Micro e Pequenas Empresas

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Agradecimentos

À Jeová Deus - o Dador da vida e Criador de todas as coisas, por nos prover tudo para
sermos capazes de cumprir com as nossas obrigações. Às nossas famílias e amigos, em
especial aos membros integrantes do grupo pelo espírito de companheirismo pelo apoio
incondicional, paciência e capacitação no desempenho da investigação e elaboração do
nosso trabalho, ao senhor professor Constantino Malungo. À todos que directa ou
indirectamente contribuíram para o termino do trabalho o nosso muito obrigado

iv
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS.......................................................................................................IV
NTRODUÇÃO....................................................................................................................1
CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO NAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS........................................................................................................................2
FATORES CONDICIONANTES DO SUCESSO DAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS........................................................................................................................4
CARACTERÍSTICAS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ..........................................5
CLASSIFICAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ..............................................5
Atividade empreendedora e ambiente de negócios......................................................6
CONCLUSÃO.....................................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................9

v
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a importância de pessoas empreendedoras no âmbito
empresarial, principalmente na esfera do planejamento estratégico, destacando o
conceito de empreendedorismo e as principais características inerentes ao
empreendedor e a sua contribuição para o desenvolvimento de novos negócios.

Princípios de liderança são amplamente utilizados e constituem a base teórica


deste trabalho. Como ponto de partida, o trabalho destaca o objecto de motivação das
pessoas em relação ao ato empreendedor. O trabalho ocorreu através de uma
vasta pesquisa bibliográfica, e ainda, pela análise de microempresários que foram bem
sucedidos nas suas empresas.

O resultado do trabalho nos revela as vantagens do empreendedorismo nas micro


e pequenas empresas e quais as dificuldades de ser, ou de se encontrar algum
empreendedor, especialmente em países subdesenvolvidos.

Não obstante, foi desenvolvido um conjunto de ações consideradas parte de uma pessoa
empreendedora, de forma a orientar aqueles que objetivam efetuar a abertura de um
próprio negócio, constatando se a relação entre o empreendedorismo nas micro e
pequenas empresas e o crescimento das economias nacionais.

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CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO NAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Empreendedorismo é capacidade de criar e implementar novos negócios ou
inovar, explorando novos mercados em empresas já consolidadas ou ainda o
empreendedorismo é a capacidade e disposição para conceber, e gerenciar um negócio a
fim de obter lucros.

De acordo com Neto e Sales (2004), o empreendedorismo começa a apresentar


seus primeiros focos de existência ainda no Século XVII. Conforme os autores, nesta
mesma época, havia indícios de relação entre assumir riscos e empreender, em que era
estabelecido um acordo contratual juntamente com o governo para executar
determinados tipos de serviço ou fornecimento de produtos.

Neto e Sales (2004) apontam Richard Cantillon, como um dos percussores do


termo empreendedorismo, diferenciando o empreendedor do capitalista. Na idade
Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes
projetos de produção. O empreendedor nesta época não assumia grandes riscos, pois ele
apenas gerenciava os projetos, muitas vezes financiados pelos governos dos países.

A este respeito, Richard Cantillon (1755/1950) fez um esforço no sentido de


tentar identificar quem era o indivíduo empreendedor, vinculando sua representação não
em relação à sua função na sociedade, mas a seu posicionamento com respeito ao risco
das oscilações de oferta e demanda (COSTA, BARROS e CARVALHO, 2011, p. 184).

A riqueza de uma nação é medida por sua capacidade de produzir, em


quantidade suficiente, os bens e serviços necessários ao bem estar da população. Assim,
a terminologia empreendedorismo é utilizada para identificar pessoas que têm uma
visão e transformam o ambiente em que atuam. De acordo com Dolabela (1999):

A importância do empreendedorismo é incontestável para o desenvolvimento do


país, pois ajuda na geração de novos postos de trabalho formais, criação de produtos
serviços para o mercado, entre outras riquezas.

Além disso, atitude empreendedoras têm o poder de criar bem estar social,
especialmente quando elas visam apresentar soluções para determinados problemas na
sociedade.

