Formação E Treino Segurança Privada Competências Diretor Desegurança

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FORMAÇÃO E TREINO SEGURANÇA PRIVADA

COMPETÊNCIAS DIRETOR DESEGURANÇA

Artigo 20º da Lei34/2013,16 de maio

Compete ao Diretor de Segurança entre outras funções

- Controlar a formação contínua do pessoal de segurança;

- Propor à direção a adoção de iniciativas adequadas para atingira constante


preparação do pessoal;

- Organizar, dirigir e inspecionar o pessoal de segurança privada;

- Promover a formação e atualização profissional do referido pessoal;

REGIME JURÍDICO

Os moldes em que é ministrada a formação ao pessoal de Segurança Privada nem


sempre estiveram bem definidos juridicamente.

Aquando do surgimento do primeiro diploma legal que regulou a atividade, não existia
qualquer referência à formação dos seus profissionais.

Decreto-Lei n.º 276 de 93 de 10 de agosto, introduz pela primeira vez, uma referência
legislativa atinente à formação, no n.º 1 do artigo 10º

―A formação profissional do pessoal de vigilância e dos respetivos candidatos compete


às organizações de segurança privada, diretamente nos seus centros de formação ou
com recurso a entidades especializadas‖.

Foram criadas duas modalidades deformação:

A formação elementar e a específica.

Apesar desta primeira referência legislativa à formação, esta área continuou sem
regulação durante cerca de 5 anos, devido à não publicação das Portarias e
Despachos para regulamentar os conteúdos programáticos.

Após publicação do Decreto – Lei n.º 231 de 98, 22 de julho, surge a primeira Portaria
n.º 970 de 98, 16 novembro para regular os princípios gerais e específicos, referentes à
formação.

A avaliação (definida na Portaria n.º 64 de 2001, 31 de janeiro) seria mediante a


realização de exames escritos, de âmbito nacional, em locais e com periodicidade a
publicitar e na presença de pessoal de fiscalização das forças de segurança pública.

1
Em dezembro de 2001, a Portaria n.º 970 de 98, foi revogada pela Portaria n.º 1325 de
2001, este diploma não veio acrescentar grandes a alterações, apenas trouxe
pequenos ajustes, a avaliação dos conhecimentos adquiridos passou a ser feita nos
próprios centros de formação acreditados.

A avaliação dos conhecimentos adquiridos dos candidatos à função de


acompanhantes de defesa e proteção de pessoas é realizada na Unidade Especial de
Polícia com custo de 100.00€ por exame.

Nos termos da Portaria n.º 1325 de 2001, a formação estrutura-se em módulos,


formação básica comum e módulos complementares com programas e cargas horárias
adequadas a cada especialidade.

FORMAÇÃO BASE COMUM

CARGA HORÁRIA 58 horas

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

- Direito Constitucional (12 horas)

- Direito Civil (9 horas)

- Direito Penal (9 horas)

- Legislação de Segurança Privada e Noções Básicas sobre a Organização e Missão


das Forças e Serviços de Segurança Interna (6 horas)

- Técnicas de Vigilância (16 horas)

- Deontologia do Vigilante (6 horas)

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

4.º modulo

Operador Central

Carga horaria 42 horas

Conteúdo programático

- Introdução à Sociologia (6horas);

- Segurança Física (8 horas teóricas e 16 práticas)

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- Técnicas Administrativas (6 horas)

- Toxicodependência e alcoolismo (6horas)

5º modulo

Utilização de armas

- Carga horária 30 horas

- Utilização de Armas de Defesa (8 horas);

- Formação Prática em Carreira de Tiro, legalmente autorizada (12 horas práticas)

- Educação Física (10 horas)

6.º Modulo

Estabelecimento de restauração e bebidas com pista de dança

Carga horária 52horas

Conteúdo programático

- Introdução à Sociologia (6 horas)

- Relações Públicas ( 12horas)

- Higiene e Segurança no Trabalho (6horas)

