MPP - B - 04 - A Análise Dos Sentimentos e Emoções

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Matrizes do Pensamento

em Psicologia -
Behaviorismo
LUIZ CICOTTE
2
COMPETÊNCIAS:
• CONHECER OS PRESSUPOSTOS DO
BEHAVIORISMO

A análise dos • BEHAVIORISMO RADICAL

sentimentos e
• QUESTÕES CLÁSSICAS
• APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO
emoções COMPORTAMENTO
RESULTADOS:
• CAPACIDADE DE APLICAR A ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO EM DIFERENTES
CONTEXTOS DE ATUAÇÃO
AULA: Nº 04
3

A ANÁLISE BEHAVIORISTA RADICAL


DO AMOR, ANSIEDADE E MEDO
Sentimentos para Behaviorismo Radical 4

▪Mas, com Skinner percebemos que


▪ Difícil acreditar que um mesmo em um Filosofia
‘’Behaviorista’’ tenha Operacionalista, pode-se analisar
sentimentos. questões subjetivas de forma
sistemática.

▪ Ainda há preconceito em relação


aos processos mecanicistas que
permeiam o Behaviorismo.

▪ Isso ocorreu devido a


necessidade de objetivar os
fenômenos mentais, ao ponto de
trazer um padrão para eles.
O que são sentimentos e emoções para o 5
Behaviorismo?
 São comportamentos privados, que
todos nós temos.

 Eu posso dizer que estou feliz para o


outro, e ele pode apenas IMAGINAR
o que estou sentindo baseado em
sua própria experiencia.

 Mas somente eu, sentirá a


felicidade que tento descrever.
Mundo privado – Universo dentro da pele 6

▪ Existe uma ampla gama de eventos


privados que era impossível acessar.

▪ Porém, a necessidade de estuda-los é


algo frequente, pois sempre estamos
sentindo alguma coisa, pensando
alguma coisa.

▪ E sentir é tão importante quanto


outros comportamentos que
emitimos.
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Estudos anteriores

▪ William James se antecipou e


trouxe uma resposta sobre o
que sentimos:
‘’o que sentimos é uma condição
do nosso corpo’’.

▪ Ou seja, é somente nosso,


somente sob o nosso olhar. É
uma condição do nosso corpo.
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Link: https://www.youtube.com/watch?v=HaJmabHjvd8&ab_channel=CoreDesign
Críticas ao Behaviorismo 9

▪ Muitas criticas dizem que quando


dizemos ‘’eu amo’’ na AC significa
‘’você me REFORÇA’’. ▪ Comportamento afetivo
(Sentimentos): vem desse vínculo
▪ Já analistas do comportamento de troca mútua de reforçadores
diriam: ‘’VOCÊ REFORÇA MEU de ‘’COMPORTAMENTO’’ e não
COMPORTAMENTO DE AMAR
VOCÊ’’. da pessoa.

▪ Reforçar o comportamento, diz ▪ Em outras palavras, reforçamos


respeito ao próprio comportamento
e não o sujeito em si. SENTIMENTOS e não as pessoas.
Amor 10
▪ O ‘’Amor’’ então é descrito como, EFEITOS
PRIVADO (Sujeito) de um REFORÇADOR (Estímulo
reforçador). ▪ Mas o que vemos são análises úteis
de contingências de reforçamento,
no qual auxilia a compreensão
▪ Sentir vai além do físico, percebe-se questões complexa das emoções humanas,
voltadas para a seleção natural e também da não só da seleção natural como o
seleção por consequência. (DARWIN e SKINNER). reforçamento operante.

▪ Na mitologia grega, principalmente, vê-se essas ▪ Outras formas de sentimento:


definições de sentimentos através dos mitos. Eros Philia (família), Ágape (amor
e Psiquê é um exemplo disso, no qual há incondicional).
referências sobre o amor sexual e emocional
(seleção natural, fisiológico e eventos privados );
Comportamento Operante 11

 É uma relação entre uma


resposta, emitida pelo
sujeito e o estímulo
produzido por ela.

