Trabalho de Deontologia Profissional
Trabalho de Deontologia Profissional
Trabalho de Deontologia Profissional
Cadeira:
Cadeira:
Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 3
1.1.Natureza ética da profissão docente ............................................................................ 4
1.2.Deontologia da profissão docente ............................................................................... 4
1.3.Modelos de códigos deontológicos ............................................................................. 5
1.4.Formação ética dos professores: estratégias e perspectivas ........................................ 6
1.5.Investigação ................................................................................................................ 6
1.6.Problema e objectivos ................................................................................................. 7
1.7.Metodologia ................................................................................................................ 7
1.8.Os sujeitos ................................................................................................................... 7
2.Fundamentação das práticas docentes............................................................................ 8
2.1.Princípios orientadores das práticas do professores com os alunos ............................ 8
2.2.O código deontológico ................................................................................................ 8
2.3.Conteúdo e estrutura do código .................................................................................. 9
2.4.Autoria e proveniência do código ............................................................................... 9
3.Cnclusão....................................................................................................................... 10
4.Referências Bibliográficas ........................................................................................... 11
3
1. Introdução
É já lugar-comum, nos dias de hoje, proclamar a crise da educação como um dos
sintomas da generalizada crise dos valores nas sociedades contemporâneas. A crise da
educação não se reflecte apenas nas atitudes e comportamentos dos alunos perante o
ensino e a aprendizagem; reflecte-se ainda na imagem da escola e no estatuto social dos
professores, de que são indicadores, entre outros, os níveis salariais em vigor para a
carreira docente. Tem repercussões, também, nas representações que os professores
criam da sua própria profissão, no modo como concebem a natureza, os fundamentos e
os objectivos da educação.
Se é certo que se encontram, neste domínio, opiniões muito díspares entre os
professores, não deixa também de ser verdade que algumas linhas de pensamento, das
quais sublinharei duas, sobressaem como mais fortes: a primeira afirma que, na sua
essência, toda a educação, por ser teleológica, traz consigo um compromisso ético. A
segunda, ao considerar que os actos ensinam mais do que as palavras, atribui ao
professor a enorme responsabilidade de ser exemplar para os seus alunos.
Mas naturalmente que se levantam, a este propósito, algumas dificuldades: dadas
a diversidade de perspectivas coexistentes na sociedade contemporânea e a tendência tão
difundida para tomar como equivalentes e indiferentes todas as formas de pensar, se não
de agir, que valores vamos ensinar ou estimular
4
1.5. Investigação
Foi a questão acima formulada que presidiu à realização deste estudo e para cuja
resposta se recolheram, analisaram e interpretaram opiniões de alguns professores;
resultou, então um trabalho de natureza empírica e exploratória que pretende fornecer
um contributo para a caracterização do pensamento dos mesmos no campo da Ética e
Deontologia da Profissão Docente.
7
1.7. Metodologia
Atendendo às características e aos objectivos do trabalho, a adopção de uma
metodologia qualitativa impôs-se como a mais acertada. Uma vez que aquilo que se
pretende é compreender e interpretar os diferentes pontos de vista dos sujeitos
inquiridos, reduzir estes dados a números não fará muito sentido, ainda que o recurso
aos números (como, por exemplo, na contagem de unidades de enumeração e
respectivas frequências) possa ser um auxiliar precioso para a interpretação. Mas o
procedimento consiste em “analisar os dados em toda a sua riqueza, respeitando, tanto
quanto o possível, a forma em que estes foram registados ou transcritos” (Bogdan e
Biklen, 1994, p.48).
1.8. Os sujeitos
Os sujeitos cujas opiniões se recolheram são professores do ensino oficial, níveis
básico e secundário, de vários grupos disciplinares, com percursos académicos e
profissionais diferentes e pertencentes a duas escolas do concelho de Lisboa, a uma
escola do concelho de Loures e a outra do concelho da Amadora.
Dado que se pretende comparar opiniões de professores em duas fases distintas da
carreira, foi este o critério de selecção utilizado. Assim, no campo relativamente restrito
8
3. Conclusão
Os dados recolhidos por meio de entrevistas semidirectivas revelaram-se
bastante ricos e permitiram, uma vez submetidos a análise, obter uma perspectiva
multifacetada das concepções dos professores inquiridos acerca do tema em
investigação. Assim, em cada categoria destacam-se as seguintes conclusões:
Fundamentação das práticas docentes As referências aos valores e à consciência do
dever são feitas pelos dois grupos de professores, mas são mais numerosas entre os que
estão em fase avançada da carreira; os que estão em fase inicial parecem mais
preocupados com os programas das disciplinas e os conhecimentos teóricos de
pedagogia e didáctica específica, o que poderá justificar-se pela proximidade temporal
da formação profissional e do que nela habitualmente se valoriza.
As prioridades dos docentes parecem ter sofrido um deslocamento e ao longo da
carreira, acompanhado de uma crescente consciência da natureza ética da profissão,
consciência essa que não deixa nunca de estar presente, mesmo no início, quando parece
submetida ao peso da heteronomia.
Uma maior experiência profissional, provavelmente acompanhada de reflexão, parece
ter conduzido à convicção de que um bom exemplo vale mais do que muitas palavras,
como se pode depreender das afirmações de um dos entrevistados (e 6): “ Ser educador
é ser exemplar (...) não vale a pena eu dizer isto, dizer aquilo...não tenho que dizer
coisa nenhuma; eu tenho que fazer, tenho que ter atitudes. (...) eu posso estar a
defender teoricamente muitas coisas mas, de facto, os miúdos têm uma grande
percepção disto: «Ah, está bem, dizes isso mas não é o que tu fazes!»”.
11
4. Referências Bibliográficas
Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto
editora.