- Língua Estrangeira (12horas)

- Técnicas de Vigilância e Segurança Eletrônica (10horas)

- Toxicodependência e alcoolismo (6horas)

7.º Modulo

Acompanhamento, defesa e proteção de pessoas

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Conteúdo programático

Direito Penal (6horas)

Direito Processual Penal (4 horas)

Princípios fundamentais da proteção pessoal (6 horas)

Necessidade proteção pessoal (6horas)

Técnicas de proteção pessoal (6 horas)

Procedimentos deslocações (20 horas)

Procedimentos de proteção em habitações (10 horas)

Proteção no local de trabalho (8horas)

Ameaça de bomba (6horas)

Revista e proteção de alojamentos (12horas)

Proteção de viaturas (6 horas)

Deslocação com viaturas (30 horas)

Deveres do condutor (6horas);

Procedimentos em movimento - auto (20 horas);

Técnicas de Condução (8 horas)

Luta e defesa pessoal (10horas)

Exercícios e avaliação de conhecimentos (6horas)

ARD Assistente de Recinto Desportivo (módulos 1 e2)

Carga horária 57 horas

Conteúdo programático

Responsabilidades gerais (8horas)

Manutenção de um ambiente seguro (12horas);

Resposta problemas dos espectadores (8horas);

Auxílio de emergência (8horas)

Conhecimentos básicos sobre segurança contra incêndios (7horas)

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Treino em planos de emergência e de evacuação (14horas)

Para atualização de qualquer formação (módulos) não existia indicação de carga


horária ou conteúdos programáticos.

FISCALIZAÇÃO

A responsabilidade

- Departamento de Segurança Privada.

No ano de 2005, a elaboração de exames e fiscalização das respetivas provas (à


exceção Módulo 7.º ADPP) passou para a responsabilidade dos próprios centros
deformação.

Na área da formação, a ação do DSP, baseava-se sobretudo, no licenciamento,


através da concessão de autorizações para docência dos vários módulos deformação.

Depois de concedida esta autorização, não existia um ―mecanismo legal que assegura-
se completamente que as entidades formadoras respeitavam as cargas horárias e as
matérias definidas pelo legislador, apenas através da fiscalização é possível detectar o
incumprimento dessas obrigações legais.‖

PORTARIA N.º148 2014 DE 18 DE JULHO (com alteração portaria n.º 114 de 201
de 24 de abril)

ARTIGO 1.º OBJETO E ÂMBITO

1- A presente portaria tem por objeto estabelecer as unidades de formação de curta


duração que compõem os módulos de formação base, de formação específica da
especialidade e de formação de atualização, bem como os tempos de formação que
devem ser observados e as qualificações profissionais do corpo docente.

ARTIGO 5.º TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

2 - A formação inicial de qualificação consiste em toda a formação que permite a


aquisição do conjunto de competências profissionais que constituem o requisito de
formação necessário para a autorização de pessoal de segurança privada e engloba a
formação base e a formação específica de cada especialidade a adquirir.

3 - A formação de atualização consiste em toda a formação que visa a necessária


manutenção de competências e que no seu conjunto constitui requisito necessário à
emissão ou renovação da autorização de pessoal de segurança privada, nos termos
previstos na presente portaria.

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4 - A formação complementar consiste em toda a formação legalmente exigida, para
além da prevista na presente portaria, para o desempenho de determinadas
especialidades.

5 - As unidades de formação de curta duração que compõem os módulos de formação


base, de formação específica da especialidade e de formação de atualização podem
ser frequentadas num dos seguintes regimes:

a) Frequência presencial;

b) Frequência à distância; ou

c) Frequência mista.

ARTIGO 6.º CONTEÚDO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os cursos devem integrar uma componente teórica e prática a desenvolver em


contexto de formação, sem prejuízo de uma componente complementar em contexto
real de trabalho.

