Pim IV
Pim IV
Pim IV
TECNICAS DE NEGOCIAÇÃO
Para negociar e ter sucesso, há alguns pré-requisitos. Kotler relaciona as mais importantes
habilidades para bons negociadores:
Preparação: mesmo quem está muito acostumado a negociar precisa estar preparado.
No mundo dos negócios, assim como no das artes marciais, há executivos que são
faixa-preta, capacitados para os mais desafiantes embates. Aproveitando o paralelo
com as artes marciais, não se pode iniciar uma luta estando despreparado,
desconcentrado e desaquecido, ou haverá risco de lesão e derrota certa.
• Planejamento: ação que indica o caminho estabelecido quando se pode
desfrutar de destreza mental ao ocupar-se com um evento futuro. Quem
planeja aumenta a chance de êxito porque, ao prever o caminho a seguir,
prevê intempéries.
• Conhecimento do assunto: as propostas em negociações ocorrem de modo
que forneçam pouco tempo para a decisão, e, assim, terá vantagem aquele
que conhecer melhor o assunto.
• Capacidade de pensar com clareza: quem pensa com clareza consegue
construir mapas mentais, que, logo, acenam com vantagens que podem ser
propostas ou aceitas. Demorar a entender uma ideia ou criar uma solução
alternativa pode ser decisivo em negociação. Muitas pessoas receiam fazer
perguntas e entendem mal as propostas, mas há quem não se envergonhe de
fazer perguntas e, por isso, essas pessoas costumam entender com mais
clareza.
• Capacidade de pensar rápido: há pessoas que desenvolveram essa habilidade
e desfrutam de enorme vantagem diante de seus oponentes por isso. Ninguém
pode ser sempre mais rápido que os demais ao pensar numa saída, numa
ideia, numa opinião sensata ou numa forma elegante de apresentar uma
negativa. É importante que o treino e as condições aperfeiçoem tal habilidade,
pois ela é muito valiosa.
• Verbalização fácil: muitas negociações não se consumam pela ausência de
diálogo ou pelo fato de ocorrerem sem que nenhuma das partes consiga
clareza ao expor suas posições. Pode-se 30 Revisão: Juliana - Diagramação:
Márcio - 09/09/2014 Unidade I desenvolver a verbalização fácil com exercício,
leitura e coragem. O papel de interlocutor em negociações é bem comum
justamente por causa de sua habilidade ao expressar-se, qualidade que as
partes não possuem.
• Ouvido atento: não é raro algumas pessoas saírem de uma negociação
pensando no que aconteceu e citarem que teriam disposição para uma das
propostas caso a outra parte aceitasse. Ao menos outro pequeno avanço, e
ouvir, de alguém presente, que tal avanço foi proposto e que ela mal ouviu.
Isso ocorre principalmente sob o efeito das emoções, e muitas pessoas
preocupadas com o que precisam dizer não mantêm o ouvido atento.
Vendedores costumam dizer tudo o que precisam, especialmente ao telefone,
embora nem sempre esperem que você dê muita atenção. E é assim mesmo:
muitos mal ouvem e depois encaram atritos gratuitos.
• Julgamento e compreensão geral: julgar é inerente ao ser humano. Fazer o
julgamento certo é o grande desafio, interpretar um sinal discreto, um sinal
secreto, e tomá-lo como referência na negociação. A compreensão geral
refere-se à visão que o negociador pode ou deve ter de toda a negociação. Por
exemplo: um sinal de fadiga pode revelar que é o momento de uma
negociação chegar ao fim e, se o sinal estiver correto, será hora de finalizar.
• Integridade: é a credencial que o negociador tem para que suas posições
tenham crédito. Em uma guerra, um dos comandantes garante um
cessar-fogo. O exército adversário poderá acreditar ou não, dependendo do
histórico desse comandante e/ou das garantias que ele oferecer. Crianças
fazem acordos e os quebram, mas são crianças e devem aprender.
Negociadores não podem desonrar acordos, pois caso o façam perdem a
credibilidade. Outras ocorrências não diretamente relacionadas ao negociador
também podem minar sua integridade.
• Persuasão: uma pessoa é persuasiva quando possui a capacidade de
convencer com facilidade. A persuasão é vista com bons olhos quando usada a
nosso favor; quando o sentido se inverte, o sentimento é de manipulação.
Pessoas persuasivas são poderosas, boas negociadoras e realizadoras, porque
conseguem converter seus desejos mais frequentemente que as demais. Há
quem considere que ela ocorre pela gestão das relações, ao suscitar emoções.
• Paciência: a paciência é a virtude daquele que sabe esperar, que aguarda o
momento adequado sem se deixar levar pelas emoções e cometer erros por
isso.
2. Negociação multilateral