Ética Geral e Profissional

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL

PROF. CAROLINA MENK CEGARRA

CAROLMENCK @ UOL.COM .BR


07/08/2020 -- Aula 01
 AVISOS
o As aulas terão início às 19h15.
o Alunos faltantes tem 01 semana para entregar o resumo, que deverá ser
encaminhado por email: [email protected]
 Não é para copiar o material que a prof. passou kkkkkkkk
 Ética
o Não é só agir com boa-fé; ela inclui todos os direitos e deveres dos advogados;
 Quais são as sanções, censura e exclusão;
o Ética profissional é a matéria que mais cai na prova da OAB – 8 questões;
 AVALIAÇÃO
o A avaliação ocorrerá constantemente;

Da atividade da advocacia

1. Noções preliminares: focaremos nossas aulas no EOAB (Estatuto da Advocacia e da OAB-Lei


nº 8.906/94), bem como no CED (Código de Ética e Disciplina) e no RG (Regulamento Geral do
Estatuto da Advocacia e da OAB). Esses últimos dois não são leis: são atos normativos editados
pelo Conselho Federal da OAB.
o Diante disso, esses dois podem não ter no vade mecum por serem atos
normativos
2. São atividades privativas da advocacia (art. 1º, EOAB).
2.1 Art. 1º, I: ATOS JUDICIAIS: a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos
Juizados Especiais. A palavra “qualquer” foi tida como inconstitucional através do julgamento
da ADI nº 1.127-8, dado que, em algumas situações, a atividade do advogado não é necessária,
como nos JECs em ações que possuem até vinte salários mínimos como valor da causa, bem
como na impetração de HC e no jus postulandi na Justiça do Trabalho (art. 791, CLT).
o ADI – foi proposta pelo AMB – associação dos magistrados brasileiros;
o Temos alguns momentos onde o papel do advogado não é necessário,
conforme exemplos citados acima;
o Esse inciso I é denominado atos judiciais.
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2.2 Art. 1º, II: ATOS EXTRAJUDICIAIS: atividades de consultoria (verbal ou escrita), assessoria e
direção jurídicas também só podem ser praticadas por advogados.
o Consultoria que pode ser verbal ou escrita, é algo mais eventual. Por exemplo,
quando você tira uma dúvida com um advogado; uma dica; RESPOSTA RÁPIDA;
o Assessoria é mais intenso. É o caso de quando o cliente fica perturbando o
advogado de 05 em 05 minutos;
 O que acontece nas grandes empresas;
 Nestes, analisam os contratos;
o Direção jurídica: cargo de chefia;
 Note! Art. 7º, RG1: o cargo de gerência jurídica em empresa pública ou privada é
privativo de advogado.
o Assessoria, consultoria, direção jurídica e gerência jurídica;
2.3 Art. 1º, §2º: Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade,
só podem ser admitidos a registro nos órgãos competentes quando visados por advogados.
o Ato constitutivo para abertura de empresa, ou é o contrato ou o estatuto
social. No final há várias rubricas, as quais são dos advogados. Para a abertura,
é necessário que haja o visto do advogado;
o Caso não tenha o visto do advogado, em regra será nulo, e não anulável.
 Note! ME e EPP são exceções: nelas, não se faz necessário o visto do advogado no
ato da constituição das atividades empresariais. (Art. 9º, §2º, Lei complementar nº
123/06).
2.4 Art. 1º, §3º: É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
o Não posso ter um escritório de advocacia e um consultório médico no
mesmo lugar;
3. Do exercício privativo da advocacia e dos estagiários (art. 3º, EOAB).
3.1 Art.3º, caput c/c §1º: exercem a advocacia no Brasil, além dos profissionais inscritos na
OAB, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da
Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.

1
Art. 7º, RG: A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou
paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por
quem não se encontre inscrito regularmente na OAB.
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o Advocacia pública: AGU, Procuradoria da Fazenda Nacional, Defensoria
Pública;
3.2 Art. 3º, §2º: O estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, pode praticar os atos
previstos no art. 1º (já vistos) em conjunto com advogado ou Defensor Público e sob
responsabilidade deste. Quais atos são esses?
3.2.1 Art. 29, § 1º e 2º, RG2: carga, obtenção de certidões de processos findos ou em
andamento, assinar petições de juntada de documentos em processos judiciais ou
administrativos.
3.2.2 Estagiário pode praticar atos extrajudiciais? Sim, conforme o §2º do art. 29, RG, caso
haja autorização do advogado.
o Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer
isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do
advogado.
4. Procuração (art. 5º, EOAB). ATÉ O ITEM 6.
4.1 Definição: quando determinado advogado recebe poderes para atuar em nome de outra
pessoa; Ou seja, é uma transferência de poderes;
o Quando o advogado recebe poder do cliente
4.2 Art. 5º, §1º: O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a
apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
o 15 dias, e não 10 ou cinco;
4.2.1 Atenção ao art. 104, §1º, CPC: o advogado deverá [...] exibir a procuração no prazo de
quinze dias prorrogável por igual período por despacho do juiz.
o O CPC fala que é necessário despacho do juiz para poder prorrogar;

2
Art. 28. O estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos Estados, na
forma do artigo 145 da Lei Complementar n. 80, de 12 de janeiro de 1994, é considerado válido para fins
de inscrição no quadro de estagiários da OAB. Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do
Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o
defensor público. § 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a
responsabilidade do advogado: I –retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; II –
obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou
findos; III –assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. § 2º Para
o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber
autorização ou substabelecimento do advogado.
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o Essa necessidade do despacho irá depender do momento em que você está
fazendo a prova; se estiver questões de ética, não precisa, se estiver
resolvendo questões de processo civil, é necessário.
4.3 PROCURAÇÃO EM SOCIEDADE DE ADVOGADOS: no instrumento, devem constar os nomes
de todos os profissionais, sendo, porém, vedado o ato de constar a sociedade de modo
generalizado. Assim, se são advogados João e José, seus respectivos nomes devem se fazer
presentes na procuração.
o O Estatuto não deixa que na procuração conste o outorgado como por
exemplo, sociedade de advogados Silva e Pereira, ou seja, não pode ser
colocado de forma ampla, é necessário especificar cada advogado que terá
poderes;
4.3.1 Atenção ao art. 272, §1º, CPC: Os advogados poderão requerer que, na intimação a
eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente
registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
4.4 Poderes gerais e especiais de uma procuração (art. 5º, §2º): A procuração para o foro em
geral (“ad judicia et extra”) habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer
juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
o Poderes gerais: pacote básico – desde a distribuição até a interposição de
recurso;
4.4.1 O que são poderes especiais? São aqueles poderes que devem constar na procuração
quando exigidos por lei, como desistir, dar quitação e requerer a gratuidade da justiça. (arts.
105 CPC3, 39, 44 e 55 CPP).
o Após a reforma trabalhista é necessário ter poderes especiais para
requerer a gratuidade da justiça;
5. Substabelecimento
5.1 Definição: todo advogado que for constituído, vai transferir poderes para outro advogado;
o É a transferência de poderes para outro advogado que originariamente
não constava na procuração

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 Art. 105, CPC. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular
assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação,
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
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o Estender os poderes da procuração;
5.2 Substabelecimento com reserva de poderes: advogado originário permanece na causa,
mas estende seus poderes.
o Os poderes do advogado principal (originário) permanecem.
o Extensão – o advogado que permanece na causa;
5.2 Substabelecimento sem reserva de poderes: advogado outorga poderes para outro, mas
não permanece no patrocínio da causa. Art. 24, §1º, CED: substabelecimento do mandato sem
reservas de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
o O advogado transfere 100% os poderes para outro advogado, e “cai fora”.
 MUDANÇA NOVA
o Para prestar concurso são necessários 02 anos de atividade jurídica; - EC
45/04
o Há uma forma de pedir um substalecimento com reserva, para constar
como advogado na peça, para contar como atividade jurídica;
o Ademais, mudança nessa semana dispõe que pós graduação poderá ser
contada como atividade jurídica;
6. Renúncia e revogação
6.1 Renúncia (art. 5º, §3º): O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez
dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído
antes do término desse prazo.
o Só o advogado renúncia, o cliente não pode;
o É um ato do próprio advogado;
o Esses prazos de 10 dias é para não deixar o cliente na mão, salvo se for
constituído novo advogado antes deste prazo;
6.1.2 Como o cliente é cientificado quando seu advogado renuncia? (art. 6º, RG): O
advogado deve notificar o cliente da renúncia ao mandato (art. 5º, § 3º do EOAB),
preferencialmente (mas não obrigatoriamente) mediante carta com aviso de recepção,
comunicando, após, o Juízo.
o Na prática, dá para cientificar o cliente da renúncia marcando uma reunião
com ele e, pedindo para que o mesmo assine uma declaração de que está
ciente da renúncia;
o Em relação aos honorários, receberá de forma parcial;
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6.2 Revogação (art. 14, CED): A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do
advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência,
calculada proporcionalmente, em face do serviço efetivamente prestado.
o Na revogação, diferentemente da renúncia, assim que é apresentado o ato
da revogação, o cliente deve apresentar novo advogado, de forma
imediata, de modo que o anterior já não tem mais obrigação com aquele
processo;
6.2.1 No mesmo ato da revogação, o cliente deve apresentar novo advogado. Se não o
fizer, o Juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. Se
mesmo assim não apresentar novo advogado, as consequências são: (art. 76, CPC 4)
 autor: processo extinto.
 réu: considerado revel
 terceiro: excluído do processo.

RENÚNCIA REVOGAÇÃO

Exclusivo do advogado Exclusivo do cliente

Honorários parciais de acordo com o serviço Honorários parciais de acordo com o serviço
prestado prestado
Tem que permanecer 10 dias após a notificação da O advogado deixa o processo de forma imediata, e
renúncia, salvo se for substituído antes do término deverá da mesma forma ser substituído por outro
do prazo; advogado
Caso o cliente não indique advogado, o juiz
suspenderá por um prazo razoável para sanar o
vício, caso não o faça:
O autor: será O réu: será O terceiro: será
julgado extinto considerado excluído do
o processo revel processo
EXERCÍCIOS

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Art. 76,§ 1º, CPC Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
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1. (OAB XVI Exame) Bernardo é bacharel em Direito, mas não está inscrito nos quadros da
Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de aprovado no Exame de Ordem. Não obstante, tem
atuação na área de advocacia, realizando consultorias e assessorias jurídicas. A partir da
hipótese apresentada, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Advogados do Brasil,
assinale a afirmativa correta.
(a) Tal conduta é permitida, por ter o bacharel logrado aprovação no Exame de Ordem.
(b) Tal conduta é proibida, por ser equiparada à captação de clientela.
(c) Tal conduta é permitida mediante autorização do Presidente da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.
(d) Tal conduta é proibida, tendo em vista a ausência de inscrição na OAB.
o Artigo 1º, II do Estatuto da OAB - atividades de consultoria (verbal ou escrita),
assessoria e direção jurídicas também só podem ser praticadas por advogados.

2. (OAB XVI Exame) João é advogado da sociedade empresária X Ltda., atuando em diversas
causas do interesse da companhia. Ocorre que o controle da sociedade foi alienado para
estrangeira, que resolveu contratar novos profissionais em várias áreas, inclusive a jurídica. Por
força dessa circunstância, rompeu-se a avença entre o advogado e o seu cliente. Assim, João
renunciou ao mandato em todos os processos, comunicando formalmente o ato à cliente.
Após a renúncia houve novo contrato com renomado escritório de advocacia, que, em todos
os processos, apresentou o instrumento mandato antes do término do prazo legal à retirada
do advogado anterior.
Na renúncia focalizada no enunciado, consoante Estatuto da Advocacia, deve o advogado:
(a) afastar-se imediatamente após a substituição por outro advogado.
o Artigo 5º, §3º do EOAB - O advogado que renunciar ao mandato continuará,
durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o
mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
(b) funcionar como parecerista no processo pela continuidade da representação.
(c) atuar em conjunto com o advogado sucessor por quinze dias.
(d) aguardar dez dias para verificar a atuação dos seus sucessores.

