ABNT NBR 14565 - Procedimento Basico para Elaboracao de Projetos de Cabeamento de Telecomunicacoes para Rede Interna Estruturada
ABNT NBR 14565 - Procedimento Basico para Elaboracao de Projetos de Cabeamento de Telecomunicacoes para Rede Interna Estruturada
ABNT NBR 14565 - Procedimento Basico para Elaboracao de Projetos de Cabeamento de Telecomunicacoes para Rede Interna Estruturada
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ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:046.05 - Comissão de Estudo de Redes Telefônicas Internas em
Edificações
NBR 14565 - Basic procedure for internal telephone structured network cabling
Descriptors: Telecommunication. Network
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira
Válida a partir de 31.08.2000
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Telecomunicação. Rede 48 páginas
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
Introdução
1 Objetivo
2 Referência normativa
3 Definições
4 Simbologia
5 Disposições gerais
6 Materiais utilizados
7 Projeto de cabeamento de telecomunicações para rede intern a estruturada em edificações comerciais
8 Proteção elétrica
9 Administação da rede interna estruturada
10 Exemplo de projeto
ANEXOS
A Legenda de projeto
B Memorial descritivo de projeto de rede interna estruturada de t elecomunicações
C Exemplo de projeto
D Bibliografia
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
Introdução
Entende-se por rede interna estruturada aquela que é projetada de modo a prover uma infra-estrutura que permita evolução
e flexibilidade para serviços de telecomunicações, sejam de voz, dados, imagens sonorização, controle de iluminação,
sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) e
outros.
Cópia não autorizada
2 NBR 14565:2000
1 Objetivo
1.1 Esta Norma estabelece os critérios mínimos para elaboração de projetos de rede interna estruturada de telecomu-
nicações, em edificações de uso comercial, independente do seu porte.
1.2 Esta Norma se aplica a edifícios e a conjuntos de edifícios situ ados dentro de um mesmo terreno em que se deseja a
implantação de uma rede interna estruturada.
2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 13300 e as seguintes. A figura 1 ilustra os principais termos
definidos.
3.1 área de trabalho (ATR): Área interna de uma edificação que possui pontos de telecomunicações energia elétrica onde
estão conectados os equipamentos dos usuários.
3.2 área útil de escritório: Área de piso efetivamente utilizada como escritório em uma edificação.
NOTA - Áreas como banheiros, escadas, corredores, hall de circulação, etc. não são computadas como áreas de piso útil de escritório.
3.3 armário de telecomunicações (AT): Espaço destinado à transição entre o caminho primário e o secundário, com
conexão cruzada, podendo abrigar equipamento ativo.
3.4 cabeamento centralizado: Configuração de cabeamento da ATR ao dispositivo de conexão centralizado, usando a
passagem de cabos contínuos (modo direto), ou dispositivos de interconexão intermediários ou emendas nos AT.
3.6 cabo de fibra óptica: Cabo composto por uma ou mais fibras ópticas internas.
3.7 cabo de interligação externa: Cabo que interliga o distribuidor geral de telecomunicações (DGT) aos distribuidores de
intermediários (DI) de edificações independentes que fazem parte do mesmo sistema (campus).
3.8 cabo de interligação interna: Cabo que interliga o ponto de terminação de rede (PTR) ao DGT de uma edificação.
3.9 cabo primário de primeiro nível: Cabo que interliga o DGT aos distribuidores secundários (DS), ou DI.
3.13 categoria 03: Componentes usados para transmissão de sinais até 16 MHz.
3.14 categoria 04: Componentes, usados para transmissão de sinais até 20 MHz.
3.15 categoria 05: Componentes usados para transmissão de sinais até 100 MHz.
3.16 comprimento do lance de cabo (CL): Comprimento de cabo correspondente à distância entre dois pontos de conexão.
3.17 conector modular 8 vias (CM8V): Dispositivo usado para estabelecer a terminação mecânica de cabos, permitindo o
acesso dos terminais à rede.
3.18 conector óptico (plugue): Dispositivo que possibilita a conexão óptica, terminando duas fibras ópticas e que encaixa
em um receptáculo (soquete) óptico também duplo.
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 3
3.19 conexão óptica: Conjunto constituído pela união de cordão/cabo óptico de terminação ou de manobra com adaptador
óptico, podendo este último estar interligado ao conector óptico.