Constitui requisito adicional de formação inicial de qualificação a frequência com


aproveitamento, em entidade formadora registada e acreditada, das unidades de
formação de curta duração previstas no Catálogo Nacional de Qualificações. (ver
anexo III)

ARTIGO 20 º SISTEMAS DE AVALIAÇÃO

- A avaliação dos módulos de formação base e específica é efetuada mediante a


realização de provas de conhecimentos e testes práticos.

- Excetua-se do disposto no número anterior a formação legalmente exigida para o


pessoal que executa ou é responsável pela execução do rastreio, do controlo de
acesso ou de outros controlos de segurança aeroportuária

- As condições de realização das provas de avaliação e testes previstos no presente


artigo são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da
administração interna.

ARTIGO 22.º FORMAÇÃO DE DIRETORES DESEGURANÇA

- ministrada em estabelecimentos de ensino superior oficialmente reconhecidos

- O programa do curso a ministrar tem a duração mínima de 200 horas e deve ter por
base as seguintes matérias:

A) Regime jurídico do exercício da atividade de segurança privada;

b) Criminalidade e delinquência;

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c) Sistema de segurança interna e proteção civil;

d) Segurança física;

e) Segurança eletrônica;

f) Segurança de pessoas;

g) Medidas de segurança e sistemas de segurança.

h) Segurança contra incêndios;

i) Segurança da informação e proteção de dados pessoais;

j) Gestão e direção de atividades de segurança privada;

k) Planeamento e gestão de segurança privada;

l) Prevenção de riscos laborais aplicados à segurança privada;

m) Análise de riscos;

n) Gestão de equipes;

o) Colaboração com a segurança pública;

p) Deontologia profissional.

5 - Pode igualmente ser reconhecida a formação, com aproveitamento, ministrada em


estabelecimento de ensino superior oficialmente reconhecido, em curso superior ou de
pós - graduação na área da segurança, desde que inclua as matérias e as mesmas
tenham a duração mínima previstas no número anterior.

ARTIGO 24.º QUALIFICAÇÕES DO CORPO DOCENTE

a) Os formadores detentores de curso superior cuja área científica seja adequada às


unidades de formação de curta duração previstas na presente portaria;

a) Os formadores que concluíram o 12.º ano de escolaridade ou equivalente,


detentores da experiência profissional e qualificações adequadas às unidades de
formação de curta duração previstas na presente portaria;

MÓDULO DE FORMAÇÃO

BASE – 60 horas

Diversidade, direitos fundamentais e direitos do homem

Crime, procedimento penal e meios de prova

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Regime jurídico do exercício da atividade de segurança Privada, sistema de segurança
interna e forças e serviços de segurança.

Princípios deontológicos e perfil profissional

Elaboração de relatórios e comunicações

Segurança e Higiene no trabalho aplicado à segurança privada.

MÓDULO DE FORMAÇÃO

ESPECÍIFICA VIGILANTE – 90 horas

Segurança física e controlo de acessos

Técnicas e prática de vigilância humana e eletrônica e intervenção de alarmes

Procedimentos operacionais

Revistas pessoais de prevenção e segurança

Gestão de conflitos e procedimentos de detenção

Registos técnicos e relatórios e simulação prática de incidentes

Defesa pessoal

Segurança eletrônica e procedimentos operacionais de emergência em alarmes

Operação de meios de vídeo vigilância e centrais de alarme.

ESPECÍFICA OPERADOR ALARME – 30 horas

Segurança eletrônica e procedimentos operacionais de emergência em alarme

Operação de meios de vídeo vigilância e centrais de alarme

Registos técnicos e relatórios e simulação prática de incidentes

ESPECÍFICA SEGURANÇA PORTEIRO – 120 horas

Regime legal dos estabelecimentos de restauração e de bebidas Sistemas de


segurança obrigatórios e funções do segurança – porteiro

Direito de acesso e identificação de comportamentos de risco Segurança física e


controlo de acessos

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Técnicas e prática de vigilância humana e eletrônica e intervenção de alarmes

