O Que É Profilaxia

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O QUE É PROFILAXIA?

Profilaxia é o termo utilizado para denominar as medidas utilizadas na


prevenção ou atenuação de doenças.
Hábitos corriqueiros de higiene, como lavar as mãos e refrigerar os alimentos,
são algumas das profilaxias mais comuns. Esses atos são consideradas
profilaxias pois atuam na eliminação dos micro-organismos.
Doenças são causadas por um ou mais agentes. Esses agentes precisam interagir
com o organismo para que a doença se desenvolva. Todas as medidas que visem
impedir essa interação são consideradas medidas profiláticas.
Vacina
A vacina é considerada um dos métodos de profilaxia mais eficazes. Seu
funcionamento consiste em inocular uma pequena amostra do agente causador
da doença no organismo do indivíduo. O paciente pode apresentar alguns
sintomas de enfermidade nos dias seguintes à aplicação da vacina, mas a
recuperação é rápida. A partir daí, o organismo torna-se imune àquela doença.
Esse método de profilaxia tem sido usado com sucesso para a erradicação de
diversas doenças, como a poliomielite (também conhecida como paralisia
infantil) e a varíola.

Para se ter uma ideia da eficácia do método, pode-se analisar os Estados Unidos
em meados do século XX. Em 1952, a poliomielite atingiu 21 pessoas no país.
Depois do início da obrigatoriedade da vacinação para essa doença, os índices
de infecção caíram 99%!

Medicina profilática
A medicina profilática é a área que orienta para a prevenção de doenças. O
profissional dessa especialidade é responsável por aconselhar, sugerir medidas e
conscientizar os pacientes para evitar o adoecimento. Caso o paciente esteja com
alguma doença, essa área trata também da cura da enfermidade.
Está contemplada na medicina profilática a saúde pública, coordenada e
mantida pelo Estado. Para isso, são realizadas campanhas de conscientização e
educação e mutirões de vacinação.
A profilaxia também é papel do Técnico em Enfermagem, quando em
atendimento a um paciente que apresenta comportamentos de risco ou que está
em uma área de vulnerabilidade para determinadas doenças.

Novas tecnologias no controle das doenças transmissíveis

Em que pese a ausência, no passado recente, de políticas bem-definidas de


incorporação de novas tecnologias no setor saúde, alguns avanços são inegáveis.

Um dos mais importantes foi o desenvolvimento da tecnologia necessária para a


utilização eficaz da imunização pela rede básica de saúde. A campanha de
vacinação em massa contra a meningite meningocóccica, em 1975, foi um marco
que merece registro especial: não só porque, a partir dela, passou-se a dominar
a tecnologia indispensável à utilização regular de campanhas de vacinação,
como também pela maior aceitação que as vacinas passaram a ter na população.

As campanhas de vacinação, apesar de serem alvo de críticas severas, muitas


vezes procedentes, de inúmeros sanitaristas, são as principais responsáveis
pelos bons resultados no controle das doenças imunopreveníveis no país; em
conseqüência, claro está, das deficiências da rede básica de saúde.

Merece também registro a incorporação, pela rede de serviços de saúde, de


técnicas de tratamento simplificado para doenças infecciosas de grande
importância na morbidade e mortalidade, como é o caso das diarréias e, em
menor grau, das doenças respiratórias agudas.

Um aspecto importante na incorporação e no desenvolvimento de tecnologias


no campo da Saúde Pública foi a já citada criação do Sistema Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública (SNLSP), em 1977. Esse sistema foi
implementado em duas vertentes, uma voltada para a ampliação e
aprimoramento do apoio laboratorial, visando principalmente o diagnóstico das
doenças transmissíveis e a fiscalização de alimentos, e a outra centrada no
fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica no âmbito do sistema de
saúde.

Como modelo da primeira vertente se destacou o Instituto Adolfo Lutz de São


Paulo; na segunda vertente desponta como a maior e mais complexa instituição
a Fundação Osvaldo Cruz do Rio de Janeiro. Deve ser lembrado também por seu
bom desempenho o Instituto Evandro Chagas sediado no Pará.

No âmbito do SNLSP foi criada a figura do Laboratório Nacional de Referência


com o credenciamento de várias unidades para áreas específicas. Merecem
destaque três Laboratórios de Referência Nacional: o laboratório de arbovírus,
localizado no Instituto Evandro Chagas, com serviços relevantes principalmente
na Amazônia; o laboratório de enterovírus, sediado na Fundação Osvaldo Cruz e
principal suporte técnico do programa de eliminação da poliomielite no Brasil; e
o laboratório para meningites bacterianas, de responsabilidade do Instituto
Adolfo Lutz.

Vale destacar ainda a Fundação Osvaldo Cruz, reorganizada, a partir de 1975,


em torno de quatro núcleos: a Escola Nacional de Saúde Pública; um complexo
laboratorial destinado a pesquisas no campo da Medicina Experimental; outro
complexo laboratorial formando o Instituto Nacional de Controle de Qualidade
em Saúde (INCQS) voltado, principalmente, ao controle de qualidade de
produtos de consumo humano e de tecnologias médicas; e, finalmente, um
centro de produção de imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

O Instituto Butantã, de São Paulo, passa também, a partir de 1983, por um


processo de reorganização de menor dimensão que o da Fiocruz, mas de
inegável importância. Essa instituição, que segue o modelo do Instituto Pasteur,
de Paris, ergue-se sobre dois pilares, um voltado à pesquisa científica e
tecnológica e outro à produção de imunobiológicos. Nos últimos anos, o
Instituto Butantã conseguiu bons resultados na ampliação e no aprimoramento
da qualidade de sua produção de vacinas, porém o marco principal do período
talvez tenha sido a criação do seu Centro de Biotecnologia.
Finalmente, cabe notar que dois projetos de grande relevância para o
desenvolvimento e de tecnologias de controle de doenças infecciosas foram
implementados com sucesso na década de 80.

O primeiro desses projetos foi a criação da rede de hemocentros, com unidades


distribuídas em vários pontos do país. Esse programa permitiu não só a
incorporação de novas tecnologias para produção de hemoderivados, mas
também melhorou de forma significativa a qualidade e segurança das
transfusões sanguíneas, com a conseqüente diminuição da ocorrência de
infecções transfusionais. Cabe salientar que o surgimento da aids constituiu
fator de importância na priorização desse programa.

O segundo projeto foi o Programa de Auto-Suficiência Nacional em


Imunobiológicos (PASNI), criado em 1986. Sua origem está ligada à
implantação, em 1981, de um sistema de controle de qualidade de vacinas
utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e com a própria
criação do INCQS, nesse mesmo ano. Outro fator foi a expansão operacional do
PNI na década de 80, quando o país passou a ser o terceiro mercado
consumidor de imunobiológicos do mundo. Como exemplo, tem-se a vacina
contra a poliomielite, cujo consumo anual saltou de 20 milhões para 80 milhões
de doses em decorrência das campanhas de vacinação em massa. 78

Durante o período de 1985 a 1990, o PASNI centrou sua atuação na recuperação


e modernização da infra-estrutura e equipamentos, construções de novas
unidades, apoio à incorporação e desenvolvimento de novas tecnologias e
formação de recursos humanos.78

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