível, a criança deverá ser trocada no banheiro. Na


impossibilidade, devido à quantidade de adultos, deve-se garantir que, durante as
trocas, a criança seja exposta o mínimo possível e que possa se sentar sobre um
colchão forrado, com lençol descartável, que deverá ser trocado para cada criança.

Os adultos devem observar as condições climáticas, garantindo que as crianças


estejam com roupas adequadas. Cabe ao adulto providenciar, junto à família, o acesso
às roupas necessárias para atender a criança.

6. Higienização Ambiental e de Instalações (Procedimentos operacionais


padronizados)

6.1. Área externa:

Campo de aplicação: limpeza das calçadas em torno da instituição e do local de


entrada
Frequência: diária às calçadas da frente e da entrada; sempre que necessário, às
calçadas laterais.
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

Diariamente:

 varrer;
 recolher os dejetos em recipientes de lixo com auxílio de pá e vassoura.

Sempre que necessário:

 enxaguar com mangueira as calçadas;

19
Manual de Boas Práticas

 esfregar com sabão em pó ou detergente neutro toda a área com auxílio de


vassoura;
 enxaguar com mangueira;
 deixar secar naturalmente.

6.2. Caixas de areia:

Campo de aplicação: caixas de areia


Frequência: diária
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 rastelar toda a superfície da areia removendo possíveis dejetos de felinos;


 revolver a areia com auxílio de ancinho para jardim;
 deixar a areia exposta ao sol para esterilização por, no mínimo, duas horas;
 cobrir o local com lona plástica ao final do expediente, sempre que possível.

6.3. Ralos:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização de ralos


Frequência: sempre que necessário
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 recolher os dejetos sólidos acumulados sobre grelhas e ralos com auxílio de


vassoura e de pá e colocá-los no recipiente de lixo;
 retirar as grelhas dos ralos;
 enxaguar as grelhas com auxílio de mangueira;
 lavar as grelhas com detergente neutro, esponja dupla face e/ou escova de nylon;
 enxaguar as grelhas com auxílio de mangueira.

6.4. Pisos:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização de todos os pisos


20
Manual de Boas Práticas

Frequência: diária/ semanal e sempre que necessário


Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 varrer a área e recolher os dejetos sólidos com auxílio de vassoura e pá e colocá-los


no recipiente de lixo;
 molhar o piso;
 espalhar detergente neutro e esfregar toda a área com auxílio de vassoura;
 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;
 espalhar, com auxílio de rodo e balde, solução sanitizante de hipoclorito de sódio
em diluição de 200 ppm e deixar agir;
 retirar o excesso de solução com o auxílio de rodo e deixar secar naturalmente.

6.5. Paredes internas e azulejos:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização das paredes e azulejos internos


Frequência: quinzenal ou sempre que necessário
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 molhar, usando esguicho ou balde;


 aplicar detergente neutro e esfregar toda a área com esponja sintética macia;
 deixar escorrer e secar naturalmente;
 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;
 espalhar solução sanitizante de hipoclorito de sódio em diluição de 200 ppm.

6.6. Interruptores, tomadas e caixas disjuntores:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização de interruptores, tomadas e caixas


disjuntores
Frequência: mensal ou sempre que necessário
Responsável: agente operacional
Procedimentos:
21
Manual de Boas Práticas

 limpar com auxílio de esponja sintética macia umedecida com detergente neutro;
 retirar o excesso de detergente, com auxílio de pano multiuso umedecido com água
em temperatura ambiente, até a retirada completa do produto (de 2 a 3 vezes);
 sanitizar com auxílio de pano umedecido com solução de hipoclorito de sódio a 200
ppm;
 deixar secar naturalmente.

6.7. Telas e janelas:

Campo de aplicação: limpeza de telas e vidros de todos os setores da instituição


Frequência: sempre que necessário, no caso das janelas, e, semestralmente, para as
telas
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

Vidros das janelas:

 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;


 aplicar detergente neutro e esfregar vidros com esponja dupla face;
 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;
 deixar secar naturalmente.

Telas

 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;


 aplicar detergente;
 deixar agir por 10 minutos;
 com auxílio de esguicho, proceder ao enxágue;
 deixar secar naturalmente.

