Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz

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Observatório Covid-19

43 e 44 de 24 de outubro a
6 de novembro de 2021

FOTO: MÁRIO OLIVEIRA/SECOM


O s dados recentes indicam a manutenção da tendência
geral de queda dos indicadores que vêm sendo monito-
rados pelo Observatório Covid-19 Fiocruz. Entretanto,
deve-se destacar que a pandemia não acabou, e o risco de
à aplicação das vacinas. Nesta direção incluímos o Box “Preci-
samos falar sobre a primeira dose da vacina!”.
É importante ressaltar que a vacinação é uma responsabili-
dade individual e coletiva, que deve ser apoiada e viabilizada por
recrudescimento permanece, como destacado no Box “Alerta órgãos de governo e empresas, de forma que o aumento da
da OMS na Europa e Ásia Central deve servir de exemplo cobertura vacinal possa proteger toda a população. Reforçamos,
para o Brasil”. A mensagem é importante, considerando os portanto, que é fundamental avançarmos ainda mais no proces-
possíveis efeitos de medidas de flexibilização combinadas com so de vacinação, o que demanda incluir estratégias de grande
a proximidade da temporada de festas e de férias. importância, como a exigência da comprovação de vacinação (o
Os registros de casos por Síndromes Respiratórias Agudas “passaporte de vacina”) nos ambientes de trabalho, como desta-
Graves (SRAG) no país mantêm-se, de forma geral, em níveis cado na Nota Técnica do GT Covid-19 nº 05/2021 do Ministério
altos, ainda que em estabilidade nas últimas semanas epide- Público do Trabalho, Sobre cobertura vacinal como fator de
miológicas. A tendência de declínio está desacelerando e proteção coletiva e de respeito aos direitos fundamentais dos
alguns estados apresentam ligeiro aumento, enquanto outros trabalhadores e trabalhadoras no meio ambiente do trabalho1.
mantêm a redução da incidência. Para os casos e óbitos por Ao mesmo tempo, temos destacado que a vacinação não
Covid-19, observa-se um quadro similar de redução dos indica- bloqueia completamente a transmissão da doença. Isto exige
dores, com oscilações em alguns estados, que também podem vigilância e alerta permanente, considerando os cenários que
estar associadas a problemas no fluxo de dados. Com relação envolvem a circulação de variantes de preocupação, que
ao perfil demográfico, os registros demonstram que os casos podem ser mais transmissíveis ou de maior letalidade, além da
graves, internações e óbitos estão concentrados entre os possível perda de imunidade com o tempo decorrido das primei-
idosos. As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para ras doses, o que exige o reforço, principalmente em idosos e
adultos no SUS mantêm-se em níveis predominantemente portadores de doenças crônicas. Face a isso, é importante
inferiores a 50% no país, com apenas um estado e três capitais ainda manter medidas de proteção coletiva e individual, como o
na zona de alerta intermediário. uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento
A tendência geral de queda dos indicadores relacionados à físico, principalmente em locais fechados.
Covid-19 tem como principal fator neste momento o crescimen- Por fim, no âmbito do SUS, é necessário o reforço de ações
to da cobertura vacinal na população, com mais de 284 milhões de vigilância em saúde, a readequação dos serviços de atenção
de doses de vacinas administradas, com 72,9% da população à saúde, desde as unidades básicas até os hospitais especiali-
do país com a primeira dose e 53% da população com o esque- zados, de modo a diagnosticar e tratar oportunamente possíveis
ma de vacinação completo. Neste momento é fundamental doentes graves de Covid-19, além dos que apresentam seque-
tanto orientar a população para completar os esquemas las da infecção, bem como atender a demandas por atenção de
vacinais com as segundas doses e as doses de reforço como outras doenças que vêm sendo adiadas.
implementar novas estratégias para alcançar pessoas em
localizações mais remotas do país, e pessoas ainda resistentes 1. https://mpt.mp.br/pgt/noticias/nt-gt-covid-19-5-2021.pdf

PORTAL.FIOCRUZ.BR/OBSERVATORIO-COVID-19 INFORMAÇÃO PARA AÇÃO


Observatório Covid-19 SEMANAS
EPIDEMIOLÓGICAS 43 e 44 de 24 de outubro a 6
de novembro de 2021 P.2

Alerta da OMS na Europa e Ásia Central deve


servir de exemplo para o Brasil
No início deste mês de novembro, a Organização Mundial da continente europeu, trazendo a Alemanha como exemplo que pode
Saúde (OMS) emitiu alerta de que todos os países da Europa e da servir ao Brasil. No país, o avanço da vacinação, que resultou em
Ásia Central estão vivendo o risco de recrudescimento da Covid-19. uma imediata tendência de queda do número de infecções, acabou
Na última semana de outubro, a Europa e a Ásia Central foram por influenciar uma flexibilização precoce das medidas de isolamen-
responsáveis por 59% de todos os casos e 48% dos óbitos registra- to social e retomada das atividades cotidianas2.
dos no mundo inteiro1. Seja por falta de imunizantes disponíveis, seja por falta de
Com quase 1,8 milhão de novos casos e 24.000 novas mortes confiança da população na vacinação, o importante agora é que as
relatadas, a Europa e a Ásia Central viram um aumento de 6% e autoridades invistam todos os esforços para disponibilizar vacina
12%, respectivamente, em comparação com a semana anterior. Se para todos, esclarecer à população sobre os benefícios comprova-
for mantida esta tendência, a projeção em que se baseia a OMS dos da vacina e acelerar o ritmo da imunização da população. A
aponta que essas regiões poderão registrar mais meio milhão de vacinação é a principal estratégia de combate à Covid-19, mas não
óbitos por Covid-19 até primeiro de fevereiro de 2022, e 43 países pode ser implementada de maneira isolada. Projeções confiáveis
enfrentarão novamente o risco de colapso nas capacidades de mostram que o uso das máscaras é fundamental, pois se for alcan-
resposta dos seus sistemas de saúde. çado o índice de 95% de uso na Europa e na Ásia Central, até
Desde o início do mês de outubro, a Europa observou um 188.000 vidas poderão ser salvas do meio milhão de óbitos previstos
aumento superior a 55% em novos casos de Covid-19. Os casos até antes de fevereiro de 20223.
estão mais uma vez se aproximando de níveis recordes, com a Mesmo com todo o conhecimento já acumulado sobre esta
variante Delta mais transmissível continuando a dominar a transmis- nova doença, ainda restam muitas incertezas que só poderão ser
são. Atualmente, o continente é considerado o epicentro da pande- enfrentadas com o tempo e à medida que os acontecimentos forem
mia, com as taxas de hospitalizações mais do que duplicadas desde se desenrolando. Os exemplos da Europa e da Ásia Central, entre-
o final de outubro. Apesar de haver uma tendência de aumento no tanto, podem servir como um alerta para a gestão de enfrentamen-
número de óbitos em todas as faixas etárias, a população acima de to da pandemia no Brasil. Diante disso, ratificamos um posiciona-
65 anos representa 75% deste aumento. mento de que se observe o princípio da precaução. Ou seja,
A OMS justifica este quadro por uma cobertura vacinal ainda enquanto a cobertura vacinal não alcançar o patamar ideal de pelo
insuficiente, combinada com um relaxamento de medidas sociais e menos 80% da população total vacinada, são fundamentais
de saúde pública para o controle da transmissão do vírus. Apesar medidas como: ampla testagem; rastreamento de contato; controle
das campanhas de vacinação já estarem demonstrando seus de viajantes, em especial daqueles oriundos de países com baixa
efeitos, as taxas de vacinação entre os países ainda permanecem cobertura vacinal e que apresentam aumento do número de casos;
muito desiguais. Países da Europa e Ásia Central estão em vários e controle da qualidade do ar de espaços internos. Além disso, o
estágios distintos da vacinação. Em média, apenas 47% das pesso- uso de máscaras e o distanciamento físico continuam fazendo
as receberam o esquema vacinal completo. Enquanto oito países já parte desse arsenal defensivo para redução da transmissão do
ultrapassaram a cobertura de 70%, em dois países a taxa permane- Sars-CoV-2, pois ainda estamos em uma situação de emergência
ce abaixo de 10%. A relação é muito evidente, onde a adesão da em saúde pública.
vacina é baixa - em muitos países do Báltico, Europa Central e Para conduzir essa situação de forma segura, lembramos ser
Oriental e nos Balcãs - as taxas de internação hospitalar são altas. fundamental a disponibilidade de dados atualizados e confiáveis, em
Em nota publicada pelo MonitoraCovid-19, pesquisadores tempo oportuno, para orientar a tomada de decisão por parte dos
chamam a atenção para um aumento na velocidade de contágio no gestores e para orientar a população.