Procedimentos operacionais

Revistas pessoais de prevenção e segurança

Gestão de conflitos e procedimentos de detenção

Registos técnicos e relatórios e simulação prática de incidentes

Defesa pessoal

Segurança eletrônica e procedimentos operacionais de emergência em alarmes

Operação de meios de vídeo vigilância e centrais de alarme

ESPECÍFICA VIGILANTE DE PROTEÇÃO E ACOMPANHAMENTO PESSOAL


(VPAP) - 190H

Enquadramento legal da proteção e acompanhamento pessoal

Avaliação de riscos e ameaças

Planeamento operacional, avaliação e relatórios

Reconhecimento de itinerários e locais

Técnicas e procedimentos de proteção pessoal .

Técnicas de deslocação em veículos

Técnicas de proteção pessoal em edifícios e eventos

Técnicas de condução

Procedimentos segurança, revista e buscas

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Gestão de incidentes e procedimentos de emergência

Gestão de conflitos, resolução e técnicas de comunicação

Defesa pessoal

ESPECIFÍCA ASSISTENTE DERECINTO DESPORTIVO (ARD) – 90 horas

Regime legal dos espetáculos desportivos e da prevenção da violência

Sistema de segurança em recintos desportivos e estrutura de comando

Manutenção de ambiente seguro e gestão de multidões

Gestão das necessidades dos espectadores.

Informação, orientação e aconselhamento

Planos de contingência e de emergência.

Evacuação de recintos desportivos

Procedimentos de revistas e buscas de segurança

Gestão de incidentes e procedimentos de emergência

Gestão de conflitos e procedimentos de detenção

Defesa pessoal

ASSISTENTE DE RECINTO ESPETÁCULOS (ARE) - 90H

Regime legal dos espetáculos e divertimentos públicos

Regulamentos de prevenção e segurança do evento

Manutenção de ambiente seguro e gestão de multidões

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Gestão das necessidades dos espectadores.

Informação, orientação e aconselhamento

Planos de contingência e de emergência.

Evacuação de recintos desportivos

Procedimentos de revistas e buscas de segurança

Gestão de incidentes e procedimentos de emergência

Gestão de conflitos e procedimentos de detenção

Defesa pessoal

ASSISTENTE DE PORTOS E AEROPORTOS

SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA - 10H

Defesa pessoal

PROTEÇÃO PORTUÁRIA - 140H

Funções e conteúdos funcionais da atividade de assistente e portos e aeroportos em


ambiente portuário.

Regime legal nacional e internacional aplicável ao transporte aéreo e infraestruturas


portuárias

Sistemas Nacionais de Segurança e Planos Nacionais de Segurança Manutenção de


ambiente seguro e gestão de necessidades de utentes de infraestruturas portuárias

Técnicas e procedimentos de controlo de pessoas, bagagens e mercadorias em


aeroportos

Planos de segurança e emergência portuários


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Procedimentos de revistas pessoais e buscas de segurança em portos

Técnicas, procedimentos e prática de identificação de objetos, bens e substâncias


perigosas ou proibidas

Identificação de documentos e de sinais, marcas, símbolos e códigos internacionais e


nacionais de mercadorias

Gestão de conflitos: identificação de comportamentos de risco, resolução e técnicas de


comunicação

Defesa pessoal

VIGILANTE DE TRANSPORTE DE VALORES - 170H

Regime legal da atividade de transporte de valores

Avaliação de riscos e ameaças

Planeamento operacional, avaliação e relatórios

Planificação de itinerários e rotas

Técnicas e procedimentos de transporte de valores

Utilização e manutenção de sistemas eletrônicos de segurança

Técnicas de proteção pessoal em deslocações

Procedimentos de segurança e condução de veículos de transporte de valores

Gestão de incidentes e procedimentos de emergência

Gestão de conflitos e identificação de comportamentos de risco

Defesa pessoal

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FISCAL DE EXPLORAÇÃO DE TRANSPORTES PÚBLICOS - 30H

Regime legal da fiscalização de títulos de transporte

Técnicas e procedimentos de fiscalização e gestão de conflitos

Títulos de transporte e elaboração de autos de notícia

Tendo em conta que esta atividade lida diretamente com direitos, liberdades e
garantias do cidadão.

