Gestão de Operações Produtivas - Unid II
Gestão de Operações Produtivas - Unid II
Gestão de Operações Produtivas - Unid II
Unidade II
3 PONTOS IMPORTANTES DA PRODUÇÃO – PROJETOS: O QUE SÃO, COMO
SE APLICAM, COMO SÃO ENTENDIDOS
Entender o que é o projeto de produtos e serviços, e os processos que os produzem, leva à compreensão
dos diferentes níveis decisórios dentro da organização. Projeto de processos em produção significa
projetar toda a cadeia de operações produtivas, que efetivamente faz os produtos e serviços que serão
entregues para os consumidores, enquanto no nível operacional, projeto de processos significa o arranjo
físico das instalações, a tecnologia adotada e o pessoal de produção. Portanto, entender a atividade
de projeto envolve muito mais do que simplesmente pensar no projetista especificando detalhes de
determinado produto, envolvendo decisões sobre aquisições de máquinas e equipamentos, por exemplo.
O que é projeto?
Segundo Monty Finneston (apud Slacks, 2009), “projeto é o processo conceitual através do qual
algumas exigências funcionais de pessoas, individualmente ou em massa, são satisfeitas através do uso
de um produto ou sistema que representa a tradução física do conceito”. Exemplos:
• manifestações de artistas que podem ser denominadas produtos: música, pinturas, esculturas;
• projeto aplica‑se tanto a produtos (ou serviços) como a sistemas (chamados na administração
da produção de processos):
— projeto de produtos;
— projeto de serviços;
— projeto de sistemas;
— projeto de processos.
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Unidade II
Lembrete
Saiba mais
Projeto é uma atividade que, originalmente, busca a eficácia: satisfazer as necessidades dos
consumidores.
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Gestão das Operações Produtivas
Pensando dessa forma, os projetistas devem tentar realizar projetos esteticamente agradáveis, que
atendam ou excedam as expectativas dos consumidores, que apresentem bom desempenho e sejam
confiáveis durante sua vida útil.
Além disso, todo projeto deve considerar que será fabricado de forma fácil e rápida, com os recursos
disponíveis na organização.
Em serviços, o projetista deve propor algo que o consumidor perceba como algo que atenda a suas
expectativas. O novo serviço deverá usar o que está disponível em termos de capacidades da operação
produtiva e resultar em um custo razoável.
O projetista de processo (aquele que irá definir como o produto ou o serviço serão feitos, quase
igual a quem escreve uma “receita de bolo”) deve pensar no impacto que poderá produzir na habilidade
da produção em atender às necessidades dos consumidores. Local errado, insuficiência de capacidade,
tecnologia inadequada e pessoal incapaz podem certamente gerar desempenho ineficaz.
A figura anterior mostra como cada objetivo de desempenho de uma operação produtiva é afetado
pelo projeto do produto ou serviço e pelo projeto do processo que produz.
É importante observar que, apesar de tanto se falar sobre a necessidade do trabalho em equipe,
é ainda comum encontrarmos organizações nas quais os departamentos funcionam como “ilhas em
um arquipélago”, trocando informações, mas não interagindo entre si. Os egos individuais e os valores
emotivos levam a tal situação.
Todavia, para conseguir o intento de satisfazer as necessidades dos consumidores, torna‑se imperativo
reconhecer que as duas atividades são claramente inter‑relacionadas. Pequenas mudanças no projeto
de produtos e serviços podem resultar em mudanças profundas na forma de produzi‑los, assim como o
projeto de um processo pode restringir a liberdade do projeto do produto ou serviço.
A sobreposição das duas atividades de projeto é maior em operações que produzem serviços, visto
que muitas vezes o cliente é envolvido, passando a fazer parte do processo de transformação. A natureza
e aparência do serviço, sob a ótica do consumidor, não pode ser separada do processo ao qual o cliente
está submetido.
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Unidade II
Projeto do
Projeto do processo que
produto será utilizado
ou serviço para produzir
o produto ou
serviço
Observação
Saiba mais
A realização de projetos de produtos, serviços ou de processos que os produzem pode ser considerada
um processo de transformação, tendo como entrada informações técnicas, de mercado e de tempo,
assim como equipamentos de teste e projeto e pessoal técnico, e tendo como saída a geração de
projetos acabados, que são ou possuem alta qualidade, baixo custo e que sejam produzidos com rapidez,
confiabilidade e flexibilidade.