1. https://news.un.org/en/story/2021/11/1104912
2.https://bigdata-covid19.icict.fiocruz.br/pilula_04.pdf
3.https://www.euro.who.int/en/media-centre/sections/statements/2021/statement-update-on-covid-19-europe-and-central-asia-again-at-the-epicentre-of-the-pandemic

0.4 DF

RJ ES
0.3
PR
Taxa de mortalidade

RS GO
0.2
TO SC

PE RN MT
AL
0.1
CE MS MG RR RO PB
SP PI
Observatorio Covid−19 | Fiocruz

MA BA
SE
0.0 AC AM PA AP
0 5 10 15
Taxa de incidência de casos
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Casos e óbitos por Covid-19


ora de aumento abrupto no número divulgado de casos de Covid-19,
como observado entre as SE 37 e 43.
A irregularidade do fluxo de notificação de casos e óbitos prejudica
As últimas duas Semanas Epidemiológicas (de 24 de outubro a 6 de o acompanhamento da pandemia e a avaliação dos possíveis impactos
novembro) mostram uma nova queda nos indicadores da transmissão de medidas de flexibilização, que vêm sendo adotadas em alguns
da Covid-19. Foram notificados, ao longo da SE 44, uma média diária de estados e municípios. A proximidade da temporada de festas e de férias
11.500 casos confirmados e 320 óbitos por Covid-19. Esses valores apresenta riscos de decisões equivocadas, baseadas em dados com
representam a redução do número de casos registrados (-1,3 % ao dia) atraso e sujeitos a represamento. O país, e suas Unidades Federadas,
e do número de óbitos (-1,9 % ao dia). Houve também uma redução da deve estar preparado para identificar rápida e precisamente possíveis
taxa de letalidade, que vinha se mantendo em patamares em torno de surtos locais ou mesmo o retorno de altas taxas de transmissão da
3%, para um valor mais próximo aos padrões internacionais, de 2,4%. doença, que vem acontecendo em alguns países da Europa e Ásia
As maiores taxas de incidência de casos foram observadas nos Central, como recentemente alertou o Diretor do Escritório da OMS na
estados de Rondônia, Paraíba, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina Europa1. Para assegurar o transcurso do verão em condições seguras,
e Goiás, com valores superiores a 10 casos por 100.000 habitantes. é essencial o aperfeiçoamento de sistemas de informação, bem como
Para mortalidade, as maiores taxas foram verificadas nos estados do a análise e divulgação oportuna de tendências e condições de risco.
Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e no Distrito Federal. Esses A tendência de manutenção desses indicadores, mesmo conside-
dados menos favoráveis precisam ser acompanhados, devendo-se, rando as oscilações verificadas nas últimas SE, demonstra que a
no entanto, destacar a possível defasagem temporal entre eles. Em campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais
geral, aumentos no número de óbitos são observados uma ou duas objetivos, qual seja, a redução do impacto da doença, produzindo
semanas após a subida no número de casos. Esses indicadores redução dos casos graves e óbitos. A inspeção visual das curvas do
epidemiológicos, assim como dados sobre vacinação contra a Covid-- número de óbitos e proporção da população total vacinada com
19 podem ser visualizados no sistema MonitoraCovid-19, disponibili- esquema completo, embora não permita uma análise conclusiva, é
zado pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnoló- clara quando mostra que a queda de óbitos acompanha o crescimento
gica (ICICT/Fiocruz). da cobertura vacinal na população. Porém, é importante observar que
Considerando a série histórica recente, esses valores mostram a a vacinação não bloqueia completamente a transmissão da doença, o
manutenção da tendência de redução dos impactos da Covid-19 no que exige vigilância e alerta permanente, considerando os cenários
país, que vem se mantendo com uma taxa de redução entre 1 e 2 %. A que envolvem a circulação de variantes de preocupação, que podem
maior parte das Unidades da Federação apresentou tendência de queda ser mais transmissíveis ou mesmo incorrer em maior letalidade.
dos indicadores, com exceção da Paraíba. No entanto, se observa ainda Neste contexto, é importante manter medidas de proteção coletiva
uma grande oscilação de tendências em alguns estados. Roraima, e individual, como o uso de máscaras, higienização das mãos, distan-
Tocantins, Sergipe e Paraná tiveram drásticas reduções do número de ciamento físico, principalmente em locais fechados, bem como intensi-
casos ou de óbitos por Covid-19, após várias semanas de alta. Essas ficação das campanhas de vacinação. No âmbito do SUS, é necessá-
alterações rápidas não podem ser atribuídas à dinâmica de transmissão rio o reforço de ações de vigilância em saúde, a readequação dos
e adoecimento, mas devem-se a problemas no fluxo de dados. serviços de atenção à saúde, desde as unidades básicas até os
Esses sistemas vêm apresentando problemas na coleta, digitali- hospitais especializados, de modo a diagnosticar e tratar oportuna-
zação e disponibilização de registros de casos e de óbitos. As falhas mente possíveis doentes graves de Covid-19, bem como atender a
se refletem na divulgação de registros, ora muito abaixo do esperado, demandas por atenção de outras doenças que vêm sendo adiadas.