Empreendedores são visionários, por tanto, responsável pela inovação


tecnológica que sustenta países em pleno desenvolvimento como Angola.

As micro e pequenas empresas em Angola representam 90% da base empresarial


no sector industrial, num universo de dois mil 623 unidades. No seu conjunto, as micro
e pequenas empresas indústrias contribuíram, este ano, com um crescimento negativo
estimado em um por cento no PIB, face ao contexto mundial.

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Uma importante contribuição das micro e pequenas empresas no crescimento e
desenvolvimento do País é a de absorverem o desemprego. Constituem uma alternativa
de ocupação para uma pequena parcela da população que tem condição de desenvolver
seu próprio negócio e em uma alternativa de emprego formal ou informal, para uma
grande parcela da força de trabalho excedente, em geral com pouca qualificação, que
não encontra emprego nas empresas de maior porte.

MPEs do tipo familiar, exercem papel importante na economia, tendo em vista


que as mesmas normalmente funcionam na residência do proprietário, amortecendo o
desemprego, na medida que ocupa os familiares.

Há muito que as MPEs têm posição de destaque na geração de emprego e


renda, porém, sem contar com ações governamentais orientadas por um modelo mais
profissional que de alguma forma dê suporte ao empreendedor. Em paralelo, o mesmo
governo incentiva as grandes empresas com isenções tributárias, imaginando que assim
promoverá um maior número de empregos.

Agindo desta forma o governo se expõe a sérios problemas sociais na medida


em que por razões estratégicas a grande empresa pode eventualmente se retirar da área
onde se instalou com tais incentivos, deixando normalmente, milhares de
desempregados diretos, ao passo que, se forem bem orientadas, as MPEs consomem
menos recursos financeiros e caso haja insucesso, o que é pouco provável quando há
apoio e acompanhamento, o passivo social logo é absorvido.

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FATORES CONDICIONANTES DO SUCESSO DAS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
Existem diversos fatores que devem ser considerados pelos empreendedores para
o sucesso da empresa. Nesse sentido, Medina e Silveira (2003) afirmam que antes de
tudo, é fundamental que os órgãos governamentais e os próprios empreendedores
tenham consciência da importância que a MPE representa para a economia do país.
Sendo assim, pode-se observar que elas fazem parte da comunidade empresarial,
produzindo parte substancial e essencial do total de bens e serviços produzidos e
oferecidos aos consumidores.

Considerando essa visão, os autores enfatizam que a participação e contribuição


das MPEs em Angola são semelhantes aquelas das grandes organizações, porém, têm
como diferencial o oferecimento de contribuições únicas por gerarem novos empregos,
colocarem no mercado produtos inovadores, por estimularem a competitividade,
ajudarem as grandes empresas mesmo de forma indireta e por criarem bens e serviços
com alta eficiência.

Neste sentido, Filion (2008) salienta que os segmentos e atividades atingidos


pela MPEs apresentam êxito dos mais variados, podendo destacar as atividades
relacionadas à inovação tecnológica e que exigem capacidades, habilidades ou serviços
especializados. O autor constata que, o sucesso do empreendedor no mercado com o seu
empreendimento é resultado de uma combinação entre fatores como, por exemplo, a
criatividade e capacidade superior de realização que podem diversificar de acordo com a
realidade de cada negócio e características do proprietário.

Em suma, Filion (2008) acredita que o sucesso de um empreendimento,


principalmente considerando as características das MPEs, é resultante do perfil do
próprio empreendedor, pois elas são fundamentais para o alcance do sucesso. Baseado
no perfil do empreendedor, os fatores de sucesso são:

A motivação para realizar o que deseja;

Ser persistente na busca pelo alcance dos objetivos;

Ser criativo, por implicar em liberdade para ter ações independentes;

Ser autoconfiante;

Ser seguro daquilo que deseja realizar;

Possuir capacidade para assumir grandes e pequenos riscos; dentre outros.

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CARACTERÍSTICAS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Angola passou por um período de forte investimento do governo em apoio ao
empreendedorismo e opiniões gerais sobre as condições do país para iniciar um negócio
têm melhorado ao longo do tempo. Ainda assim, há um reconhecimento geral de que a
infraestrutura e educação precisam de reformas profundas para atuar como facilitadores
para a actividade empresarial.