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Gestão das Operações Produtivas
A atividade de projeto em si não funciona como uma ideia brilhante logo na primeira vez na imaginação
dos projetistas. Como quase tudo, começa com uma ideia vaga, genérica e mal definida daquilo que
poderia ser a solução para uma necessidade observada. Muitas vezes, o uso de um brainstorm – “toró
de parpites” ou tempestade cerebral – auxilia na sugestão de diferentes ideias que possam resolver as
necessidades observadas.
A partir de então, todas as ideias devem passar por um processo de refinamento, sendo analisadas
por distintas visões dentro da organização, principalmente as de marketing, finanças e produção. Cada
etapa de análise diminui ou descarta certo número de sugestões geradas no brainstorm, e as que sobram
para a próxima etapa são progressivamente refinadas e detalhadas, até que, finalmente, consegue‑se
reduzir as opções de projeto a uma única, definitiva, que conterá informações suficientes para ser
transformada no produto, serviço ou processo real final.
Grande número
de opções de
projeto
Filtros de
avaliação e Incerteza em
escolha: relação ao
projeto final
- Marketing
- Produção
Tempo
- Finanças
- Tecnologia
- Etc.
Certeza em
relação ao
projeto final
Figura 11 – A filtragem de ideias para o projeto, reduzindo o número de alternativas e chegando ao projeto final
Deve‑se tomar cuidado ao adotar o modelo de evolução concepção/concepção, pois, uma vez
iniciado o processo, havendo a necessidade de mudança de alguma concepção original, implicará a
necessidade de repensar e recalcular os custos em função da mudança. No início do processo, sem que
decisões fundamentais tenham sido tomadas, os custos de mudança serão baixos. Rapidamente, no
entanto, as decisões inter‑relacionadas e cumulativas tornam‑se cada vez mais dispendiosas se tiverem
de ser mudadas.
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Unidade II
Saiba mais
Lembrete
Geralmente
Alto Baixa Projeto do processo Alta Contínuo Específico Sistema
centralizado
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Gestão das Operações Produtivas
Projeto do processo
Uma vez definido o produto ou serviço, de forma integrada com o projeto do processo, faz‑se
necessário uma atenção especial para finalizar o projeto de tal processo. Como estamos citando desde
o início, no projeto de produto ou projeto de processo chega o momento de determinar a abordagem
geral para gerenciar os processos, denominada de tipos de projetos, válidos uma vez para produtos e
outra para serviços.
É realmente difícil valorizar comparações dentro de faixas tão largas de comparação, como a
construção de um navio, de um lado, até a geração de eletricidade, do outro. Devido à sobreposição,
tanto nas operações de manufatura como nas de serviços, de diferentes tipos de processos, as
organizações podem escolher qual tipo de processo podem empregar.
Tipos de processos
Operações de manufatura Operações de serviços
Processo Descrição Processo Descrição
Projeto Geram produtos únicos, Serviços São organizações de alto contato,
customizados, com longo profissionais onde os clientes despendem muito
tempo de manufatura. tempo, sendo customizados,
adaptáveis. Baseiam-se em pessoas.
Jobbing Utilizam uma mesma linha de Lojas de Têm níveis de contato com o
produção para fazer produtos serviços consumidor, customização, volume
distintos, compartilhando de clientes e liberdade de decisão
recursos. do pessoal, ficando entre o serviço
profissional e o de massa.
Lotes É produzido mais de um Serviços de Envolvem tempo de contato
produto por vez, fato que se massa limitado e pouca customização.
repete periodicamente. Para Predominantemente baseados em
lotes pequenos, confunde-se equipamentos.
com jobbing.
Produção São os que produzem altos
em massa volumes de bens com variedade
relativamente estreita.
Contínuo São os que produzem altos
volumes com variedade muito
baixa ou praticamente um
único produto.
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Projeto Serviços
Alta
profissionais
Jobbing
Lote Lojas de
serviços
Variedade
Massa
Serviços de
Contínuo massa
Baixa
Matriz produto/processo
Projeto Nenhum
Serviço
Maior flexibilidade profissional
do processo do que o
Jobbing necessário, resultando em
Menor alto custo Loja de
Lote flexibilidade do serviço
processo do que o
necessário, resultando
Massa em alto custo
Serviço de
massa
Contínuo Nenhum
A maior parte das operações tende para a diagonal “natural” da matriz e nenhuma ou poucas
operações são encontradas nos cantos extremos da matriz.