1. https://www.euro.who.int/en/media-centre/sections/statements/2021/statement-update-on-covid-19-europe-and-central-asia-again-at-the-epicentre-of-the-pandemic

-10,5
RR 0,4
AP

-2,3 -5,3 0,1


PA -1,9 RN
AM -17,4
MA CE 1,2
PB
-1,0
PI 0,8
-19,6 PE
-14,5 AC -9,0
RR 0,2 0,2 -2,3
TO
AP AL
RO -0,2
-2,7
-3,5 SE
BA
MT -5,2
DF

-0,9 -3,3 2,2 -2,5


PA -6,2 RN
AM -1,9 GO
MA CE 21,3 -1,0
PB
-0,7 MG -0,6
PI -0,9 -2,1 ES
-9,8 PE MS
AC -2,7 0,7 1,1
-0,1 TO SP
AL -8,1
RO -6,5
-1,4 -10,7 RJ
-5,7 SE
BA PR
MT -9,4
DF
0,6
-6,1 SC
GO
0,4
-5,1 RS
MG -3,4
-4,7 ES
MS
-4,4
SP
Observatorio Covid−19 | Fiocruz

-4,0
-1,4 RJ
PR

-2,3
SC

2,4
RS

Tendência Redução Manutenção Crescimento

Os mapas têm como objetivo apontar tendências na incidência de casos e de mortalidade nas últimas duas semanas epidemiológicas. O valor acima de 5% indica uma
situação de alerta máximo; variação entre a -5 e +5% indica estabilidade e manutenção do alerta e menor que -5% indica redução, mesmo que temporária, da transmissão.
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TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA E DA MORTALIDADE POR COVID-19

Região UF Casos % Óbitos % Taxa de casos Taxa de óbitos

Norte Rondônia -0,1 0,2 10,9 0,1

Norte Acre -9,8 -19,6 0,3 0,0

Norte Amazonas -0,9 -2,3 1,0 0,0

Norte Roraima -14,5 -10,5 6,9 0,1

Norte Pará -3,3 -5,3 2,4 0,0

Norte Amapá 0,2 0,4 3,0 0,0

Norte Tocantins -2,7 -9,0 8,1 0,2

Nordeste Maranhão -6,2 -1,9 2,1 0,0

Nordeste Piauí -0,7 -1,0 6,1 0,1

Nordeste Ceará -1,9 -17,4 1,1 0,1

Nordeste Rio Grande do Norte 2,2 0,1 5,6 0,1

Nordeste Paraíba 21,3 1,2 12,2 0,1

Nordeste Pernambuco -0,9 0,8 3,9 0,1

Nordeste Alagoas 0,7 -2,3 1,9 0,1

Nordeste Sergipe -6,5 -0,2 0,5 0,0

Nordeste Bahia -1,4 -2,7 2,8 0,0

Sudeste Minas Gerais -5,1 -1,0 5,1 0,1

Sudeste Espírito Santo -3,4 -0,6 13,6 0,3

Sudeste Rio de Janeiro -4,0 -8,1 5,6 0,3

Sudeste São Paulo -4,4 1,1 2,4 0,1

Sul Paraná -1,4 -10,7 11,7 0,3

Sul Santa Catarina -2,3 0,6 9,9 0,2

Sul Rio Grande do Sul 2,4 0,4 8,9 0,2

Centro-Oeste Mato Grosso do Sul -4,7 -2,1 2,7 0,1

Centro-Oeste Mato Grosso -5,7 -3,5 6,8 0,1

Centro-Oeste Goiás -6,1 -2,5 16,3 0,2

Centro-Oeste Distrito Federal -9,4 -5,2 7,8 0,4

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Níveis de atividade e incidência de Síndromes


Respiratórias Agudas Graves (SRAG)
Os casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) se podem ter discrepâncias com os sistemas estaduais da vigilância. A
mantiveram, de forma geral, em níveis altos, ainda que em estabilidade técnica nowcasting pelo Infogripe avalia, para o período mais recente, o
no país nas últimas semanas epidemiológicas. Após um declínio no volume de casos de SRAG que ainda não foi computado nas estatísti-
número de casos de SRAG, nas últimas semanas a queda foi interrompi- cas, devido ao tempo necessário para entrada de dados na base de
da e a incidência de SRAG no país manteve-se em faixa entre 1 a 5 vigilância do SIVEP-gripe.
casos por 100 mil habitantes. Como apontado em boletins anteriores, Os casos de SRAG têm sido, desde o início da pandemia por
esta interrupção ocorre em meio a um cenário em que alguns estados Covid-19, majoritariamente por infecção do vírus SARS-CoV-2. Entre-
apresentam ligeira tendência de aumento, ao passo que outros ainda tanto, para crianças na faixa etária de 0 a 9 anos, as incidências de
mantém redução da incidência. SRAG, em geral, são mais baixas quando comparadas a faixas etárias
Nos estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do adultas, em particular acima de 60 anos, e têm sido detectados, no ano
Sul) as incidências de SRAG, avaliadas por médias móveis, são as mais 2021, para a faixa etária de 0 a 9 anos, números comparáveis aos de
altas, pois estão acima de 4 casos por 100 mil habitantes, sendo que no outros vírus respiratórios.
Paraná está acima de 5 casos por 100 mil habitantes, considerado As taxas de incidência de SRAG ainda altas, a interrupção na
extremamente alto. Observa-se também que os estados de São Paulo redução e a tendência de aumento em alguns estados, como Acre,
e Minas Gerais tiveram incidências de SRAG estimadas em 3,8 e 3,3 Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo e Rio
casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Na maioria dos estados, Grande do Sul, evidenciam que ainda são bastante necessárias as
as taxas avaliadas se mantém na faixa entre 1 a 5 casos por 100 mil atividades de vigilância epidemiológica, com atenção das medidas de
habitantes. Finalmente, no Mato Grosso e no Maranhão as estimativas supressão de transmissão de vírus respiratórios, como uso de máscaras
são as mais baixas dentre os estados, e se situam inferiores a 1 caso por de proteção, com testagem e orientações para evitar disseminação do
100 mil habitantes. Vale notar que as estimativas são feitas pelo método vírus SARS-CoV-2, que permanece predominante pela pandemia, além
nowcasting do Infogripe, com dados de vigilância do SIVEP-gripe, que da vacinação contra a Covid-19.
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NÍVEIS DE ATIVIDADE E INCIDÊNCIA DE SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS AGUDAS GRAVES (SRAG)


