Seria Deus Imutável, Impassível e Atemporal? Debate Entre Teísmo Tradicional e A Teologia Do Processo

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SERIA DEUS

IMUTÁVEL, IMPASSÍVEL E ATEMPORAL?

Debate entre teísmo tradicional e a teologia do processo

Por
Bispo Ildo Mello
QUESTÕES
1.  Pode Deus ser perfeito e mutável ao mesmo tempo?
2.  Negar a imutabilidade implica na crença de que Deus esteja em processo de evolução?
3.  Como a cosmovisão pode afetar nosso conceito de Deus?
4.  Que tipo de relacionamento Deus tem com os homens?
5.  Deus é afetado positiva e/ou negativamente pelo que acontece no mundo?
6.  Como entender os textos que falam de Deus como sendo contingente?
7.  Deus sofre?
8.  O que o mundo significa para Deus?
9.  O que significa a expressão “Deus é amor”?
10.  Deus pode se decepcionar com alguém?
11.  Deus pode experimentar novidade?
12.  Deus é atemporal?
RELEVÂNCIA DO TEMA

•  Nossa compreensão de Deus


•  Nosso relacionamento com Deus
•  O papel da oração
•  Nossa missão
•  Qual o retrato que estamos fazendo de Deus e passando para outras pessoas?
DOIS EXTREMOS
TEÍSMO TRADICIONAL
Cosmovisão

•  Baseado no conceito grego de perfeição que é estático e


atemporal.
•  Influenciado pela cosmologia medieval que era estática
•  Ênfase na transcendência abstrata de Deus
TEÍSMO TRADICIONAL
Imutabilidade

•  Deus é imutável em essência, atributos, consciência e vontade.


•  Deus é imutável por ser absolutamente perfeito não podendo mudar nem
mesmo para melhor.
•  Deus não pode experimentar novidade
TEÍSMO TRADICIONAL
Impassibilidade
•  Deus não pode estar sujeito às alterações emocionais
•  Não podendo também ser afetado positiva ou negativamente pelo mundo.
•  Textos bíblicos que falam de Deus como demonstrando uma variedade de
sentimentos precisam ser interpretados como expressões antropomórficas.
•  “Deus é amor” significaria apenas que Deus deseja boas coisas para suas
criaturas.
•  O mundo pode estar relacionado com Deus, pois é dependente dEle, mas Deus
não pode realmente relacionar-se com o mundo.
•  A relação Deus-mundo é como uma avenida de mão única.
TEÍSMO TRADICIONAL
Atemporalidade

•  Tudo aquilo que se encontra dentro da dimensão do tempo, por ser mutável,
é imperfeito
•  Para um Deus atemporal, passado, presente e futuro existem em um eterno
presente.
•  Não havendo nada novo que Deus possa conhecer ou experimentar.
•  Teológos da Idade Média não demonstraram nenhum interesse sobre o
aspecto histórico do cristianismo.
TEOLOGIA DO PROCESSO
Cosmovisão Atual e Dinâmica
•  Teoria da evolução de Darwin - Um mundo em processo de criação
•  Teoria da relatividade de Einstein
•  Conhecimento do mundo subatômico
•  Teoria Quântica
•  Um universo embriônico e incompleto, onde mudança e desenvolvimento são marcantes
•  Movimento e novidade fazem intimamente parte de sua experiência para serem
ignorados ou tratados superficialmente.
•  Mudar não envolve apenas um eterno retorno a um preestabelecido padrão, mas à
emergência de uma novidade genuína
TEOLOGIA DO PROCESSO

•  Levam muito a sério os temas:


•  tornar-se
•  Relação
•  novidade
•  Enfatizando a primazia do:
•  “tornar-se” sobre o “ser”,
•  “relativo” sobre o “absoluto”,
•  “interdependente” sobre o “independente”
TEOLOGIA DO PROCESSO

•  Deus é visto como a exemplificação maior dos princípios


metafísicos segundo os quais todas as coisas são explicadas
•  Deus não seria uma excessão a regra
•  Teologia Natural
•  Ênfase na imanência de Deus e em relacionamentos dinâmicos
e significativos
TEOLOGIA DO PROCESSO
Conceito Bipolar

•  Deus teria um aspecto abstrato e absoluto


•  e um outro que seria concreto e relativo

•  Natureza primordial e abstrata, perfeição em amor, bondade e onipresença


•  Natureza conseqüente e concreta: limitado, sujeito ao desenvolvimento,
desafiado à auto-superar-se criativamente.