6.8. Teto, luminárias e ventiladores:

Campo de aplicação: limpeza de teto, luminárias e ventiladores de toda a instituição


Frequência: mensal
22
Manual de Boas Práticas

Responsável: agente operacional


Procedimentos:

 retirar teias de aranha do teto e das luminárias com auxílio de extensor de cabo
longo;
 limpar as pás dos ventiladores com auxílio de esponja sintética macia umedecida
com detergente neutro;
 com auxílio de pano multiuso umedecido em água em temperatura ambiente,
retirar o excesso de detergente, até a retirada completa do produto (de 2 a 3
vezes);
 sanitizar com auxílio de pano umedecido com solução de hipoclorito de sódio a 200
ppm.

De acordo com a divisão de Engenharia de Segurança do Trabalho, é preciso


seguir as seguintes orientações:

 na limpeza dos ventiladores/luminárias, desligar o respectivo disjuntor para sua


segurança contra descarga elétrica;
 na realização de trabalhos em altura, ter alguém segurando a escada;
 utilizar somente as escadas em boas condições de uso.

6.9. Sanitários:

Campo de aplicação: higienização dos sanitários

Frequência: diária e sempre que houver necessidade


Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 retirar o lixo e seus recipientes;


 enxaguar as pias e os vasos sanitários com água corrente;
 lavar as pias e os vasos sanitários com detergente neutro;
 aplicar a solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm;
 deixar agir por 10 minutos;
23
Manual de Boas Práticas

 remover o excesso de solução com auxílio de rodo e pano limpo;


 aplicar a solução de hipoclorito de sódio dentro dos vasos sanitários;
 abastecer os toalheiros com papel-toalha;
 abastecer as saboneteiras com sabonete líquido;
 aplicar a solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm nos vãos sanitários.

6.10. Portas:

Campo de aplicação: limpeza de portas e seus vidros de todas as áreas da instituição


Frequência: mensal ou sempre que houver necessidade
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 limpar com auxílio de esponja sintética macia umedecida com detergente neutro;
 com auxílio de pano multiuso umedecido em água em temperatura ambiente,
retirar o excesso de detergente, até a retirada completa do produto (de 2 a 3
vezes);
 aplicar a solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm;
 deixar secar naturalmente.

6.11. Recipiente de lixo:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização dos recipientes de lixo


Frequência: a cada dois dias ao fim do expediente ou sempre que necessário
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 enxaguar os recipientes e tampas com água em temperatura ambiente, com auxílio


de mangueira;
 lavar a superfície com solução de detergente neutro com auxílio de esponja dupla
face, esfregando;
 enxaguar os recipientes e tampas com água em temperatura ambiente, com auxílio
de mangueira;
24
Manual de Boas Práticas

 aplicar solução sanitizante de hipoclorito de sódio a 200 ppm;


 escorrer o excesso de solução sanitizante e deixar secar naturalmente.

7. Higienização de equipamentos e utensílios – procedimentos operacionais


padronizados

7.1. Roupa de cama e banho:

Campo de aplicação: roupa de cama e banho.


Frequência: semanal e sempre que houver necessidade.
Responsável: agente operacional.

7.2. Colchonetes:

Campo de atuação: higienização de colchonetes.


Frequência: semanal e sempre que houver necessidade.
Responsáveis: Agente Operacional (semanalmente) e ADI (sempre que houver
necessidade).
Procedimentos:

Higienização realizada pelos Agentes Operacionais:

 aplicar de detergente neutro com o auxílio de pano e força mecânica nas duas
faces do colchonete;
 remover o detergente com o mesmo pano, retirando o excesso;
 aplicar a solução sanitizante de hipoclorito de sódio a 200 ppm
 remover o excesso com pano multiuso.

Armazenamento:

 empilhar os colchonetes sem a roupa de cama;


 trocar a roupa de cama, no mínimo, uma vez por semana e, neste ínterim, guardá-
la individualmente e com identificação.

25
Manual de Boas Práticas

o Caso seja lavada diariamente, a identificação e o armazenamento individual


são dispensados.

Higienização realizada pela ADI:

 higienizar o colchonete com álcool, de forma unidirecional.

Organização das Toalhas:

 após o uso, encaminhar as toalhas para as casas dos usuários diariamente para
lavagem e troca.