3. (OAB IX Exame) Laura, advogada na área empresarial, após concluir o mestrado em


renomada instituição de ensino superior, é convidada para integrar a equipe de assessoria
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jurídica da empresa K S/A. No dia da entrevista final, é inquirida pelo Gerente Jurídico da
empresa, bacharel em Direito, sem inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de o
mesmo ter logrado êxito no Exame de Ordem.  Observado tal relato, consoante as normas do
Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
(a) O bacharel em Direito pode exercer as funções de Gerência Jurídica mesmo que não tenha
os requisitos para ingresso na Ordem dos Advogados.
(b) A função de Gerente Jurídico é privativa de advogados com regular inscrição nos quadros
da Ordem dos Advogados.
o Art. 7º do Regulamento Geral do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil:
o cargo de gerência jurídica em empresa pública ou privada é privativo de
advogado.
(c) O bacharel em Direito, caso preencha os requisitos legais, inclusive aprovação em Exame de
Ordem, pode exercer funções de Gerente Jurídico antes da inscrição na Ordem dos Advogados.
(d) A função de Gerente Jurídico, como é de confiança da empresa, pode ser exercida por
quem não tem formação na área

RESUMÃO DA AULA
o Atividades privativas do advogado – Artigo 1º
 Judicial
 Expressão “qualquer” foi tida como inconstitucional;
 Haja vista que ele dispunha que era privativo do advogado
qualquer postulação na via judicial, no entanto há situações
nas quais não são necessárias;
 Extrajudicial
 Assessoria;
 Consultoria;
 Direção jurídica
 Gerência jurídica
o Constituição de uma empresa
 Deve ter visto do advogado, caso não, será nulo;
o Estagiários
o Procuração
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 Recebimento de poderes por um cliente;
 Em sociedade de advogados
 É proibido colocar outorga poderes para a sociedade de
advogados, é necessário elencar um por um;
 Poderes gerais
 Poderes especiais
 Deve constar na procuração
o Ex: para requerer a gratuidade da justiça;
 Substabelecimento
 Com reserva de poderes: o advogado inicial permanece na
causa
 Sem reserva de poderes: o advogado inicial cai fora da causa;
o O cliente deve ter ciência deste substabelecimento
 Renúncia e revogação
 Renúncia – ato do advogado
o Deve ser feito por carta registrada
o Permanece na causa por até 10 dias, salvo se for
substituído antes desse período;
 Revogação – ato do cliente
o O cliente resolve não continuar com o serviço do
advogado;
o O cliente tem que indicar um novo advogado
o Se não o faz, o juiz suspende por prazo razoável, e se
ainda não faz, dependerá do polo
 Autor: processo será extinto;
 Réu: o réu será considerado revel;
 Terceiro: será excluído do processo;
14/08/2020
REVISÃO DA AULA
o Estatuto da OAB
 Código de Ética e Regulamento Geral;
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o Atividades privativas da advocacia
 Geral
 Extrajudicial;
o Vedada a divulgação da atividade de advocacia com alguma outra;
 A pessoa pode ter várias profissões, mas não pode estar na mesma
placa;
 Não há problema que a clientela seja a mesma
o Estagiário
o Procuração
 Substabelecimento com reserva de poderes
 Substabelecimento sem reserva de poderes
 Poderes
 Gerais: o pacote básico
 Especiais: renunciar, entre outros;
o Renúncia e Revogação; ~
DIREITO X PRERROGATIVA
o Direito: é algo amplo
 Ex: direito de ir e vir;
o Prerrogativa: Algo inerente a uma classe profissional; exemplo, as
prerrogativas do advogado;
Ética profissional
Aula 02
Direitos dos advogados (art. 7º, EOAB)

 Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do


Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem
dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da
advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

1. Art. 7º São direitos* do advogado:


I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
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 Art. 10, §2º, EOAB: Deve ser realizada inscrição supletiva caso o advogado exceda
mais de cinco causas por ano em outro estado.
 Até cinco causas não tem problema. Passando de 05 causas por ano, a
atuação do advogado em estados diferentes, terá que fazer inscrição
suplementar, ou seja, pagar 02 anuidades;
II – A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que
relativas ao exercício da advocacia;
 Essa inviolabilidade é relativa!5 Observar art. 7º, §6º e 7º, EOAB.
 As pessoas não devem entrar no seu local de trabalho, mas caso entrem,
não podem mexer nas coisas, tendo em vista que há coisas de clientes;
 Regra: inviolabilidade do escritório e dos instrumentos de trabalho;
 Exceção: a inviolabilidade será relativa quando o advogado for suspeito da
prática de crime;
 No que tange aos documentos dos clientes, somente poderá mexer nestes,
no escritório do advogado, quando estes também forem suspeitos; caso
negativo, não poderão mexer;
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração,
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares,
ainda que considerados incomunicáveis;
 Artigo 21 do CPP – este artigo foi de certa forma revogado.
IV - Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado
ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos
demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;

5
Art. 7º, §6º, EOAB: Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de
advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata
o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão,
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer
hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do
advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações
sobre clientes.
§ 7o  A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que
estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo
crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
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§3º do mesmo artigo - O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste
artigo.
 Crimes inafiançáveis
o RA AÇÃO HE TTT
 Racismo
 Ação de grupos armados civis ou militares
 Hediondos e equiparados
 Tráfico de Drogas
 Tortura
 Terrorismo
 EX: se o advogado vai ao presídio, e leva drogas para seu cliente vender lá
dentro, para eles fazerem um dinheiro a mais, neste caso ele poderá ser
preso em flagrante, por estar cometendo um crime inafiançável no
exercício da função;
 Logo, se o crime for afiançável, o advogado será investigado, mas não haverá prisão em
flagrante.
 Se não houver o representante da OAB, a prisão é ilegal e cabe relaxamento.
 Cabe analisar se a OAB foi ou não notificada;
 Nos demais casos onde o advogado pratica crime que não se relaciona à profissão, será
realizado normalmente o auto de prisão em flagrante, bastando apenas comunicação à
seccional da OAB. (não precisando ter a presença de representante da OAB!)
 Por exemplo, um advogado é preso em flagrante por estar furtando calcinha das lojas
Pernambucanas;
o Deste modo, por não ter ligação com o exercício da advocacia, não terá direito
a presença do representante;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado
Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua
falta, em prisão domiciliar; 
o ADI pela associação dos magistrados brasileiros;
o ADI 1.127-8
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 O advogado tem direito de responder processo em liberdade. Contudo, se for preso, será na
“sala de Estado Maior”. Frisa-se que, de acordo com o início do inciso em análise, o direito a tal
“sala de Estado Maior” e a prisão domiciliar fazem-se presentes unicamente antes do trânsito
em julgado da decisão.
o ATENTAR-SE PARA A EXPRESSÃO ANTES DE SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO, haja vista que após isso, o advogado é gente como gente;
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada
aos magistrados; b) nas salas [...] de audiências, secretarias, cartórios, [...], serviços notariais e
de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e
independentemente da presença de seus titulares; [...] d) em qualquer assembleia ou reunião
de que participe ou possa participar o seu cliente, [...] desde que possua poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso
anterior, independentemente de 7;
o Ou seja, um réu que possua 05 advogados. Caso chegue na hora da audiência,
o Juiz tente limitar o número de advogados na sala, por não ter cadeira, o
advogado poderá permanecer em pé, na audiência;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho,
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a
ordem de chegada.
o Não existe essa de agendamento para falar com magistrado, MP,
desembargador;
IX - Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de
julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de
quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (ADI 1.127-8 e 1.105-7)
o Três motivos para a inconstitucionalidade:
 “qualquer recurso” - tem recurso que não precisa de sustentação;
 “após o voto do relator”: tem que ser antes do voto;
 “prazo de quinze minutos ou prazo maior” – não pode ser concedido
menos?
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X- Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária,
para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que
influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
o Pela ordem – os advogados falam em Audiência, para corrigir erros que podem
mudar totalmente o rumo da história;
o Denomina-se Intervenção Sumária;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade,
contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
 Diferentemente da anterior, trata-se de uma intervenção não urgente, que pode ser
realizada posteriormente.
o EX; quando o juiz pede para constar em ata os protestos;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração,
quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça , assegurados a obtenção de
cópias, com possibilidade de tomar apontamentos;  
o Tomar apontamentos: por exemplo, anotar quando foi apresentada a defesa,
e outros pontos importantes para os autos;
 Exame dos autos: consulta no cartório de processos (findos ou não).
o Exame: consulta no próprio balcão do fórum;
 Vista dos autos: retirada do processo pelo advogado, assinando o livro de carga.

XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem
procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos,
em meio físico ou digital;  
 Note! Art. 7º, §10, EOAB: nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar
procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.  
o Só consegue ter acesso a investigação se tiver procuração;
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
 O art. 7º, §1º aponta que os autos não podem ser retirados do cartório em certas
oportunidades:
o quando tratar-se de segredo de justiça;
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 EX: quando envolver menores;
o No momento em que houver nos autos documento de difícil reparação ou;
o até o encerramento do processo, ao advogado que tenha deixado de devolver
os respectivos autos no prazo e só o fizer depois de intimado.

XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar,
ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo
profissional;
XX - Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva
presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
 Tal inciso se aplica no momento em que o Juiz encontra-se ausente do local.
 Observe! Na Justiça do Trabalho, tal prazo é de 15 minutos.
o Para responder um questionamento sobre esse assunto será necessário
analisar qual o momento da pergunta. Se está sendo perguntado na prova de
ética, o prazo será de 30 minutos; Se perguntado no processo do trabalho a
resposta será de 15 minutos;
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração, apresentar razões e
quesitos.
Art. 7º, § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados,
fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os
advogados, com uso e controle assegurados à OAB.  
o ADI 1.127-8
 A expressão “e controle” foi tida como inconstitucional haja vista que
a OAB não pode controlar, já que quem deve controlar é o órgão que
fez; deste modo, no fórum, será este o responsável pelo cuidado;

2. Imunidades do advogado (art. 7º, §2º, EOAB)


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§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou
desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo
ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que
cometer.
o O advogado tem imunidade cível, penal e disciplinar;
o Não responderá por injúria e difamação, mas responderá por desacato e
calúnia;
 Calúnia: imputar um crime a alguém;
 Injuria: ofende a honra subjetiva direta para a pessoa;
 Difamação; ofende a honra objetiva para terceiros;
 Advogado responde por desacato E calúnia
 Vale observar a parte final do parágrafo: o advogado pode ser responsabilizado caso cometa
excessos, extrapolando o ato da imunidade.

3. Dos direitos das advogadas gestantes, lactantes e adotantes (art. 7º-A, EOAB, acrescentado
pela lei nº 13.363/16):
o Esse artigo tem uma função social muito grande;
3.1 À gestante, permite-se entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e
aparelhos de raios X, bem como reserva de vaga em garagens dos fóruns e dos tribunais
3.2 À lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado
ao atendimento das necessidades do bebê.
o Aqui não trata mais da gestante;
3.3 Preferências: gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das
sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de
sua condição, pelo período abordado na CLT (art. 392: 120 dias).
3.4: Suspensão de prazo processual quando for a advogada a única patrona, desde que haja
notificação por escrito ao cliente pelo período abordado pelo art. 313, §6º, CPC 6 (até 30 dias).
3.5 Art. 7º-A, § 1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto
perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.  

6
§ 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do
parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento
similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde
que haja notificação ao cliente.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (OAB XVI Exame) Isabella, advogada atuante na área pública, é procurada por cliente que
deseja contratá-la e que informa a existência de processo já terminado, no qual foram
debatidos fatos que poderiam interessar à nova causa. Antes de realizar o contrato de
prestação de serviços, dirige-se ao Juízo competente e requer vista dos autos findos, não
anexando instrumento de mandato. Neste caso, consoante o Estatuto da advocacia, a
advogada:
(a) pode ter vista dos autos somente no balcão do cartório.
(b) pode ter vista dos autos no local onde se arquivam os autos.
(c) pode retirar os autos do cartório por 10 dias. – Artigo 7º, XVI
(d) pode anexar os autos, se anexar instrumento de mandato.

2. (OAB XXI Exame) Florentino, advogado regularmente inscrito na OAB, além da advocacia,
passou a exercer também a profissão de corretor de imóveis, obtendo sua inscrição no
conselho pertinente. Em seguida, Florentino passou a divulgar suas atividades, por meio de
uma placa na porta de um de seus escritórios, com os dizeres: Florentino, advogado e corretor
de imóveis. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
(a) É vedado a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
(b) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
desde que não sejam prestados os serviços de advocacia aos mesmos clientes da outra
atividade. Além disso, é permitida a utilização da placa empregada, desde que seja discreta,
sóbria e meramente informativa.
(c) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e meramente
informativa. - Artigo 1º, §3º do EOAB
(d) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
inclusive em favor dos mesmos clientes. Também é permitido empregar a aludida placa, desde
que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

3. (OAB XXIX EXAME O advogado João, conselheiro em certo Conselho Seccional da OAB, foi
condenado, pelo cometimento de crime de tráfico de influência, a uma pena privativa de
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liberdade. João respondeu ao processo todo em liberdade, apenas tendo sido decretada a
prisão após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Quanto aos direitos de João, considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB,
assinale a afirmativa correta.
(a) João tem direito à prisão domiciliar em razão de suas atividades profissionais, ou à prisão
em sala de Estado Maior, durante todo o cumprimento da pena que se inicia, a critério do juiz
competente.
(b) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior durante o cumprimento integral da
pena que se inicia. Apenas na falta desta, em razão de suas atividades profissionais, terá
direito à prisão domiciliar.
(c) João não tem direito a ser preso em sala de Estado Maior em nenhum momento do
cumprimento da pena que se inicia, nem terá direito, em decorrência de suas atividades
profissionais, à prisão domiciliar. – Artigo 7º, inciso V do EOAB
(d) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior apenas durante o transcurso de seu
mandato como conselheiro, mas não terá direito, em decorrência de suas atividades
profissionais, à prisão domiciliar.