3.20 conexão de engate rápido (CER): Conexão por deslocamento da isolação do condutor.
3.21 cordão de conexão: Cordão formado de um cabo flexível com conectores nas pontas, com a finalidade de interligar
os dispositivos de conexão entre si e/ou a equipamentos.
3.22 dispositivos de conexão: Dispositivo que provê terminações mecânicas entre os meios de transmissão.
3.23 dispositivos de proteção elétrica: Dispositivo cuja função é fornecer proteção contra surtos, sobrecorrentes e/ou
sobretensões.
3.24 distribuidor intermediário (DI): Distribuidor que interliga cabos primários de primeiro nível e cabos primários de
segundo nível.
3.25 distribuidor secundário (DS): Distribuidor que interliga cabos primários de primeiro ou segundo nível e cabos
secundários.
3.26 distribuidor geral de telecomunicações (DGT): Distribuidor que interliga todos os cabos primarios de primeiro nível.
3.27 meio de transmissão: Meio físico utilizado para o transporte de sinais de telecomunicações.
3.28 ponto de consolidação de cabos (PCC): Local no cabeamento secundário, sem conexão cruzada, onde poderá
ocorrer mudança da capacidade do cabo, visando flexibilidade.
3.29 ponto de telecomunicações (PT): Dispositivo onde estão terminadas as facilidades de telecomunicações que
atendem aos equipamentos de uma ATR.
3.30 ponto de terminação de rede (PTR): Ponto de conexão física à rede de telecomunicações pública, que se localiza na
propriedade imóvel do usuário e que atende as especificações técnicas necessárias para permitir por seu intermédio o
acesso individual a serviços de telecomunicações públicas.
3.31 ponto de transição de cabos (PTC): Local no cabeamento secundário onde poderá ocorrer mudança no tipo de
cabo, ou seja um cabo redondo é conectado a um cabo chato, com o objetivo de facilitar sua instalação em ambientes que
exijam a instalação de cabo chato.
3.32 rede interna estruturada: Rede projetada de modo a prover uma infra-estrutura que permita evolução e flexibilidade
para os serviços de telecomunicações, sejam de voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores de
fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) e outros.
3.33 sala de entrada de telecomunicações (SET): Espaço destinado a receber o cabo de entrada da operadora onde são
ligados as facilidades da rede primária intra e inter edifícios, podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com
alguma função de telecomunicações.
3.34 sala de equipamento (SEQ): Espaço necessário para equipamentos de telecomunicações, sendo freqüentemente
salas com finalidades especiais.
3.37 UTP (unshielded twisted pair): Par trançado não blindado, em configuração que atenua ou auxilia no cancelamento
de ruído em circuitos balanceados. Um cabo de par trançado não blindado contém usualmente quatro pares de fios
conformados em um único cabo.
4 NBR 14565:2000
NBR 14565:2000 5
4 Identificação
Quantidade de cabos
Cabo primário (P), secundário (S) ou interligação (I)
Quantidade de pares/fibras
Exemplo: 6 x CSU4P
(15)001 a 006
6 NBR 14565:2000
5 Disposições gerais
Os materiais utilizados na execução do cabeamento de telecomunicações devem ser rigorosamente adequados às
finalidades a que se destinam e devem satisfazer às normas vigentes.
6 Materiais utilizados
6.1.1 Os cordões de conexão são utilizados para fazer as conexões entre os terminais da rede secundária com os terminais
da rede primária e equipamentos ativos instalados no AT. Também são utilizados para fazer a conexão entre as tomadas
de telecomunicações (ver 6.2) e os equipamentos nas ATR.
6.1.2 Os cordões devem ser flexíveis e atender aos mesmos requisitos e caraterísticas em todo circuito.
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 7
6.1.3 O somatório dos comprimentos dos cordões de conexões usados em um mesmo AT para conexão da rede
secundária com a primária não deve ultrapassar 7,00 m e para o cordão de conexão da tomada de telecomunicações para
os equipamentos (telefones, microcomputadores, TV, vídeos e outros), ele não deve ultrapassar 3,00 m, conforme a
figura 7.
6.1.4 Os comprimentos referidos na subseção anterior poderão ser alterados, desde que mantenham os parâmetros de
testes.
6.2.1 As tomadas de telecomunicações são elementos usados para estabelecer o acesso dos equipamentos aos terminais
do cliente, no PT.
