1) O documento discute a doutrina da santificação segundo Jonathan Edwards, enfatizando que a santificação prática depende da união com Cristo e que a salvação vem somente por meio de Cristo, não de nossos esforços.
2) Edwards alerta contra os perigos do racionalismo e misticismo ao separar a fé da aplicação do evangelho na vida.
3) A santificação trata da operação contínua do evangelho na vida do crente, não devendo ser separada da justificação.
1) O documento discute a doutrina da santificação segundo Jonathan Edwards, enfatizando que a santificação prática depende da união com Cristo e que a salvação vem somente por meio de Cristo, não de nossos esforços.
2) Edwards alerta contra os perigos do racionalismo e misticismo ao separar a fé da aplicação do evangelho na vida.
3) A santificação trata da operação contínua do evangelho na vida do crente, não devendo ser separada da justificação.
1) O documento discute a doutrina da santificação segundo Jonathan Edwards, enfatizando que a santificação prática depende da união com Cristo e que a salvação vem somente por meio de Cristo, não de nossos esforços.
2) Edwards alerta contra os perigos do racionalismo e misticismo ao separar a fé da aplicação do evangelho na vida.
3) A santificação trata da operação contínua do evangelho na vida do crente, não devendo ser separada da justificação.
1) O documento discute a doutrina da santificação segundo Jonathan Edwards, enfatizando que a santificação prática depende da união com Cristo e que a salvação vem somente por meio de Cristo, não de nossos esforços.
2) Edwards alerta contra os perigos do racionalismo e misticismo ao separar a fé da aplicação do evangelho na vida.
3) A santificação trata da operação contínua do evangelho na vida do crente, não devendo ser separada da justificação.
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INTRODUÇÃO
Todos, em alguma ocasião, passam a fazer as grandes per-
guntas da vida: Quem sou eu? Por que estou aqui? – São pergun- tas para as quais todo cristão encontra resposta. Pela fé, nossa verdadeira identidade encontra-se “em Cristo”. Por meio do seu sacrifício na cruz do Calvário, fomos reconciliados com Deus e somos, agora, adotados na família de Deus. Nosso propósito, sempre, é viver para o louvor da glória de Deus. Entender e viver a vida cristã – aquilo que a Escritura men- ciona sob o título de “santificação” – estava no cerne da pregação de Jonathan Edwards. Sendo o caso, sua obra continua produzindo impacto sobre crentes de todas as gerações. O desenvolvimento prático das questões tem a base firme do entendimento teológico. Em nossa geração, são poucas as coisas mais necessárias do que compreender novamente a grande doutrina da santificação. Nos três sermões contidos no presente volume, temos a união da ver- dade com a aplicação responsável do teólogo e pastor, de maneira a dar à obra uma qualidade que transpõe o tempo. Por experiência própria, Edwards sabia que amar a Jesus está no coração do modo como nossa obediência prática é desen- volvida. Isso é o que transforma a vida cristã em vida de amor, não simplesmente de dever. Edwards escreveu com eloquência sobre isso em sua “Narrativa pessoal”:
A santidade, conforme escrevi em algumas de
minhas contemplações, pareceu-me de natureza doce, agradável, serena, e calma. Parecia trazer-me pureza, clareza, paz e deslumbramento de alma, tornando a alma como um campo ou jardim de Deus, com toda
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espécie de flores agradáveis, tudo o que é prazeroso,
deleitoso e tranquilo, gozando doce calma e os amenos raios vivificadores do sol. A alma do verdadeiro cristão, conforme escrevi, então, em minhas meditações, pare- cia uma pequena flor branca que vemos na primavera, humilde e junto ao chão, abrindo seu botão para rece- ber os raios agradáveis da glória do sol, regozijando-se como em calmo enlevo, difundindo doce fragrância em sua volta, parada pacificamente, com amor, em meio às outras flores, que, de igual modo, abrem os seios para sorver a luz do sol. Nada havia, em nenhuma parte da santidade da criatura, que eu, naquela ocasião e em outras ocasiões, enxergasse com tão grande senso de beleza como a hu- mildade, o quebrantamento de coração e a pobreza de espírito: nada havia pelo que eu ansiasse mais. Meu co- ração suspirava por isso: estar humilde diante de Deus, no pó: que eu nada fosse e que Deus fosse tudo, que eu me tornasse como uma criancinha.1
Em cada uma das obras incluídas neste terceiro volume da
série, vemos esclarecidas algumas verdades importantes sobre a doutrina da santificação. Edwards nos lembra com clara acuidade que a santificação prática é íntima e indispensavelmente depen- dente da união do crente com Cristo. Assim como o apóstolo Paulo, Edwards deixa claro que toda a nossa vida espiritual, tanto sua origem quanto sua continuação, surge da união espiritual com Jesus Cristo. Edwards escreveu em seu diário, no sábado, 22 de dezembro de 1722: “Neste dia, reavivado pelo Espírito Santo de Deus, tocado pelo senso da excelência da santidade, senti maior exercício de amor a Cristo do que estava acostumado. Também senti sensível arrependimento por meu pecado, por ter sido come- tido contra um Deus de tal modo misericordioso e bom”.