4. (OAB XVII EXAME) A advogada Maria foi presa em flagrante por furto cometido no interior
de uma loja de departamentos. Na Delegacia, teve a assistência de advogado por ela
constituído. O auto de prisão foi lavrado sem a presença de representante da Ordem dos
Advogados do Brasil, fato que levou o advogado de Maria a arguir sua nulidade. Sobre a
hipótese, assinale a afirmativa correta.
(a) O auto de prisão em flagrante não é nulo, pois só é obrigatória a presença de
representante da OAB quando a prisão decorre de motivo ligado ao exercício da advocacia. –
Artigo 7º, inciso IV do EOAB
(b) O auto de prisão em flagrante não é nulo, pois a presença de representante da OAB é
facultativa em qualquer caso, podendo sempre ser suprida pela presença de advogado
indicado pelo preso.
(c) O auto de prisão em flagrante é nulo, pois advogados não podem ser presos por crimes
afiançáveis.
(d) O auto de prisão em flagrante é nulo, pois a presença de representante da OAB em caso de
prisão em flagrante de advogado é sempre obrigatória.
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28/08/2020
Ética profissional
Aula 04
Da inscrição na OAB (art. 8º e ss, EOAB)

1. O que é necessário demonstrar quando o aprovado requer inscrição nos quadros da OAB?
1.1 Capacidade plena
o Capacidade de fato + capacidade de exercício = capacidade plena;
o Comprova-se através de um documento que comprove sua maioridade (ex:
RG, data de nascimento);
 EMANCIPAÇÃO: antecipação de uma das capacidades;
 Legal: colação de grau em ensino superior; casamento;
 Judicial: por meio de sentença;
 Voluntária: dada pelos pais;
1.2 Diploma ou certidão de graduação em direito.
Atenção ao art. 23 do Regulamento Geral: O requerente [...], na falta de diploma
regularmente registrado, apresenta certidão de graduação em direito, acompanhada
de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.
o As vezes por questão burocrática, demora para o diploma ser expedido. E
diante disso, o artigo 8º do EOAB c.c Artigo 23 do Regramento Geral, permite
que você apresente a documentação que supra essa falta;
1.3 título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro
o A quitação do serviço militar é somente para o HOMEM, e se brasileiro;
1.4 Aprovação no exame da OAB: pode ser prestado por bacharéis, inclusive por aqueles que
exercem atividades incompatíveis.
o Bacharéis: por alunos que estejam no último ano da faculdade;
o Atividades incompatíveis: são aquelas ligadas a vida profissional (ex: policial
militar, policial civil, poder judiciário)
1.5 Idoneidade moral: boa reputação.
o Diferente de inidoneidade;
 Inidoneidade são os atos da vida social, que uma vez que ocorra,
excluirá dos quadros da OAB;
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 EX: Um advogado todo certinho, que uma noite resolve sair, bebe
muito, sobe no palanque, e começa a falar mal da OAB, além de fumar
maconha em público. Isso é tão feio, que irá exclui-lo dos quadros da
OAB;
o É necessário ter atos idôneos, ter uma boa reputação;
 É necessário demonstrar que temos boa reputação;
 Aquele advogado que depois de inscrito não tenha uma boa
reputação, será excluído dos quadros da OAB;
1.6 Prestar juramento perante o Conselho: o juramento é personalíssimo e solene.
o Fazer juramento;
AQUI SE ENCERRAM OS ITENS DO ARTIGO 8º, MAS VEJAMOS MAIS ALGUNS PONTOS
IMPORTANTES:
1.7 Conduta incompatível imputada ao requerente (art. 20, §2º RG) impede a inscrição nas
OAB.
 Cuidado! Não confunda conduta incompatível com atividade incompatível:
 Conduta incompatível (34, §ún., EOAB): condutas ligadas à vida social do indivíduo, (o
estatuto confere a habitualidade para que uma conduta seja considerada incompatível) como
a prática reiterada de jogo de azar não autorizados por lei, incontinência pública e
escandalosa, embriaguez ou toxicomania habituais.
 Segundo o regulamento geral impede a inscrição;
 Não deve-se confundir com a INIDONEIDADE MORAL (haja vista que essa ocorre uma
vez), enquanto que a conduta incompatível dispõe sobre atos reiterados;
o INIDONEIDADE MORAL – basta uma vez só
o CONDUTA INCOMPATÍVEL: atos reiterados
 Ambos impedem a inscrição nos quadros da OAB;
 Atividade incompatível (art. 28, EOAB): relacionada a algumas atividades ligadas à vida
profissional, como funcionários do Poder Judiciário e Militares.
o Ocupantes de cargos, que não podem advogar;

2. Inscrição para estrangeiros e brasileiros graduados fora do país


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2.1 Art. 8º, § 2º, EOAB: O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil,
deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente
revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
 Precisa revalidar o diploma;
 Deve-se atender a todos os demais requisitos previstos no artigo 8º, ou seja, ter
capacidade plena, aprovação no exame da OAB (se o estrangeiro quiser advogar no
Brasil, ele deverá provar que conhece o direito brasileiro, e diante disso, deve ser
aprovado no exame das ordem), entre os outros requisitos;
 Se o estrangeira mora no Brasil, mas continua trabalhando somente com o direito
francês, por exemplo, ele não precisa ter aprovação na prova da OAB, e nem
preencher os demais requisitos, tendo em vista que não vai trabalhar com o direito
brasileiro;
 Caso o mesmo Francês resolva a trabalhar com o direito brasileiro, deverá preencher
todos os requisitos;
 Isso só vale para os estrangeiros que não sejam portugueses;
2.2 Atenção especial aos Advogados portugueses (reciprocidade): se estiverem regulares junto
aos quadros da OAB lusitana (“OAP”) podem requerer inscrição nos quadros da OAB, sendo
dispensados da revalidação do diploma e juramento (ver Provimento 129/08).
 Se o advogado for Português, tiver reciprocidade, e estiver trabalhando de forma
regular, ele poderá requerer a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil;
 Será automático, ele poderá advogar no Brasil;

3. Inscrição do estagiário (art. 9º, EOAB) – estagiário da CARTEIRA AZUL;


3.1 Duração máxima permitida: 2 anos, realizados nos últimos anos do curso jurídico,
praticado em escritórios conveniados ou instituições de Ensino Superior.
 Pode ser prorrogável por mais 01 ano;
3.2 Requisitos para inscrição do estagiário: todos os requisitos observados para o advogado,
com exceção do diploma de graduação e aprovação no exame da OAB.
 Os mesmos requisitos n ecessários para os advogados, salvo algumas exceções
dispostas acima;
3.3 Onde é realizada a inscrição do estagiário? No local onde se encontrar seu curso jurídico (e
não seu domicílio!)
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3.4 O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode
frequentar o estágio? (art. 9º, §3º, EOAB)
 PODE, de acordo com o artigo 9º, §3º do EOAB, para fins de aprendizagem. O que eles
não podem é advogar;

4. Tipos de inscrição (art. 10, EOAB) – somente para advogados;


4.1 INSCRIÇÃO PRINCIPAL: realizada no Conselho Seccional em cujo estado pretende-se
estabelecer seu domicílio profissional (sede principal da atividade).
 A inscrição principal será feita de acordo com a escolha do próprio advogado, onde ele
irá exercer sua profissão;
4.2 INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR: realizada quando o advogado passa a exercer a advocacia
habitualmente em outro estado (§2º intervenção judicial que EXCEDER de cinco causas por
ano). São mais de cinco causas distribuídas por ano, e não em andamento.
o OU SEJA, TEM QUE SER MAIS DE 05 CAUSAS;
o O requerimento da inscrição suplementar em outro Conselho Seccional, só
será feita quando ultrapassar 05 causas.
o Por exemplo, o Walter tem sua inscrição principal em SP, mas ele tem um
processo em PR, AM, AC, PA, TO, RJ - ou seja, ele não vai precisar requerer a
suplementar em cada Estado, haja vista que somente tem UM PROCESSO,
caso fosse 06 processos no RJ, ai sim, ele terá que requerer a inscrição
suplementar;
o São mais de 05 causas distribuídas por ano, e não em andamento;
 Ou seja, pode-se ter 04 processos distribuídos no RJ no ano de 2019.
Em 2020, distribuiu mais 03 – isso não faz com que seja necessário o
requerimento da inscrição suplementar, tendo em vista que é 05
causas distribuídas por ANO; ou seja, virou o ano, zera o número das
causas;
o Ocorrendo a inscrição suplementar – deverão ser pagas a quantidade de
inscrições, ou seja, 02 inscrições, 02 anuidades;
4.2.1 Intervenções extrajudiciais, como pareceres, contabilizam para a inscrição suplementar
do advogado? Não, assim como também a impetração de HC e a advocacia nos Tribunais
Superiores e interestaduais.
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o Parecer é ato extrajudicial, de modo que não contabiliza;
o HC tendo em vista que não é ato privativo de advogado;
o Tribunais Superiores e Interestaduais: não contabiliza
 STF, STJ, TST;
 Interestaduais: TRF da 3ª região, por exemplo.
4.2.2 Procurações conjuntas e substabelecimento com reserva de poderes contabilizam para a
inscrição suplementar do advogado? Somente se ele participar efetivamente do processo,
como assinatura petições, comparecimento em audiências, etc.
o Será necessário pleitear a inscrição suplementar, os advogados que
participarem efetivamente no processo, ou seja, não basta somente estar na
procuração, tem que atuar, em caso negativo, não será necessário requerer.
o LEMBRANDO QUE DEVE ULTRAPASSAR 05 CAUSAS;
4.3 INSCRIÇÃO POR TRANSFERÊNCIA: mudança efetiva de domicílio profissional para outro
estado. Desse modo, a inscrição principal é cancelada.
 Mudando o domicílio profissional, é necessário, se quiser, se desligar dos processos do
Estado onde estava a inscrição principal, e requerer a transferência de inscrição;
o Nada impede que ela, mesmo mudando o domicílio, continue atuando nas
causas do Estado onde era a inscrição principal;

5. Cancelamento da inscrição (art. 11, EOAB)


5.1 Conceito: é a saída do advogado dos quadros da OAB. Caso requeira novamente a inscrição
na OAB, deverá provar os requisitos do art 8º, EOAB. Ainda, vale lembrar que o número antigo
da OAB não será restaurado.
 Caso seja cancelada a OAB, e se vai voltar, receberá um novo número e não mais, o
que já tinha;
 Caso ocorra o cancelamento, deverá ser provados todos os requisitos necessários para
o advogado que deseja ingressar nos quadros da Ordem;
5.2 Motivos de cancelamento:
5.2.1 Assim o requerer: motivo injustificado
 Basta a minha vontade;
5.2.2 Sofrer penalidade de exclusão: sanção mais grave que OAB pode aplicar.
 (O pedido de reingresso deve vir acompanhado de prova de reabilitação do advogado).
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5.2.3 Falecimento
5.2.4 Passar a exercer atividade incompatível em caráter definitivo (art. 28, EOAB).
 Ou seja, por exemplo, quando um advogado é aprovado no concurso de magistratura.
o Juiz, Promotor, Delegado;
 Em caráter temporário: quando o advogado é eleito como prefeito, etc.
 Em caráter temporário, será a licença e não o cancelamento;
5.2.5 Perder qualquer um dos requisitos do art. 8º, EOAB
 Ele deve demonstrar boa reputação, idoneidade moral;
 Artigo 8º, VI c.c 11, ambos do EOAB;

6. Licença (art. 12, EOAB)


6.1 Conceito: trata-se de afastamento do advogado. Assim, dele não será cobrada anuidade
(no cancelamento também, não pagará). Ao contrário do cancelamento, seu número será
mantido.
6.2 Motivos da licença:
6.2.1 Assim o requerer: motivo justificado que será analisado pela OAB.
6.2.2 Passar a exercer atividade incompatível em caráter temporário (art. 28, EOAB)
 Ex: Cargos eletivos;
6.2.3 Sofrer doença mental curável: importante destacar que o EOAB não traz rol de
doenças sobre as quais a licença recaia, devendo a patologia ser remetida ao médico para
maior averiguação. Todavia, em provas, o advogado se licenciará enquanto durar a doença.

ANOTAÇÕES
o Se o advogado está licenciado ou cancelamento, se fizer algum ato, este ato
será nulo;
o Caso nas duas hipóteses, o advogado queira voltar, não precisará fazer
novamente a prova da OAB;

CANCELAMENTO LICENÇA
Motivo INJUSTIFICADO Motivo JUSTIFICADO – será analisado pela
OAB
Atividade incompatível em caráter Atividade incompatível em caráter
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DEFINITIVO TEMPORÁRIO
Sofrer penalidade de exclusão Sofrer doença mental CURÁVEL – enquanto
durar a doença

 Tanto os atos praticados por advogados licenciados ou cancelados são nulos!