Quando são usados cabos metálicos, as tomadas usadas são as de oito vias/contatos, compatíveis com os conectores
modulares também de oito vias/contatos
6.2.2 Estas tomadas devem ser instaladas em local protegido e, quando não utilizadas, podem ser resguardadas com a
colocação de tampões contra a contaminação dos contatos.
Quando opta-se por usar um cabo óptico, no lugar de tomada de telecomunicações deve-se utilizar um conector óptico
adequado à sua aplicação, conforme as figuras 2 a) e 2 b).
6.2.4 A ligação dos condutores às vias/contatos da tomada deve ser distribuída conforme mostra a figura 3.
56,7 mm 56,7 mm
b) Conectores ópticos
8 NBR 14565:2000
6.3.1 São instalados na SEQ, no AT e PCC. Eles têm a finalidade de estabelecer a conexão eficiente, segura e perfeita, do
ponto de vista elétrico, mecânico e óptico, e atender os critérios para transmissão de informação na velocidade para a qual
está dimensionada. A figura 4 mostra exemplos de blocos e painéis de conexão.
6.3.2 Existem diversos tipos de dispositivo de conexão e cada um tem dimensões e formas variadas. Cada um tem sua
aplicação específica, podendo se destacar:
a) painel de conexão de 12, 16, 24, 32, 48, 64, 96 portas/tomadas CM8V;
i) caixas para montagem de superfícies com duas, quatro, seis e 12 tomadas CM8V;
6.3.3 Os blocos podem ser montados em painéis de madeira tratada, em bastidores metálicos, ou ainda fixados direta-
mente na parede. São utilizados para estabelecer a conexão entre os seguintes elementos da rede:
NBR 14565:2000 9
6.4 Cabos
6.4.1 O cabo é o meio de transmissão responsável pela transferência da informação de um ponto para outro.
6.4.2 Na rede estruturada utilizam-se tanto cabos metálicos como ópticos. A opção pelo uso de um ou outro, é feita em
função de: topologia, interferências ou desempenho dos pontos a que se pretende comunicar.
6.4.3 Estes fatores interferem diretamente na eficiência dos meios de transmissão, já que influenciam os parâmetros de
uma rede.
6.4.4 Considerando os limites mostrados na tabela 1, os projetistas de rede devem considerar as seguintes alternativas de
projeto, quando se depararem com trechos extensos de rede que ultrapassem aqueles limites ali estabelecidos, e
preferencialmente optar pelo uso de cabos ópticos.
Cópia não autorizada
10 NBR 14565:2000
Comprimento máximo
Freqüência Largura de banda
Meio Categoria m
MHz
MHz km Rede primária Rede secundária
STP 100 850 1300
1)
UTP 3 16 800 90
UTP 4 20 90 90
UTP 5 100 90 90
Fibra MM 62,5/125 - 160 500 2 000 90
Fibra MM 50/125 - 500 500 3 000 90
1)
Depende da aplicação.
7.1 Generalidades
d) detalhes construtivos;
a) planta e corte esquemático das tubulações de entrada, primárias, secundárias e cabos primários e secundários;
f) detalhes dos AT, da SEQ, do PTR e do PT e outros elementos que devem ser especificados no projeto de caminhos e
espaços de telecomunicações.
7.1.3 A seqüência de atividades em 7.1.1 para a elaboração de projetos é genérica e se aplica a qualquer tipo de
edificação. Deve ser ressaltado, no entanto, que algumas edificações podem exigir soluções particulares.
7.1.4 Além da seqüência de projeto de cabeamento utilizando o conceito distribuído, é apresentada agora a alternativa do
projeto de cabeamento aplicando o conceito centralizado com cabos ópticos.
O conceito constitui-se em centralizar-se os equipamentos ativos da rede do prédio ou conjunto de prédios anexos em uma
única SEQ, sendo este o ponto de origem de todos as fibras ópticas que terão como destino os PT sem passarem por
equipamentos ativos intermediários localizados em AT.
É possível projetar-se um cabeamento centralizado, utilizando os seguintes modos de interligação entre o distribuidor
interno óptico ou painel de conexão óptica, localizado na SEQ, e os PT de cada andar de um edifício:
A distância entre o painel de conexão óptica e os PT, somada aos comprimentos dos cordões de conexões ópticos, não
deve ultrapassar o limite de 300 m se a instalação prevê suportar taxas de transmissão igual ou acima de 1 Gbps, utilizando
equipamentos ativos centralizados.
