Cuidador Infantil
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Educação infantil
Especial
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3
A primeira infância na perspectiva histórico-normativa ...................................... 3
A dupla perspectiva das relações de cuidado: cuidar de quem cuida ................ 5
A integralidade do vínculo e das relações de afeto sob a ótica da criança ........ 9
Os perigos da descontinuidade e de imprevisibilidade ..................................... 11
A impossibilidade da brincadeira ..................................................................... 12
A incidência do tipo de educação sobre o desenvolvimento da criança .......... 12
Do lado dos profissionais, a relação assimétrica adulto/criança: ..................... 13
Quais cuidados propor à criança, a seus pais ................................................. 14
A observação do bebê .................................................................................... 15
O cuidador da primeira infância como agente de marcas de resiliência .......... 15
Capacitando Cuidadores ................................................................................. 18
Alimentação na Primeira Infância .................................................................... 23
A importância da alimentação complementar .................................................. 25
Alimentos industrializados ............................................................................... 33
O PAPEL DO CUIDADOR ............................................................................... 37
IMPORTÂNCIA DO CUIDADOR INFANTIL NA EDUCAÇÃO DE .................... 38
ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS: DA .................. 38
EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MODELO SEGREGADO A PERSPECTIVA DA . 38
EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................ 38
CONSIDERAÇOES FINAIS ............................................................................ 42
Referências ..................................................................................................... 44
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INTRODUÇÃO
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especial, a visão de infância e criança que é ensinada nas disciplinas por exemplo
sobre desenvolvimento infantil e direitos da criança. Isso porque as crianças
costumam ser vistas como seres incompletos e excluídos do mundo adulto, ao
passo que são atores sociais que possuem pensamento crítico. Se esses
profissionais enxergam a criança na sua especificidade ela será atendida segundo
seus interesses e características. É fundamental que essa visão da criança em
desenvolvimento seja transmitida para que todos os profissionais, mesmo os que
não trabalham diretamente com a primeira infância, possam, através de seu
trabalho, contribuir para que as crianças sejam tratadas como sujeitos de direitos e
não como ”adulto em miniatura”, “futuro adulto” ou alguém que não conta.” (PNPI,
p.116)
Na evolução legislativa, o Brasil é considerado um país com leis avançadas
no que tange à proteção da infância. Nesse diapasão, tivemos, em 2016, a
aprovação do Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016). Esse instrumento
inovou ao reconhecer que as descobertas científicas relacionadas ao
desenvolvimento infantil materializavam obrigações ao Estado, à família e à
sociedade na consecução da garantia de direitos humanos com respeito às
peculiaridades que marcam essa etapa do desenvolvimento humano, à
intersetorialidade das políticas públicas e a proteção contra todas as formas de
violência.
A nova legislação ajuda a fortalecer ainda mais a ótica da proteção integral,
na medida em que reconhece a importância da família e da sociedade para o
desenvolvimento salutar da criança, a partir da ideia de que o seu desenvolvimento
pode ser prejudicado se o meio em que ela está não lhe for favorável. Nesse
aspecto, é importante que a norma estabeleça a prioridade no acesso das famílias
com crianças nessa faixa etária a programas, ações e políticas de enfrentamento da
pobreza e das vulnerabilidades sociais, fortalecendo o núcleo familiar para que este
esteja em condições de ofertar o melhor cuidado à criança e potencializar seu
desenvolvimento.
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São múltiplos os fatores que levam a família a optar por transferir o cuidado
das crianças para uma instituição na sua comunidade. Ao Estado cabe ofertar um
serviço com a máxima qualidade e conectado com as melhores evidências
existentes sobre o desenvolvimento da primeira infância, visto que são diversas
pesquisas que apontam que um serviço de cuidado de má qualidade pode oferecer
riscos ainda maiores do que um lar pouco atencioso às demandas das crianças
(BERLINSKI, SCHADY, 2016).