Região UF Casos Taxa Nível

Norte Rondônia 1,0 Alta

Norte Acre 1,3 Alta

Norte Amazonas 1,6 Alta

Norte Roraima 1,8 Alta

Norte Pará 1,2 Alta

Norte Amapá 1,4 Alta

Norte Tocantins 2,0 Alta

Nordeste Maranhão 0,3 Pré-epidêmica

Nordeste Piauí 1,9 Alta

Nordeste Ceará 1,0 Alta

Nordeste Rio Grande do Norte 2,4 Alta

Nordeste Paraíba 1,9 Alta

Nordeste Pernambuco 2,2 Alta

Nordeste Alagoas 1,4 Alta

Nordeste Sergipe 1,6 Alta

Nordeste Bahia 1,1 Alta

Sudeste Minas Gerais 3,3 Alta

Sudeste Espírito Santo 1,2 Alta

Sudeste Rio de Janeiro 1,9 Alta

Sudeste São Paulo 3,8 Alta

Sul Paraná 5,2 Muito alta

Sul Santa Catarina 4,3 Alta

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Sul Rio Grande do Sul 4,8 Alta

Centro-Oeste Mato Grosso do Sul 2,3 Alta

Centro-Oeste Mato Grosso 0,9 Epidêmica

Centro-Oeste Goiás 2,9 Alta

Centro-Oeste Distrito Federal 4,4 Alta

NÍVEL DE SRAG (E INCIDÊNCIA DE CASOS POR 100.000 HAB.)

1,8
RR 1,4
AP

1,6 1,2 2,4


PA 0,3 RN
AM 1,0
MA CE 1,9
PB
1,9
PI 2,2
1,3 PE
AC 2,0 1,4
1,0 TO
AL
RO 1,6
1,1
0,9 SE
BA
MT 4,4
DF

2,9
GO
Nível Pré-epidêmica
3,3
MG 1,2
Epidêmica 2,3 ES
MS
3,8
Alta SP
1,9
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5,2 RJ
Muito alta PR

4,3
Extremamente Alta SC

4,8
RS
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Leitos de UTI para COVID19 Entre as capitais, Manaus (60%), Vitória (67%) e Porto Alegre
(63%) mostraram-se na zona de alerta intermediário. As demais perma-
Dados obtidos em 8 de novembro de 2021 indicam a manutenção necem fora da zona de alerta: Rio Branco (0%), Boa Vista (31%),
das taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS Macapá (20%), Palmas (16%), São Luís (22%), Teresina (54%),
em níveis predominantemente inferiores a 50%, apesar da retirada Fortaleza (34%), Natal (47%), João Pessoa (29%), Maceió (49%),
paulatina de leitos em diversos estados. O Espírito Santo permanece Salvador (32%), Belo Horizonte (54%), Rio de Janeiro (46%), São Paulo
na zona de alerta intermediário (63%) pela oitava semana consecuti- (31%), Curitiba (47%), Florianópolis (50%), Porto Alegre (63%), Campo
va, enquanto os demais estados e o Distrito Federal encontram-se Grande (33%), Cuiabá (32%), Goiânia (27%) e Brasília (48%). Embora
fora da zona de alerta. Entre os dias 1º e 8 de novembro, mesmo sem se possa afirmar que Belém, Recife e Aracajú estejam fora da zona de
perda de leitos de UTI destinados à Covid-19, três estados registra- alerta, as suas taxas não foram divulgadas separadamente,
ram incrementos de 5% ou mais nas suas respectivas taxas: sublinhando-se que as duas primeiras capitais retiraram, no nível
Rondônia (48% para 55%), Roraima (16% para 31%) e Piauí (51% municipal, todos os leitos de UTI para adultos dedicados à Covid-19.
para 58%). Vale sublinhar que a taxa do Rio Grande do Sul (55%), Apesar do quadro positivo de redução das taxas de ocupação de
uma das três superiores a 50%, , considera o conjunto de leitos de UTI leitos de UTI, é importante destacar que ainda estamos longe do
disponíveis no SUS, para Covid-19 e outras causas de internação, patamar desejável de imunização da população (cerca de 80% da
diferentemente das demais, que se baseiam somente no universo dos população geral). A experiência internacional com a pandemia vem
leitos de UTI destinados à Covid-19. Possivelmente a taxa específica demonstrando que mesmo com altos percentuais de população vacina-
para Covid-19 seria mais baixa se calculada como nas outras da pode ocorrer o aumento de casos novos. Desse modo, a flexibiliza-
Unidades Federativas. ção precoce e a não observância do princípio da precaução em muitas
Foram observadas reduções nos leitos de UTI para adultos cidades do país deve ser tema de preocupação dos gestores, pois há
destinados à Covid-19 no SUS em Alagoas (151 para 131 leitos), chances de reveses.
Paraná (1215 para 1189 leitos), Mato Grosso do Sul (239 para 151 Embora a vacinação proporcione um outro contexto em que, na
leitos), Mato Grosso (248 para 185 leitos) e Goiás (414 para 392 leitos). eventualidade de novo crescimento de casos, provavelmente haveria
Conforme já mencionado, o Espírito Santo (63%) é o único estado um índice muito menor de casos graves, seria desastroso retroceder no
na zona de alerta intermediário. Os outros 25 estados e o Distrito processo de melhoria do quadro pandêmico geral. É fundamental avan-
Federal estão fora da zona de alerta: Rondônia (5%), Acre (3%), çar com a vacinação, mantendo outras medidas de prevenção contra a
Amazonas (28%), Roraima (31%), Pará (40%), Amapá (16%), Covid-19, entre as quais se destacam o passaporte vacinal, que
Tocantins (16%), Maranhão (33%), Piauí (58%), Ceará (40%), Rio também estimula a vacinação, e o uso de máscaras em ambientes
Grande do Norte (46%), Paraíba (24%), Pernambuco (48%), Alagoas públicos fechados e em ambientes abertos com aglomeração.
(34%), Sergipe (19%), Bahia (34%), Minas Gerais (16%), Rio de Por outro lado, frente a evidências que começam a indicar a perda
Janeiro (28%), São Paulo (25%), Paraná (37%), Santa Catarina (39%), de proteção das vacinas na população em geral com o tempo, cabe
Rio Grande do Sul (55%), Mato Grosso do Sul (32%), Mato Grosso chamar a atenção para a necessidade do país se preparar para a
(36%), Goiás (30%) e Distrito Federal (48%). possibilidade de reforço vacinal em toda a população no próximo ano.