1 Samuel Hopkins, The Life and Character of the Late Reverend Mr. Jonathan Edwards (Boston, 1765), págs. 29-30.
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Introdução 19
A gratidão pela vida em Cristo faz surgir no crente um desejo
de santidade, ao mesmo tempo em que cria um sadio ódio ao pe- cado, que nos macula e desfigura a vida. É por que Jesus Cristo viveu a vida que deveríamos ter vi- vido – vida de obediência à lei de Deus – e porque ele morreu a morte que nós merecíamos – por causa de nossa transgressão dos mandamentos de Deus – é que somos aceitos por Deus. O tema constante de toda a Escritura é o evangelho. A Escritura deixa claro, também, que nossa fé não é uma obra. Nosso novo status é totalmente baseado nos méritos de Cristo e não em nós mes- mos. Conquanto um pincel possa ser a causa instrumental de uma obra de arte, a causa real e eficiente é, claro, o pintor. Da mesma forma, embora a fé seja a causa instrumental de nossa união com Cristo – o que nos traz a salvação – a causa real ou eficiente – que é, finalmente, responsável por nossa salvação – é Deus. No sermão: “O caráter de Paulo como exemplo para os cris- tãos”, Edwards mostra a importância de se buscar a salvação da alma somente em Jesus Cristo. A urgência e intensidade com que buscamos este alvo jamais obscurecem o fato de que é em Cristo, não em nossos méritos ou esforços, que a salvação é assegurada. De fato, Edwards insta-nos a seguir o exemplo de Paulo, não olhando para nossas obras. Ser cristão exige uma mudança de atitude não apenas quanto ao nosso pecado, mas também para com nossa justiça. O evangelho, e somente ele, é nossa fonte de vida e segurança. Como o grande apóstolo, devemos ser inflexí- veis a qualquer mudança no evangelho, por menor que seja, pois resultará em enormes distorções de compreensão e experiência espiritual. Na verdade, qualquer “outro evangelho” não será, de modo nenhum, evangelho. Edwards aponta para o cerne daquilo em que cremos. Edwards também deixa claro que o evangelho não é coisa morta: ele é vivo e teremos de aplicá-lo à nossa vida em todo tempo e ocasião. Tendo tal ênfase, ele nos ajuda a reconhecer e evitar os perigos duplos do racionalismo e do misticismo. Muitos cristãos facilmente se afastam de um relacionamento vivo com Cristo para uma ênfase na preservação da verdade. Sem dúvida, o
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evangelho é doutrina profunda, mas é também a verdade sobre a
graça; é vivo e não pode ser confinado apenas ao âmbito intelec- tual. O evangelho não é mero exercício no pensamento racional. Outros crentes vão ao outro extremo, em que o relaciona- mento com Jesus Cristo é entendido apenas em termos místicos e a fé é divorciada do conteúdo e da ação, confinada apenas ao âmbito da experiência. Neste sermão, Edwards nos mostra que o evangelho é vivo. Não o aprendemos apenas quando nos conver- temos para, então, movermo-nos daí. O exemplo fornecido por Paulo aos filipenses, foi o do esforço de uma fé surgida do amor por Cristo, uma fé que se manifesta em oração, louvor e conten- tamento com os atos misteriosos da providência na vida. Edwards nos mostra que o evangelho é necessidade contínua do crente. A santificação trata da operação do evangelho na vida, experiência e testemunho do crente. Ele demonstra a falácia de se restringir o evangelho apenas à conversão. Contudo, hoje, há muitos que, na prática, veem