 O comportamento operante
é controlado por eventos
ambientais que ocorrem
após a emissão da resposta.
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Vídeo
13

Conheço Respondo Reforça meu


alguém com investidas comportamento
interessante e indiretas de gostar

Comportamento Resume-se à um antecessor, que gera uma


operante ocorre devido à resposta e assim gera uma consequência
tríplice contingencia. reforçadora ou aversiva.
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Equação de análise
 A tríplice contingencia tem uma equação, no qual é
utilizada para ser demonstrada, sendo assim:

Sd: R →
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Condicionamento operante = procedimento

 É um procedimento de
aprendizagem que ocorre
através de recompensas e
punições por emitirmos
determinados comportamentos.

 É através deste procedimento


que faz-se uma associação entre
um comportamento especifico
e uma consequência especifica
para esse comportamento.
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https://youtu.be/GGjuy3r1wI0
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Dúvidas
sobre o
amor,
pessoal?
(rsrs)
Ansiedade 18
▪ É um estado corporal – é gerado por estímulos aversivos e são sentido de maneiras
diferentes.

▪ Exemplos:
‘’Eu parei de fazer o que estava fazendo porque estava ansioso’’

▪ Emparelhamos os estímulos durante a nossa história de forma diferente, o que para um pode
ser aversivo, para outra pessoa não é.

▪ Isso pode acontecer de desenvolver comportamentos de estado de perigo, desamparo – ou


seja, para ‘’EVITAR’’ sofrer com algo, não emitimos certos comportamentos.

▪ Ex: ‘’Sempre que estou dessa forma, acontece algo horrível e eu fico com muito medo’’.
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Estímulo Aversivo Esquiva/Fuga


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Estímulo Aversivo
 São aqueles estímulos que
reduzem a frequência do
comportamento.

 Só pode ser classificado


como aversivo quando sua
apresentação for seguida de
uma resposta (do sujeito) de
evitação, esquiva ou fuga.
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Esquiva/Fuga

 Esquiva: prevenção de um
estímulo aversivo.

 Emissão de uma resposta no


qual não terá contato com o
estímulo aversivo.

 Para esse processo ocorrer, o


sujeito precisa já ter utilizado
um comportamento de fuga.
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Esquiva/Fuga

 Fuga: é um comportamento
seguido pela remoção de
um estímulo aversivo.

 Comportamento que retira


esse estímulo (reforço
negativo), portanto, a
probabilidade de essa
respostas ser mantida é
alta.
Reforçamento negativo 23

 Reforçamento negativo: são operantes que permitem a


pessoa fugir/esquivar de estímulos aversivos depois que eles
estão presentes.

 Operantes: são comportamentos voluntários (ex: andar,


correr, pular, escrever). São mantidos e aprendidos através
de procedimentos de emparelhamento, ou seja, preciso
aprender para emiti-lo (ex.: comunicação, linguagem).
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https://youtu.be/e3A29zCNZXo
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Medo
▪ Processo comportamental adaptativo – evolução -, pois o
indivíduo pode aprender respostas de medo diante de
contingências.

▪ Ou ele pode aprender respostas de ‘’esquiva’’ que são


produzidas pelas sensações internas, sentidas frente a um
evento.

▪ E consequentemente, em um futuro começar a emitir


respostas de fuga em relação à esses estímulos aversivos.
Reforço positivo x Reforço negativo 26

▪ Reforço Positivo: ‘’Método de treinamento (aprendizagem) a partir


de um sistema de recompensas’’.

▪ Ocorre após termos um desempenho bom, como um estímulo.


▪ Ex.: reconhecimento.

▪ Reforço Negativo: evitação de estímulo aversivo.