•  Infinito em potencial,
•  Mas ainda em processo de evolução como e com o mundo
TEOLOGIA DO PROCESSO
•  O relacionamento Deus-mundo seria o de interdependência
•  O mundo seria sua natureza conseqüente = “pan-en-teísmo”
•  Deus estaria relacionado com o mundo assim como nós estamos relacionados com o
nosso corpo
•  O físico é visto como um processo mental, um fenômeno espiritual
•  Deus não apenas influencia cada ocasião de experiência, mas também, é afetado
por cada uma delas
•  Deus é infinito em sua potencialidade, naquilo que Ele pode vir a ser ou tornar-se,
não naquilo que Ele é.
•  Deus é infinitamente capaz de aprimorar-se. Afirmam que infinitude absoluta não faz
sentido
TEOLOGIA DO PROCESSO
•  “O dinâmico e simpático Deus da revelação cristã, que revela-se como amor na
pessoa de Jesus Cristo, está menos em casa num mundo de estáticas substâncias
do que no dinâmico e novo mundo de relações do pensamento do processo”
•  Deus realmente se sensibiliza, se emociona, se entristece, se compadece, sofre, se
alegra, fica admirado…
•  Pais que permanecem em absoluta alegria enquanto seus filhos estão em agonia
não são considerados perfeitos
•  Negam também o estereótipo masculino aplicado a Deus, o que só serviu para
reforçar a imagem de Deus como controlador, independente, não-receptivo e não-
responsivo, insensível, inflexível e sem emoções.
TEOLOGIA NATURAL

•  O que o Teísmo Tradicional e a Teologia do Processo tem em


comum?
•  Ambos são adeptos da Teologia Natural
•  Pressuposto de que existe uma fonte dupla geradora do conhecimento de
Deus
•  Assevera que é possível chegar ao conhecimento de Deus à parte da
Revelação específica.
•  Forte orientação antropológica, ontológica, metafísica e filosófica.
TEOLOGIA NATURAL
•  As cinco provas racionais para a existência de Deus apresentadas
por Aquino ilustram bem este método:
•  1. Do movimento para um motor imóvel;
•  2. Dos efeitos para uma Causa Primeira;
•  3. Da existência contingente para a Existência Necessária;
•  4. Dos graus da perfeição para um Ser Perfeitíssimo;
•  5. Da ordem na natureza para um Ordenador.
TEOLOGIA NATURAL
•  Vemos a força da teologia natural na doutrina panenteísta, pois crêem que
Deus está manifesto no mundo criado, mais que isto, o mundo é o corpo de
Deus.
•  É o mesmo erro cometido por Aquino, Schleiermacher, Otto e tantos outros,
de partir da criação para se chegar ao Criador, do homem para Deus, de
baixo para cima.
•  Estas são teologias baseadas no homem, que exaltam o homem em
detrimento do próprio Deus.
•  Minhas pressuposições sobre a prioridade da autoridade das Escrituras
Sagradas não encontram eco nestas teologias.
TEOLOGIA NATURAL

•  Busca exagerada por Relevância e Contextualização


•  Ambos buscam um conceito de Deus que esteja em harmonia com as cosmovisões de
suas respectivas culturas.
•  Advogam um lugar para a teologia no reino das demais ciências

•  Perigo
•  Tende ao desviar do sentido natural e original do texto.
•  Corre-se sempre o risco de negligenciar a cosmovisão dos próprios hebreus
CRÍTICA DE BARTH A TEOLOGIA NATURAL

•  Deus é absolutamente outro, distinto de sua criação.