1ª – Característica: É que o empresário médio em Angola é adulto, com idade entre 35 e


44 anos.

2ª – Característica: Actividade empresarial e igualmente alta em ambos os sexos.

Os empresários são motivados principalmente pela oportunidade e tendem a iniciar


negócios em setores voltados ao consumo, como serviço de varejo e alimentos.

CLASSIFICAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


Em Angola, de acordo com a Lei n°30/11, de 13 de setembro de 2011, as MPEs
distinguem-se por dois critérios, quais sejam: o número de trabalhadores efetivos e o
volume de faturamento anual, sendo que este último fator prevalece sempre que for
necessário decidir sobre a classificação das mesmas.

Classificação das micro e pequenas empresas quanto a sua funcionalidade:

 Micro empresas – aquelas que empregam até 10 trabalhadores e/ou


tenham um faturamento anual bruto não superior ao equivalente a USD
250 mil.

 Pequenas empresas – aquelas que empregam mais de 10 e até 100


trabalhadores e/ou tenham um faturamento anual bruto superior ao
equivalente a USD 250 mil e igual ou inferior a USD 3 milhões.

Classificação das micro e pequenas empresas quanto ao tamanho:

Microempresa Pequena Empresa

Comércio e Serviços 0–9 10 – 49

Indústria 0 – 19 20 – 99

Nº de Empregados 0 – 19 20 – 99

Ainda de acordo com o diploma legal acima citado, após a obtenção desse
estatuto, existe um variado leque de incentivos que está reservado às MPME, que são,

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essencialmente, benefícios fiscais e financeiros, bem como incentivos e benefícios de
organização, de criação de competências, de inovação e de capacitação tecnológica. O
órgão encarregado do acompanhamento, certificação e classificação das MPEs é o
Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), sob tutela do
Ministério da Economia. Além disso, o Decreto Presidencial n.º 42/12 criou o novo
Programa de Apoio ao Pequeno Negócio (PROAPEN). Com este Programa, pretende-se
realizar a promoção e o desenvolvimento dos negócios de pequena dimensão.

Objetivos das MPEs:

 O aumento da oferta de bens e serviços angolanos;


 A criação de postos de trabalho e consequente redução da pobreza;
 Reduzir a informalização da economia;
 Estimular a frequência de ações de formação profissional.

Atividade empreendedora e ambiente de negócios

O país encontra-se classificado entre os mais empreendedores do mundo, com


cerca de um terço da população envolvida em negócios estabelecidos recentemente.
Nesse sentido, Angola segue uma tendência que é muito característica de países da
África Subsaariana. No entanto, o contexto empresarial em Angola apresenta algumas
diferenças importantes em comparação com a de seus vizinhos ao sul do Saara, ou seja,
o fato de que os empresários em Angola tendem a ser, na sua maior parte,
impulsionados pela oportunidade, e as pessoas de meia-idade são mais propensas a
iniciar novos negócios do que os jovens e adultos jovens.

Angola mantém uma elevada dependência do setor petrolífero e da atividade de


importação, uma vez que o setor produtivo nacional mantém uma baixa capacidade de
satisfazer as necessidades de consumo interno. Adicionalmente, as Micro, e Pequenas
Empresas (MPEs) continuam a ter uma importância reduzida no ramo empresarial
Angolano ao contribuírem apenas com 5% do imposto industrial. Angola tem
aproximadamente apenas 50.000 mil empresas formalmente identificadas. O programa
das MPEs está enfocado em quatro setores econômicos prioritários, que são:

 Agricultura, Pecuária e Pescas;


 Materiais de Construção;
 Indústria Transformadora, Geologia e Minas;
 Serviços de Apoio ao Sector Produtivo.

