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em Física
Big Bang e Ondas Gravitacionais
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Big Bang e Ondas Gravitacionais
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Conhecer, compreender e correlacionar conceitos fundamentais sobre o Big Bang e as
ondas gravitacionais;
• Associar estes conhecimentos ao avanço da tecnologia;
• Contribuir para a valorização da pesquisa científica como ferramenta de desenvolvimento
econômico e social de uma nação.
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Vamos juntos tratar de assuntos desse tipo a partir de agora! Vamos olhar para
além de nossa galáxia, a Via Láctea, que pode ser vista na Figura 2.
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A origem e o desenvolvimento do Universo são descritos pela Física por meio da
Teoria do Big Bang. Essa teoria foi avançando, ganhando interpretações e passando
por confrontações e muitas contribuições foram feitas a ela ao longo do tempo.
Entretanto, ainda nos dias atuais, ela possui questões muito importantes que ainda
estão em aberto precisando de respostas.
A Teoria do Big Bang destaca alguns pontos que formam sua base:
• O Universo teve origem em um estado extremamente quente e denso (toda a
matéria e toda a radiação estavam contidas num espaço infinitamente pequeno);
• Em determinado instante, ocorreu o chamado Big Bang (Grande Explosão), no
qual predominou uma situação extrema de flutuações quânticas (essa hipótese
foi proposta por E.Tryon, em 1973);
• O Universo era extremamente quente em seus instantes iniciais, a ponto de
colisões entre fótons serem capazes de produzir partículas materiais;
• À medida que o Universo se expande, sua temperatura diminui;
• Quanto menor é a temperatura, menor é a energia de radiação, e menor, também,
é a massa das partículas que podem ser produzidas nas colisões entre fótons.
Embora o termo Big Bang seja atribuído à Fred Hoyle (em 1949), o conceito co-
nhecido como Teoria do Big Bang do Universo em expansão, que se iniciou a partir
de uma pequeníssima massa concentrada em um ponto foi proposto por Georges
Lemaitre em 1927 (Figura 3), conforme sua hipótese do “átomo primordial”, que deu
origem à expansão do Universo. Ele sugeriu que as distâncias de galáxias distantes
eram proporcionais aos seus desvios para o vermelho do espectro e, portanto, pro-
porcionais a suas respectivas velocidades de afastamento.
Figura 3 – Albert Einstein e Georges Lemaitre (ele era um padre católico belga)
Fonte: Combonianum.org
Ainda nessa década de 1920, o astrônomo Edwin Hubble (Figura 4), por meio de
trabalhos observacionais, buscou estabelecer uma relação entre a distância de uma
galáxia e a velocidade com que ela se afasta ou se aproxima de nós. Hubble des-
cobriu, a partir das galáxias que estudava, que quanto maior a distância, com mais
velocidade a galáxia se afasta de nós. Essa conclusão consiste na Lei de Hubble, mas
que Lamaître já havia sugerido.
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O entendimento da Lei de Hubble pode ser facilitado por uma analogia dimensio-
nal do Universo, pensando-o com uma entidade formada por três dimensões espaciais
e uma temporal, constituindo o chamado espaço-tempo. Toma-se uma bexiga com
galáxias desenhadas em sua superfície. Ao enchermos a bexiga de ar, percebemos,
a partir de um ponto referencial na superfície da bexiga, que as galáxias próximas se
afastam lentamente ao passo que as galáxias distantes se afastam rapidamente.
Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson (Figura 5), buscavam eliminar um ruído
eletromagnético que prejudicava as radiotransmissões de interesse para um sistema
de telecomunicações sobre o qual trabalhavam. Eles descobriram que a radiação, na
forma de ruído de fundo, vinha de todas as direções. Para onde quer que apontassem
sua antena, o ruído aparecia, sendo detectado. Eles conseguiram medir a temperatu-
ra dessa radiação e encontraram um valor para a temperatura de 2,7 kelvin (2,7 K),
não muito diferente do previsto. Penzias e Wilson focaram em entender o significado
desse fenômeno. Ocorre que, no final da década de 1940, o astrônomo George
Gamow (Figura 6) sugeriu que o Big Bang poderia ter deixado resíduos detectáveis
ainda hoje. Ele considerou e previu que a grande emissão de luz ocorrida na grande
explosão foi diminuindo sua temperatura. Essas considerações, em conjunto com os
resultados obtidos, renderam o Prêmio Nobel de Física para Arno Penzias e Robert
Wilson em 1978. Portanto, estava comprovada a existência da chamada radiação
cósmica de fundo.