•  Nega a existência de qualquer analogia na natureza, na
humanidade, ou na história que seja capaz de fornecer uma
conexão para o conhecimento de Deus.
•  Toda e qualquer defesa da fé deve estar unicamente
baseada nos atos de Deus como revelados nas Escrituras;
•  Qualquer apologia baseada somente na razão acaba
diluindo a força da Palavra.
CRÍTICA DE BARTH A TEOLOGIA NATURAL

•  O conhecimento de Deus não é algo inerente ao homem, não é uma


descoberta humana, não está baseado na razão e na experiência humana,
mas é o reconhecimento da graça reveladora de Deus.
•  Barth diz que o mundo existe em Deus, bem como ao lado e fora de Deus,
negando assim toda espécie de monismo.
•  É um erro dizer que o mundo é um elemento necessário de Deus, um modo
divino. Este foi o erro de Philo e do Gnosticismo, que agora tem se repetido
no panenteísmo da teologia do processo.
CRÍTICA DE BARTH A TEOLOGIA NATURAL

•  O objeto da teologia evangélica é Deus na história de seus feitos como


revelado a nós em Sua Palavra, pois Deus é quem Ele é em suas obras.
•  A imanência de Deus deve ser entendida em sentido dialético com Sua
transcendência, pois Deus não se manifesta em todos os lugares de
maneira igual.
•  Em Sua liberdade, Deus escolhe se revelar ao homem num local definido,
distinto e específico.
•  O testemunho e a auto-revelação de Deus tem o seu lugar na História de
Israel e na encarnação de Cristo.
CRÍTICA DE BARTH A TEOLOGIA NATURAL
•  Jesus é a chave para o conhecimento de Deus. Sem esta chave, embora
Deus esteja presente no mundo numa diversidade de detalhes, é impossível
conhecê-lo
•  Os povos que tiveram acesso apenas a revelação geral aderiram ao
politeísmo
•  Curioso notar que, embora ambos os pontos de vista façam uso do método
da Analogia do Ser da Teologia Natural, por fim, tenham chegado a
conclusões tão antagônicas
AVALIAÇÃO
•  A forma como o tomismo apresenta a imutabilidade divina freqüentemente
sugere um Deus que é completamente impassível, indiferente iceberg
metafísico, que lida conosco numa via de mão única, onde meu amor ou
falta de amor, minha salvação ou perdição, não fazem a menor diferença
para ele.
•  Mas, os teólogos do processo, em seu afã em defender a mutabilidade de
Deus, têm pago um alto preço, tendo como resultado a crença num deus
que é finito, impotente e dependente, mais merecedor de nossa pena do que
de nossa adoração.
•  Os teólogos do processo fazem Deus parecer ser pouco mais que um
aspecto da realidade. Não ficando claro em que sentido Ele é um ser
pessoal e ativo.
AVALIAÇÃO
•  Os teólogos do processo estão certos em criticar alguns ensinos de Tomás de
Aquino, principalmente aqueles que apresentam Deus de forma fria, estática e
impassível, isolado e sem real, dinâmico e significativo relacionamento com o
mundo.
•  As nossas próprias orações estariam também desprovidas de significado se não
existisse um relacionamento real e interpessoal entre Deus e os homens.
•  Portanto, não há que se duvidar que o Deus das Escrituras Sagradas é um Deus de
amor e genuína compaixão.
•  Estão certos em afirmar que o mundo tem significado para Deus (Jo 3.16)
•  Mas, enquanto a Bíblia descreve Deus como estando envolvido com o mundo, ela
também fala de Deus como existindo antes da criação, ressaltando seu “status” de
independência
AVALIAÇÃO
•  Como pode o Deus da Bíblia fazer promessas no caso de ser finito, não
estando em condições de assegurar o cumprimento?
•  Os teologos do processo falam pouco sobre a cruz e reduzem Jesus a um
bom exemplo
•  No pensamento do processo, Deus é totalmente sujeito as vicissitudes de
mudança, nada pode assegurar sua identidade.
•  Qual razão, então, têm os cristãos hoje para acreditar que o Deus que eles
adoram é o mesmo Deus adorado por Moisés e revelado por Jesus Cristo?
AVALIAÇÃO
•  O teísmo tradicional apela para o argumento de linguagem antropomórfica