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (OAB XXIV EXAME) O advogado Gennaro exerce suas atividades em sociedade de prestação
de serviços de advocacia, sediada na capital paulista. Todas as demandas patrocinadas por
Gennaro tramitam perante juízos com competência em São Paulo. Todavia, recentemente, a
esposa de Gennaro obteve trabalho no Rio de Janeiro.
Após buscarem a melhor solução, o casal resolveu que fixaria sua residência, com ânimo
definitivo, na capital fluminense, cabendo a Gennaro continuar exercendo as mesmas funções
no escritório de São Paulo. Nos dias em que não tem atividades profissionais, o advogado
retorna ao domicílio do casal no Rio de Janeiro.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
A) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a transferência de sua
inscrição principal como advogado para o Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
B) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Seccional do Rio de Janeiro.
C) O Estatuto da Advocacia e da OAB impõe que Gennaro requeira a inscrição suplementar
como advogado junto ao Conselho Federal da OAB.
D) O Estatuto da Advocacia e da OAB não impõe que Gennaro requeira a transferência de
sua inscrição principal ou requeira inscrição suplementar. –
o A inscrição por transferência ocorrerá quando tiver mudança efetiva de
domicílio profissional para outro estado. Desse modo, a inscrição principal é
cancelada.

2. (OAB XX EXAME) Luiz, estudante do quarto período da Faculdade de Direito, e seu irmão,
Bernardo, que cursa o nono período na mesma faculdade, foram contratados pelo escritório
Pereira Advogados, para atuar como estagiários. Bernardo é inscrito como estagiário perante o
Conselho Seccional respectivo.
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Sobre a atuação dos irmãos, assinale a opção correta.
A) Luiz e Bernardo poderão, isoladamente, retirar e devolver autos em cartório, assinando a
respectiva carga.
B) Bernardo poderá, isoladamente, obter junto ao chefe de secretaria do cartório judicial
certidão sobre processos em curso.
o Artigo 29, §2º EOAB.
C) Bernardo poderá, isoladamente, realizar, de forma onerosa, atividades de consultoria e
assessoria jurídica. Luiz poderá assinar petições de juntada de documentos a processos
judiciais.
D) Bernardo não poderá comparecer isoladamente para a prática de atos extrajudiciais,
mesmo diante de substabelecimento, sendo necessária a presença conjunta de advogado.

3. (OAB VI EXAME) Terêncio, após intensa atividade advocatícia, é acometido por mal de
origem psiquiátrica, mas diagnosticado como passível de cura após tratamento prolongado.
Não podendo exercer os atos da vida civil, apresenta requerimento à OAB. No concernente ao
tema, à luz das normas aplicáveis, é correto afirmar que é caso de
A) cancelamento da inscrição como advogado.
B) impedimento ao exercício profissional, mantida a inscrição na OAB.
C) licença do exercício da atividade profissional. – Artigo 12 EOAB
D) penalidade de exclusão por doença.

4. (OAB IX EXAME) Sávio, aluno regularmente matriculado em Escola de Direito, obtém a sua
graduação e, logo a seguir, aprovação no Exame de Ordem. Por força de movimento grevista
na sua instituição, o diploma não pode ser expedido. A respeito da inscrição no quadro de
advogados, consoante as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB,
assinale a afirmativa correta.
A) O diploma é essencial para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados.
B) O bacharel, diante do impedimento de apresentar o diploma, deve apresentar declaração
de autoridade certificando a conclusão do curso.
C) A Ordem, diante do movimento grevista comprovado, poderá acolher declaração de próprio
punho do requerente afirmando ter obtido grau.
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D) O bacharel em Direito deve apresentar certidão de conclusão de curso e histórico escolar
autenticado.
o Atenção ao art. 23 do Regulamento Geral: O requerente [...], na falta de
diploma regularmente registrado, apresenta certidão de graduação em direito,
acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.

04/09/2020
 MÉTODO DE AVALIAÇÃO
o GRUPOS – MÁXIMO 05 ALUNOS
 SEMANA QUE VEM 11/09
 09 temas relacionados com o que já foi estudado;
 Apresentar uma noticia ou uma decisão de processo sobre
determinado tema
 Apresentação de no máximo 15 minutos;
o Pode escolher o orador;
o Pode fragmentar o assunto, de modo a colocar todos
para falarem;
o Nós quem decidiremos;
 Após a apresentação, terá pergunta para o grupo;
 Avaliação.
 Mandar para a professora até dia 08, a relação dos grupos e
dos temas;
Ética profissional
Aula 05
Do advogado e da sociedade de advogados (art. 15 e ss, EOAB)

1. Natureza jurídica da sociedade de advogados: são sociedades simples (diferem-se das


sociedades empresárias!) de prestação de serviço. Antes, as sociedades de advogados eram
qualificadas como sociedade civil.
 Sociedade simples de prestação de serviço;
o Sociedade de advogados;
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 Sociedade empresária: não se encaixa nesta, tendo em vista que no mundo edital o
dinheiro é a consequência da profissão e não objetivo;
1.2 Personalidade jurídica (art. 15, §1º, EOAB): adquirida com o registro dos atos constitutivos
no Conselho Seccional em cuja base territorial tiver sede a sociedade. (Não é na Junta
Comercial, muito menos no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas).
 Tendo o ato constitutivo registrado, teremos uma pessoa jurídica;
 Deverá ser registrado no Conselho Seccional do Estado onde a sede do escritório
funciona;
 CONSELHO SECCIONAL: BASE ESTADUAL
 O registro não é obrigatório. No entanto não sendo registrado, não terá alvará e não
responderá por fins fiscais.
1.2.1 Não admitidas a registro (art. 16): sociedade de advogados com características
mercantis (tendo em vista que os honorários são consequências), ou que possuam nome
fantasia, bem como as que apresentem sócios não inscritos no quadro da OAB (como
contadores, estagiários, administradores, etc.)
 EX: Bom preço Advocacia – não pode; deve-se manter a sobriedade;
 No ato constitutivo de advogados é formada somente por advogados

2. Denominação das sociedades de advogados:


2.1 Sociedade simples: deve conter o nome de pelo menos um dos sócios, juntamente com a
finalidade do escritório.
 Exemplos: Ana Beatriz Jerônymo Advocacia, ou Escritório de advocacia Ana Beatriz
Jerônymo, Ana Beatriz Jerônymo advogados associados ou, ainda, Ana Beatriz Jerônymo
Escritório jurídico.
 A expressão do objeto pode vir antes ou depois
 Mas tem que constar o nome e a expressão (que relate sobre qual o objeto, ex:
escritório jurídico);
 Nome de um dos sócios + a expressão que indique a finalidade;
 Caso dois sócios prefiram inserir seu nome no registro, poderíamos ter: Jerônymo, Taveira
& Casaro advogados, Escritório Jurídico Jerônymo, Taveira & Casaro, etc.
2.1.1 Note! Em nenhuma hipótese, pode haver “Ltda.”, S/A, Cia, ME..., na denominação
das sociedades de advogados.
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2.2 Sociedade unipessoal (art. 16, §4º, EOAB): Silvana Margareth Araújo Melo sociedade
individual de advocacia (inovação da Lei nº 13.246/16)
 Se tiver a expressão sociedade individual de advocacia – significa que ela trabalha
sozinha;
 SOCIEDADE UNIPESSOAL = SOCIEDADE INDIVIDUAL

3. Falecimento do sócio (art. 16, §1º, EOAB): o nome do sócio falecido pode figurar no nome
da sociedade somente se o estatuto assim permitir.
 É necessário que uma das cláusulas do ato constitutivo disponha que, caso ocorra a
morte de algum dos sócios, poderá o nome continuar no nome da sociedade;
4. Cancelamento da inscrição do sócio nos quadros da OAB: obrigatória a alteração contratual.
 Se algum advogado cancela sua OAB (cansou de advogar, e resolve abrir uma padaria,
e por isso cancela a OAB), o nome deste advogado não pode mais constar;
 A retirada do nome, neste caso, deve ser automática;
5. Do advogado (arts. 18 e ss, EOAB)
5.1 Espécies de advogado
5.1.1 Profissional liberal: não mantém vínculo
5.1.2 Advogado sócio (ART. 15 ao 18 EOAB c/c 11 ao 14, RG): divide lucros e tarefas em uma
sociedade de advogados.
5.1.3 Advogado empregado 7: presta serviços para empresas ou escritório, possuindo os
requisitos caracterizadores da relação de emprego (“PPÑSOA”). – (pessoalidade, pessoa física,
não eventualidade, subordinação, onerosidade e alteridade)
 Não é necessariamente empregado de outro escritório, mas também pode
ser empregado de outra pessoa jurídica, como por exemplo, de uma
empresa como a pernambucanas
 Não é só porque o advogado é celetista, que em tese, ele deve obedecer a
aquilo que seu empregador determina;

7
Art. 18, caput, EOAB: a relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica
nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
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o EX: o advogado empregado faz uma peça de apelação, e o
trabalhador, diz que é embargos; o advogado empregado pode
fazer o que ele bem quiser;
 Note! Art. 18, § ún, EOAB: o advogado empregado não é obrigado a trabalhar para
seu empregador, patrocinando causas de interesses pessoais.
 EX: Se o Lucas for empregado para advogar em favor da Padaria da Carol; ele não fica
obrigado a atuar nas causas pessoas dela, por exemplo, em um divórcio;
5.1.3.1 Jornada de trabalho do advogado empregado (art. 20, §2º): 4h/dia ou
20h/semanais, salvo convenção coletiva ou trabalho em regime de dedicação exclusiva
-trabalha somente naquele determinado local - (previsto, assim, expressamente no contrato
de trabalho). O adicional de horas extras não será inferior 100%8 (o adicional do advogado
empregado será 100% ou mais) da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. Por fim, o
adicional noturno será de 25% para o ofício realizado das 20h às 5h.
o A regra de um CLT, é das 22h as 05h.
o O advogado é diferente!
 Art. 20 § 1º, EOAB Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o
tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas
feitas com transporte, hospedagem e alimentação.

5.1.3.2 SUCUMBÊNCIA DO ADVOGADO EMPREGADO DE UMA SOCIEDADE DE


ADVOGADOS (ART. 21, § ÚN): decorre exclusivamente do exercício da advocacia, portanto,
não integra o salário do advogado. A sucumbência é partilhada entre empregado e
empregador, na forma do estabelecido em acordo.
 SUCUMBÊNCIA: os honorários pagos pela parte vencida ao advogado da parte
contrária;
 ADVOGADO EMPREGADO DE UMA SOCIEDADE DE ADVOGADOS: não integrará o
salário, de modo que deverá ser partilhada entre empregado e empregador;
 ADVOGADO EMPREGADO DE UMA EMPRESA: A sucumbência vai para o advogado
contratado;

8
No regime de dedicação exclusiva, serão contabilizadas como extraordinárias as horas trabalhadas
além da 8ª.
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o Consultoria jurídica;
5.1.4 ADVOGADO ASSOCIADO (arts. 30 e 40, RG) 9: cuida-se de figura intermediária entre
sócio e empregado. Portanto, o advogado associado não se faz presente no contrato social e
nem possui vínculo de emprego. Seus honorários são estipulados entre o associado e a
sociedade.
 EX: Amália e Rafaela constituíram uma sociedade de advocacia especializado em
causas cíveis; Só que, por indicação, começam a chegar muitas causas trabalhistas.
Para não perder o cliente, elas podem fazer uma parceria com um advogado
trabalhista, ou seja, elas ligam para a Prof. Carol para que tudo o que lá chegar de
trabalhista, será direcionado a ela;
 Famosa “parceria”;

6. Vedações ao advogado (art. 15, §ºs 4º e 6º, EOAB)


6.1 Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de
uma sociedade unipessoal de advocacia ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área
territorial do respectivo Conselho Seccional (leia-se Estado)
 Eu não posso ser sócio de mais de uma sociedade de advocacia por Estado. Ou seja, se
eu for sócia no Estado do Rio de Janeiro, eu não poderei ser de outro no mesmo
Estado, mas poderei ser sócia de outro escritório em São Paulo;
 REGRA GERAL: não posso ser sócio de mais de uma sociedade, constituir mais de uma
sociedade unipessoal no mesmo Estado, mas em outro Estado eu posso;
o Ademais, não posso ser sócio de uma sociedade de advocacia e
simultaneamente, ter uma sociedade unipessoal no mesmo Estado.
6.2 Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em
juízo clientes de interesses opostos;
 Exemplo: um casal está se separando. Estes não poderão pegar diferentes advogados
da mesma sociedade;
9
Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para
participação nos resultados. 31 Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são averbados no
registro da sociedade de advogados. Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem
subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou
culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.
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o Ex: Amália e Rafaela, elas não poderão atuar em lados opostos;
 Não é crime de patrocínio simultâneo ou tergiversação, mas tão somente infração
disciplinar;