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Figura 5 – Robert Wilson e Arno Penzias Figura 6 – George Gamow
Fonte: npr.org Fonte: Wikimedia Commons
A descoberta feita por Arno Penzias e Robert Wilson foi crucial para o avanço
das pesquisas do mapeamento energético e da constituição do Universo. Entretanto,
os cosmólogos precisavam de evidências e mais provas de que o campo de radiação
era isotrópico (isto é, o mesmo em todas as direções) ou anisotrópico (apresentando
variação direcional). Visando buscar essas respostas, um grande projeto foi iniciado.
A Sonda Espacial COBE (Cosmic Background Explorer), vista nas Figuras 7 e 8, foi
lançada em órbita em 1989. Essa sonda carregava três instrumentos fundamentais
ao projeto ou missão:
• Um espectrofotômetro absoluto de infravermelho distante (Far Infrared Absolute
Spectrophotometer – FIRAS) para comparar o espectro da radiação cósmica
de fundo de micro-ondas com um corpo negro preciso;
• Um radiômetro diferencial de micro-ondas (Differential Microwave Radiometer
– DMR) para mapear com precisão a radiação cósmica de fundo;
• Um experimento difuso de fundo infravermelho (Diffuse Infrared Background
Experiment – DIRBE) para procurar a radiação cósmica de fundo infravermelha.
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Figura 7 – COBE. Detalhe do Figura 8 – COBE. Essa foi a sonda espacial que detectou
processo de construção a radiação cósmica de fundo, em 1992
Fonte: aether.lbl.gov Fonte: map.gsfc.nasa.gov
A partir dos trabalhos feitos e dos resultados obtidos com o projeto COBE, John
Mather e George Smoot ganharam o Prêmio Nobel de Física em 2006.
A Teoria do Big Bang, apesar de apresentar ideias centrais bem aceitas, nos
detalhes, ela ainda tem muitas variantes, incertezas e perguntas sem respostas.
Os chamados modelos cosmológicos propostos no contexto da Teoria do Big Bang
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apresentam detalhes diferentes no que se refere à geometria do Universo, à constante
cosmológica e à expansão do Universo.
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Figura 13 – Saul Perlmutter Figura 14 – Brian P. Schmidt
Fonte: Newscenter.lbl.gov Fonte: Wikimedia Commons
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Atingir energias cada vez maiores, obter informações cada vez mais precisas, en-
tender as distâncias do Universo em larga escala e sua composição elementar, entre
outras propostas, compõem os grandes objetivos atuais e, certamente, necessitam
de grandes esforços, estruturas e equipes cada vez maiores.
Bons estudos!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Tempo, Origem e Expansão do Universo
https://youtu.be/LuZ0F03vLuY
Espaço 2 – Galáxias, Universo e Multiverso
https://youtu.be/09knQEMCzAI
Universo – Matéria e Energia Escura
https://youtu.be/yWOEonwzwSU
Telescópio Hubble – A Última Missão Dublado
https://youtu.be/SqlYKOH4Esg
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Referências
BERKELEY LAB. Saul Perlmutter. Disponível em: <https://newscenter.lbl.
gov/2011/10/04/perlmutter-nobel/>. Acesso em: 05/05/2020.
HUBBLE. Still from Hubblecast episode 89: Edwin Hubble. Disponível em:
<https://www.spacetelescope.org/images/ann1527a/>. Acesso em: 07/02/2020.
LINCOLN, D. A new idea might help scientists understand The Big Bang Better.
Forbes. 12/11/2019. Disponível em: <https://www.forbes.com/sites/drdonlincoln
/2019/11/12/a-new-idea-might-help-scientists-understand-the-big-bang-
-better/#4257d5926d99>. Acesso em: 07/02/2020.
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RAMOS, M. P. R.; MALUF, ROBERTO V. Sobre a teoria de Einstein para ondas gra-
vitacionais e sua aplicação no estudo da radiação emitida por um pulsar binário. Re-
vista Brasileira de Ensino de Física, vol. 40, nº 2, e 2302, 2018. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbef/v40n2/1806-1117-rbef-40-02-e2302.pdf>. Acesso em:
05/02/2020.
WIDE WORLD PHOTOS. Albert Einstein e Willem De Sitter. Disponível em: <https://
history.aip.org/history/exhibits/einstein/ae65.htm>. Acesso em: 05/05/2020.
Sites Visitados
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biography/Brian-Schmidt>. Acesso em: 27/08/2020.
NPR. Big Bang’s Ripples: two scientists recall their big. Disponível em: <https://
www.npr.org/2014/05/20/314239930/big-bangs-afterglow-two-scientists-recall-
-their-big-discovery>. Acesso em: 05/05/2020.
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