Unidade Temática III - Tabela Periodica (Cont.)

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UNIDADE TEMÁTICA III: TABELA PERIÓDICA (CONT.

3. PROPRIEDADES PERIÓDICAS

3.1. Propriedades dos elementos e propriedades das substâncias elementares

Não se deve confundir elemento químico com substância elementar.

A tabela periódica apresenta valores para diversas propriedades umas que são propriedades dos
elementos e outras que são propriedades das substâncias elementares da qual o elemento faz
parte.

Propriedades dos Numero atómico, massa atómica relativa, configuração


elementos electrónica, raio atómico, energia de ionização, afinidade
electrónica,…

Propriedades das Estado físico, ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, cor,
substâncias elementares …

Estados físicos das substâncias elementares

Sólido A maior parte das substâncias elementares encontram-se no estado sólido.

Líquido Mercúrio (Hg), bromo (Br), gálio (Ga), césio (Cs) e frâncio (Fr).

Gasoso Hidrogénio (H2), azoto (N2), oxigénio (O2), flúor (F2), cloro (Cl2), assim como os
elementos do grupo 18

Classificação dos elementos

Os elementos na tabela periódica são classificados em: metais, não metais, e semimetais

Metais Não- metais semimetais

 São bons condutores de  Apresentam aspecto e


corrente eléctrica e de algumas propriedades
calor. físicas de metais
 São sólidos a temperatura  Apresentam algumas
ambiente (excepto Hg,  São maus condutores de propriedades químicas de
Cs, Fr e Ga). corrente eléctrica e de não metal.
 Apresentam, de um calor.
modo geral pontos de
fusão e de ebulição
elevados.

3.2. Propriedades periódicas

A tabela periódica, foi estruturada de modo a privilegiar a variação periódica das propriedades
físicas e químicas dos elementos, podendo assim ser utilizada para prever, por exemplo, a maior
ou menor reactividade que um elemento apresenta, a maior ou menor energia de ionização, a
fórmula química de compostos, etc.

3.2.1. Raio atómico e raio iónico

O átomo, como se sabe, pode ser considerado esférico e é constituído por um núcleo e uma
nuvem electrónica que não tem limites definidos: os electrões podem encontrar-se a qualquer
distância do núcleo, havendo zonas de maior probabilidade da sua presença.

Os átomos não se encontram isolados (excepto os gases nobres), mas sim empacotados em
sólidos cristalinos ou formando moléculas.

Raio Se o elemento é um metal, pode definir-se como metade da


atómico distância média entre os centros de átomos vizinhos, na
estrutura cristalina

Raio Se o elemento é um não metal, pode definir-se como


covalente metade da distancia media entre os núcleos do dois átomos
ligados por uma ligação covalente.

Raio Se o elemento é um metal ou não metal, pode definir-se


iónico como a sua comparticipação na distância entre iões
adjacentes num sólido iónico

Variação do raio atómico

 Ao longo do grupo- percorrendo o grupo de cima para baixo, cada novo elemento
apresenta mais uma camada na nuvem electrónica, estando os electrões periféricos, em
média, mais afastados do núcleo; a força atractiva exercida por este torna-se menor, a
nuvem electrónica expande-se e, consequentemente, o raio atómico aumenta.
 Ao longo do período- o número de electrões vai aumentando uma unidade de cada vez,
assim como a carga nuclear. Os electrões vão ocupar orbitais da mesma camada, mas a
atracção nuclear é mais intensa, provocando desta forma uma contracção da nuvem e, por
tanto uma diminuição do raio atómico.

Variação do raio iónico

Ião positivo (ou catião)

Quando um átomo perde um ou mais electrões, normalmente, electrões periféricos, transforma-


se num ião positivo de raio inferior.

Exemplo:

3.2.3.2 Ião negativo (ou anião)

Neste processo, o átomo ganha um ou mais electrões e mantem a carga nuclear; a repulsão
entre electrões aumenta, atracção nuclear média diminui, pelo que resulta uma expansão da
nuvem electrónica.

Por exemplo:

3.2.4. Raio de átomos e de iões isoeletrónicos

Átomos e iões com o mesmo número de electrões dizem-se isoeletrónicos

Exemplo: os iões 8O2−¿¿ 9F−¿¿ 11Na+¿¿, 12 Mg 2+¿¿ e 13 Al3 +¿¿ são isoeletronicos, porque embora
não tenham a mesma carga nuclear (Z diferente), apresentam a mesma configuração electrónica
1s2, 2p6 e portanto, o mesmo número de electrões, 10.

3.2.2. Energia de primeira ionização


Algumas propriedades químicas (propriedades macroscópicas das substâncias elementares
dependem também da maior ou menor facilidade com que os átomos perdem os seus electrões
(propriedades microscópicas).

Uma dessas propriedades é a energia da primeira ionização

Energia da primeira ionização é a energia mínima necessária para remover um electrão do


átomo na fase gasosa e no estado fundamental.

Para o cobre, a sua primeira ionização pode traduzir-se por:


+¿ ¿
Cu (g) → Cu(g) +¿ e−¿¿ E1 ou I1 = 785 kJ mol−1

Em que E1 (I1) é a energia da primeira ionização

A variação da energia de primeira ionização dos átomos pode explicar-se pelo efeito do raio
atómico e pela conjugação de duas forças:

 Atracão nuclear sobre os electrões da subcamada mais energética;


 Repulsão electrónica.

Os metais apresentam valores baixos de energia de primeira ionização e os não metais


apresentam valores mais elevados.

3.2.3. Afinidade electrónica

É a energia necessária para retirar um electrão de um ião mononegativo (X −¿¿(g) → X (g) + e−¿¿ ).
A definição equivalente mais comum é a energia libertada (Einicial – Efinal) quando um electrão
se liga a um átomo (ou molécula) na fase gasosa.
−¿¿
Exemplo: Cl (g) + e−¿¿ → Cl(g )

A afinidade electrónica tende a ser maior para os elementos do lado direito da tabela
periodica com excepção dos gases nobres.

3.2.4. Electronegatividade

A electronegatividade descreve, em termos relativos, a tendência que um determinado


átomo apresenta para atrair, numa molécula particular, os electrões de uma ligação.

Na tabela periódica, a electronegatividade dos elementos aumenta ao longo:


 Do período, da esquerda para a direita;
 Do grupo, de baixo para cima.

Numa ligação covalente entre dois átomos, os electrões partilhados serão fortemente atraídos pelo
átomo que apresenta valor mais elevado de electronegatividade.

Exercícios

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