Devem ser previstas sobras técnicas de cabos nos AT fixados, obedecendo-se o raio de curvatura mínimo aceito pelo cabo
óptico, em parede, no entreforro ou no entrepiso.
Cópia não autorizada
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O desenvolvimento do projeto consiste basicamente em projetar cabos que partem do AT e atingem o PT na ATR.
7.2.1 Definição
Entende-se por rede interna secundária o trecho da rede compreendido entre o PT instalado na ATR e o dispositivo de
conexão instalado no AT do andar.
A figura 5 mostra, esquematicamente, um trecho da rede secundária e os principais elementos que a constituem:
a) blocos de conexão;
b) painéis de conexão;
c) cabos;
d) tomadas de telecomunicações;
7.2.3 Características
7.2.3.1 O cabeamento da rede secundária adota a topologia estrela, cujo centro fica localizado no AT do andar.
7.2.3.2 As redes lógicas ou serviços que utilizam esta rede física como suporte necessitam de pontos de energia nas ATR.
7.2.3.3 Conversores de mídia devem ser colocados externamente às tomadas de telecomunicações e não são
considerados como parte da rede secundária.
7.2.3.4 A rede secundária pode ter no máximo um PCC, localizado entre o AT e o PT.
a) um PT deve ser suportado por um cabo UTP 100 Ω quatro pares categoria 3 ou superior;
b) o segundo PT deve ser suportado por no mínimo um dos seguintes meios secundários:
A escolha desses meios deve ser baseada nas necessidades presentes e futuras.
7.2.3.8 A escolha dos cabos deve ser em função dos serviços e demandas futuras, podendo se utilizar meios de
transmissão diferentes em cada um dos PT.
7.2.3.9 Mesmo sendo dois pontos alimentados por cabos diferentes, eles podem compartilhar uma mesma caixa e o
mesmo espelho na ATR.
7.2.4.1 O comprimento máximo admitido para o cabeamento metálico é de 100 m, assim distribuídos:
a) o comprimento máximo do cabo, contando desde o dispositivo de terminação do cabeamento secundário, instalado
no AT até o PT instalado na ATR, deve ser de 90 m;
b) admite-se, no entanto, a existência de um único PCC neste trajeto, desde que o mesmo esteja a mais de 15 m do AT.
7.2.4.2 Admite-se ainda um comprimento extra de 10 m de cabo na rede secundária, usados da seguinte forma (ver figu-
ras 5 e 7):
a) 7 m são utilizados no AT do andar como cordão de conexão entre blocos da rede secundária com a primária e entre
esta com os equipamentos ativos;
b) 3 m são reservados para conectar o equipamento do usuário ao PT instalado na ATR, conforme a figura 7.
Cópia não autorizada
12 NBR 14565:2000
ATR
L1 Cabo secundário
L2
PCC
X L3
Legenda:
L1 = 3 m AT
L2 + L3 = 7 m
L1 + L2+ L3 = 10 m
L1 = Cordão de conexão
= PT
= PCC (opcional)
b) Cordão de CM8V com conector em ambas as pontas, utilizados para manobras entre os dispositivos de conexão
( blocos, painéis de conexão), equipamentos nas ATR e equipamentos ativos
NBR 14565:2000 13
Dimensões em metros
7.2.5.3.2 As etiquetas de identificação das tomadas terão os seguintes caracteres com os respectivos significados
mostrados como segue:
PTXX XXX
onde:
PT é o ponto de telecomunicações;
14 NBR 14565:2000
PT02003
PT0200
PT02004
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 15
003
PT 02
0,30m
Piso
7.2.5.3.5 As etiquetas de identificação dos cabos terão os mesmos caracteres usados para identificar os PT.
7.2.5.3.6 Em projeto as informações referentes aos cabos são mostradas da seguinte forma:
8 x CSU4P
XX 001 a 008
oitavo PT do cabo
primeiro PT do cabo
7.2.5.3.7 Quando instalado, o cabo terá suas extremidades identificadas com as informações conforme o exemplo a seguir:
C S U x x 0 0 8
7.2.5.4 O cordão de conexão e o fio jumper fazem parte da rede secundária, porém não são mostrados em projeto de
planta. Eles aparecem normalmente nos detalhes dos AT.
7.3.1 Definição
Entende-se como rede primária aquela que serve para interconectar o DGT com os DI e/ou DS da edificação.