TAXA DE OCUPAÇÃO (%) DE LEITOS DE UTI COVID-19 PARA ADULTOS

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá


100

80

60

40

20

Tocantins Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba


100

80

60

40

20

Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo


100
Taxa de ocupação (%)

80

60

40

20

Rio de Janeiro (estado) Rio de Janeiro (capital) São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
100

80

60

40

20

0
jul jan jul jul jan jul
Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal
100

80
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60

40

20

0
jul jan jul jul jan jul jul jan jul jul jan jul
Data
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TAXA DE OCUPAÇÃO (%) DE LEITOS DE UTI COVID-19 PARA ADULTOS

31
RR 16
AP

28 40 46
PA 33 RN
AM 40
MA CE 24
PB
58
PI 48
3 PE
AC 16 34
55 TO
AL
RO 19
34
36 SE
BA
MT 48
DF

30
GO

16
MG 63
32 ES
MS
25
SP
28
37 RJ
PR

39
SC

55
RS
Alerta Baixo Médio Crítico

17/07/2020 27/07/2020 10/08/2020 24/08/2020 07/09/2020 21/09/2020 05/10/2020 26/10/2020

09/11/2020 23/11/2020 07/12/2020 21/12/2020 04/01/2021 18/01/2021 01/02/2021 22/02/2021

01/03/2021 08/03/2021 15/03/2021 22/03/2021 29/03/2021 05/04/2021 12/04/2021 19/04/2021

26/04/2021 03/05/2021 10/05/2021 17/05/2021 24/05/2021 31/05/2021 07/06/2021 14/06/2021

21/06/2021 28/06/2021 05/07/2021 12/07/2021 19/07/2021 26/07/2021 02/08/2021 09/08/2021

16/08/2021 23/08/2021 30/08/2021 06/09/2021 13/09/2021 20/09/2021 27/09/2021 04/10/2021


Observatorio Covid−19 | Fiocruz

11/10/2021 18/10/2021 25/10/2021 01/11/2021 08/11/2021

Alerta Baixo Médio Crítico


Observatório Covid-19 SEMANAS
EPIDEMIOLÓGICAS 43 e 44 de 24 de outubro a 6
de novembro de 2021 P.8

Perfil demográfico: concentração de casos graves e fatais


entre idosos requer atenção da clínica e da vigilância
A análise demográfica do Boletim desta quinzena traz compara- UTI, no primeiro período a mediana foi de 53 anos, e na SE 43, o
ções para o período entre a semana epidemiológica (SE) 1 (03 a 09 patamar foi de 69 anos. Para os óbitos, a menor mediana, que foi de
de janeiro) e a semana epidemiológica 43 (24/10 a 30/10) de 2021. 58 anos, ocorreu entre a SE 21 (23 a 29/05) e SE 24 (13 a 19/06), e
Os casos graves e fatais permanecem concentrados nas idades mais na SE 43 foi de 72 anos. As médias de idade nas internações, interna-
avançadas. A idade mediana dos pacientes internados, ou seja, a ções em UTI e óbitos na SE 43 foram, respectivamente, 61,3, 63,2 e
idade que delimita a concentração de 50% dos casos, chegou ao 70,4 anos. Após o início da vacinação entre adultos jovens, a média e
menor patamar, de 51 anos, entre a SE 23 (06 a 12/06) e 27 (04 a mediana de idade nos três casos – internações gerais, internações
10/07). Na SE 43, a mediana foi de 67 anos. Para as internações em em UTI e óbitos – voltaram ao patamar superior a 60 anos.

1. A análise inclui dados até a semana epidemiológica 43. Os dados da semana epidemiológica 44 ainda se encontram em processamento, pois muitos casos permanecem
abertos, ainda em investigação.

FIGURA 1 - EVOLUÇÃO TEMPORAL DA MÉDIA E MEDIANA DA IDADE DOS CASOS INTERNADOS E ÓBITOS POR COVID-19

Média Mediana
75 75

70 70

65 65
Idade

Idade

60 60

55 55

50 50
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
Semana Epidemiológica Semana Epidemiológica

Sivep-Gripe, 2021
Internações Óbitos Internações em UTI Internações Óbitos Internações em UTI

FIGURA 2 - DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DE CASOS INTERNADOS E ÓBITOS POR COVID-19 EM HOSPITALIZAÇÕES SEGUNDO SEMANA EPIDEMIOLÓGICA. BRASIL, 2021

Casos Internados Óbitos


4.5 5.0

4.0 4.5

3.5 4.0
3.5
3.0
3.0
2.5
2.5
%

2.0
2.0
1.5
1.5
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

Idade Idade
Sivep-Gripe, 2021

SE 1 SE 24 SE 43 SE 1 SE 23 SE 43
Observatório Covid-19 SEMANAS
EPIDEMIOLÓGICAS 43 e 44 de 24 de outubro a 6
de novembro de 2021 P.9

FIGURA 3 - PROPORÇÃO DE CASOS INTERNADOS E ÓBITOS POR COVID-19 SEGUNDO FAIXA ETÁRIA

Casos internados Óbitos

43 11.0% 21.6% 48.4% 14.9% 43 1.0%15.3% 50.9% 28.8%

42 12.7% 21.6% 46.2% 16.1% 42 0.7% 17.5% 48.9% 28.0%

41 10.1% 22.7% 45.8% 17.9% 41 0.6%15.1% 49.8% 31.4%

40 11.0% 23.8% 43.8% 18.6% 40 0.2% 20.5% 46.9% 28.1%

39 10.6% 23.3% 43.7% 19.1% 39 0.7%16.5% 49.2% 30.1%

38 11.6% 24.6% 42.8% 17.9% 38 0.8% 15.3% 50.0% 29.4%

37 12.4% 25.5% 40.1% 18.6% 37 0.7% 16.2% 47.6% 31.5%

36 12.7% 27.2% 38.4% 18.5% 36 0.6% 17.2% 44.4% 33.0%

35 14.5% 27.2% 38.2% 17.0% 35 0.6% 18.8% 46.4% 28.5%

34 17.3% 27.8% 35.7% 15.8% 34 0.9% 18.8% 45.0% 28.8%

33 18.6% 28.8% 34.4% 15.1% 33 0.6% 20.4% 44.5% 27.2%

32 21.1% 30.3% 32.7% 13.5% 32 0.5% 22.1% 43.6% 26.0%

31 22.7% 31.0% 31.2% 12.7% 31 0.3% 23.1% 42.9% 25.2%

30 22.6% 33.7% 30.1% 11.5% 30 0.3% 25.6% 41.2% 23.5%

29 22.3% 37.6% 27.8% 10.2% 29 0.5% 27.7% 40.9% 21.6%

28 21.9% 40.6% 25.7% 9.9% 28 0.5% 31.7% 38.0% 21.1%

27 20.5% 45.7% 23.6% 8.3% 27 0.3% 35.8% 36.8% 18.9%

26 20.4% 47.9% 22.3% 7.7% 26 0.3% 39.3% 33.9% 16.7%


Semana Epidemiológica (2021)
Semana Epidemiológica (2021)