A proposta de uma escola ou creche conectada com as demandas de
desenvolvimento da criança não procura sobrepor o saber técnico-científico aos
valores familiares. Ao contrário, utiliza a informação baseada em evidências em prol
do fortalecimento das práticas de cuida- do, e o faz a partir de uma relação dialógica
a priori. Pois uma coisa é desenvolver um projeto pedagógico e de cuidado da
instituição que esteja atento às demandas de desenvolvimento de cada fase, outra é
conferir aos professores o poder de determinar quando a criança está pronta para
adentrar uma nova fase. Para citar exemplos práticos, pensar a introdução alimentar
ou o processo de desfralde, que são momentos marcantes no desenvolvimento, só
pode ser feito mediante a consulta prévia à família sobre o tipo de alimentação que
considera mais adequada para sua criança, ou se concorda que aquela criança está
pronta para ser iniciada na retirada das fraldas. Aqui, a ordem dos fatores altera
substancialmente o produto.
“Em última instância, a creche é um fenômeno multidimensional e, portanto,
perguntas como “frequentar creche é bom para bebês (ou crianças pequenas)?” são
excessivamente simplistas. É preciso fazer distinção entre a qualidade, o tipo, o
momento e a quantidade dos cuidados, e é possível que os efeitos desses aspectos
do cuidado não parental variem em função do contexto familiar, comunitário e
cultural mais amplo no qual ocorre o serviço.
O que não pode ser esquecido em qualquer avaliação sobre os efeitos da
creche são considerações humanitárias: quais são os desejos não só das mães, dos
pais, dos formuladores de políticas e da sociedade em geral, mas também quais são
os desejos das crianças?” (BELSKY, 2011).
Mas, uma vez preenchido esse requisito de integralidade do cuidado, estar
em uma creche ou escola constitui, sobretudo, numa oportunidade da criança
experimentar a alteridade, convivendo com outras crianças e com outros adultos,
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A impossibilidade da brincadeira
O adulto tem um papel educativo assimétrico com respeito à criança que ele
deve levar à socialização. Ora, nas relações educativas seguindo os tipos de
educação, podem ocorrer as raízes da violência como em uma educação autoritária
podendo ir até a “pedagogia negra” descrita por Alice Miller. As consequências deste
tipo de violência à criança podem levar nos casos extremos a um falso self ou à
inibição. Elas podem também se manifestar ao nível de inteligência por um “retardo
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A observação do bebê
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Capacitando Cuidadores
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Amamentação
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A tabela a seguir traz as vantagens do leite materno para mãe e para o bebê:
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O ato de alimentar
Evolução da alimentação
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que a criança está engasgando ou fazendo ânsia de vômito. Quando isso acontece,
é importante manter a calma e retirar o alimento da boca do bebê. Para facilitar a
aceitação dos alimentos, deixe a comida com caldinho do cozimento dos legumes e
pressione o alimento com o garfo para facilitar a mastigação. Aos poucos a criança
vai aprender a mastigar melhor e controlar a deglutição. Para evitar engasgos, é
importante ter cuidado com alimentos duros e de forma arredondada, como uva,
tomate cereja, amendoim, milho ou frutas que soltam pedaços grandes quando
raspados, como a maçã. Para oferecer esses alimentos, corte em pedacinhos
pequenos, no formato de cubinhos miúdos, ou ofereça ralados no ralador grosso,
para deixar numa textura que estimule a mastigação.
Atividades de estimulação sensorial: uma das atividades mais divertidas que
se pode fazer a partir dos 9 meses é de estimular a coordenação motora por meio
dos alimentos. Frutas e legumes macios, como manga, banana, abobrinha, chuchu,
jiló, batata e inhame, podem ser corta- dos em tirinhas largas e compridas e
oferecidos para a criança comer com as mãos, sempre com um adulto
supervisionando. O bebê deve poder pegar com as mãos, amassar, lamber, cheirar
os alimentos. Muitas vezes a preocupação com a alimentação está focada somente
na nutrição e o lado sociocultural fica menos estimulado. Quando o bebê interage
com o alimento, ele forma vínculo afetivo e tem estímulos nervosos que vão ajudar a
associar cor (visão), sabor (paladar), cheiro (olfato), textura (tato), promovendo
estímulo de vários sentidos. Faça a associação com um momento agradável e assim
é feito um vínculo positivo do bebê com a alimentação. Outra forma de estimular
sensorialmente é diversificar o cardápio oferecendo alimentos de diferentes sabores:
azedo (ex: limão, tangerina, maçã verde), amargo (jiló, berinjela, fígado) , doce
(manga, banana, ameixa seca) e salgado (peta, tapioca, batata assada).