ANÁLISE DE RISCOS

OBJETIVO

O objetivo desta sessão é demonstrar a importância do controle interno para


identificação dos riscos que envolvem a atividade empresarial, evitando-os, mitigando-
os ou, simplesmente, conviver com eles dentro de um ambiente controlado.

Função do Diretor de Segurança

Artigo 20º da Lei 34 2013 de 16 de maio

3 — Ao diretor de segurança compete, em geral:

Realizar análises de risco, auditorias, inspeções e planos de segurança, bem como


assessorar os corpos gerentes das entidades de segurança privada.

CONCEITOS

Risco - Significa estar exposto à possibilidade de um mau resultado

Probabilidade um evento desfavorável versus a consequência ou impacto

Tratamento do risco – processo de seleção e implementação de medidas para alterar


o risco, atenuar, reduzir ou evitá-lo

Risco Residual – risco remanescente após o tratamento do risco.

Ativos - o que a empresa possui, opera, arrenda, tutela ou é responsável por, compra,
prestação de serviço.

Vulnerabilidade - Fragilidade que pode ser explorada por uma ameaça para
concretizar um ataque.

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Ameaça - expetativa de acontecimento acidental ou provocado, causado por um
agente, que pode afetar um ambiente, sistema ou ativo.

A ameaça é algo normalmente externa ao ativo que se quer proteger, enquanto que a
vulnerabilidade está associada ao próprio ativo, podendo ser decorrente de uma serie
de fatores.

ANÁLISE DE RISCO Forma sistemática de avaliar melhor os riscos, alcançar a


transparência na sua complexidade e resolver as dúvidas e lacunas. A análise facilita a
adoção de decisões, em matéria de gestão de riscos, e sua comunicação. A análise de
riscos é composta por três etapas:

1. Identificação e avaliação de riscos;

2. gestão e tratamento dos riscos;

3. comunicação dos riscos.

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

O processo de análise de riscos deve considerar todos os riscos possíveis de ocorrer.


Não importa qual o método que a administração escolha para identificá-los, importa
que a administração considere, cuidadosamente, os fatores capazes de provocar o
risco.

Metodologia

As metodologias de identificação dos riscos têm de ser adaptadas a cada organização,


validadas em termos da sua eficácia, detalhadas e analíticas, de forma a poderem
descer às especificidades de cada organização.

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

Antes de se realizar uma auditoria de segurança deve ter-se em atenção alguns


aspectos muito importantes, entre eles:

- Compromisso dos responsáveis dos diferentes níveis;

- Determinação dos critérios de referência;

- Aspectos económicos;

- Requisitos legais;

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- Determinação da periodicidade das auditorias

AUDITORIAS DE SEGURANÇA

Para uma auditoria de segurança, poderemos optar por um sistema já definido, ou por
um desenvolvido à medida da empresa.

As organizações devem encarar as auditorias de segurança, não como um custo, mas


como um investimento, que a médio/longo prazo podem evitar e/ou reduzir riscos que
se traduzem em prejuízos económicos, absentismo de trabalhadores, má imagem da
empresa.

dispositivo auditorias / checklist

TODOS ENVOLVIDOS

Uma das funções do vigilante é a contínua identificação, avaliação e registo dos fatores
de risco, tais como:

• Deficiências nas barreiras protetivas;

• Deficiências de iluminação de segurança;

• Deficiências nos sistemas de detecção de intrusos;

• Verificação dos sistemas de detecção de incêndio;

• Verificação de extintores (existência e validade);

• Existência de suspeitos / viaturas junto às instalações;

• Ausência de chaves do chaveiro.