▪ Ex.: não falar sobre como está se sentindo.
Punição positiva x Punição negativa 27

▪ Punição positiva: conhecida ▪ Punição negativa: Eliminação um


também como ‘’punição por estímulo agradável, quando há
estimulação contingente’’, ocorre apresentação de um mau
quando um comportamento
comportamento – remover um
(resposta) é seguido por um
estímulo aversivo. reforço positivo.
Ex: Sentir dor por levar uma surra, Ex: Retirar um objeto, ação ou emoção
pode resultar na diminuição desse das vivências do sujeito – castigo ou
comportamento. privação de algo.
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https://youtu.be/51EuK9kOD_U
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https://youtu.be/3FKjukvcY1o
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A definição de emoções para o behaviorismo radical
▪ ‘’São predisposições que alteram a
probabilidade de o indivíduo se comportar de
determina maneira em uma dada situação’’.

▪ Isso ocorre, devido a consequências que são


específicas e em comum.

▪ Modificam o organismo como um todo e


envolve grande mudança em seu repertório
comportamental.
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https://youtu.be/wmLnPulXlNw
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A definição de sentimentos para o behaviorismo radical
▪ Comportamentos respondentes –
incondicionados ou condicionados), no qual
são subprodutos de contingências
operantes.

▪ Ou seja, alterações nas condições corporais –


ritmo cardíaco, pressão sanguínea e na
respiração.

▪ Eliciadas por estímulos na interação do


organismo ambiente.
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Emoções e sentimentos: distinções

▪ Emoções: São eventos privados observáveis, no qual foi


estabelecido por uma contingência operante.

▪ Sentimentos: Está intimamente ligado ao subjetivo, como


me sinto, como percebo e mantenho aquele
comportamento, estabelecido por um reflexo
condicionado ou incondicionado.
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O lugar dos sentimentos na Terapia Comportamental
▪ Em clínica, somente o sujeito tem acesso aos seus sentimentos ?

▪ SIM E NÃO!

▪ Tem-se acesso ao que o cliente sente através do relato verbal, e também


de comportamentos públicos não-verbais – ou seja, fisionomia e
movimentos do corpo.

▪ Porém, percebe que o sujeito só irá conseguir falar sobre o que sente, se
em sua história houve a aprendizagem dessa classificação – ou seja,
discriminar a aprendizagem de comportamentos aprendidos na vida em
grupo.
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O lugar dos sentimentos na Terapia Comportamental
▪ Skinner, ressaltava que as ‘’reais causas do
comportamento provêm das contingências de
reforçamento e não dos eventos internos, como os
sentimentos’’.

▪ Na verdade, é ao contrário!

▪ É a partir deste procedimento que ‘’aprendemos’’ a


discriminar os sentimentos e senti-los de forma ‘’real’’.
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O AUTOCONHECIMENTO
A natureza dos eventos privados 37

▪ Eventos comportamentais
privados, são estímulos
discriminativos, eliciadores ou
respostas operantes.

▪ Sua observação é restrita, pois


somente o sujeito tem acesso,
pois pode indicar ‘’sensações e
sentimentos’’.
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Autoconhecimento

▪ Conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo.

▪ A prática de conhecer a si mesmo, possibilita um maior


controle suas emoções.

▪ Seja elas boas ou não!


Comportamento privado 39

▪ São eventos, no qual, a ‘’estimulação à qual um indivíduo


responde não é acessível para o outro’’.

▪ As RESPOSTAS emitidas através desta estimulação podem


ser verbais ou não verbais, acessíveis ou não às outras
pessoas.

▪ Comportamento: ‘’é a relação entre organismo e


ambiente, sem prioridade de um para outro’’.
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Limites epistemológicos do Behaviorismo Radical para o
autoconhecimento
▪ Formas: por mais que haja padrões, ainda há alguns
limites que pesquisadores e estudiosos esbarram.

▪ Padrões normais e anormais!

▪ Ainda há estudos/pesquisas que tentam descobrir e


ampliar essa epistemologia através dos princípios de
crenças, verdades e justificativas.
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Referencias
 Afinal, o que é controle aversivo? Acta Comportamentalia:
Revista Latina de Análisis de Comportamiento, vol. 19, 2011,
pp. 9-19 Universidad de Guadalajara, México.

 Análise Experimental do Comportamento II 26.04.2012 FUGA


E ESQUIVA

 https://www.ufrgs.br/psicoeduc/o-behaviorismo/c9.htm

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