25 20.2% 49.7% 20.8% 7.6% 25 0.4% 40.9% 32.3% 16.4%

24 20.5% 50.5% 20.1% 7.4% 24 0.3% 41.8% 31.4% 15.7%

23 19.9% 51.6% 19.8%7.0% 23 0.4% 44.5% 30.4% 14.3%

22 19.9% 51.2% 20.2% 7.2% 22 0.3% 44.7% 29.7% 14.6%

21 18.8% 49.9% 22.6%7.2% 21 0.5% 43.6% 32.5% 14.0%

20 17.8% 48.4% 25.4%6.8% 20 0.4% 41.2% 35.7% 13.8%

19 17.2% 46.0% 28.5%6.7% 19 0.5% 38.9% 39.2% 13.0%

18 16.4% 43.2% 31.9%7.0% 18 0.3% 35.9% 43.3% 12.8%

17 15.1% 41.0% 35.4%7.0% 17 0.3% 32.5% 47.4% 12.6%

16 14.3% 39.2% 37.9%7.0% 16 0.3% 31.4% 49.3% 12.3%

15 13.6% 37.7% 40.1% 7.2% 15 0.3% 28.8% 52.3% 12.3%

14 13.3% 37.2% 40.4% 7.9% 14 0.3% 28.4% 51.9% 12.9%

13 13.3% 37.1% 40.1% 8.3% 13 0.2% 28.4% 51.7% 13.5%

12 13.2% 36.4% 39.9% 9.3% 12 0.3% 26.8% 51.3% 15.6%

11 13.2% 36.4% 38.8% 10.2% 11 0.3% 26.8% 50.1% 17.1%

10 13.6% 36.2% 38.6% 10.3% 10 0.3% 25.8% 50.0% 17.9%

9 13.8% 35.8% 37.7% 11.2% 9 0.4% 25.3% 48.9% 19.8%

8 13.8% 34.6% 38.2% 11.7% 8 0.4% 23.1% 49.6% 21.4%

7 13.2% 34.3% 38.3% 12.4% 7 0.2% 23.4% 49.0% 22.3%

6 12.7% 33.6% 38.3% 13.5% 6 0.3% 22.7% 48.2% 24.0%

5 11.5% 32.6% 38.9% 14.9% 5 0.4% 21.0% 47.1% 27.0%

4 10.8% 31.5% 40.9% 14.9% 4 0.4% 19.7% 49.7% 26.4%

3 10.2% 30.6% 41.9% 15.3% 3 0.5% 19.3% 49.7% 26.8%

2 10.9% 29.3% 40.7% 16.6% 2 0.5% 18.2% 48.7% 28.3%

1 9.0% 23.2% 41.3% 22.1% 1 0.5%15.1% 47.7% 33.6%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
%

0 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 59 anos 0 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 59 anos


60 a 79 anos 80 anos e mais 60 a 79 anos 80 anos e mais
Sivep-Gripe, 2021
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FIGURA 4 - CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE CASOS INTERNADOS E ÓBITOS POR COVID-19 NAS FAIXAS ETÁRIAS
SEGUNDO SEMANA EPIDEMIOLÓGICA. BRASIL, 2021.

Semana Epidemiológica

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43
1

9
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
85 a 89 anos
90 anos e mais
Casos internados

0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
85 a 89 anos Sivep-Gripe, 2021
90 anos e mais
Óbitos

Os dados do SIVEP Gripe evidenciam a reversão do rejuvenesci- o número de óbitos dentre aqueles internados, mostra que a
mento, ocorrido principalmente no primeiro semestre de 2021, deslo- probabilidade de morte entre idosos é 2,2 vezes a probabilidade
cando novamente a curva de hospitalizações para a população mais de morte entre adultos que precisaram de hospitalização.
velha, mas em termos relativos (Figura 2). Isto significa dizer que, Finalmente, ao observar as internações em leitos de terapia intensi-
no conjunto de internações em enfermarias, em leitos de UTI, e entre va (Figura 5), corroboramos a evidência descrita: mantém-se o
os óbitos, os idosos voltam a se destacar de forma proporcional. O panorama de maior contribuição relativa das faixas etárias mais
padrão atual da distribuição de casos internados e óbitos é seme- idosas entre as internações em UTI. As faixas etárias de 60 a 69
lhante ao período anterior ao início da vacinação. Este cenário anos, e 70 a 79 anos, representam os grupos etários de maior contri-
sugere que o efeito da vacinação já é perceptível de forma homogê- buição relativa nas internações em UTI.
nea na população adulta. A idade, portanto, precisa ser considera- A média e mediana de casos internados totais e em UTI
da como um aspecto de vulnerabilidade, e requer manejo clínico encontram-se estáveis há 6 semanas. Os mesmos indicadores para
e vigilância diferenciados. os óbitos, no entanto, vêm oscilando ao longo do mesmo período.
A proporção de casos internados entre idosos, que já Aparentemente, a transição da idade dos casos internados
esteve em 27% (SE 23, 06 a 12/06), hoje se encontra em 63,3%. pode ter alcançado seu limite. No entanto, a manutenção da
Já para os óbitos, que encontrou na mesma semana 23 a menor tendência de aumento da concentração de óbitos nesta faixa
contribuição de idosos (44,6%), hoje se encontra em 79,7% etária requer atenção para a necessidade de adoção de proto-
(Figura 3). A inspeção visual da concentração relativa de casos colos diferenciados de rastreamento populacional e, principal-
internados e óbitos por Covid-19 nas faixas etárias segundo semana mente, manejo clínico dos pacientes internados, para que se
epidemiológica (Figura 4) ratifica a reversão do rejuvenescimento evite atraso diagnóstico. A observação de sintomas por faixa
dos casos internados e óbitos, com concentração substancialmente etária precisa ser pesquisada, e a resposta dos idosos aos
maior entre idosos há 8 semanas. A letalidade hospitalar, ou seja, protocolos de tratamento de adultos precisa ser avaliada.
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FIGURA 5 - INTERNAÇÕES EM UTI POR COVID-19 POR FAIXA ETÁRIA E SEGUNDO SEMANA EPIDEMIOLÓGICA. BRASIL, 2021