GESTÃO DO RISCO

A gestão do risco pode ter um vasto campo de aplicação, desde:

Produtos, serviços, processos, pessoas, bens materiais, bens sociais e ambientais, até
às próprias atividades das organizações no seu todo. As atividades de apreciação dos
riscos podem ser realizadas a partir de diversos pontos de vista, porque a natureza
dessas atividades tem componentes, envolventes, fatores e consequências muito
diferenciadas. A escala dos riscos constitui uma outra característica muito distintiva, e
que condiciona a escolha das técnicas e metodologias de identificação, análise, e
avaliação dos riscos. A identificação dos riscos deve conduzir a algum tipo de

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hierarquização dos mesmos, suportando a tomada de decisão sobre as prioridades a
tomar.

Esta hierarquização deve partir da identificação dos riscos aceitáveis

Aqueles que foram reduzidos a um nível que possa ser aceite pela organização,
tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política, e/ou dos
riscos residuais, aqueles que subsistem após o respectivo tratamento.

A gestão do risco é assim uma prática vocacionada para a criação e preservação de


valor, bem como para o que pode pôr em causa esse valor.

Os grandes fatores adversos que podem pôr em causa o valor da empresa têm de ser
identificados, bem como avaliada a sua probabilidade de ocorrência e o seu impacto,
de forma a se fortalecerem as estruturas para minimizar ou tornar as empresas menos
inseguras a estas situações.

Algumas Medidas Proteção

Proteção de instalações e zonas periféricas, por meio de barreiras, redes de arame,


muros, portões, aberturas protegidas, iluminação, vigilância humana…

Sistemas de alarme e vídeo vigilância

Controlo de intrusão e de acessos, programas de identificação de visitantes e


trabalhadores, controlo de volumes…

Controlo e prevenção de fogo, sistemas de extinção e sistemas de alarme

Cumprimento de regulamentos e normas internas

TYLENOL Em 1982 o Tylenol, medicamento da Johnson & Johnson representava


cerca de 35% do mercado dos EUA de analgésicos e cerca de 15% dos lucros da
empresa.

Em determinado momento um individuo conseguiu alterar o medicamento com


cianureto, morrendo 7 pessoas em consequência deste ato, gerando o pânico entre os
consumidores, com esta crise a empresa perdeu cerca de 1 bilião de dólares de valor
de mercado. A mesma situação ocorreu em 1986, nessa altura a empresa rapidamente
retirou todas as embalagens do mercado, desenvolvendo uma embalagem à prova de
adulteração, tornando mais difícil outro incidente. Foi comunicado à população as
medidas que estavam a ser tomadas, e em cinco meses a empresa recuperou 70% da

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quota de mercado do medicamento, demonstrando que a preservação do valor de
longo prazo da marca tinha sido conseguido.

PEPSI

Enfrentou uma crise em 1993 – reclamações sobre a existências de seringas nas latas
Pepsi. Foi solicitado às lojas a não retirada do produto, iniciando-se investigação que
culminou com uma detenção, que a Pepsi tornou pública.

A Pepsi iniciou uma campanha publicitária onde explicava o processo de produção nas
suas fábricas (transparência), onde se verificava ser difícil a alteração do produto, um
outro vídeo exibia uma senhora em loja de conveniência a adulterar uma lata de Pepsi .

Durante todo o processo de gestão da crise a Pepsi manteve a comunicação aberta


quer aos cidadãos quer aos funcionários.

Depois da crise agradeceu publicamente o apoio sentido e distribui cupões de oferta.

FORD/FIRESTONE Uma disputa entre a Ford e a Firestone veio a público em agosto


de 2000. Na resposta que os pneus 15` radial ATX se separavam do seu núcleo,
levando a acidentes espetaculares, a Firestone recolheu 6,5 milhões de pneus, mais
utilizados pelo Ford Explorer – SUV mais vendido do mundo. Durante todo o processo
de gestão desta crise não existiu qualquer comunicação sobre as medidas tomadas ou
expetativas de gestão. As duas empresas cometeram 3 erros:

1. Culparam os consumidores pela possível não colocação de pressão correta nos


pneus;

2. Culparam-se mutuamente pelos erros de desenho do pneu e do veiculo;

3. Disseram muito pouco ou mesmo nada sobre as medidas corretivas sobre o


problema que originou diversos acidentes – 100 mortos – até serem chamados a uma
comissão do congresso norte americano.