7. Responsabilidade dos sócios (art. 17, EOAB c/c art. 40, Regulamento Geral – o regulamento
trata dos advogados associados)
Além da sociedade (PESSOA JURÍDICA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO), O SÓCIO E O TITULAR da
sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.
 OBS: A responsabilidade para quem não é registrado é ilimitada, mas não tem a
responsabilidade subsidiária;
 Primeiro vai atrás do patrimônio da sociedade, para depois, se for necessário, ir
atrás dos bens dos sócios;
 O advogado associado também responde subsidiária e ilimitadamente;
o Famoso parceiro;

11/09/2020
o APRESENTAÇÃO DAS NOTÍCIAS;
25/09/2020
Ética profissional
Aula 06
Dos honorários advocatícios (arts. 22 a 26, EOAB c/c art. 48 e ss, NCED)

1. Conceito: contraprestação recebida pelo advogado em razão de seu trabalho e que


NÃO decorre da relação de emprego ( de salário do advogado empregado!)
o O advogado não trabalha de graça, salvo duas hipóteses:
 Advocacia pro bono;
 Um advogado pode defender outro advogado no tribunal de
ética e disciplina;
 Este advogado tem que estar inscrito no tribunal de Ética
para isso;
 O advogado defendido deve ser revel;
o Advogado EMPREGADO – é regime CLT, então recebe salário;
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 Mas não significa que ele não recebe os honorários;

2. Advocacia pro bono (art. 30, NCED10)


É a prestação gratuita de serviços jurídicos a pessoas físicas sem fins econômicos,
quando os beneficiários não dispuserem de recursos para contratar os profissionais.
2.1 Note! A advocacia pro bono não pode ser usada para captação de clientela, bem
como para fins político-partidários. Assim, esse tipo de advocacia visa ampliar o acesso
à justiça (art. 5º, XXX, CF).
o Advocacia pro bono: advocacia para o bem;
 a principal finalidade é ampliar o acesso à justiça;
o correspondente jurídico
 quando um advogado de outra localidade, entra em contato
com um advogado aqui de Cerqueira, e pede para ele ir ao
fórum tirar uma cópia de um processo;

3. Tipos de honorários (art. 22 e ss, EOAB)


3.1 Convencionados: é a quantia fixada, pactuada entre advogado e cliente, de modo
verbal ou escrito.
o Ocorre quando as partes combinam uma quantia entre advogado e
cliente;
o Pode ser verbal ou por escrito, mas é ideal fazer escrito;
3.1.1 Art. 22, § 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido
no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no
final.
o Caso não tenha nada estipulado pelas partes, nestes casos, deve ser
realizado conforme o artigo 22, §2º
 1/3 no início, 1/3 no meio e 1/3 no final;
3.2 Arbitrados pelo juiz: na ausência de acordo (honorários convencionados) entre
advogado e cliente acerca dos honorários, cabe ao magistrado arbitrar a quantia, que
não poderá ser inferior à tabela fixada pelo Conselho Seccional respectivo.
o Não querendo cair na regra do 1/3, 1/3, 1/3 pode pedir para o Juiz
arbitrar os honorários.
3.3 Sucumbenciais: são os honorários pagos pela parte vencida ao advogado da parte
vencedora.

10
§ 1º - Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos
em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários
não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
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o Quando se perde uma causa, a parte que perdeu terá que pagar para o
advogado da outra parte;
 Por analogia, pode-se dizer que é uma indenização ao advogado
da parte contrária;
3.3.1 CPC: art. 95, §2º: Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o
máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
o De 10 a 20% de sucumbência;
3.3.2 CLT: art. 791-A: Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa. 
o de 05 a 15% de sucumbência;

3.3.3 Falecimento ou incapacidade civil do advogado: honorários de sucumbência


proporcionais ao trabalho realizado serão recebidos por seus sucessores ou
representantes legais.
o As SUCUMBÊNCIAS (quando a parte vencida paga ao advogado da outra
parte), quando este vier a falecer, serão recebidos por seus sucessores
ou representantes legais; E NÃO OS HONORÁRIOS CONTRATADOS;

3.4 Assistenciais (inseridos pela Lei nº 13.725/18): fixados em ações coletivas


propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos
honorários convencionais.
o Fixadas em ações coletivas
o Em regras, os honorários não se excluem de modo que, os honorários
assistenciais não excluem os honorários contratados;

4. Inconstitucionalidade total do art. 24, §3º, EOAB (ADI 1.194).


Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que
os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência,
concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.

§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual


ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de
sucumbência. (Vide ADIN 1.194-4)
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o Aqui entendia-se que o advogado deveria receber a sucumbência
sempre. Ocorre que, o advogado da parte vencedora pode negociar
suas sucumbências com seu cliente, ou seja, é um direito disponível e
ele pode dividir com quem quiser;

5. Pacto ou cláusula “quota litis” (art. 50, NCED)


o Pacto feito entre as partes;
o Nada para entrar, e 30% do que ganhar – ou seja, o advogado coloca em
risco;
5.1 Conceito: é a participação do advogado no resultado ou ganho obtido na causa.
o É sempre ideal que no contrato tenha uma cláusula referente a este
pacto;
o Pode o advogado pedir um X de entrada, ou pode deixar somente para
o final;
11
5.2 Requisitos : honorários necessariamente representados por pecúnia (DINHEIRO
OU BEM) e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser
superiores às vantagens advindas a favor de seu cliente.
o Quando o pacto cotas littis for acrescentado da sucumbência, não pode
ser superior ao montante ganho pelo cliente;
 O advogado nunca pode ganhar mais do que o cliente;

6. Precificação: elementos éticos para precificação dos honorários (arts. 48 e 49, NCED)
Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação,
atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos,
ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
o Pensar no caso dos advogados que defendem a operadora Vivo, tendo
em vista que ele está impedido de ter outros clientes que irão processar
a operadora;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este
resultante do serviço profissional; não é antiético cobrar um valor de um ator
da globo, e um outro valor de uma pessoa que recebe um salário mínimo por
exemplo;

11
Art. 50, NCED: Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser
necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbência, não
podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.
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V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual,
frequente ou constante; pode-se lembrar fazendo uma analogia ao “cartão
fidelidade”;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do
advogado ou de outro; aqui leva-se em conta o deslocamento geográfico;
VII - a competência do profissional; levar em conta a experiência;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos. Qual a média do valor de
mercado cobrado para a realização da prática de tal ato;
7. Forma judiciais de cobrança de honorários

7.1 Processos em andamento (art. 54, NCED): caso o processo esteja em andamento,
deve o advogado renunciar ao patrocínio da causa que recebeu do cliente em débito.

7.2 Note! o contrato de honorário por escrito é considerado título executivo


extrajudicial. Assim, não se faz necessário uma ação de conhecimento, devendo ser
ajuizada, de pronto, uma execução por quantia certa. Já no que tange ao contrato
verbal, inicialmente, cabe ao magistrado arbitrar a quantia devida ao advogado e,
somente após, a fase de execução se inicia.
o Se o contrato é escrito eu executo, após a tentativa de receber do
cliente;
o Se o contrato for verbal, e tiver que ser executado, inicialmente, deve-
se requerer que o juiz arbitre os honorários;
 Ação de arbitramento de honorários – primeiro o Juiz decide
seus honorários, e só depois é que ocorrerá a execução desses
honorários;

8. Juntada do contrato de honorários nos autos antes da expedição do mandado de


levantamento ou precatório (art. 22, §4º, EOAB): deve o juiz determinar que lhe seja
pago diretamente, deduzido o valor a ser recebido pelo cliente, salvo se este
comprovar que já pagou os honorários contratuais.
o É como se eu informasse antes, que o cara vai receber, mas ainda está
devendo;

9. Advogado substabelecido com reserva de poderes (art. 51, NCED c/c art. 26, EOAB)

9.1 O valor da sucumbência entre os advogados (o que substabeleceu e o que recebeu


poderes) será repartido de modo proporcional ou conforme acordado entre eles.
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 Art. 51, §2º, NCED: Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou os seus
Tribunais de Ética e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que contribua
no sentido de que a distribuição dos honorários da sucumbência, entre advogados, se
faça segundo o critério estabelecido.

9.2 Art. 26, EOAB: no que se refere aos honorários contratados, o substabelecido não
pode cobrar honorários respectivos sem a intervenção do outro advogado.
o O advogado que recebeu os poderes, não pode cobrar os honorários
sem a anuência do advogado originário do processo.
10. Crédito privilegiado (art. 24, EOAB)
Tanto a decisão judicial que fixa os honorários quanto o próprio contrato de
honorários são títulos executivos que constituem crédito privilegiado na falência. Se a
empresa falir, o advogado entra na fila, só que irá furar a fila, recebendo antes que
outros;

11. Prescrição da ação de cobrança de honorários (art. 25, EOAB) **** MAIS PEDIDO
NA OAB, JUNTO COM O ARTIGO 7º
Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o
prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; se for o caso de honorários
arbitrados pelo juiz;
III - da ultimação do serviço extrajudicial; faz uma série de pareceres para o cliente,
deste modo irá contar da data do último parecer;
IV - da desistência ou transação entre as partes;
o Artigo 485, VIII, CPC, o juiz não resolverá o mérito quando: homologar a
desistência da ação;
V – do ato da renúncia ou da revogação do mandato.
o Renúncia – ato do advogado, responderá por 10 dias.
o Revogação – ato do cliente
Art. 25-A.  Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias
recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. (OAB XXVIII Exame) Jorge é advogado, atuando no escritório modelo de uma universidade.
Em certa ocasião, Jorge é consultado por um cliente, pois este gostaria de esclarecer dúvidas
sobre honorários advocatícios. O cliente indaga a Jorge sobre o que seriam os honorários
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assistenciais.
Considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a opção que apresenta a
resposta de Jorge.
A) Os honorários assistenciais são aqueles pagos diretamente ao advogado que promove a
juntada aos autos do seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de
levantamento ou precatório.
B) Os honorários assistenciais são aqueles devidos ao advogado em periodicidade
determinada, pela prestação de serviços advocatícios de forma continuada, nas situações que
o cliente venha a ter necessidade.
C) Os honorários assistenciais são aqueles fixados pelo juiz ao advogado indicado para
patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria
Pública no local da prestação do serviço.
D) Os honorários assistenciais são aqueles fixados em ações coletivas propostas por
entidades de classe em substituição processual. – Artigo 22 §6º EOAB

2 (OAB XVII Exame) Gilda, empregada terceirizada contratada pela sociedade empresária XX
Ltda. para prestar serviços ao Município ABCD, procura o auxílio de Judite, advogada, para o
ajuizamento de reclamação trabalhista em face do empregador e do tomador de serviços.
Considerando a existência de decisão transitada em julgado que condenou os réus,
solidariamente, ao pagamento de verbas de natureza trabalhista, assinale a afirmativa correta.
A) Em execução contra o Município ABCD, Judite terá direito autônomo a executar a
sentença quanto aos honorários incluídos na condenação por arbitramento ou por
sucumbência, podendo requerer que o precatório seja expedido em seu favor. – Artigo 23
EOAB
B) Em caso de falência da sociedade empresária XX Ltda., os honorários arbitrados em favor de
Judite serão considerados crédito privilegiado, sendo obrigatória sua habilitação perante o
juízo falimentar. Crédito de natureza alimentar não precisa de habilitação perante o juízo
falimentar.
C) Em execução contra o Município ABCD, o juiz deve determinar que os honorários
contratuais sejam pagos diretamente a Judite, desde que o contrato de honorários seja
anexado aos autos após a expedição do precatório, exceto se Gilda provar que já os pagou.
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D) Judite poderá cobrar judicialmente os honorários contratuais devidos por Gilda, devendo
renunciar ao mandato se, em sede de sentença, a demanda for julgada procedente.

3. (OAB XXIV Exame) O advogado Inácio foi indicado para defender em juízo pessoa
economicamente hipossuficiente, pois no local onde atua não houve disponibilidade de
defensor público para tal patrocínio. Sobre o direito de Inácio à percepção de honorários,
assinale a afirmativa correta.
A) Os honorários serão fixados pelo juiz, apenas em caso de êxito, de natureza sucumbencial, a
serem executados em face da parte adversa.
B) Os honorários serão fixados pelo juiz, independentemente de êxito, segundo tabela
organizada pelo Conselho Seccional da OAB e pagos pelo Estado. Artigo 22, §1º EOAB
C) Os honorários serão fixados pelo juiz, apenas em caso de êxito, independentemente de
observância aos patamares previstos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, a
serem pagos pelo Estado.
D) Os honorários serão fixados pelo juiz, independentemente de êxito, segundo tabela
organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo patrocinado caso possua patrimônio,
a ser executado no prazo de cinco anos, a contar da data da nomeação.