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Produtos e serviços são as primeiras coisas observadas pelos clientes em uma organização. Assim, o
projeto dos produtos e serviços, seu desenvolvimento contínuo e a criação de projetos totalmente novos
também ajudam a definir a posição competitiva de uma organização.
Pode‑se afirmar que todos os produtos e serviços têm três aspectos em relação ao projeto:
Etapas do projeto
Para chegar a esse ponto, a atividade de projeto deve passar por diversas etapas, que formam uma
sequência aproximada:
Geração do
conceito
Triagem
Projeto
preliminar
Avaliação Conceito
de melhoria
Pacote
Protótipo
e projeto final Processo
Figura 15
Observação
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Unidade II
Geração do conceito
As ideias para conceitos de novos produtos ou serviços podem vir de fontes externas e de
fontes internas (ver figura a seguir).
Fontes Fontes
internas externas
Análise das
necessidades dos Departamento Pesquisa de
consumidores de marketing mercado
Sugestões do
pessoal de contato Sugestões
com os clientes dos clientes
Geração do conceito
Na geração dos conceitos, muitas ideias podem vir, todos os dias, dos clientes. Infelizmente, nem
todos os funcionários visualizam a transmissão das informações (ideias) vindas dos clientes como
uma função importante. As organizações podem até não ter mecanismos disponíveis para facilitar a
comunicação ou para transmitir boas ideias.
Ideias não são o mesmo que conceitos. Na realidade, elas precisam ser transformadas em conceitos,
de forma que possam ser avaliadas e, então, “operacionalizadas” pela organização. Conceitos são
diferentes das ideias pelo fato de englobarem a ideia e indicarem sua forma, função, seu objetivo e seus
benefícios globais.
Lembrete
O conceito deve ser simples de ser comunicado, de maneira que todos na organização possam
entendê‑lo, realizá‑lo e vendê‑lo.
Nem todos os conceitos gerados resultarão, no entanto, em produtos e serviços. Como vimos
anteriormente, diferentes análises vão selecionando ao longo do tempo os conceitos válidos, que serão
trabalhados até o ponto do projeto preliminar de seu pacote e processo.
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Gestão das Operações Produtivas
Durante essa triagem, algumas questões típicas devem ser respondidas para os três filtros funcionais:
marketing, finanças e produção: viabilidade/aceitabilidade e vulnerabilidade.
Ideia
Forma
A forma global do produto ou serviço
Função
A maneira como o produto ou serviço
funciona
Propósito
A necessidade que o produto ou
serviço deve satisfazer
Benefícios
As vantagens que o produto ou
serviço trarão aos consumidores
Conceito
Saiba mais
Viabilidade Será o mercado Possuímos as capacitações para Temos acesso a financiamento suficiente
suficientemente grande? produzir? para desenvolver e lançar?
Aceitabilidade Quanto do mercado Quanto teremos que organizar Qual o retorno econômico que
poderemos ganhar? nossas atividades para produzir? conseguiremos sobre nosso investimento?
Qual o risco de fracasso Qual é o risco de não Quanto dinheiro poderemos perder
Vulnerabilidade no mercado? conseguirmos produzir de se os desenvolvimentos não forem os
forma adequada? planejados?
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Unidade II
Exemplo de aplicação
Observar de forma conjugada o projeto de produto e serviço e o projeto do processo pode melhorar a
qualidade dos dois tipos de projetos. Levar em conta as restrições da produção durante o projeto garante
produtos produzíveis, com processos desenvolvidos levando em conta as necessidades de longo prazo.
O arranjo físico (em inglês, layout) de uma operação produtiva que se preocupa com o posicionamento
dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar:
• instalações;
• máquinas;
• equipamentos;
• pessoal de produção.
Mudanças relativamente pequenas na localização de uma máquina numa fábrica ou dos produtos
em um supermercado podem afetar o fluxo de materiais ou de pessoas; desse modo, podendo afetar
positiva ou negativamente os custos e a eficácia da operação.