MATRIZ DE ANÁLISE DE RISCO

EXEMPLO Tipo de Ameaça Grau de Grau de Grau de Prioridade


ACADÉMICO Ameaça vulnerabilida Impacto
Ativos de

Pessoas Rapto de Elevado Elevado Elevado 5


administradores
Aliciamento de

17
funcionários

Atividade Furto financeiro Crítico Elevado Médio 3

Infra - Vandalismo nas Médio Crítico Baixo 2


estruturas vedações

Equipament Sabotagem no Médio Médio Elevado 4


o empilhador

EXEMPLO ACADÉMICO

Medidas de Proteção Rapto de Furto Vandalismo Sabotagem


Administradores financeiro empilhador
Vedações

Mais 1 segurança em cada portão

Instalação de alarmes volumétricos

Treino e formação para a proteção pessoal

Controlo de veículos à entrada

Alargamento do CCTV

O DESAFIO DA SEGURANÇA NA DISTRIBUIÇÃO MODERNA

Condições de Trabalho Higiene e Segurança;

Atividades sensíveis ;

Luta contra a delinquência e a fraude;

Proteção de pessoas e bens;

Incêndio;

Assistência;

Formação e animação de equipas;

Participação na vida do espaço.

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Relações externas

SEGURANÇA UM NOVO PARADIGMA

Abordagem orientada para a prevenção, proteção, preparação, resposta, mitigação,


continuidade da atividade e recuperação face a incidentes disruptivos resultantes de
emergências, crises ou catástrofes.

CRIMINALIDADE e INSEGURANÇA

Crimes altamente fungíveis.

Vítimas escolhidas (praticamente) ao acaso.

Padrões de insegurança muito elevados.

Generalização da violência e o uso de armas como meio de coação.

Discursos públicos criam nos cidadãos sensações de fragilidade dos sistemas de


proteção.

O fator humano faz a diferença

Materializar uma estrutura de segurança de confiança, formada e eficaz, com


reconhecimento público, que explore conceitos inovadores adaptados às novas
exigências.

- Contribuição para a satisfação e fidelização dos clientes pela excelência da qualidade


de serviço de segurança oferecido - proximidade e conforto.

- Estrutura profissionalizada, versátil e flexível – formação direcionada para servir os


clientes, colaboradores e o comércio.

Um defraudador procura e explora as deficiências e vulnerabilidades de uma empresa.


Recorrer a especialistas em prevenção e detecção de fraude. Definir uma estratégia
para gestão de riscos de fraude e um plano de controlo de fraudes. Avaliação de
vulnerabilidade –

Carta de Riscos: processos administrativos - recepção - Manuseamento e


armazenagem - proteção - exposição e venda

A antecipação é a chave para a prevenção de perdas. Estabelecer um perfil pode


ajudar a identificar potenciais infratores (risco de criar estereótipos); Estabelecer uma
matriz com a informação e registo de ocorrências; Testar e auditar as diferentes
atividades de acordo com os diferentes níveis de risco, com o propósito de detectar
fraudes e dissuadir.

Abordagem Sistémica para Reduzir as Perdas

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- Identificar oportunidades de melhoria / principais problemas

- Desenvolver plano estratégico para resolver os problemas

- Identificar os processos chave e medir o impacto dos problemas

- Analisar o risco e identificar as causas dos problemas

- Definir ações para resolver os problemas e prioritizá-las

- Implementar ações

- Medir os resultados da implementação

- Voltar a olhar para o negócio… Existem outras oportunidades de melhoria?