quando se depara com textos que contrariam sua visão preestabelecida de
Deus, numa tentativa de esvaziar o significado do próprio texto.
•  As metáforas não possuem valor para expressar a imagem de Deus? (Hb
1.1, ex: Oséias)
•  Os teólogos do processo advogam a autoridade bíblica para aqueles textos
que concordam com o seu ponto de vista, ignorando aqueles que lhe são
contrários.
UMA PROPOSTA ALTERNATIVA
•  Não estamos obrigados a ter que escolher entre o pacote de atributos do
tomismo e o conceito panenteísta de Deus.
•  Não devemos usar a Bíblia para defender nossas pressuposições, devemos
permitir que a Bíblia fale por si mesma.
•  Não devemos permitir que idéias preconcebidas distorçam nossa leitura das
Escrituras
•  Precisamos levar em consideração a cosmovisão dos receptáculos originais. A
negligência deste princípio é perceptível tanto em Tomás de Aquino quanto na
teologia do processo.
UMA PROPOSTA ALTERNATIVA
•  Em muitos pontos, os ataques da teologia do processo contra o tomismo são
justificados, mas isto não implica em abandonar a crença em cada um dos
atributos de Deus defendidos por Aquino e aderir ao panenteísmo.
•  Dentro do próprio teísmo existem variadas interpretações sobre os atributos
de Deus.
•  A fé bíblica afirma que o perfeito Deus inclui criativa interação que é
consistente com Seu imutável caráter e propósito
UMA PROPOSTA ALTERNATIVA
•  Proponho o método, protestante por excelência (Sola Scriptura), da
“Analogia da Fé”, que conclama que a Bíblia é o ponto de partida para o
conhecimento de Deus, que se dá através de sua auto-revelação específica
e objetiva na história de Israel e em Cristo. Pois Cristo é a medida de todas
as coisas e não o homem! (Jo 1.14; Cl 1.15 e Hb 1.3)
•  O movimento teológico tem sua direção de cima para baixo, baseado na
soberania de Deus que é transcendente e livre, mas que em amor escolhe
se revelar ao homem. Como ensinou Barth, “Deus é livre para nós através
do Filho e, em nós, através do Espírito”. (Hb 1.1)
•  “Ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto” (1 Co 2.11)
UMA PROPOSTA ALTERNATIVA
O Deus das Escrituras é um Deus pessoal, de amor compassivo e
sofredor
•  Não devemos reduzir o Senhor vivo, ativo e pessoal a um princípio impessoal e
estático
•  Embora somente Deus tenha vida em Si mesmo, Ele tem outorgado vida a muitos
outros a fim de participar de relacionamentos pessoais com eles.
•  Ter emoções é próprio de um ser pessoal.
•  Estabelecer relacionamentos afetivos é próprio de um ser pessoal.
•  Deus tem total domínio sobre suas emoções, não sofrendo, portanto, de nenhum
distúrbio emocional.
UMA PROPOSTA ALTERNATIVA
Deus das Escrituras é um Deus pessoal, de amor compassivo e sofredor
•  Amar implica em ser afetado pelas ações e condições do ser amado.
•  Amar sem emoções, simpatia e compaixão é uma contradição.
•  Um amor frio e indiferente, desprovido de empatia, não é nada inspirador e não
encontra respaldo bíblico.
•  Teofanias e metáforas não foram maneiras de Deus se revelar ao seu povo?
(Hb 1.1)
•  Os profetas expressavam a Deus não apenas através de suas palavras, mas
também de suas vidas e sentimentos (Moisés, Isaías, Jeremias, Oséias…)
•  Deus revela-se plenamente em Cristo (Jo 1.14; Cl 1.15 e Hb 1.3)
A BÍBLIA DESCONHECE UM DEUS ATEMPORAL
•  A idéia de perfeição estática, imutável e atemporal não é de origem cristã, mas
grega
•  Os verbos que descrevem Deus criando ou preservando, descrevem
atividades que contém uma inevitável dimensão temporal.
•  A atividade de Deus deve estar no tempo, pois Deus não pode ser separado
de seu atos.
•  Deus precisa estar no tempo para entendermos como pode sua ira durar
apenas um instante
•  Para entrar em real relacionamento com o mundo, Deus mergulha na
dimensão do tempo e da história.
A BÍBLIA DESCONHECE UM DEUS ATEMPORAL

