Influenza Aviária
Influenza Aviária
Influenza Aviária
Prof. Elbio
Turma 6º A – Matutino - Vergueiro
Influenza Aviária
A Influenza Aviária é uma doença causada por um vírus RNA, envelopado, da família
Orthomyxoviridae do gênero influenzavirus e conhecida também como ‘Gripe Aviária’.
Uma das suas características é seu poder de penetração e infecção pelo muco das vias aéreas
e epitélio respiratório. É o principal causador de doenças respiratórias em humanos e
animais. Possuem dois tipos de glicoproteínas de superfície, HA (hemaglutinina) e NA
(Neuramidase), com 15 e 9 tipos de cepas respectivamente. Devido a essa alta diversidade e
variabilidade nas suas glicoproteínas de superfícies, estão em constante evolução genética e
antigênica e por isso são considerados um dos maiores desafios tanto a saúde pública mundial
quanto na produção animal. Além disso, a produção de vacinas únicas se torna um grande
problema e consequentemente surtos da doença acabam sendo recorrentes na história da
humanidade.
Sinais clínicos
Assim como a gripe humana, causada pelos vírus de influenza humano, os vírus de influenza
aviária causam nas aves problemas respiratórios (tosse, espirros, corrimento nasal), fraqueza e
complicações como pneumonia. A doença causada pelos subtipos H5 e H7 (classificados como
vírus de influenza aviária de alta patogenicidade) podem causar quadros graves da doença, com
manifestações neurológicas (dificuldade de locomoção) e outras (edema da crista e barbela,
nas juntas, nas pernas, bem como hemorragia nos músculos), resultando na alta mortalidade
das aves. Em alguns casos, as aves morrem repentinamente, antes de apresentarem sinais da
doença. Nesses casos, a letalidade pode ocorrer em 50 a 80% das aves. Nas galinhas de postura
observa-se diminuição na produção de ovos, bem como alterações na casca dos mesmos,
deixando-as mais finas.
O tempo de aparecimento dos sintomas após a infecção pelo vírus da influenza depende do
subtipo do vírus. Em geral os sintomas aparecem 3 dias após a infecção pelo vírus da influenza,
podendo ocorrer a morte da ave. Em alguns casos esse tempo é menor que 24 horas e em outros
pode chegar a 14 dias.
Após a infecção, as galinhas eliminam o vírus nas fezes por cerca de 10 dias e as aves silvestres
por cerca de 30 dias. Depois desse período, as aves que não morreram pela infecção podem
desenvolver imunidade contra a doença. As aves não permanecem portadoras do vírus por toda
a vida.
Alta Patogenicidade – Depressão severa, inapetência, penas arrepiadas, edema facial com crista
e barbela inchada e cianótica, canelas com lesões hemorrágicas, dificuldade respiratória com
descarga nasal, severa queda de postura, prostração, diarréia, paralisia e morte, morte súbita
sem presença dos sinais clínicos mortalidade de até 100% do aviário.
Com potencial pandêmico, como resultado da recombinação genética entre esses subtipos
virais. Tais vírus híbridos podem ser capazes de expressar antígenos de superfície de vírus
aviários para os quais a população humana não apresenta imunidade.
Nas manifestações humanas pacientes com infecção grave pelo H5N1 desenvolvem pneumonia
viral primária, linfopenia precoce e insuficiência renal em uma a duas semanas após o início
dos sintomas. Febre é a queixa de apresentação de todos os
Pacientes. Sintomas iniciais incluem também cefaléia, fadiga, mialgia, odinofagia, tosse e
coriza. Dispnéia foi relatada pela maioria dos pacientes, um a cinco dias após o início dos
sintomas. No estágio precoce da doença, é difícil prever qual paciente irá evoluir para a sua
forma grave. Dor abdominal, vômitos, diarréia, disfunção hepática, síndrome de Reye,
pancitopenia, falência renal, hemorragia pulmonar, síndrome da angústia respiratória aguda e
choque séptico foram relatados com diferentes frequências.
Sintomas gastrintestinais como vômitos, diarréia e dor abdominal não foram usuais em crianças
infectadas pelo H5N1. Contudo, sua presença em pacientes adultos infectados por este subtipo,
com complicações, é surpreendente. Disfunção Hepática, quando relatada em epidemias
anteriores, foi rara: 0,1% dos casos hospitalizados.