Safety

Está expresso na nossa visão que a sustentabilidade da empresa tem de ser:

- Economicamente eficaz

- Socialmente equitativa

- respeitando o bem estar

VANTAGENS DA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO


TRABALHO

Melhoria na gestão das equipes

Vantagens da melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho

Aumento da produtividade das equipes

Satisfação dos colaboradores

Redução dos custos associados à sinistralidade

Dinâmicas de atuação

Definição de procedimentos de participação e acompanhamento dos sinistros

- Prime, campanhas de sensibilização,

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- Melhoria das condições de trabalho

- Animação das comissões de segurança e saúde no trabalho

- Impacto na redução dos custos com sinistros. Premiar quem reduz, penalizar quem
contribui

CNS - Centro Nacional de Segurança

Objetivo:

Centralizar todos os comandos de segurança e serviços, num só local.

Integrar todas as atividades Auchan – hipermercados e gasolineiras.

Proporcionar a criação de novas soluções de atendimento e prestação de serviços aos


clientes CNS.

Desenvolver uma solução robusta com optimização de custos, transmitindo aos


sistemas de segurança um papel ativo na prevenção, no processo de detecção e na
qualidade de serviço de segurança.

MODELO DA SOLUÇÃO DESENVOLVIDA:

Estado da Arte e Limitações

Técnicas do Modelo Antigo

- Com o aparecimento de novos riscos e ameaças direcionados a pessoas e bens,


torna-se evidente a necessidade de encontrar soluções de proteção mais eficazes e
dependentes de novas estratégias, que primam o rigor da sua análise de forma a
garantir a segurança do exercício da atividade comercial e do património.

- As soluções de segurança anteriormente adoptadas pelo GRUPO AUCHAN eram


isoladas e tornavam-se mais falíveis com o aumento da diversidade e complexidade
dos riscos, além de se traduzirem num aumento de custos, tanto ao nível operacional
como administrativo.

- Os funcionários com funções de segurança não eram reaproveitados para a execução


de outras tarefas ao serviço do comércio.

MODELO DA SOLUÇÃO DESENVOLVIDA:

Novidades Introduzidas / Novos Conhecimentos

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- Criação desta nova solução inovadora potencie a melhoria na qualidade de prestação
de serviços de segurança ao cliente.

- Versatilidade dos recursos humanos, de forma a permitir aumentar a produtividade e


a orientação do esforço para o comércio.

- Controlo virtual de postos de trabalho (eliminação da portaria de pessoal e entradas


de loja sentido único).

- Possibilidade de controlar todos os equipamentos remotamente.

- Aumento de segurança e controlo nos hipermercados e gasolineiras.

- Controlo eficaz das operadores de caixa e operações POS.

- Melhoria da prontidão operacional na resposta às ocorrências detectadas.

- Monitorização e gestão técnica de operações de manutenção.

- Facilidade na partilha de informação e objetivos.

- Visão única de todos os processos operacionais.

- Análise direta das incoerências detectadas.

- Redução das perdas por Quebras.

- Criação de relatórios mais fiáveis.

- Gestão centralizada dos Planos de Contingência (ex: epidemias e doenças


contagiosas.

- Aumento de produtividade e eficiência dos processos.

- Garantia e aumento na eficiência da monitorização e emissão de alarmes de todas as


situações passíveis de ocorrência

Sistemas de Gestão Integrados no CNS

- Gestão da Central de Incêndio.

- Gestão da Central de Intrusão.

- Video vigilância (CCTV).

- Controlo de Acessos.

- Comunicações (VOIP).

- Gestão de Chaves (Chaveiro Electrónico).

- Gestão Portaria de Pessoal Virtual.

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- Gestão Técnica (programação e monitorização de AVAC, iluminação, desenfumagem,
equipamentos, móveis de frio, entre outros.

- Planos de Contingência (ex: Gripe A - estimada uma redução de 850 dias de


absentismo).

- Loss Prevention.

- Telemanutenção e testes remotos (ex: antenas EAS, torniquetes, detectores)

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