Crianças de 2 a 6 anos
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Alimentos industrializados
sobre alguns alimentos industrializados é que muitos deles são ricos em gorduras,
açúcares, sal, corantes artificiais e aditivos. E o elevado consumo desses alimentos
provoca uma diminuição do consumo de alimentos naturais, resultando em
problemas de saúde
Alguns tipos de alimentos industrializados devem ser evitados devido aos
seus malefícios:
Alimentos que devem ser Porque?
evitados
Refrigerante, suco de caixinha, São alimentos com grande
achocolatado, biscoito recheado, quantidade de açúcar, adoçantes
cereal matinal com açúcar, sorvete, artificiais, corantes e aro-
chocolate, danoninho®, balas matizantes. Sendo com isso
alimentos preju- diciais a saúde,
podendo causar por exemplo
a obesidade
Primeiras papinhas
Toda mãe sonha em ver o filho comendo bem e esse momento inicial de
introdução da alimentação complementar gera muita ansiedade e expectativa. Por
isso, é importante destacar que rejeições iniciais dos alimentos oferecidos são
esperadas, pois a criança está entrando em contato com novas consistências, novos
sabores e uma nova forma de se alimentar.
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Meu filho aceitava bem os alimentos, mas agora não quer mais comer
Não existem frases mais angustiantes do que essas e acredito que quase
100% das mães passarão por essa experiência no primeiro ano de vida do bebê.
Mas, é preciso ter muita calma nesse momento.
Primeiramente, é importante avaliar se a falta de apetite da criança é orgânica
(dentes nascendo, gripe, febre etc.) ou comportamental.
Falta de apetite orgânica: quando a criança está doentinha, é normal a falta
de apetite. Nesses momentos, é importante estimular a criança a se alimentar,
oferecendo seus alimentos favoritos (dentre os saudáveis), respeitando sempre sua
aceitação. Algumas dicas para essas situações:
- Dentes nascendo: oferecer as refeições principais em temperatura
ambiente e as frutas mais geladinhas. Modificar a textura dos alimentos para
consistência mais pastosa.
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O PAPEL DO CUIDADOR
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cuidados físicos e fisiológicos (olhar clínico). Contudo, devemos dar uma maior
amplitude ao termo em questão, pois, essa expressão, “Cuidador” já estaria
intrínseco na pessoa daquele que se dispõe a enveredar pelos caminhos da
educação.
O termo “Cuidador infantil” vai além das atividades e do olhar clínico do
cuidador de idosos, que tem suas atividades pautadas no auxilio e necessidades
básicas do paciente, dessa forma, entendemos que se não fosse possível produzir
uma literatura sobre esse profissional da educação (pedagogo/acadêmico), sua
nomenclatura por si só já nos faria refletir sobre sua importância no processo
educacional.
O cuidador infantil é o profissional que está inserido na interdisciplinaridade
de diversas áreas do conhecimento, para inserir o educando com necessidades
educativas especiais no contexto escolar, colaborando assim, com a perspectiva da
educação inclusiva. Para que fique evidenciada a importância deste profissional,
apresentado um caso concreto na área de educação especial. Segundo Vagula e
Vedoato (2014, p. 04), “Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial
passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo
os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação” (BRASIL, 2007c, p. 15).
Destacamos aqui, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
n° 9.394/96, como sendo a legislação que norteia a educação especial em nosso
país, vejamos alguns aspectos relacionados com os capítulos III e V dessa lei:
Capítulo III, Art. 4º, Inciso III, diz que é dever do Estado garantir o “atendimento
educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos
os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino”,
Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013 (BRASIL, 2016c p. 02). Capítulo V, art.
58 § 1° 2° 3°, “Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial,
bem como, o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. Sendo, que a
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REFERÊNCIAS
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VASCONCELLOS, V. M. R. (2001). Formação dos profissionais de educação infantil:
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VINCZE, M. (2006). Relación maternal – relación profesional. In A. Szanto-Féder, A.
(Ed.), Lóczy - un nuevo paradigma?: el instituto Pikler es um espejo de múltiples
facetas (pp.171- 187). Mendoza: Ediunc.
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