4. (OAB XIX Exame) Daniel contratou a advogada Beatriz para ajuizar ação em face de seu
vizinho Théo, buscando o ressarcimento de danos causados em razão de uma obra indevida no
condomínio. No curso do processo, Beatriz substabeleceu o mandato a Ana, com reserva de
poderes. Sentenciado o feito e julgado procedente o pedido de Daniel, o juiz condenou Théo
ao pagamento de honorários sucumbenciais.
Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos
judiciais, se assim lhe convier, independentemente da intervenção de Beatriz.
B) Ana e Beatriz poderão promover a execução dos honorários sucumbenciais, isoladamente
ou em conjunto, mas devem fazê-lo em processo autônomo.
C) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos, se
assim lhe convier, mas dependerá da intervenção de Beatriz. Artigo 26 EOAB
D) Ana não terá direito ao recebimento de honorários sucumbenciais, cabendo-lhe executar
Beatriz pelos valores que lhe sejam devidos, caso não haja o adimplemento voluntário.
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02/10/2020
Ética profissional
Aula 07
Incompatibilidade e impedimento (arts. 28 a 30, EOAB)

Se ambas são proibições de exercer a advocacia, o que as difere?

1. Incompatibilidade (art. 28, EOAB) – pode ser tanto licença quanto cancelamento.
Nesse artigo, encontraremos hipóteses de incompatibilidade temporária (que enseja licença
dos quadros da OAB), bem como de incompatibilidade definitiva (cancelamento).
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:

I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais
 P. Executivo em todos os níveis: Presidente da República, Governador e Prefeito, bem como
seus vices.
o Já as “Mesas Diretoras” representam o legislativo e são formados pelo
presidente da Mesa, seu vice e secretário.
o As panelas do poder legislativo, que auxilie nos trabalhos;
 Incompatibilidade temporária: licença.

II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de


contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que
exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública
direta e indireta.
 Esse inciso contempla aqueles que exercem função de julgamento na administração direta e
indireta (juiz de direito, federal, substituto, desembargador, ministro de tribunais), além do
MP. Cuidado! Não se incluem nessa lista o Juiz eleitoral (ADI 1.127-8).
Incompatibilidade definitiva: cancelamento.
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III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou
indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço
público - REGRA
 São, por exemplo, os diretores de autarquias, de sociedade de economia mista, etc.
 Cuidado! Atenção ao art. 28, § 2º, EOAB, que traz exceções: aquele que não possui poder de
decisão sobre interesses de terceiro no órgão público, bem como aqueles que desempenham
função relacionada ao magistério, podem advogar livremente. – EXCEÇÃO. Existem alguns
cargos que embora denominados como cargo de direção, não tem poder de mandar em algo –
ou seja, aquele que tem o nome de cargo, mas não tem ninguém subordinado – neste caso, ele
pode advogar.
 Incompatibilidade definitiva: cancelamento.

IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do


Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro. Tanto cartório judicial
quanto extrajudicial, são impedidos;
 São os servidores: técnicos judiciários, analistas, assessores, tabeliães, notários, registradores
e escreventes de cartório extrajudiciais.
 Incompatibilidade definitiva: cancelamento.

V - Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente à atividade policial de


qualquer natureza
 Polícia Federal (agentes, escrivães, delegados), Civil (investigadores, delegados, bombeiros,
polícia rodoviária), guarda municipal;
 Incompatibilidade definitiva: cancelamento.

VI - militares (não está falando de polícia civil ou federal) de qualquer natureza, na ativa;
 Marinha, Exército e Aeronáutica.
 Incompatibilidade definitiva: cancelamento.

VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou


fiscalização de tributos e contribuições parafiscais (contribuições especais – corre ao lado do
Estado, sistema S – Senai, SENAC); - lembrar do prof. Junior – olha o tributário ai!
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 São os auditores fiscais, fiscais de renda, da receita.

VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive


privadas.
 Incompatibilidade definitiva: cancelamento. – Esse diretor é o que possui subordinados,
tem poder de mando;

1.1 Afastamento definitivo em atividade incompatível: desincompatibilização


O afastamento definitivo ocorre quando o funcionário se afasta ou se exonera. Desta forma,
por exemplo, ex-policiais e ex-fiscais podem advogar livremente.
Todavia, é vedado aos ex-membros do MP e ex-magistrados o exercício da advocacia no juízo
ou tribunal do qual se afastaram, antes de decorridos 03 anos.

2. Impedimento (art. 30, EOAB)


Impedimento é a proibição parcial do exercício da advocacia.

I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que


os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; Analisar se não se encaixa nos
itens acima, sobre a incompatibilidade;
 Ex.: funcionário da prefeitura não advoga contra este município, bem como um agente do
INSS não advoga contra a União.
 A favor pode! NÃO PODE CONTRA.
Não pode advogar contra quem te paga!
 Exceção (art. 30, § ún, EOAB) para advogados docentes de cursos jurídicos: muito embora
seja funcionário público, pode advogar livremente. Sobre os professores não recai a vedação
de processar o próprio empregador;

II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, não podem aparecer contra ou
a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviço público. Independe de ser sua fonte pagadora ou não;
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 Membros do legislativo em seus diferentes níveis (senador, deputado federal ou estadual,
distrital e vereador) não podem advogar nem contra, nem a favor de qualquer órgão da
administração pública.

3. Exceções:
Art 28, EOAB: Mesa do Poder Legislativo: incompatíveis
Art. 30, § ún, EOAB: professor de direito de Universidade pública é livre para advogar.
 Art. 28, §2º, EOAB: diretor sem poder de decisão e diretor acadêmico do curso de direito:
não há incompatibilidade.

ANOTAÇÃO DO QUADRO
 Judicial
 Cartório
 MP
 Membro do Poder Legislativo
o INCOMPATIBILIDADE – ALTO ESCALÃO
 Cancelamento
o Definitivo
 Licença
o Temporário
 PESSOAS CHAVES
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 Judiciário
 Cartório
 PM
 Gerente
 Fiscal
 Presidente da República – não é membro do poder legislativo
o IMPEDIMENTO – BAIXO ESCALÃO
 Membro do poder legislativo, advogada menos contra ou a favor de
TODA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 E quem sobra? Advoga menos contra quem o remunera
 Exemplo
 Investigador de Polícia ele se encaixa aqui, no entanto ele é
policial civil, de modo que ele é incompatível com a advocacia,
e por ter caráter definitivo, deve pedir o cancelamento;
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (OAB XXII Exame) Carolina, Júlia, Bianca e Maria são advogadas. Carolina é servidora
estadual; Júlia está cumprindo suspensão por infração disciplinar; Bianca está licenciada por
requerimento próprio justificado; e Maria é servidora federal. As quatro peticionam, como
advogadas, isoladamente e em atos distintos, em ação judicial proposta em face da União.
Diante da situação narrada, de acordo com o Estatuto da OAB, são válidos os atos praticados
A) por Carolina, apenas. – Artigo 30, inciso I do EOAB
B) por Carolina e Bianca, apenas.
C) por Carolina, Bianca e Maria, apenas.
D) por Carolina, Julia, Bianca e Maria.

2. (OAB XIX Exame) Formaram-se em uma Faculdade de Direito, na mesma turma, Luana,
Leonardo e Bruno. Luana, 35 anos, já exercia função de gerência em um banco quando se
graduou. Leonardo, 30 anos, é prefeito do município de Pontal. Bruno, 28 anos, é policial
militar no mesmo município. Os três pretendem praticar atividades privativas de advocacia.
Considerando as incompatibilidades e impedimentos ao exercício da advocacia, assinale a
opção correta.
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A) Luana não está proibida de exercer a advocacia, pois é empregada de instituição privada,
inexistindo impedimentos ou incompatibilidades.
B) Bruno, como os servidores públicos, apenas é impedido de exercer a advocacia contra a
Fazenda Pública que o remunera.
C) Os três graduados, Luana, Leonardo e Bruno, exercem funções incompatíveis com a
advocacia, sendo determinada a proibição total de exercício das atividades privativas de
advogado. Artigo 28 EOAB
D) Leonardo é impedido de exercer a advocacia apenas contra ou em favor de pessoas
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações
públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço
público.

3. Renata, devidamente inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, exerce, há muitos anos,
atividades privativas da advocacia. Ocorre que Renata concorre a deputada estadual,
encontrando-se em curso diversos processos em que ela atua como advogada.
Caso Renata seja eleita, é correto afirmar que
A) ela ficará impedida de exercer a advocacia apenas contra ou a favor de pessoas jurídicas
de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas,
entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Artigo 30, inciso I EOAB
B) ela ficará sujeita à proibição total ao exercício da advocacia, pois este é incompatível,
mesmo em causa própria, com as atividades dos membros do Poder Legislativo.
C) ela não ficará impedida de exercer a advocacia apenas contra ou a favor de pessoas jurídicas
de direito público.
D) ela ficará sujeita à proibição total ao exercício da advocacia, pois este é incompatível,
mesmo em causa própria, com as atividades dos membros do Poder Legislativo, mas poderá
atuar, excepcionalmente, nos feitos que já estavam em curso antes do exercício de seu
mandato parlamentar.

4. (OAB XIV Exame) Cláudia, advogada, inicialmente transitou pelo direito privado, com
assunção de causas individuais e coletivas. Ao ser contratada por uma associação civil, deparou
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com questões mais pertinentes ao direito público e, por força disso, realizou novos estudos e
contatou colegas mais experientes na matéria. Ao aprofundar suas relações jurídicas, também
iniciou participação política na defesa de temas essenciais à cidadania. Por força disso, Cláudia
foi eleita prefeita do município X em eleição bastante disputada, tendo vencido seu oponente,
o também advogado Pradel, por apenas cem votos. Eleita e empossada, motivada pelo sentido
conciliatório, convidou seu antigo oponente para ocupar cargo em comissão na Secretaria
Municipal de Fazenda.
A partir da hipótese apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção
correta.
A) A prefeita exerce função incompatível com a advocacia. – Artigo 28, I EOAB
B) O secretário municipal pode atuar em ações contra o município.
C) A prefeita deve pedir autorização para exercer a advocacia.

09/10/2020
BATE PAPO COM A PROFESSORA RENATA CARRARA, sobre a prova da OAB;
o Como escolhera peça:
 Aquela matéria com a qual me identifico;
o A que mora no fundo do coração hahaha;
 Não vá pela ideia de ter menos peças;
o MITO TOTAL;
 FAZER PEÇAS
 Treinar o tempo
 Treinar a quantidade de linhas;
 FAZER ESQUELETO DA PEÇA
 Fatos
 No máximo 3 parágrafos;
 DOS DIREITOS
 Tem que transcrever o artigo;
o Delimitar quais os artigos a serem citados;
 DOS PEDIDOS - CIVIL
 Citação
 Tutela antecipada se tiver;
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 Pedir a procedência do pedido
 Se tiver menor, pedir a intervenção do MP
 Pedido de produção genérica de provas
o Na Execução não se pede a procedência.
 Local e data, e advogado OAB...
 Para identificar a peça
 NOTAR QUAL FOI O ÚLTIMO ATO PROCESSUAL;
o ORDEM
 Começar pela peça, em decorrência de ser mais exaustiva;
 E depois, fazer as questões
o QUESTÕES
 Se eu li, e não sei nada, pula para a próxima;
 Conhecer o índice do código que está sendo usado;
23/10/2020

Avaliação 4º bimestre
o Não será feito por meio de seminário, mas sim por meio de tarefas nos finais
da aula;
 No arquivo da tarefa
 Constar
o O nome completo
o RA
o 10º Termo da Faculdade de Direito
o Nome da matéria;

Ética geral e profissional


Aula 08
Da ética e da responsabilidade do advogado

1. Responsabilidade funcional do advogado


Quando do exercício da profissão, o advogado responde pelos prejuízos a clientes e a
terceiros, independentemente se o ato for omissivo ou comissivo.
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o É neste momento que se discute se há culpa, ou dolo;
A responsabilidade é dividida em 3 esferas: civil, penal e disciplinar, todas independentes entre
si.
o Ao pesquisar em sites o código de Ética, buscar como: Novo Código de Ética;

2. Responsabilidade CIVIL: (art. 32, EOAB):


o Os artigos 186 e 927 do Código Civil pode ser usado na profissão do advogado,
no entanto deve observar algumas restrições;
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo
ou culpa.
o Responsabilidade Subjetiva – deve ser demonstrada a culpa;
Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com
seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em
ação própria.
o Exceção: lide temerária
2.1 Lide temerária: advogado, juntamente com seu cliente, altera a verdade dos fatos com o
objetivo de prejudicar a outrem. Nesse caso específico, a responsabilidade será solidária entre
o advogado e seu cliente
o Conluio entre o advogado e cliente objetivando prejudicar a parte contrária;
2.2 Responsabilidade subjetiva: apuração de culpa. Atenção ao art. 14, §4º, CDC: a
responsabilidade dos profissionais liberais será apurada mediante culpa.
o Profissionais liberais – os advogados sem registros se encaixam aqui.
o Ou seja, neste caso, responderá por responsabilidade subjetiva