7.3 Brinquedos:

Campo de aplicação: higienização de brinquedos


Frequência: Semanal ou sempre que houver necessidade.
Responsáveis: agente operacional e ADI
Procedimentos:

 enxaguar com água e com auxílio de mangueira;


 lavar os brinquedos de plástico com solução de detergente neutro com auxílio de
esponja dupla face;
 proceder ao enxágue com auxílio de mangueira;
 deixar escorrer o excesso de água de enxágue;
 aplicar solução sanitizante de hipoclorito de sódio a 200 ppm;
 deixar secar naturalmente.

7.4. Prateleiras de apoio e armários:

Campo de aplicação: higienização das prateleiras de apoio e armários


Frequência: semanal ou sempre que houver necessidade.
Responsáveis: parte interna, ADI e professor; parte externa, agente operacional.
Procedimentos:

26
Manual de Boas Práticas

 retirar os resíduos e toda sujeira visível;


 passar um pano multiuso umedecido em solução composta por água e detergente
neutro;
 proceder à retirada do detergente com pano multiuso umedecido em água;
 passar um pano multiuso umedecido com solução de hipoclorito de sódio a 200
ppm;
 deixar secar naturalmente;
 manter os itens dos armários/prateleiras dentro de caixas, organizadas e
etiquetadas;
 evitar o armazenamento de objetos sobre os armários, na impossibilidade, estes
deverão estar em caixas organizadas e etiquetadas.

7.5. Cubas de banho:

Campo de aplicação: higienização das cubas de banho


Frequência: após o uso
Responsáveis: agente operacional e ADI.
Procedimentos:

Lavagem após o uso:

 realizar lavagem manual utilizando esponja sintética macia umedecida em solução


composta por água e detergente neutro;
 enxaguar em água corrente;
 deixar secar naturalmente.

Higienização no final do expediente:

 realizar lavagem manual utilizando esponja sintética macia umedecida em solução


composta por água e detergente neutro;
 enxaguar em água corrente;
 espalhar solução sanitizante de hipoclorito de sódio em diluição de 200 ppm;
 deixar secar naturalmente.
27
Manual de Boas Práticas

Observação: É proibido arear (utilizar palha de aço ou sapólio) a cuba de banho, por se
tratar de um perigo físico.

7.6. Vasilhames de plástico em geral:

Campo de aplicação: higienização de vasilhames de plásticos (lavagem manual)


Frequência: semanal
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 realizar lavagem manual em solução por água e detergente neutro;


 enxaguar em água corrente;
 preparar solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm;
 imergir os vasilhames de plástico na solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm;
 deixar secar naturalmente.

7.7. Mesas e cadeiras:

Campo de aplicação: higienização das mesas e cadeiras


Frequência: diária, semestral ou sempre que necessário.
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

Sempre que necessário:

 realizar a limpeza após os horários de uso;


 passar na superfície pano multiuso umedecido com álcool 70° até a retirada
completa da sujidade.

Diariamente:

 realizar a limpeza após o expediente;


 enxaguar a superfície com pano umedecido em água;
 limpar com pano umedecido em detergente neutro;

28
Manual de Boas Práticas

 enxaguar a superfície com pano umedecido em água, até a retirada completa do


detergente;
 sanitizar com pano multiuso umedecido com álcool 70°.

Semestralmente:

 lavar as mesas e cadeiras com detergente neutro com o auxílio de esponja dupla
face;
 secar com pano limpo;
 sanitizar com álcool 70° ou com solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm.

7.8. Pano de tecido:

Campo de aplicação: limpeza e sanitização dos panos de tecido utilizados em todos os


setores da instituição
Frequência: diária
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

 enxaguar com água corrente, retirando sujidades;


 aplicar detergente neutro e esfregar os panos;
 enxaguar com água corrente até a retirada do detergente;
 deixar imersos em solução composta de detergente e hipoclorito de sódio de um
dia para outro.

