Aula .Fratura Trocanterica Hu

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FRATURA

TRANSTROCANTERIANA
23/09/2021
DEFINIÇÃO

• Fraturas Transtrocanterianas: classicamente,


apresentam um traço que vai do trocânter maior ao
trocânter menor, ocasionalmente estendendo-se
para região subtrocantérica.
Anatomia
Epidemiologia
• Maioria em mulheres (75%)
• 90% acima de 60 anos – osteoporose, perda da acuidade
visual, diminuição de reflexos e tônus muscular – maior
número de quedas e menor reação de defesa e proteção do
corpo.
• Fraturas mais comuns do fêmur proximal - Área extracapsular
• Pacientes biologicamente mais velhos em comparação a
fratura do colo.
• 50% dos pctes apresentam outras doenças sistêmicas
associadas.
• Idade média ( 66-76 anos)
Mecanismo de Fratura
• Maioria causada (90 %) por queda sobre a face lateral
da coxa com impacto direto sobre o grande trocânter
(energia x resistência óssea)

• INDIRETO = MECANISMO ROTACIONAL DE TODO O MEMBRO


INFERIOR;
Medidas Preventivas: corrigir Acuidade visual,
exercício físicos ( tônus), modificações no ambiente
residencial
Diagnóstico
• Impotência funcional, encurtamento visível e
rotação externa acentuada
• Hematoma na região trocantérica
DIAGNÓSTICO
• Rx em AP bacia
• Rx coxo femoral ap (com tração longitudinal e
rotação interna) e perfil (cominuição
posterior)
• Paciente com clínica e Rx negativo: TC ou
RNM
Critérios de instabilidade
• Fragmentação posteromedial ( região do
pequeno trocanter )
• Padrão basocervical
• Traço reverso
• Desvio trocanter maior (parede lateral)
• Incapacidade de reduzir antes da fixação
Estável Instável
Classificação
Evans
classificação pós tratamento

Tipo 1 estável 72%: Sem desvio ou desviada mas


reduzida anatomicamente (córtex medial intacto)

Tipo 2, instável 28%: Desviadas ou fixadas sem


redução, cominuidas com destruição do córtex medial
ou obliquidade reversa
Classificação
Boyd e Griffin

1.Estável (2 partes)
2.Instável com cominuição
posteromedial
3.Extensão subtrocantérica p/
córtex lateral abaixo do pequeno
trocanter
4.Subtrocantérica com extensão
intertrocantérica em 2 planos
Classificação
Tronzo
• I- traço simples sem desvio
• II- traço simples com desvio ( com ou sem fratura do pequeno trocanter)
• III- fragmento distal medializado, com cominuição posterior (ponta do
calcar dentro da medular).
– Se grande trocanter fraturado = tipo III variante
• IV- fragmento distal lateralizado ( traço mais longo e diafisário,
cominuição posterior maior, pequeno trocânter fraturado)
• V- traço reverso (de medial proximal para lateral distal)
Classificação
Tronzo

Classificação
AO
Tratamento
• Essencialmente cirúrgico
• Devem ser operadas nas primeiras 24-48 horas
(idosos) pois dificilmente estado clínico melhora de
forma substancial
• Retardar cirurgia além de 2 dias aumenta
mortalidade significativamente
• Tração cutânea ou esquelética pré-operatória não
traz benefícios
Evolução do
Tratamento Cirúrgico

• Popularizado por Jewett em 1930


• Placa de Jewett (ângulo fixo )
permitia estabilização e mobilidade
precoce sem impacção da fratura
Evolução do
Tratamento Cirúrgico
• Com o objetivo de transferir as cargas do implante
para o osso, técnicas de osteotomias foram criadas
para refazer a estabilidade medial.
• Dimon-Hughston deslocou a diáfise medialmente,
forçando o colo dentro da diáfise
• Sarmiento ressecou uma cunha lateral da cortical
proximal e fixou em valgo fornecendo maior
estabilidade
Técnica de Dimon- Hugston

Técnica de Sarmiento
Tratamento Cirúrgico
• As osteotomias forneceram estabilidade óssea
satisfatória porém quando existia qualquer
colapso o implante falhava em manter a
fixação
• Com o objetivo de permitir a impacção da
fratura foram então criadas as placa
deslizantes
Tratamento Cirúrgico
DHS - Dynamic hip screw

• Revolução no tratamento das fraturas


trocanterianas – PERMITE IMPACÇÃO
• Estudos biomecânicos demonstram que elas
atuam como bandas de tensão lateral em
fraturas estáveis transmitindo a força através
da cortical medial
Tratamento Cirúrgico

• Permitem impacção de fraturas instáveis


encurtando o braço de alavanca, diminuindo o
momento de tensão e evitando a extrusão do
parafuso através da cabeça (cut out)
• CUIDADO: Evitar varo residual
• Incidência de 4 a 12% de perda de fixação, mais
comumente associadas a fraturas INSTÁVEIS.
Índice de Baumgaertner

CORRESPONDE À SOMA DAS DISTÂNCIAS ENTRE


A PONTA DO PARAFUSO DESLIZANTE E O
ÁPICE DA CABEÇA DO FÊMUR
Soma do AP + P
* VALOR IDEAL < 25 mm
TAD

The tip-apex distance is calculated by summing the


distances from the screw tip to the center of
the femoral head in both the anteroposterior and
the lateral plane.
Posição ideal do parafuso

Graph showing the probability of cutout according to the tip-apex distance.


CUT OUT
Tratamento Cirúrgico
• Objetivo: permitir deambulação e carga
imediatamente ao idosos
Tratamento Cirúrgico
• HASTES INTRAMEDULARES – vantagens
biomecânicas permitindo carga imediata e
recomendado principalmente para fraturas
INSTÁVEIS.
Tratamento Cirúrgico
Tratamento Cirúrgico
• HASTES INTRAMEDULARES

TFN:
Cut out ou penetração medial: relacionado à qualidade da
redução

PFN:
Efeito “Z”
Tratamento Cirúrgico
• Fixação externa
• Artroplastia
• Não são comumente utilizado, conduta de
exceção, associadas a complicações.
Pós-operatório
• Acompanhamento clínico
• Mobilização passiva precoce
• Sentar fora do leito nas primeiras 24 horas
• Deambulação precoce
• Reabilitação
Complicações
• Perda da redução com desvio em varo
• Penetração do implante na articulação
• Pseudoartrose ( menos de 2%)
• Deformidade rotacional
• Infecção e trombose venosa profunda
• Falência do material de síntese
• Mortalidade: 20-35% um ano após a lesão ( maior
que fratura do colo do fêmur)
“Tente mover o mundo –
o primeiro passo será mover a si
mesmo.”

- Platão

OBRIGADO!

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