NOTAS
2 Para efeitos desta Norma, considera-se rede interna primária somente aquela que se mantém no interior da edificação.
3 Aquela parte da rede que sai do interior da edificação em direção a outra edificação (campus) será tratada como rede de interligação
externa ou rede de interligação internas entre a SEQ e o PTR da mesma edificação.
Cópia não autorizada
16 NBR 14565:2000
7.3.2.1 A figura 9 mostra um exemplo de rede primária. Pode-se observar as principais informações que devem constar em
um projeto desta natureza, bem como os elementos que constituem esta rede.
7.3.2.2 Na figura, podem ser identificados os seguintes elementos que a compõem a rede:
f) CL dos cabos.
7.3.3 Características
7.3.3.1 A rede primária também assume a topologia estrela em que o ponto central pode ser tanto a sala do DGT como a
SEQ.
7.3.3.2 Do ponto central da estrela, situada na sala do DGT até sua extremidade localizada no AT, só pode ter um PCC,
conforme a figura 9.
7.3.3.4 A definição do tipo de cabo a ser usado em uma rede interna primária depende de alguns aspectos que devem ser
considerados:
c) dimensões do local;
d) população usuária.
7.3.3.5 Dessa análise, pode-se admitir a necessidade de se utilizarem cabos de tipos diferentes em uma mesma rede, que
podem até mesmo terminar em um mesmo AT.
7.3.3.6 Como a utilização de rede estruturada tem a sua aplicação limitada pela distância, é vantajoso situar o DGT no
centro da área a ser atendida.
7.3.3.7 Outra forma de compatibilizar a limitação da distância imposta pela largura de banda com a necessidade de atender
áreas extensas consiste em dividir, em áreas menores, e atendê-las individualmente.
7.3.4.1 As distâncias máximas admissíveis para a rede primária dependem do uso a que se destina.
7.3.4.2 A figura 10 e a tabela 2 mostram as distâncias máximas admitidas para transmitir voz em cabo UTP ou dados em
cabos ópticos. Para detalhes de freqüência, ver tabela 1.
7.3.4.3 As distâncias estabelecidas na tabela 2 admitem ainda um acréscimo de 20 m de cabo destinado ao uso de fio
jumper e cordão de conexão.
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 17
PCC
Opcional
Rede
secundária
DS DS DS DS DS DS
x x x x x x
o
2 nível
AT AT AT AT AT AT
Rede primária
o
1 nível
x DI
SEQ-1
o
1 nível
AT - Armários de telecomunicações
DS - Distribuidor secundário
18 NBR 14565:2000
Dimensões em metros
Comprimento máximo admitido para a rede primária
Tipo de cabo Trecho A Trecho B Trecho C
UTP 800 500 300
F. O. multimodo 2000 500 1500
F. O. monomodo 3000 500 2500
Painel de conexão
Conexão B intermediário (PCI)
secundária
SEQ
NBR 14565:2000 19
7.3.5.2.1 No projeto, as informações referentes aos cabos são mostradas da seguinte forma:
2xCPU25
YY a XX 001 a 050
Local de destino
Local de origem
7.3.5.2.2 Quando instalado, o cabo deve ter suas extremidades identificadas com as informações conforme o exemplo a
seguir:
C P U y y a x x 0 0 1 - 0 5 0
NOTA - Evidentemente, em função da escolha do cabo, deve ser feita a escolha dos dispositivos de conexão.
7.3.5.4.3 Em função dos valores obtidos, determina-se a quantidade de cabos a ser utilizada para alimentar o AT.
7.3.5.4.4 Esses valores são mostrados no diagrama unifilar conforme as figuras 11 e 12.
7.3.5.4.5 Adota-se a seguinte convenção:
A B C D
onde:
A é a previsão de demanda para serviço de voz;
B é a quantidade ideal de pares para atender a demanda de voz;
C é a previsão de demanda para outros serviços;
D é a quantidade ideal de pares para atender a demanda de outros serviços.
Cópia não autorizada
20 NBR 14565:2000
b) o próximo cabo recebe a contagem que se iniciará em 26 e terminará em 50, e assim sucessivamente;
c) à medida que se aproxima do DGT, a contagem do cabo aumenta.