•  Os diálogos entre Deus e os profetas envolvendo promessas e juízos


condicionais de Deus precisam ser levados a sério.
•  Textos bíblicos que relatam Deus como estando incerto em relação a alguns
eventos futuros precisam ser levados a sério (Am 5.15; Ex 32.30; Ez 12.1-3 e Jr
26.2-3)
•  Textos que falam que o povo não agiu como Deus pensava que agiria precisam
ser levados a sério:
•  “E, depois de ela ter feito tudo isso, eu pensei que ela voltaria para mim,
mas não voltou...” (Jr 3.7).
A BÍBLIA DESCONHECE UM DEUS ATEMPORAL
•  Algo do futuro deve estar em aberto para que o homem seja livre
•  Como um grande mestre de xadrez, a despeito dos lances do adversário, Deus
conduz o jogo para sua vitória.
•  Não poderia Deus autolimitar-se para experimentar novidade e estabelecer
relacionamentos íntegros e reais com suas criaturas?
•  Existem alegrias e muitas emoções nas explorações e descobertas humanas.
•  O que é mais chato que assistir uma corrida inteira de fórmula 1 quando já se
sabe tudo que vai acontecer?
PAPEL DA ORAÇÃO
Papel das Orações e questões relativas a recompensas e juízos

•  Qual seria o papel da oração se tudo estivesse predeterminado?


•  Coisas acontecem e deixam de acontecer devido a orações
•  Deus é afetado positivamente por nossas orações feitas aqui na terra (1 Rs
8.12-66)
•  Somos responsáveis por nossos atos. Nossos atos são significativos.
•  A impiedade humana têm afetado a Deus, a ponto de desencadear o seu
juízo (Jr 4.23-28 e Jl 2.10)
DEUS PODE SE ARREPENDER?
•  Deve-se procurar entender o que os autores do AT queriam dizer com o uso do
verbo “arrepender” tendo Deus como sujeito.
•  Derek Kidner, ao comentar Gn 6.618, diz que os autores do AT empregam as
expressões mais ousadas, contrabalançadas em outros lugares, se necessário,
mas não enfraquecidas.
•  Exemplo: (1 Sm 15.29,35) onde o autor afirma primeiro que Deus não é homem
para mentir e nem se arrepender, mas logo abaixo, diz que Deus se arrependeu
de ter escolhido Saul para ser rei.
•  O que ele queria comunicar é que nós podemos confiar em Deus e em sua
promessas, pois Ele não mente e nem é instável.
DEUS PODE SE ARREPENDER?
•  Já, no v. 35, vemos que Deus está decepcionado com Saul, pois não foi para se
comportar daquele modo que Deus havia elegido Saul como rei.
•  Deus estava decepcionado com Saul, arrependido de tê-lo elegido rei e estava
fazendo algo a respeito, no caso, estava providenciando outro rei.
•  Neste sentido, o arrependimento de Deus não deve ser entendido como um ato
de alguém volúvel, mas como alguém que teve sua confiança traída.
“Deixemos de lado nossos pensamentos sobre
Deus e permitamos que Deus e não os nossos
pensamentos sobre Ele, determinem qual seja a
verdade sobre Deus”

Barth

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