Panorama Do Novo Testamento
Panorama Do Novo Testamento
Panorama Do Novo Testamento
PANORAMA DO NOVO
TESTAMENTO
ÍNDICE
Unidade 1
NOTA: Para melhor compreensão do que estamos expondo nessa matéria verifique
as referências indicadas no início deste tema. Lendo-as na ordem em que elas estão,
você notará que as mesmas descrevem na íntegra, os propósitos de cada uma das
quatro divisões do Novo Testamento.
Unidade 2
1. Os Evangelhos.
Certamente todos podem nomear os Evangelhos a biografia de Jesus, mas, para efeito
de ilustração, novamente, sugerimos que você analise as Divisões expostas no título
anterior.
Note que estes quatro livros são biografias distintas. Logo surge a pergunta: Por que
quatro biografias? A resposta é que na apresentação da evidência que Jesus é o
Cristo, Deus não deixou de fazer nada para que a evidência fosse completa. Quatro
testemunhas presenciaram o caso, cada uma em sua própria maneira e num sentido
mais completo do que uma só testemunha.
17). Marcos e Lucas dão biografias de Jesus, mas descrevem mais para o tipo de
mente greco-romano. Deve ser lembrado que em dias do Novo Testamento três
civilizações se encontravam na Terra Santa. Foram elas: Grega, representando a
cultura e o saber, Romana, representando lei e poder; e a judaica representando a
religião e a justiça. Lucas diz em Atos 17: 21 “Pois todos os de Atenas e os
estrangeiros residentes, de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas
novidades”. Eles estavam interessados no homem que podia comandar a natureza. A
mente romana estava interessada no homem que podia comandar homens. Marcos e
Lucas escreveram mais particularmente para o tipo de mente grego e romano para
mostrar-lhes Jesus como o homem de poder sobre os homens e a natureza. Mas os
milagres e as obras maravilhosas de Jesus são registrados por Mateus.
Esses três Evangelhos são chamados de Evangelhos Sinóticos, por razão da
semelhança deles no resumo dos acontecimentos na vida de Cristo.
O Evangelho de João é diferente. É mais geral e trata com princípios e conclusões.
Biograficamente é menos completo escolhendo somente aqueles incidentes
necessários para trazer à mente, o que ele tem para apresentar. João é conhecido
como o apóstolo do amor e é em João 3: 16 que se encontra o verso chamado “o texto
de ouro do Novo Testamento”.
3. O Livro de Atos.
A segunda divisão do Novo Testamento consiste de um só livro. É um livro, que
relata a história da fundação e os primeiros dias na Igreja. Relembrando que a Igreja
é de Cristo e não nossa, que Ele a comprou com seu sangue, que Ele é seu fundador e
cabeça, naturalmente, estamos interessados em Atos dos Apóstolos, pois é a única
história divinamente dada da fundação e dos primeiros dias da Igreja do Deus Vivo.
Lucas, o companheiro de Paulo, é o escritor. Deve ser também lembrado que este
livro de modo algum relata os atos dos apóstolos, mas simplesmente alguns dos atos
de alguns dos apóstolos. Há relatos suficientes, entretanto, nos capítulos 2, 8, 9, 10 e
16 para dar-nos divinos inspirados exemplos da conversão do povo de praticamente
cada tipo e condição de mente, para que possamos ter a resposta de como tornar-nos
cristãos.
Em adição ao exposto, devemos conhecer o livro de Atos dos Apóstolos como uma
das maiores crônicas missionárias já escritas. Nele encontramos o motivo e método
missionário.
Também o livro de Atos contém proveitosas sugestões a respeito do culto e da vida
dos primeiros cristãos sob a direção dos Apóstolos. Quatro fatores marcavam o culto
deles: “A doutrina dos Apóstolos - a comunhão - o partir do pão - as orações”.
Quando espalhados pela amarga perseguição, foram pregando a Palavra de Deus.
4. As Cartas (Epístolas).
Há vinte e uma cartas, cujos nomes devemos aprender em ordem. Se dispostos de
um modo como se segue, serão facilmente aprendidos e decorados. É geralmente
atribuída a Paulo a autoria das catorze primeiras. Estas são: Romanos. I Coríntios, II
Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II
Timóteo, Tito, Filemon e Hebreus.
As sete últimas são de quatro autores: Tiago, Pedro, João e Judas. Estas sete, da
mesma maneira, são fáceis de lembrar. Tiago I Pedro I João Judas II Pedro II João III
João
Unidade 3
4. Respostas a Objeções
Por quase dois mil anos, os homens têm procurado achar e apontar desarmonia,
discrepâncias, erros em história, contradições em afirmações, outras faltas que
pudessem provar que uma agência puramente humana produziu estes escritos.
Investigações cuidadosas, feitas por estudiosos, descobertas pelos arqueólogos que
contribuíram para o estudo das escrituras e aclamaremos de nossos conhecimentos
obtidos da história e dos povos antigos, têm provado que os objetos estão errados e
as escrituras corretas. Considerando que nenhum livro mereceu tão prolongadas,
minuciosas e severas investigações como a Bíblia tem sido e que nenhuma falta tem
sido achada, exceto um erro ocasional na transcrição ou tradução e, considerando
que nenhum crítico ou grupos de críticos tem dado resposta satisfatória para as
evidências de procedências divina, não há senão uma conclusão. As escrituras não
vieram de outro senão Deus. As provas são abundantes demais para serem
desprezadas.
Unidade 4
Unidade 5
2) A Natureza da Bíblia:
UBERABA – MG – Filemom Escola Superior de Teologia
Panorama do Novo Testamento
Pr. Mateus Duarte Página 10
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a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua
sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro
que chegue perto de se comparar a Bíblia.
b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a
natureza humana teria interesse em acobertar.
c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores
diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa
um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições.
II. AUTORIDADE: Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque
ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou
tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e
autorizada.
A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais
a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado
trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui
autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem
autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas.
Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um
livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é
o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está
registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse
para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn.3:4,5); o conselho
que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó.22:5-11),
etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem
dEle (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade. Um texto
também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um
significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As
palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade.
1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele
endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do
universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás
(Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a
revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a
experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus
manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas,
e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como
verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.
d) Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia
perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas
arqueológicas.
e) Integridade Canônica: A aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros
incluídos nas Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua
integridade.
Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os
exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos
passados.
Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de
2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida suficiente para estabelecer a
genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao texto
sua pureza original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19;
Dt.4:2;12:32).
Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia em mais de 2.000 manuscritos,
os escritos seculares, que geralmente são aceitos sem contestação, baseiam-se em
apenas uma ou duas dezenas de exemplares.
As quatro Bíblias mais antigas do mundo, datadas entre 300 e 400 d.C.,
correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos atualmente.
O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As
Viagens de Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus
relatos sejam fictícios. Atos de Paulo não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote
contemporâneo de Tertuliano. Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e à
época do livro, e todos os livros da Bíblia possuem autenticidade comprovada pela
tradição histórica e pela arqueologia (Gl.6:11; Cl.4:18).
A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de
medir (Ap.21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16).
1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor
que tivesse relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico).
5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se
não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para
leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se
fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a
praticar (ITm.4:13).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo, SP : Edições Vida Nova, 1999.