o evangelho como necessário para encontrar Cristo e, depois disso, veem a vida cristã como um árduo trabalho de obediência. Conquanto afirme claramente o lugar e o uso da lei na vida do crente, Edwards jamais confunde justificação com santificação, embora afirme a impossibilidade de separar a justi- ficação da santificação. Ele demonstra como a santificação flui de nossa justificação. Nisto, Edwards faz uma advertência contra grande parte do pensamento moderno, em que a justificação é enfatizada à custa da santificação, levando ao antinomianismo, e a santificação en- fatizada à custa da justificação, levando ao moralismo. O grande Tertuliano escreveu: “Assim como Cristo foi crucificado entre dois ladrões, a doutrina da justificação está, sempre, sendo cru- cificada entre dois erros opostos”. Os erros a que Tertuliano se refere, que roubam o evangelho da experiência do crente, são o “legalismo” e o “antinomianismo”, ou, na descrição contem- porânea, o “moralismo” e o “relativismo”. Ambos destroem a vida cristã e ambos seduzem, cada um a seu modo. O moralista tenderá a enfatizar a verdade sem a graça, sugerindo que tenha- mos de obedecer à verdade a fim de sermos salvos. O relativista
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Introdução 21
enfatizará a graça sem a verdade, sugerindo que seremos todos
aceitos por Deus, e argumentando que cada um tem que decidir qual é a “verdade” certa para si mesmo. Edwards nos mostra que a verdade sem a graça não é realmente verdade e a graça sem a verdade não é realmente graça. No segundo sermão aqui incluído, “Esperança e consolo geralmente seguem humilhação e arrependimento genuínos”, Edwards continua a desenvolver o tema, lembrando-nos da grande realidade contra a qual lutamos: o pecado. Muitas pessoas não estão cônscias da seriedade, profundidade e poder do pecado, razão pela qual a ideia do sacrifício de Cristo e da graça gratuita de Deus tem tão pouco efeito sobre elas. Edwards fornece uma saudável dose de exposição da lei e uma poderosa visão da santi- dade ofendida de Deus que servem para nos trazer à realidade do convencimento do pecado. Para muitos de nós, que temos uma visão demasiadamente altiva de nós mesmos, esse será um neces- sário corretivo. Outros, porém, têm um enorme senso de sua própria inca- pacidade, vendo apenas os próprios fracassos. A esses, Edwards traz a doçura da experiência cristã do conforto de Deus. Ele nos lembra que, quando nos aproximamos do evangelho, há arrepen- dimento e dependência de Cristo. O arrependimento bíblico a que Edwards nos conduz é marcado por sua natureza compreensiva. Arrependemo-nos não somente de nossos pecados, mas também de nossas justiças, pois vemos que até mesmo nossas melhores obras são inaceitáveis. Descansando em Cristo, vendo-nos como sendo totalmente aceitos por ele, a sua obra torna-se nossa e nossa obra se torna dele. Suas bênçãos, bem como a recompensa de seu sacrifício, tornam-se nossas e nosso pecado é imputado a ele. A consequência disso é uma intensa humildade em nossa vida, e, com ela, uma bênção de consolo e senso de perdão. Pa- radoxalmente, descobrimos que, quanto mais nos vemos pecado- res, mais radical nos parece a natureza da graça de Deus e mais doce o fruto do arrependimento em nossa vida. O arrependimento autêntico ocorre não em função do medo das consequências do pecado nem por causa do medo de rejeição, mas como ministério