3. Responsabilidade PENAL
3.1 Violação de segredo profissional (art. 154, CP): as informações obtidas pelo advogado
devem com ele permanecer, devendo ser usadas apenas no limite da acusação ou da defesa.
o A violação do segredo profissional é imprescritível;
SIGILO

CONFIANÇA
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Violação de confiançainformação revelada a outrem sem justo motivo se esta ação possui
uma potencialidade de causar dano crime (PREVISTO NO CP) responsabilidade do
advogado
3.2 Atenção ao art. 37, NCED: O sigilo profissional cederá (será quebrado) em face de
circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao
direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.
o Exceção do justo motivo;
o O advogado poderá quebrar este sigilo profissional sem que lhe seja atribuído
algum problema, deverá ser diante de alguma das causas acima citadas;
o Se houver um justo motivo, poderá quebrar o sigilo profissional.
3.3 Advogado intimado a depor12: advogado DEVE comparecer, mas continua amparado pelo
sigilo profissional. Mesmo se o cliente autorizar, advogado não deve depor.
o Outro processo, no qual seu cliente faz parte do polo;
o Ou seja, ele vai, mas pode se recusar a depor, mesmo tendo a anuência do
cliente, verbalmente ou por escrito;
3.4 Outra questão acerca da responsabilidade:
Patrocínio infiel (art. 355, CP): Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever
profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado: Pena -
detenção, de seis meses a três anos, e multa.
o Protocolar memoriais pleiteando que a juíza local acatasse o direito da parte
adversa;
o Quando você começa advogar para a parte contrária à sua, no processo;
Patrocínio simultâneo ou tergiversação:  Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo
(do patrocínio infiel) o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa,
simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
o Quando o advogado A defende o empregado e o empregador no mesmo
processo;
o Em uma sociedade de advogados, não pode o advogado A defender a parte B
e o advogado C defender a parte C, que litigam em polos opostos no mesmo
processo;
12
Art. 7º, XIX, EOAB - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva
funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional.
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o Sucessivo: empregado e empregador cada um tem um advogado. Ai o
advogado do empregado renuncia e vai trabalhar para o empregador, quando
o processo estiver em andamento;
o Este crime é personalíssimo, só pode ser cometido por ADVOGADO, não
podendo ser cometido por outras pessoas;

4. Deveres do advogado no Novo Código de Ética Disciplina:


O NCED é um ato normativo editado pelo Conselho Federal da OAB e sua violação é punida
com censura. No que tange aos deveres do advogado, o NCED dispõe sobre:
4.1 Proibição de serviços profissionais que visem angariar clientela (art. 7º)
o Não pode haver mercantilização;
o A advocacia é uma atividade meio e não fim;
o É proibida a captação de clientela; - neste caso, a propaganda não é a alma do
negócio;
4.2 Relação com o cliente: não aceitar causas com outro advogado já constituído nos autos,
não abandonar a causa, manter sigilo profissional, assumir a defesa criminal sem manifestar
sua opinião.
o Incorrerá na pena de censura nas situações acima dispostas quem:
o Não pode julgar o cliente;

5. Publicidade profissional (arts. 39 ao 47, NCED) como a publicidade do advogado é muito


restrita, o importante para o advogado é a publicidade e não a propaganda;
A publicidade jurídica deve ter caráter meramente informativo, focando na discussão do
assunto e não na captação da clientela. Logo, é permitida a publicidade e não a propaganda.
A atividade não deve ser mercantilizada, pois é uma atividade intelectual.
5.1 Proibição geral de propaganda: em outdoors, painéis, muros, elevadores, veículos,
panfletos, mala-direta e divulgação da advocacia conjuntamente com outra atividade.
o Mala-direta: quando há por exemplo, uma lista de contatos, para os quais você
encaminha informativos, físico ou digitalmente – o que não pode fazer, é constar:
para mais informações, ligue para (XX) XXXX-XXXX;
o A Placa deve ser discreta, sóbria;
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o Painel Luminoso para a OAB: Aqueles painéis que é possível ler a noite, e não
aqueles rosas, cheios de purpurina, para chamar atenção;
5.2 Em cartões de visita13: não deve existir foto e cargo atual ou pretérito do advogado (salvo o
cargo de professor universitário).
o Não pode fazer menção ao cargo público ou privado;
5.3 Em entrevistas: devem ser mantidos os objetivos meramente informativos, sem propósito
de promoção pessoal. Também é vedado comentar acerca do método do trabalho. Além disso,
proíbe-se ao advogado o debate, em qualquer meio de comunicação, acerca de causas
patrocinadas por outro colega de profissão.

Não posso:
o Divulgar clientes, demandas, expressões: “somos um dos maiores escritórios
do Brasil”, nos posts, cartão;
o Não pode fazer post sobre a estrutura de escritório – ou seja, é proibido fazer
um tour mostrando o escritório;
o Símbolos incompatíveis com a advocacia; promessas de resultados;
PODE:
o Lista telefônica
o Material de papelaria
 Canetas personalizadas;
o Máscara com o logo do escritório;
o Participar de eventos, live meramente informativas;
o Anúncio em jornais;
30/10/2020
Ética geral e profissional
Aula 09

13
Art. 44, NCED: Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de
que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os
números de inscrição na OAB. § 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as
distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça
parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo
e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser
atendido. § 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do
advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em
qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
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Das infrações disciplinares (arts. 34 a 43, EOAB) – RESPONSABILIDADE DOS ADVOGADOS NA
ESFERA ADMINISTRATIVA;

1. Responsabilidade disciplinar (penalidade)


Aplicáveis a advogados e estagiários (estagiário somente o inciso XXIX), que serão
responsabilizados e penalizados pela OAB.
Apresentam-se numa escala gradativa de censura, suspensão e exclusão.
 Aplicável em diversas intensidades
o Leves: censuras;
o Graves: suspensão
o Gravíssima: exclusão

2. Censura: sanção leve (art. 34, I a XVI e XXIX, c/c art. 36, EOAB)
Nesse caso, o profissional continua exercendo a profissão, mas a censura deve ser registrada
nos assentamentos do inscrito, que deixa de ser primário. Se o advogado é censurado, ele
continua exercendo sua função;
 ASSENTAMENTO: tipo uma ficha, onde serão anotadas as sanções aplicadas ao
advogado;
 Art. 34. Constitui infração disciplinar:
o I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer
meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos;
o II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos
nesta lei;
o III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a
receber;
o IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
o V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim
extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha     colaborado;
o VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando
fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em
pronunciamento judicial anterior;
o VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
o VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do
cliente ou ciência do advogado contrário;
o IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
o X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do
processo em que funcione;
o XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da
comunicação da renúncia;
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o XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando
nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública;
o XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações
forenses ou relativas a causas pendentes;
o XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado,
bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;
o XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação
a terceiro de fato definido como crime;
o XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do
órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois
de regularmente notificado;
 Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:
o I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
o II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
o III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha
estabelecido sanção mais grave.

2.1 Resultado da reincidência na censura: gera suspensão


 Se é praticado um ato que gera uma censura, e tempos depois novamente é praticado
um ato punível com censura, pela mesma pessoa, neste caso, será este advogado
suspenso.
 Promoção da OAB – duas censuras, troca por uma suspensão.
2.2 Conversão em advertência (art. 36, p. único, EOAB): A censura pode ser convertida em
advertência, sem registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância
atenuante do art. 40. 14
 Ato leve, que em regra seria censurado, se for a primeira, ao invés de sofrer a censura,
e tiver presente alguma das atenuantes do artigo 40, será convertida em advertência.
 Para ter direito à esta conversão, é necessário ser primário no que tange ao exercício
da advocacia;

14
Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins de atenuação, as seguintes
circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
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2.2.1 Qual a natureza da advertência? Não é punição, apresentando-se como um benefício
para quem comete infração leve. Uma vez advertido, se incorrer em outra infração, haverá
censura. Famoso puxão de orelha;

3. Suspensão: sanção grave (arts. 34, XVII a XXV c/c art. 37, EOAB) sanção mediana
 Não converte em advertência
 Não tem atenuante
 Neste caso também continua pagando a anuidade da OAB;
 A Suspensão é pública – todos terão conhecimento.
A suspensão impossibilita que o profissional trabalhe de 30 dias a 12 meses. Este tempo irá
variar de acordo com a infração.
 Após este período, para voltar a trabalhar, dependerá de qual infração foi cometida;
 Art. 34. Constitui infração disciplinar:
o XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à
lei ou destinado a fraudá-la;
o XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação
ilícita ou desonesta;
o XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto
do mandato, sem expressa autorização do constituinte;
o XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por
si ou interposta pessoa;
o XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias
recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
o XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em
confiança;
o XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB,
depois de regularmente notificado a fazê-lo;
o XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
o XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;

 Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:


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o I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
o II - reincidência em infração disciplinar.
o § 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em
todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo
com os critérios de individualização previstos neste capítulo.

3.1 Aumento do prazo de 12 meses se (art. 37, §2º e 3º): Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII
do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com
correção monetária. Prazo indeterminado;
 EXCEÇÃO
o Este aumento ocorrerá quando não pagar a anuidade da OAB, e os serviços
que ela presta;
o Outra exceção é quando o advogado deixa de prestar contas ao cliente; -Só irá
voltar quando satisfazer a dívida, inclusive com correção monetária;
o Inépcia profissional:
 Diz respeito a erros repetidos, reiterados – podem ser erro na própria
técnica jurídica (interpôs um recurso errado);
 Erro de português – o desconhecimento da linguagem jurídica e da
língua portuguesa, dá a entender que não é um profissional habilitado;
 Neste caso, o advogado precisa demonstrar a reabilitação;
 Deverá fazer um curso de reciclagem;
 § 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
 § 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas
provas de habilitação.

3.2 três suspensões geram uma exclusão.

4. Exclusão: exclusão gravíssima (art. 34, XXVI a XXVIII c/c art. 38, EOAB)
Profissional tem sua inscrição cancelada e não pode advogar até que seja reabilitado. Para
aplicação da pena de exclusão é necessário ter manifestação de 2/3, dos membros do
conselho competente;
 Neste caso, para voltar, é necessário que o advogado seja reabilitado;
 Não tem prazo;
 Artigo 34:
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oXXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; falar
que é formado em Direito, e forjar um histórico e certificado;
o XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
o XXVIII - praticar crime infamante;
 Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de:
o I - aplicação, por três vezes, de suspensão;
o II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.
o Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é
necessária a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho
Seccional competente.
4.1 A multa também é aplicada no caso de o profissional incorrer pela terceira vez em
suspensão.

5. Multa: sanção acessória (art. 39, EOAB) será cumulada, e nunca será aplicado sozinha!
 Multa + censura
 Multa + suspensão
Como sanção acessória, não será aplicada isoladamente, mas sim conjuntamente com censura
ou suspensão.
 Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma
anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura
ou suspensão, em havendo circunstâncias agravantes.

5.1 Valor: 1 a 10 anuidades. O valor varia de Estado para Estado

6. Prescrição (art. 43, EOAB)


 05 anos da constatação oficial do fato. – PRESCRIÇÃO GERAL
6.1 Prescrição intercorrente (§1º): se o processo disciplinar permaneça paralisado por 03 anos
pendente de despacho ou de julgamento, deve ser arquivado ex officio ou a requerimento das
partes.
 Prescrição intercorrente: o processo parado, que não tem nenhum ato decisório;

MATERIAL COMPLEMENTAR
CAPÍTULO IX
Das Infrações e Sanções Disciplinares

 Incisos que estão em:


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o Amarelo – punido com censura;
o Rosa – punido com suspensão;
o Azuis – punido com exclusão;
Art. 34. Constitui infração disciplinar: rol exemplificativo;
I - Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu
exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; aquele advogado que “ajuda” aquela
pessoa que não passou na OAB – Você vem, faz as coisas, mas quem assina será o advogado
chefe;
II - Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; para ser
sócio da sociedade de advogado, somente pode ser advogado;
o Não pode ter na mesma placa, as duas profissões distintas da profissional;
III - Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
angariar clientes por um terceiro que não é advogado, como por exemplo, por meio da pessoa
mais conhecida de Cerqueira César/SP
IV - Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; vedado caçar clientes
pela rua, panfletar;
V - Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não
tenha feito, ou em que não tenha colaborado; só assina a peça quem faz;
VI - Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; certas profissões que tudo que é falado pelo
cliente, não pode sair da sala em que foi dita – o sigilo somente pode ser quebrado, quando
por motivo justo, como por exemplo, risco de vida;
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do
advogado contrário; o advogado deve fazer o papel de pombo correio; sendo vedada o acordo
direto com a parte contrária, sem anuência do cliente;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que
funcione; por exemplo, nulidade decorrente de erro técnico;
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da
renúncia; quando o advogado para de movimentar o processo, sem justificar nada;
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XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude
de impossibilidade da Defensoria Pública;
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou
relativas a causas pendentes; publicidade é somente informativa, de modo que para o
advogado, a propaganda não é a alma do negócio;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de
depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou
iludir o juiz da causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de
fato definido como crime; sempre que o advogado for fazer uma imputação de crime, deve ter
uma autorização por escrita do cliente, haja vista que o advogado não é imune ao crime de
calúnia;
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de
autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado;
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou
destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou
desonesta; suborno, corrupção.
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do
mandato, sem expressa autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou
interposta pessoa;
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou
de terceiros por conta dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança; Artigo 7º -
mesmo sem procuração, pode o advogado ficar com o processo por 10 dias – no entanto, se
passar este prazo e não devolver ao cartório, acarretará suspensão;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de
regularmente notificado a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
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XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; - se passar por um
advogado; falsifica um diploma bacharel em direito;
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; inidoneidade moral –
quando não tem crédito na praça dos advogados – a reputação não é boa;
 Idoneidade moral é o conjunto de qualidades que recomendam o indivíduo à
consideração pública, com atributos como honra, respeitabilidade, seriedade,
dignidade e bons costumes. A idoneidade significa a qualidade de boa reputação, do
bom conceito que se tem de uma pessoa
XXVIII - praticar crime infamante;
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação.