As razões práticas pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes são as seguintes:
• mudanças de arranjo físico são frequentemente atividades difíceis e de longa duração, por causa
das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos, além das mudanças necessárias em
termos de alimentação de energia, entre outras;
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Gestão das Operações Produtivas
• o rearranjo de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à
insatisfação do cliente ou a perdas na produção;
• um arranjo físico errado gera padrões de fluxo confusos e longos, estoques de materiais, filas de
clientes, resultando em tempos de processamento longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis
e altos custos.
Objetivos Decisão 2
de Tipos básicos Arranjo físico posicional
desempenho de arranjo Arranjo físico por processo
estratégico físico Arranjo físico celular
Arranjo físico por produto
Decisão 3
Projeto
detalhado do Posição física de todos os
arranjo físico recursos de transformação
Fluxos de
recursos
transformados
pela produção
Observação
Cada tipo de arranjo físico é mais adequado a cada tipo de processo, porém não há como dizer que
essa regra é definitiva, uma vez que, conforme as características de cada organização ou seu ponto na
evolução (de pequena empresa para uma grande empresa, do artesanato para a produção em série), as
decisões de arranjo físico mudam, exigindo novos projetos e adequações.
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Unidade II
Dessa forma, deve ficar claro que, na determinação do tipo de arranjo físico a utilizar, não é obrigatório
que se utilize o ideal para o processo estudado, podendo haver alterações ou adaptações, caso a caso. A
figura a seguir mostra algumas relações entre processos e arranjos físicos possíveis:
Observação
É o arranjo físico no qual os recursos que estão sendo transformados – materiais, informações ou
consumidores – não se movem, enquanto todos os recursos de transformação – equipamentos e pessoal
– devem se mover para e na região onde está sendo feito o processo de produção. Aplica‑se nos casos
em que o recurso a ser transformado é muito grande, ou, ao contrário, é muito delicado para ser movido,
ou ainda não quer ser movido!
• Restaurante de alta classe (em geral, não oferece refeição por quilo).
É bastante comum encontrarmos operações nas quais os processos de transformação são muito
importantes na tomada de decisão sobre o tipo de arranjo físico a adotar e, dentro dessas operações,
ainda podem ser identificadas aquelas nas quais existem muitos recursos de transformação
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Gestão das Operações Produtivas
• Nos hospitais, os equipamentos de raios‑x, em geral, são colocados em uma única região, devido
às necessidades de proteção. Os laboratórios também se concentram em uma região, assim como
centros cirúrgicos, e uma ampla gama de outros exemplos que podem ser citados.
• Nos supermercados, não vemos carne misturada com peixe, ou verduras misturadas com pães. Os
setores são separados conforme o tipo de produto oferecido.
Lembrete
Relatórios de
empresas
Periódicos
recentes
Seção de
referências
Coleção
reservada
Balcão de atendimento Área de
Depósito
copiadoras
Entrada Saída
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Unidade II
Apesar de, no estudo das técnicas japonesas, podermos chegar à conclusão de que o arranjo físico
celular foi inventado pelos japoneses, na realidade, essa técnica foi inventada pelos russos ainda no
século XX, nos anos 30, mas acabou sendo implementada com sucesso pelos japoneses.
Os recursos a serem transformados são separados em famílias de peças que possuem processos de
fabricação idênticos ou muito similares, permitindo que todos os recursos de transformação necessários
para sua produção sejam colocados juntos, permitindo a produção sem interrupção de determinado
lote de peças. Terminada a operação em uma célula, o lote de peças segue para outra célula, e assim por
diante, até sua conclusão. Como resultado, o tempo total de fabricação é extremamente reduzido, assim
como o estoque em processo.
Livros e
vídeos Calçados Seção de Roupas masculinas
esportivos
Entrada
Perfumes
e jóias
Doces, jornais,
revistas e Elevadores
papelaria Roupas
femininas
Malas e
Entrada presentes
Caixa
Corredores
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Gestão das Operações Produtivas
na qual os recursos ficam arranjados fisicamente. Permite‑se, assim, a produção em larga escala com
baixos custos.
Mistura
Cozimento Limpeza Refinamento
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Unidade II
A decisão sobre qual arranjo físico adotar para determinada operação passa pela análise da relação
volume/variedade. A movimentação dos materiais, das informações ou dos clientes ao longo do processo
depende diretamente do tipo de arranjo físico selecionado. Operações com baixo volume e alta variedade
não têm no fluxo dos recursos a serem transformados o real foco da atenção, mas sim no fluxo dos
equipamentos e pessoal produtivo.