Para Geus (1999), o sucesso de um empreendimento é resultado da combinação da


sensibilidade ao meio ambiente; coesão e identidade; tolerância a seu corolário e
conservadorismo financeiro. São estes os fatores que leva as MPEs à longevidade:

a) Ter sensibilidade ao meio ambiente: isso significa a capacidade que a MPE


possui em aprender a se adequar ao ambiente em que está inserida;

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b) Coesão e identidade: refere-se aos elementos sobre a capacidade nata da
empresa e empreendedor em formar uma comunidade e uma identidade própria
(GEUS, 1999);

c) Tolerância a seu corolário. A MPE precisa possuir a capacidade de constituir


relacionamentos duradouros e construtivos com as demais empresas, dentro e fora
de si (GEUS, 1999);

d) Conservadorismo financeiro: este fator é a capacidade que a MPE apresenta de


ter efetividade de governar a si, o negócio e a evolução no mercado (GEUS,
1999). Na visão de Boog (1991), os fatores condicionantes do sucesso da MPE
podem ser descritos por meio de três dimensões distintas que são financeiros, de
marketing e de operação. No primeiro caso, os resultados financeiros surgem
como lucro, retorno e crescimento do patrimônio líquido da empresa. Quanto ao
marketing, seus resultados são mensurados conforme o que é determinado pelo
mercado, quantidade de vendas, clientes fidelizados, atendimento regional,
imagem da empresa dos produtos e serviços oferecidos e, inclusive, pela
assistência pós-venda. No caso da operação, os resultados são alcançados pelo
número de produção, métodos e processos, comercialização, produtividade,
qualidade do produto, estoque de máquinas e instalações.

Ao tratar dos fatores condicionantes do sucesso da MPE, Coelho (2002) afirma que
estes estão relacionados diretamente ao empreendedor, esperando que o mesmo:

 Tenha bom conhecimento do mercado em que atua;


 Seja um bom administrador;
 Saiba aproveitar as oportunidades de mercado;
 Saiba utilizar adequadamente capital próprio;
 Tenha capacidade de assumir riscos;
 Seja perseverante e persistente;
 Tenha uma boa estratégia de vendas definida;
 Seja criativo.

Em Angola, dois grandes programas encontram-se em evidência. O primeiro


deles, é o Angola Investe, que fornece garantia do governo e os juros subsidiados a
empréstimos concedidos por bancos comerciais às MPEs. O outro é Balcão Único do
Empreendedor (BUE), que criou um único passo para o registo e licenciamento para as
MPEs, além de prestar assistência na transição de empreendedores do setor informal
para o setor formal da economia.

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CONCLUSÃO

As MPEs podem ser elementos chaves para o desenvolvimento includente a


diversificação da economia e o aumento da produção nacional, mais ainda não é
realidade, por causa dos problemas inerentes ao próprio programa e do mercado
econômico de Angola, que influem negativamente na implementação do programa,
sugerimos e há necessidade de que o governo crie ou encontre uma entidade que fosse
responsável pelo financiamento das MPEs.

8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Fabiana. Pequena Empresa à Espera da Lei. Rio de Janeiro: O Globo –


Boa Chance, p.1, 2004.

BOOG, G. G. O desafio da competência. São Paulo: Best Seller, 1991.

COELHO, L. Mortalidade das micro e pequenas empresas de Salvador: Fatores


Determinantes do Sucesso e do Insucesso Empresarial. Salvador: SEBRAE/BA, 2002.

FILION, L.J. O Empreendedorismo como Tema de Estudos Superiores. 2008.


Disponível em: <http://inf,unisul.br/∾ingo/emoreendedorismo.pdf> . Acesso em 03 de
ago. 2012.

COSTA, A. M. da; BARROS, D. F.; CARVALHO, J. L. F. A dimensão histórica dos


discursos acerca do empreendedor e do empreendedorismo. Rev. adm. contemp.,
Curitiba, v. 15, n. 2, apr. 2011.

NETO, S. P. ; SALES, A. H. L. Empreendedorismo nas Micro e Pequenas Empresas no


Brasil. Anais do ENANPAD – XXVIII Encontro da Associação Nacional dos
Programas de Pós-Graduação em Administração. Curitiba: ANPAD, 2004.

DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda a


transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Associados; 1999.

Richard Cantillon (1755/1950)

MEDINA, E. A. M.; SILVEIRA, R. R. Fatores condicionantes de sucesso em gestão de


micro e pequenas empresas. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto,
MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003.

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