Portanto, os sinais clínicos da IA nas aves são extremamente variáveis e dependentes de fatores
como a espécie infectada, idade, infecções concomitantes, imunidade adquirida e fatores
ambientais. Em aves domésticas, a sintomatologia está associada a anormalidades nos órgãos
respiratórios, digestivo, urinário e reprodutor. Os sinais mais freqüentes incluem tosse, coriza,
sinusite, conjuntivite e excessivo lacrimejamento. Pode haver ainda quadro de diarréia, edema
de barbela e desordens neurológicas. Em poedeiras pode ser observada intensa queda na
postura e depressão. Em perus a doença pode ser severa, quando associada a infecções
secundárias. Em avestruzes pode ocorrer depressão, queda de penas, respiração com bico
aberto, além de paralisia das asas e tremores de cabeça e pescoço. Em aves selvagens e patos
domésticos, o vírus de IA de alta patogenicidade se replica mais lentamente e é capaz de
produzir poucos sinais clínicos. Em aves domésticas, os sinais clínicos estão relacionados à
replicação viral e dano patológico provocado em diversos órgãos, e em muitos casos o curso
da doença é tão fulminante que ocorre a morte das aves antes do aparecimento de sinais
clínicos. As aves que sobreviverem a esse curso, após 3-7 dias podem apresentar desordens
nervosas como tremores de cabeça e pescoço, incoordenação motora e opistótono.
Transmissão:
Diagnóstico:
Portanto, para o diagnóstico da doença é necessário o isolamento viral, detecção de RNA e/ou
de proteínas virais, obtidos desde tecidos, ovos embrionados ou suabes de traquéia ou cloaca.
O diagnóstico presuntivo pode ser realizado através de detecção de anticorpos específicos.
Diagnósticos por RT-PCR associados a sequenciamento de DNA são ferramentas de
diagnóstico essenciais e estratégicas para o monitoramento oficial destas enfermidades no país.
CONTROLE:
O vírus da influenza aviária faz parte das doenças de notificação obrigatória da Organização
Internacional de Epizootias (OIE), e está classificada na lista A das doenças notificáveis.
Devido a isto, toda e qualquer suspeita da doença deve ser comunicada ao Ministério da
Agricultura, para que este tome as medidas necessárias para o controle da doença. As medidas
a serem tomadas são, basicamente, a de impedir a difusão do vírus além do local da infecção,
para isto, são tomadas medidas de biossegurança, além de isolamento e quarentena.
CONDUTA:
A conduta a ser tomada com o plantel afetado pelo vírus da influenza aviária consiste em todas
as aves mortas e outros objetos contaminados (por exemplo, esterco, ovos, sangue, penas,
caixas de ovos) devidamente destruídos o mais rápido possível. Segundo o OIE uma das
formas mais seguras de destruição das aves é enterrá-las dentro do perímetro da propriedade.
Ademais, o mesmo local pode servir para a eliminação de outros materiais como: cama de
aviário, ração, ovos, papelão.
Para tomar esta decisão, deverá ser solicitada autorização dos órgãos de defesa do meio-
ambiente e dispor de um local para escavação que não comprometa o lençol freático,
relativamente perto do local onde estão as aves e de fácil acesso para transportar os materiais.
Referência:
MORAES, Hamilton Luiz de Souza; SALLE, Carlos Tadeu Pippi; CARON, Luiz Felipe.
Doenças das Aves: Influenza aviária. 2. ed. Campinas: Facta-fundação Apinco de Ciência e
Tecnologia Avícolas, 2009. 17 p. Disponível em:
<https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/influenza_aviaria_000fy7h08yd02wx
5ok 0pvo4k3eztqzx6.pdf>. Acesso em: 02 de nov. De 2021.
CALDANA, L. A.; SILVA, D.A.; NETTO, A.E.P.; BUENO, E.M.M.; CUNHA, R.A.;
RAFAEL, J.B.; COSTA, I.B. INFLUENZA AVIÁRIA: REVISÃO HISTÓRICA E
GERAL DA GRIPE DO FRANGO. Faculdades Integradas de Ourinhos FIO/FEMM.
Departamento de Medicina Veterinária. Disponível em: <
https://cic.unifio.edu.br/anaisCIC/anais2018/pdf/11_08.pdf >. Acesso em: 02 de nov. De 2021.