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
SE 1 SE 25 SE 43
0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos
40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos
80 a 90 anos 90 anos e mais

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0%
SE 1 SE 25 SE 43
0 a 9 anos 10 a 19 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos
80 a 90 anos 90 anos e mais 20 a 29 anos 30 a 39 anos
40 a 49 anos 50 a 59 anos
Sivep-Gripe, 2021
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O avanço da vacinação e a distribuição de imunizantes


Segundo dados do MonitoraCovid-19 disponibilizados pelo 54,2% destas doses destinadas à primeira dose, 43,1% segundas
@coronavirusbra1 (https://coronavirusbra1.github.io/), oriundos doses ou doses únicas, e 2,7% terceiras doses (reforço ou adicional).
das informações das Secretarias Estaduais de Saúde, mais de 284 O estado do Mato Grosso do Sul apresenta o maior percentual de
milhões de doses de vacinas foram administradas no Brasil, o que doses destinadas para completar o esquema vacinal, com 45,7%, e
representa a imunização de 72,9% da população com a primeira ainda o maior percentual de terceiras doses, com 6,4%. Amapá e
dose e 53% com o esquema de vacinação completo. Roraima apresentam as maiores diferenças entre aplicação de
Quinze estados têm mais de 70% da população com vacinação primeira e segundas doses/doses únicas, no Acre observa-se o
para primeira dose, e treze apresentam mais de 50% da população menor número de doses de reforço ou doses adicionais.
com segunda dose. O estado de São Paulo, com mais de 80% da Os dados do Ministério da Saúde (tabela 2) apontam que mais de
população com vacinação de primeira dose e 69% com segunda 349 milhões de doses de imunizantes foram distribuídas aos estados,
dose ou dose única, apresenta o maior percentual de imunizados e que 92,1% destes já foram destinados aos municípios para aplica-
no país. ção. Dentre as 27 Unidades da Federação, os estados de Roraima e
Os dados apontam que foram aplicadas, até o dia 11 de novem- Rio Grande do Norte apresentam o menor percentual de repasses de
bro de 2021, mais de 284 milhões de doses dos imunizantes, com imunizantes para os municípios.

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO VACINADA

Brasil Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará


100
72,94
70 64,53 60,91 61,49
54,14 57,91
56,09
50 47,01 42,64 44,12
38,99
33,28
30

Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte


100

72,24 70,58 70,88


70 63,93 60,26
55,35
51,28 55,32 52,18
50 43,54 41,79
30 30,76

Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais


100
73,11 72,13 71,69 74,76
68,03 69,90
70
Percentual

51,81 51,58 55,76


50 48,06 45,79 49,51

30

Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
100
80,76 76,36
73,69 73,08 74,82 75,64
70 69,39
59,49 60,45 61,88
56,20 53,37
50

30

0
jan abr jul out jan abr jul out
Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal
100

69,02 68,67 70,42 73,00


70 65,11
56,01
50 49,64 47,52

30

0
jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out
Data

Dose aa 1a dose aa 2a dose


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TABELA 1 - DOSES APLICADAS, PERCENTUAL SEGUNDO DOSE VACINAL E DIFERENÇA PERCENTUAL ENTRE AS DOSES

% doses
Doses Dose 2 % doses destinadas a % terceira
UF Dose 1 / Dose única Dose 3 destinadas a segunda dose dose
aplicadas primeira dose e dose única

BRASIL 284.425.196 154.056.389 122.635.903 7.732.904 54,2 43,1 2,7


ACRE 947.468 547.732 393897 5839 57,8 41,6 0,6
ALAGOAS 3.882.583 2.259.278 1553882 69.423 58,2 40,0 1,8
AMAZONAS 4.584.872 2.603.719 1920416 60.737 56,8 41,9 1,3
AMAPÁ 790.314 483.486 298308 8520 61,2 37,7 1,1
BAHIA 18.219.530 10.299.318 7571755 348.457 56,5 41,6 1,9
CEARÁ 11.905.996 6.450.739 5274885 180372 54,2 44,3 1,5
DISTRITO FEDERAL 4.151.177 2.246.992 1792081 112.104 54,1 43,2 2,7
ESPÍRITO SANTO 5.667.581 3.009.196 2363602 294.783 53,1 41,7 5,2
GOIÁS 8.734.860 5.028.534 3536839 169.487 57,6 40,5 1,9
MARANHÃO 7.416.118 4.220.526 3071399 124.193 56,9 41,4 1,7
MINAS GERAIS 29.073.929 15.864.662 12426372 782.895 54,6 42,7 2,7
MATO GROSSO DO SUL 4.077.810 1.952.510 1864754 260.546 47,9 45,7 6,4
MATO GROSSO 4.282.864 2.424.328 1793983 64.553 56,6 41,9 1,5
PARÁ 8.568.638 5.036.681 3430485 101472 58,8 40,0 1,2
PARAÍBA 5.076.375 2.924.007 2044551 107.817 57,6 40,3 2,1
PERNAMBUCO 12.212.458 6.828.374 5127306 256.778 55,9 42,0 2,1
PIAUÍ 4.091.729 2.311.534 1735503 44692 56,5 42,4 1,1
PARANÁ 15.974.823 8.576.760 7087250 310.813 53,7 44,4 1,9
RIO DE JANEIRO 23.001.065 12.636.388 9575167 789.510 54,9 41,6 3,4
RIO GRANDE DO NORTE 4.555.988 2.503.489 1911883 140.616 54,9 42,0 3,1
RONDÔNIA 2.094.781 1.164.771 896507 33.503 55,6 42,8 1,6
RORAIMA 569.719 341.928 220353 7438 60,0 38,7 1,3
RIO GRANDE DO SUL 16.367.762 8.603.972 7255325 508.465 52,6 44,3 3,1
SANTA CATARINA 10.306.041 5.548.544 4505763 251.734 53,8 43,7 2,4
SERGIPE 2.970.319 1.662.429 1240315 67575 56,0 41,8 2,3
SÃO PAULO 73.122.933 37.506.444 33019349 2.597.140 51,3 45,2 3,6
TOCANTINS 1.777.463 1.020.048 723973 33.442 57,4 40,7 1,9