 PALAVRA MINEMONICA
 FRIC – SUSPENSÃO
o E Tudo o que envolve dinheiro;
 FIC – EXCLUSÃO
 SOBRA? CENSURA
 $$$$
 Fraudar a lei
 Reter os autos
 Inépcia profissional
 Conduta incompatível (34, §3º)
 Falsa prova (OAB)
 Inidoneidade moral
 Crime infamante
 TUDO QUE SOBRA: CENSURA
o EXCEÇÃO: Tem dinheiro, mas é censura – artigo 34, inciso III: agenciar causas
mediante participação nos honorários a receber.
 PROMOÇÃO DA OAB
o 2 CENSURAS – EXCLUSÃO SUSPENSÃO
o 3 SUSPENSÕES – UMA EXCLUSÃO
Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível:
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei;
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b) incontinência pública e escandalosa;
c) embriaguez ou toxicomania habituais.

Art. 35. As sanções disciplinares consistem em:


I - censura;
II - suspensão;
III - exclusão;
IV - multa.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em
julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.

Art. 36. A censura é aplicável nos casos de:


I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34;
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina;
III - violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção
mais grave.
Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado, sem
registro nos assentamentos do inscrito, quando presente circunstância atenuante.

Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:


I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o
território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de
individualização previstos neste capítulo.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas
de habilitação.

Art. 38. A exclusão é aplicável nos casos de:


I - aplicação, por três vezes, de suspensão;
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II - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34.
Parágrafo único. Para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária a
manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente.

Art. 39. A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o
máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura ou suspensão, em
havendo circunstâncias agravantes.

06/11/2020
Ética profissional
Aula 10
Da estruturação da OAB (art. 44 e ss, EOAB)

1. Diferença entre sindicato dos advogados e OAB:


O sindicato (art. 11, Regulamento Geral) somente atuará contra os empregadores e seus
respectivos sindicatos quando o advogado for empregado.
Caso seja autônomo, cabe à OAB sua representação judicial e extrajudicial.
 A representação judicial dependerá se o advogado é autônomo ou empregado.
o O advogado empregado – SINDICATO
 Por exemplo, algum problema com as horas extras do advogado
empregado;
o O advogado autônomo – OAB
 Aquele advogado que foi barrado no presidio por não ter procuração.

2. Órgãos da OAB: considerações iniciais


2.1 Natureza jurídica: entidade de classe sui generis, dado que não se vincula à administração
pública e a nenhum outro órgão.: entidade que não pode ser classificada, tendo em vista que
não se limita a entidade pública ou empresa privada;
2.2 Personalidade jurídica: muito embora o art. 44, EOAB aponte que a OAB possui
personalidade jurídica, quem as possui são seus órgãos (menos as subseções).
 Quem possui a personalidade jurídica é o Conselho Federal e o Conselho seccional.
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 Ou seja, a OAB em si não tem Personalidade jurídica, mas quem possui são seus
órgãos.

3. CONSELHO FEDERAL: órgão supremo (arts. 51 a 55, EOAB)


3.1 Sede: Brasília
 O presidente do conselho Federal é tido como Presidente Nacional da OAB;
3.2 Composição (art. 51, EOAB): são conselheiros federais:
 os integrantes das delegações das unidades federativas (cada C. Seccional elege 03
integrantes para representá-los no C. Federal. Logo, temos 81 conselheiros nesse sentido.)
 Cada Estado brasileiro vai mandar 03 pessoas como conselheiro federal;
 Em Brasília, no Conselho Federal, estes três advogados que representam um Estado,
terá direito a um voto; - o voto não é por cabeça, mas sim deve ser achado um ponto
de acordo entre os 3 integrantes;
 Delegação: os 03 integrantes;
 ex-presidentes do C. Federal: são membros vitalícios
 Além dos membros indicados acima, há também os membros que são os ex-
presidentes do Conselho Federal. Por exemplo, quando Felipe Santa Cruz sair da
presidência do Conselho Federal, era será membro vitalício do Conselho Federal;
3.3 Decisões no C. Federal: são tomadas pelas delegações. Assim, o resultado da votação pode
ser 3x0 ou 2x1, cada delegação representando um voto.
3.4 Votos não computados: ocorre se a delegação não tiver interesse no assunto.
3.5 Ex-presidentes vitalícios votam? O antigo EOAB assegurava-lhes o direito à voz e voto.
Todavia, o novo EOAB garante direito apenas à voz. (Logo, os que foram presidentes até 1994
possuem direito adquirido e podem votar) – art. 81, EOAB.
 O direito de voto, dependerá do ano em que eles entraram no Conselho Federal;
 Ou seja, de 1963 (ano do antigo EOAB) até 1994 (novo EOAB), eles tinham direito à
voz e voto, ou seja, poderiam se manifestar, e votar; - neste caso, há um direito
adquirido, mesmo após o EOAB;
o Ou seja, aqueles que entraram antes de 1994, e ainda permanece no Conselho
Federal, terá direito adquirido, ou seja, mesmo após o advento do novo EOAB,
aqueles que entraram antes tem direito à voz e a voto.
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 Com o novo EOAB (após 1994), tem apenas direito à voz, não tendo mais direito a
voto;
3.6 Competências do C. Federal (art. 54):
 um dos legitimados para ajuizar as ações do controle concentrado;
 impetrar Mandado de Segurança Coletivo;
 representar a advocacia brasileira em congressos internacionais;
 elaborar lista sêxtupla de advogados referentes ao quinto constitucional dos Tribunais
Federais ou interestaduais;
o interestaduais: tribunal que abarca mais de um Estado
 EX: TRF3 – São Paulo e Mato Grosso;
o Quinto constitucional – indicação dos advogados
 O Conselho Federal vai elaborar a lista do Sêxtupla para os Tribunais
Federais ou Interestaduais, na escolha dos de desembargadores;
 Interferir no Conselho Seccional se nele houver alguma irregularidade;

4. Conselho seccional (art. 56 a 59, EOAB) – vai representar os Estados;


4.1 Base territorial: estados, DF e territórios.
 Lembrete de Constitucional: Território é criado por meio de Lei Complementar;
4.2 Criação: através de Resoluções do C. Federal da OAB (art. 46, RG).
 O Conselho Federal é o responsável por criar os Conselhos Seccionais por meio de
Resolução;
 Só o Conselho Federal pode criar!
4.3 Composição (art. 106, RG15): é proporcional ao nº de advogados inscritos no estado.
Assim, estados com menos de 3 mil advogados possuirão até 30 conselheiros estaduais (ex.:
RR).
Por outro lado, há estados com mais de 3 mil advogados e que, a cada grupo completo de 3 mil
advogados pode-se inserir +1 conselheiro, chegando ao máximo de 80 conselheiros.
ESTADO – Nº De ADV Nº de Conselheiros Estaduais

15
Art. 106. Os Conselhos Seccionais são compostos de conselheiros eleitos, incluindo os membros da
Diretoria, proporcionalmente ao número de advogados com inscrição concedida, observados os
seguintes critérios: I – abaixo de 3.000 inscritos, até 30 membros; II – a partir de 3.000 inscritos, mais um
membro por grupo completo de 3.000 inscritos, até o total de 80 membros.
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MENOS DE 3 MIL ADV. ATÉ 30 CONSELHEIROS
MAIS DE 3 MIL ADV. A cada grupo fechado de 3 mil MÁXIMO 80 CONSELHEIROS
advogados + 1 conselheiro.
3 mil +1
6 mil + 1
9 mil + 1
12 mil + 1

4.4 Competências (art. 58, EOAB):


 realizar o exame de ordem
o quem realiza a estrutura, organiza e gere, são os Estados, embora a prova seja
unificada;
 elaborar tabela de honorários para o respectivo estado;
 criar subseções e caixa de assistência dos advogados além de fiscalizá-las;
 criar lista sêxtupla para o quinto constitucional em tribunais estaduais;
 funcionar como Tribunal de recursos (art. 58, III, EOAB 16) etc.
o III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por
sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções
e da Caixa de Assistência dos Advogados;

5. Subseções (arts. 60 e 61, EOAB)


São braços (extensões) do C. Seccional, não possuindo personalidade jurídica própria.
5.1 Base territorial: pode se fazer presente em um município ou pode abranger mais de um
município ou parte dele.
 Ex: A subseção de Cerqueira César, abarca as cidades de Cerqueira César, Águas de
Santa Bárbara e Iaras;
5.2 Necessidade de advogados: ao menos 15 domiciliados profissionalmente.
5.3 Caso haja mais de 100 advogados inscritos, pode-se criar o Conselho de Subseção (art. 61,
p. único, EOAB), que receberá inscrições de advogados e estagiários.
 CONSELHO DE SUBSEÇÃO É DIFERENTE DO CONSELHO SECCIONAL.

16
Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional: [...]
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal
de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
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 CONSELHO DE SUBSEÇÃO: Aquele que há dentro da seccional.
o Recebe inscrição de advogado e estagiário; representação; entre outras;
o Denominada como Casa dos Advogados;
 CONSELHO SECCIONAL – aquele órgão que representa o Estado;

6. Caixa de assistência aos advogados (CAASP – Estado de São Paulo)


Presta assistência aos advogados e estagiários vinculados ao respectivo C. Seccional (ex.:
descontos e convênios)
 Descontos médicos, em consultas, em compras de livros;
6.1 Necessidade para a instalação da caixa de assistência: mais de 1.500 advogados inscritos
no C. Seccional.
6.2 Fontes de receita: ½ anuidades (arts. 56 e 57, RG) e ½ provém de percentual das custas
judiciais (art. 62, §3º, EOAB)
 Metade da renda da Caixa de Assistência é das anuidades, e metade provem do
percentual de custas judiciais;

7. Eleições e mandatos (arts. 63 a 67, EOAB c/c 128 a 137, Regulamento Geral)
(aplicação subsidiária do Código eleitoral e da Constituição Federal)
As eleições realizam-se de 3 em 3 anos, sendo o voto obrigatório para os advogados. Em caso
de ausência, a multa refere-se a 20% da anuidade.
 Tudo o que o EOAB não dispuser, deverá ser usado o Código Eleitoral;
7.1 Formação das chapas: Presidente do C. Seccional e seu vice, bem como o secretário geral,
o secretário geral adjunto e o tesoureiro, que formam a diretoria do Conselho Seccional.
 O exemplo citado acima diz respeito ao Conselho seccional;
 Mas também há voto para a diretoria da CAASP
 Importante! Os membros do C. Federal também são eleitos, com exceção do presidente
desse órgão (art. 67, EOAB).
7.2 Realização das eleições: segunda quinzena de novembro, com posse dos membros em
01/01 (C. Seccional) e 01/02 (Federal).
 Conselho Seccional – 01/01
 Conselho Federal – 01/02
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7.3 Os candidatos aos cargos devem comprovar (art. 63, §2º, EOAB) que não ocupam cargo
exonerável ad nutum (cargo de livre indicação e livre exoneração), bem como que exercem
profissão há mais de 05 anos, demonstrar a situação regular junto à OAB e, por fim, o
candidato não deve ter exercido infração disciplinar (salvo se provado sua reabilitação).

8. Advogado com inscrição suplementar vota? – Suplementar – aquele advogado que possui
mais de 5 causas em Estados diversos;
Sim, desde que comunique ao C. Seccional no qual possui inscrição principal. – deve avisar os
outros Estados, que está votando no Estado X, e não no Y.

9. É possível o chamado “voto em trânsito”?


Não. (ex.: votar na comarca onde está realizando audiência na data da eleição)

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