7.3.5.6.1 O diagrama unifilar consiste em apresentar esquematicamente os meios físicos e os cabos que partem do DGT ou
da SEQ e atingem os AT no pavimento. As extremidades destes cabos devem ser conectadas em blocos ou painéis de
conexão, localizados nos AT e DGT.
7.3.5.6.2 Cada pavimento pode ser conectado aos de cima e aos de baixo através de cabos, de acordo com a demanda
desejada. Devem ser representados todos os cabos que partem dos AT, até a ATR, conforme exemplo das figuras 11 e 12.
R < 15 Ω
Painel de conexão 12 16 24 32 48 64 96
NBR 14565:2000 23
a) Localização da SET
Cópia não autorizada
24 NBR 14565:2000
NBR 14565:2000 25
9.1 Generalidades
9.1.1 Esta Norma especifica os pontos necessários de identificação, visando a correta administração de uma rede interna
estruturada.
9.1.2 A administração de uma rede interna estruturada (sistema de cabeamento estruturado), todas as etiquetas, placas de
identificação, planta dos pavimentos, cortes esquemáticos dos caminhos e espaços, da rede primária e secundária, tabelas
e detalhes construtivos inscritos no projeto, memorial descritivo de rede interna, banco de dados que contenham um
histórico, programa de computador, documentação técnica e/ou documentação de caminhos que possibilitem a
manutenção e inclusão de pontos de cabeamento, sem a necessidade de repasse verbal de informações.
9.1.3 Esta Norma se aplica a prédios comerciais, situados em um mesmo terreno, envolvido os subítens:
a) PT nas ATR;
f) componentes e meios utilizados para o aterramento e vinculação de terra que se aplique a telecomunicações.
9.2 Formas usadas para identificação dos componentes da rede interna estruturada
Esta subseção contém as definições para abreviações e números a serem utilizados em plantas, placas de identificação,
em etiquetas permanentes, em esquemas lógicos, tabelas de arquivos (memoriais). A letra “X” minúscula na seqüência da
abreviação em maiúscula define o número do pavimento e número seqüencial de documentação do item.
9.2.3 Convenção
Deve ser seguida a seguinte convenção para identificação de origem e destino:
Exemplo: AT001 - A6 - P2
o
9.2.4.2 O cabo secundário de quatro pares UTP ligado no PT n 002, localizado no quinto andar de um único edifício
o
proveniente da porta 002 do primeiro painel ou do primeiro bloco de conexões no AT n 1, irá receber duas identificações,
sendo uma na extremidade da ATR em que ela chega e outra no painel de conexões a que está ligado.
NOTA - Quando o cabeamento estiver presente em um único edifício, não há necessidade de ser citada a codificação para prédio, que fica
subentendida.
9.2.4.3 Uma identificação em planta para do meio físico (exemplo: bandeja) do andar para um AT no próprio andar.
Exemplo: (CB3-SEQ4)
AT4
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 27
9.2.4.4 Uma identificação em planta de cabos secundários, saindo do AT, para os PT do andar.
Exemplo: ( 4 x CSU4P )
02 005 A 008
9.2.5 Tabela de arquivo
Todos os itens citados a seguir devem possuir tabelas e memoriais para uso futuro. Assim:
a) todas as terminações realizadas devem estar dispostas em tabelas mostrando o local de origem, porta, comprimento
do meio de transmissão utilizado, número seqüencial do componente de terminação, ATR, prédio, pavimento;
b) todos os meios de transmissão devem estar dispostos em tabelas de arquivos com dados referentes a tipos de
cabos, diâmetro dos condutores, número de pares local e portas de terminações de origem e destino, pares não
utilizados, pares danificados, aplicações em uso, emendas no percurso, PCC utilizados;
c) todos os caminhos devem estar dispostos em tabelas que identifiquem a origem e o destino, tipo de caminho,
material, comprimento, número de curvas, caixa de passagem de distribuição, ocupação atual e máximo;
d) todos os espaços devem constar em tabelas com as respectivas terminações utilizadas, número de pares,
equipamentos constantes na sala, localização física no pavimento, prédio e campus;
e) todos os componentes ligados ao aterramento ou à vinculação devem constar em uma tabela, com valores de
resistência à terra, número de barras e cordoalha de vinculação, posição física do eletrodo de aterramento e número de
origem e destino dos cabos e barras de cobre.
Além dos dados colocados, cada tabela ou arquivo de memória deve conter outras informações adicionais necessárias em
conexões com outros arquivos de memórias.