Em contrapartida, operações que apresentam alto volume e baixa variedade de produtos precisam
ser bem estudadas, para garantir o melhor fluxo possível aos recursos a serem transformados – materiais,
informações ou clientes.
Assim sendo, fazer uma inter‑relação entre a ideia de variação do volume e variedade, comparada
aos diferentes tipos de arranjo físico, auxilia no momento de se tomar a decisão sobre o melhor arranjo
a implantar.
A figura seguinte mostra uma possibilidade de entendimento para a seleção do tipo de arranjo
físico em função da relação volume‑variedade. Deve‑se observar que, da mesma forma que
aconteceu quando da seleção do tipo de processo produtivo, aqui também existem áreas comuns,
onde a aplicação de um ou outro tipo de arranjo físico dependerá de mais fatores que somente
volume–variedade de produção.
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Gestão das Operações Produtivas
Arranjo físico
Arranjo físico
no processo produtivo
por processo
Arranjo físico
por produto
Baixo
Fluxo
Fluxo regular é mais importante, devido ao contínuo
volume produzido
A seleção pela relação volume–variedade, em geral, limita a seleção de tipos de arranjo físico a serem
aplicados em, no máximo, dois tipos de arranjo possíveis. A definição final sobre qual arranjo aplicar
depende da correta interpretação das vantagens e desvantagens de cada tipo de arranjo físico.
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Unidade II
Saiba mais
O estudo dos arranjos físicos passa pela avaliação dos custos envolvidos na implantação do arranjo
físico e na sua operação. Tais custos podem ser entendidos como:
• Custos fixos: são os custos envolvidos na implantação de um arranjo físico. O arranjo físico
posicional é, sem dúvida, o que apresenta o menor custo fixo, uma vez que muitas vezes não
exige nem a construção de um prédio específico para abrigar a operação – na construção de um
edifício, tudo acontece no terreno onde ele será construído, por exemplo. Por outro lado, o arranjo
físico por produto necessita de grande investimento inicial, pois utiliza até máquinas que são
feitas de forma customizada, para produção exclusiva do produto em questão – açúcar e álcool,
por exemplo.
• Custos variáveis: são os custos que envolvem mão de obra, energia elétrica, matéria‑prima,
materiais de consumo, entre outros itens necessários para produzir aquilo a que a organização se
propõe. Quanto maior o volume produzido, maior o custo variável. Dessa maneira, o custo variável
para produtos produzidos utilizando um arranjo físico posicional em grande volume é muito
maior do que produtos produzidos utilizando um arranjo físico por produto, por exemplo.
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Gestão das Operações Produtivas
Posicional
Processo
Custos
Celular
Produto
Observação
Resumo
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Unidade II
Exercícios
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Gestão das Operações Produtivas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o arranjo físico por produto é aquele que se caracteriza por localizar os recursos
produtivos transformadores inteiramente, segundo a melhor conveniência dos recursos que estão sendo
transformados.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o arranjo físico celular é aquele em que os recursos a serem transformados entram
na operação, sendo selecionados, ordenados e movimentados para uma parte específica da operação
(ou célula), na qual estão posicionados todos os recursos transformadores necessários para atender as
necessidades imediatas de processamento.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o arranjo físico por processo tem esse nome porque as necessidades e conveniências
dos recursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o
arranjo físico.
D) Alternativa correta.
Justificativa: o Arranjo Físico Posicional é aquele em que os recursos que serão transformados não
se movem, ficando estacionários, enquanto equipamentos, máquinas, instalações e pessoal movem-
se na medida do necessário. Esta operação é adequada quando o tamanho ou delicadeza do produto
não permitam a sua movimentação durante a operação. Exemplos: construção de rodovia, estaleiro
(construção de navios), restaurante de alta classe.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o arranjo físico que prioriza a sequência das atividades para ordenar as máquinas e
equipamento na área de manufatura é o Arranjo por Processos.
Questão 2. (Enade 2005) Existem três tipos básicos de arranjo físico (leiaute) de fábricas: posicional
(ou por posição fixada); funcional (ou por processo); e linear (ou por produto). É correto afirmar que, em
uma fábrica que produz cinco tipos de diferentes produtos:
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Unidade II
E) o leiaute posicional deve ser usado quando há uma máquina difícil de ser removida do local.
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