7.9. Bebedouros de galões de água:

Campo de aplicação: desinfecção dos bebedouros e substituição de galão de água


Frequência: semestral ou sempre que houver necessidade
Responsável: agente operacional
Procedimentos:

Desinfecção periódica de bebedouros

29
Manual de Boas Práticas

 esvaziar e limpar o reservatório, passando uma esponja embebida em hipoclorito


de sódio a 2,5% (água sanitária);
 encher um galão vazio de 20 litros com água tratada (da torneira) e colocar cinco
colheres das de sopa (50 ml) de hipoclorito de sódio a 2,5%;
 colocar o galão no bebedouro e abrir as torneiras para escorrer um pouco desta
água clorada, fechá-las e deixar o hipoclorito de sódio agir por 30 minutos;
 abrir novamente as torneiras esgotando toda a água do galão;
 encher o galão com água tratada (da torneira), colocar no bebedouro e abrir as
torneiras até esgotar;
 colocar o galão mineral a ser consumido, tomando os devidos cuidados de
substituição recomendados a seguir.

Observação: desde que a substituição de galões siga os procedimentos recomendados,


essa desinfecção deverá ser feita semestralmente, ou antes, sempre que for verificada
situação que possa contaminar a água.

Substituição do galão de água de 20 litros dos bebedouros

 lavar bem as mãos com água e sabão (ou sabonete);


 lavar todo o galão por fora com água, sabão e esponja, enxaguando bem com água
tratada;
 retirar o lacre, com auxílio de uma faca limpa;
 higienizar a parte externa do galão (que ficará em contato com a água dentro do
bebedouro), com uma esponja embebida em hipoclorito de sódio a 2,5% (água
sanitária) ou álcool absoluto e enxaguar com água tratada;
 retirar a tampa do galão, com auxilio de uma faca limpa (higienizada com
hipoclorito de sódio a 2,5%);
 colocar o galão no bebedouro, sem tocar com as mãos as partes que ficam em
contato com a água potável.

7.10. Desinfecção periódica de bebedouros de pressão

30
Manual de Boas Práticas

Frequência: semanalmente ou sempre que houver necessidade


Responsável: agente operacional
Procedimento:

 Separar o seguinte material necessário:


o 2 baldes
o 3 panos de limpeza
o escova de limpeza
o água
o detergente líquido
o luvas de autoproteção
o álcool a 70%
 desligar o bebedouro da tomada;
 encher metade dos dois baldes: um com água e o outro com água e detergente;
 imergir o pano de limpeza no balde com solução detergente e torcer;
 passar o pano no bebedouro, fazendo movimentos retos, sempre de cima para
baixo;
 molhar a escova no balde com solução detergente;
 utilizar a escova para lavar ao redor do dispositivo de saída da água e o acionador
de água;
 passar o outro pano com água limpa no bebedouro e remover toda a solução
detergente;–
 friccionar álcool a 70% ao redor do dispositivo de saída de água, acionador de água
e local de escoamento de água, repetindo o procedimento por três vezes;
 ligar o bebedouro na tomada;
 limpar o material de trabalho e guardar em local adequado.

8. Preparo de Soluções:

8.1. Preparação de soluções de Hipoclorito de Sódio (200 ppm):

31
Manual de Boas Práticas

Objetivo: estabelecer procedimentos a serem adotados para preparação de solução


sanitizante de hipoclorito de sódio a 200 ppm
Responsáveis: agente operacional e ADI
Procedimentos:

Atenção: No preparo da solução sanitizante de hipoclorito de sódio a 200 ppm, deve-


se proceder acrescentando a água sanitária na água e não o inverso;

Preparo da solução sanitizante de hipoclorito de sódio

 misturar uma “colher de sopa” rasa (10 ml) de água sanitária em um litro de água
(equivalente a 200 ppm);

Observação: deve haver uma rotina de preparo e utilização da solução sanitizante de


hipoclorito de sódio a 200 ppm, com o objetivo de que não seja utiliza com mais de 6
horas após o preparo.

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. D.O.U.


– Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 23 de outubro de 2003. Dispõe sobre o
regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados Aplicados aos
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação
das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores
de Alimentos.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977. D.O.U. - Diário


Oficial da União; Poder Executivo, de 24 de agosto de 1977. Configura infrações a
legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências.

BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Pan Americana da Saúde. Guia da Criança.


Brasília, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 18, de 29 de fevereiro de 2000. Dispõe


sobre o controle de vetores e pragas urbanas.

Revisão do texto: Marilia Costa Reis

32

Você também pode gostar