Fonte: : https://coronavirusbra1.github.io/ 28/10/2021

TABELA 2 - DOSES DISTRIBUÍDAS AOS ESTADOS E REPASSADAS AOS MUNICÍPIOS

UF DOSES DISTRIBUÍDAS PELO DOSES DISTRIBUÍDAS PELOS PERCENTUAL DE


MINISTÉRIO DA SAÚDE AOS ESTADOS ESTADOS AOS MUNICÍPIOS REPASSE

BRASIL 349.829.432 322.227.476 92,1


ACRE 1.364.490 1.124.412 82,4
ALAGOAS 5.001.935 4.461.551 89,2
AMAZONAS 6.170.370 5.364.748 86,9
AMAPÁ 1.226.370 1.126.712 91,9
BAHIA 23.755.687 22.046.562 92,8
CEARÁ 15.216.016 14.059.351 92,4
DISTRITO FEDERAL 5.539.677 5.539.677 100,0
ESPÍRITO SANTO 6.851.780 6.598.913 96,3
GOIÁS 11.272.990 10.218.294 90,6
MARANHÃO 10.283.765 9.083.459 88,3
MINAS GERAIS 36.343.369 34.118.190 93,9
MATO GROSSO DO SUL 4.666.075 4.410.378 94,5
MATO GROSSO 5.966.787 5.310.344 89,0
PARÁ 12.788.455 12.445.814 97,3
PARAÍBA 6.664.715 6.143.946 92,2
PERNAMBUCO 14.920.800 14.250.261 95,5
PIAUÍ 5.202.505 5.159.639 99,2
PARANÁ 19.194.660 18.617.307 97,0
RIO DE JANEIRO 30.192.203 29.492.609 97,7
RIO GRANDE DO NORTE 5.992.790 3.546.894 59,2
RONDÔNIA 2.817.558 2.485.168 88,2
RORAIMA 1.065.958 647.906 60,8
RIO GRANDE DO SUL 19.513.496 19.008.032 97,4
SANTA CATARINA 12.336.634 11.533.184 93,5
SERGIPE 3.615.575 3.563.896 98,6
SÃO PAULO 79.458.817 75.021.701 94,4
TOCANTINS 2.405.955 2.388.205 99,3

Fonte: : https://qsprod.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19VAC_Distr/DEMAS_C19VAC_Distr.html 11/11/2021


Observatório Covid-19 SEMANAS
EPIDEMIOLÓGICAS 43 e 44 de 24 de outubro a 6
de novembro de 2021 P.14

FOTO: MARCELLA LOURENZETTO/CBN


Precisamos falar sobre a primeira dose da vacina!
A estratégia da vacinação como medida de mitigação da mento de 0,08% ao dia). Esta observação requer atenção especial,
pandemia é, sem dúvidas, efetiva. O Observatório Covid-19 da pois este é o momento em que a estagnação da curva de crescimen-
Fiocruz vem acompanhando regularmente o indicador de cobertu- to da primeira dose traduz a saturação populacional para a vacina-
ra vacinal completa no Brasil (1ª e 2ª doses e esquema de dose ção, a exemplo do que vem ocorrendo em outros países, e que tem
única), observando-se que ele segue crescendo ao longo das trazido por consequência um ganho de casos novos nestes locais
semanas. Isto significa que a população, de uma forma geral, vem semanas após o diagnóstico desta saturação.
aderindo à aplicação do imunobiológico, havendo a expectativa de Vale mencionar que esta estimativa se refere à população total.
que, caso todos aqueles vacinados de primeira dose tomem Em que pese o fato de as crianças ainda não estarem incluídas nos
suas segundas doses oportunamente, a cobertura vacinal critérios de elegibilidade para a vacinação, elas respondem por
completa estará próxima de 70% até o fim de 2021. Isso corro- aproximadamente 14% da população. Temos a possibilidade de
bora a orientação que vem sendo dada há semanas, no sentido de chegar a uma cobertura de 86% da população, somente consideran-
sensibilizar a população para que retorne às unidades de saúde e do adolescentes e adultos, e não podemos considerar satisfatória
complete seu esquema vacinal. uma estagnação em torno de 73%! Portanto, novas estratégias
Um aspecto não menos relevante e que tem trazido preocupação precisam ser adotadas para alcançar pessoas em localizações
mais recente é que, desde setembro, o ritmo de vacinação de mais remotas do país e pessoas ainda resistentes à aplicação
primeira dose no Brasil vem desacelerando e, desde meados de das vacinas. É importante reforçar que a vacinação é uma responsa-
outubro, tem crescimento constante e próximo de zero, varian- bilidade individual e coletiva, de forma que o aumento da cobertura
do, num intervalo de 25 dias, entre 71,03 e 73,27% (um cresci- vacinal, no limite, protege toda a população.

EVOLUÇÃO TEMPORAL DA COBERTURA VACINAL CONTRA COVID-19 COM 1ª DOSE (A) E 1ª + 2ª DOSE (B). BRASIL, 2021

80 60

70
50
60
População coberta (%)

População coberta (%)

40
50

40 30

30
20
20
10
10

0 0
2/1/21

3/3/21

4/2/21

5/2/21

6/1/21

7/1/21

2/1/21

3/3/21

4/2/21

5/2/21

6/1/21

7/1/21
10/14/21
10/29/21

10/14/21
10/29/21
1/17/21

2/16/21

3/18/21

4/17/21

5/17/21

6/16/21

7/16/21
7/31/21
8/15/21
8/30/21
9/14/21
9/29/21

1/17/21

2/16/21

3/18/21

4/17/21

5/17/21

6/16/21

7/16/21
7/31/21
8/15/21
8/30/21
9/14/21
9/29/21

Data Data

1ª dose (a) 1ª + 2ª dose (b)

EXPEDIENTE | Boletim Observatório Covid-19é uma publicação do Observatório Covid-19 /Fiocruz.


Presidente: Nísia Trindade Lima • Assessoria de Relações Institucionais: Valcler Rangel Fernandes • Observatório Covid-19: Carlos Machado de Freitas, Christovam
Barcellos, Daniel Antunes Maciel Villela, Gustavo Corrêa Matta, Lenice Costa Reis, Margareth Crisóstomo Portela, Diego Ricardo Xavier, Raphael Guimarães, Raphael
de Freitas Saldanha, Isadora Vida Mefano • Coordenação de Comunicação Social - Coordenação: Elisa Andries • Edição: Regina Castro • Revisão: Gustavo de Carvalho
• Estagiária de Comunicação: Ana Flávia Pilar • Edição de Arte: Guto Mesquita

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