Todas as terminações utilizadas devem estar codificadas por cores que identifiquem prontamente a origem dos meios de
transmissão conectados a elas, de acordo com a tabela 4 e figura 16.
Bloco de conexão
da operadora
Para a operadora
Laranja
NOTA - Terminação de circuito especial que pode ser conectada a qualquer outra cor.
_________________
/ANEXO A
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 29
Anexo A (normativo)
Legenda de projeto
Proprietário:
10 10
Construtor:
55 90 30
A.2 Descrição
A.2.7 Subtítulo: Indicação dos desenhos contidos na prancha (Exemplo: 02-T-05 - Planta do pavimento, tipo, detalhes).
_________________
/ANEXO B
Cópia não autorizada
30 NBR 14565:2000
Anexo B (normativo)
Memorial descritivo de projeto de rede interna estruturada de telecomunicações
B.1.6 Observações.
B.3.5 Há previsão de instalação de serviços especiais de imagem ou de automação (circuito interno de vídeo, TV a cabo,
controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) controle de acesso, controle de iluminação, sensores de fumaça,
sistema de segurança, sonorização) ? Sim ( ) Não ( )
B.3.6 Observações.
B.4.8 Assinatura.
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/ANEXO C
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 31
Anexo C (informativo)
Exemplo de projeto
NOTA - Estes dados não foram preenchidos, por se tratar de um projeto simulado.
C.1.3.3 Observações:
Foram projetados 16 cabos de quatro fibras ópticas para a rede primária com serviços de dados.
C.1.4 Responsável pelo projeto
NOTA - Por se tratar de um projeto simulado, este item não foi preenchido.
C.2 Projetos
NBR 14565:2000 33
Cópia não autorizada
34 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 35
Cópia não autorizada
36 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 37
Cópia não autorizada
38 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 39
Cópia não autorizada
40 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 41
Cópia não autorizada
42 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 43
Cópia não autorizada
44 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 45
Cópia não autorizada
46 NBR 14565:2000
Cópia não autorizada
NBR 14565:2000 47
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/ANEXO D
Cópia não autorizada
48 NBR 14565:2000
Anexo D (informativo)
Bibliografia
D.1 Objetivo
As relações das normas a seguir, embora não tenham sido citadas nesta Norma, podem ser úteis na elaboração dos
projetos de redes internas estruturadas, no seu detalhamento e nas especificações dos materiais a serem empregados.
NOTAS
1 EIA/TIA - Associação das Indústrias Eletrônicas/Associação das Indústrias de Telecomunicações dos Estados Unidos da América.
D.4 ABNT
NBR 13726:1996 - Redes telefônicas internas em prédios - Tubulação de entrada telefônica - Projeto
NBR 13727:1996 - Redes telefônicas internas em prédios - Plantas/partes componentes do projeto de tubulação
telefônica
NBR 13822:1997 - Redes telefônicas em edificações com até cinco pontos telefônicos - Projeto
NBR 9115:1991 - Fio telefônico “Fi” isolado com cloreto de polivinila (PVC) - Especificação
NBR 9116:1991 - Fio telefônico externo “Fe” isolado com cloreto de polivinila (PVC), polietileno (PE) ou copolímero -
Especificação
NBR 9123:1991 - Fio telefônico “FDG” isolado com cloreto de polivinila (PVC) - Especificação
NBR 9124:1999 - Cabo telefônico isolado com termoplástico e núcleo protegido por capa APL - Especificação
NBR 9886:1992 - Cabo telefônico interno “CCI” isolado com cloreto de polivinila (PVC) e revestimento externo de
cloreto de polivinila (PVC) - Especificação
NBR 10484:1988 - Cabo telefônico CCE-APL isolado com polietileno ou polipropileno, protegido por capa APL -
Especificação
NBR 10488:1991 - Cabo telefônico “CTP-APL-SN” isolado com polipropileno, protegido por capa APL - Especificação
NBR 10497:1991 - Cabo telefônico “CCE” isolado com polietileno ou propileno, com revestimento interno de polietileno
ou copolímero, blindado com fita de cobre e revestimento externo de polietileno ou copolímero - Especificação
NBR 10501:1991 - Cabo telefônico “CI” isolado com cloreto de polivinila (PVC) blindado com fita de alumínio e
revestimento externo de cloreto de polivinila (PVC) - Especificação
D.5 IS0/IEC
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