Trabalho Tema - Feminicídio
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Projeto de pesquisa
FEMICÍDIOS E FEMINICÍDIOS: CONCEITOS E
CARACTERÍSTICAS DE NOMEAR CRIMES VIOLENTOS EM
QUESTÃO DO GÊNERO CONTRA MULHERES.
2° SEMESTRE DE 2020
Projeto de pesquisa
FEMICÍDIOS E FEMINICÍDIOS: CONCEITOS E
CARACTERÍSTICAS DE NOMEAR CRIMES VIOLENTOS EM
QUESTÃO DO GÊNERO CONTRA MULHERES.
•Femicídio íntimo: aqueles crimes cometidos por homens com os quais a vítima
tem ou teve uma relação íntima, familiar, de convivência ou afins. Incluem os crimes
cometidos por parceiros sexuais ou homens com quem tiveram outras relações
interpessoais tais como maridos, companheiros, namorados, sejam em relações
atuais ou passadas;
•Femicídio não íntimo: são aqueles cometidos por homens com os quais a
vítima não tinha relações íntimas, familiares ou de convivência, mas com os quais
havia uma relação de confiança, hierarquia ou amizade, tais como amigos ou colegas
de trabalho, trabalhadores da saúde, empregadores. Os crimes classificados nesse
grupo podem ser desagregados em dois subgrupos, segundo tenha ocorrido a prática
de violência sexual ou não.
•Femicídios por conexão: são aqueles em que as mulheres foram assassinadas
porque se encontravam na “linha de fogo” de um homem que tentava matar outra
mulher, ou seja, são casos em que as mulheres adultas ou meninas tentam intervir
para impedir a prática de um crime contra outra mulher e acabam morrendo.
Independem do tipo de vínculo entre a vítima e o agressor, que podem inclusive ser
desconhecidos.
O debate acerca do uso de um ou outro termo ainda é recente e por se tratar
de um conceito relativamente novo houve países que optaram por utilizar na
tipificação legal o termo femicídio, enquanto outros optaram pelo uso de feminicídio,
ambos para designar o assassinato misógino de mulheres. (cladem)
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A categoria analítica “femicídio” foi empregada pela primeira vez no Brasil por
Saffioti e Almeida (1995), numa análise sobre homicídios de mulheres nas relações
conjugais. Em 1998, a categoria volta a aparecer num trabalho de Almeida também
numa reflexão sobre mortes de mulheres decorrentes de conflitos conjugais.
Na incorporação do conceito original de Russel, houve países que adotaram o
termo femicídio e outros que optaram pela designação feminicídio. No Brasil é
utilizado o termo feminicídio e ocorreu recentemente a tipificação legal deste tipo de
crime, acompanhando a legislação de países da América Central e do Sul, como
Costa Rica, Chile, Guatemala e El Salvador. (Chiarotti S. 2011)
Para Wania Pasinato:
"Há femicídio quando o Estado não dá garantias para as mulheres e não cria
condições de segurança para suas vidas na comunidade, em suas casas, nos
espaços de trabalho e de lazer. Por isso o femicídio é um crime de Estado”
(Pasinato, 2011, p. 234).
Cardoso FS, Brito LMT - A lei nº 11.340, conhecida como lei Maria da Penha,
entrou em vigor em 07 de agosto de 2006, com objetivo de proteger a mulher de
diferentes crimes e com o intuito de prevenir a ocorrência de atos violentos, sendo a
principal precursora dessa lei Maria da Penha Fernandes Maia, que sofria diversas
agressões por parte de seu marido, que lhe causou danos irreversíveis, entre eles a
paraplegia. Com isso, Maria da Penha decidiu quebrar o silêncio e denunciar o seu
esposo, fazendo com que os órgãos nacionais pensassem sobre o assunto e logo
aprovassem uma lei que trouxesse proteção a outras mulheres vítimas de violência e
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agressões. Essa lei trouxe uma assistência para garantir a proteção à mulher e
amparo a qualquer ato violento e sofrimento. Maria da Penha Fernandes Maia sofreu
essas agressões em 1980, quando todas as denúncias começaram, e no ano de 2006
decidiram aprovar uma lei para proteção da mulher.
"A lei mudou posturas e práticas tanto jurídicas quanto policiais no
atendimento, compreensão e encaminhamento dos casos de violência contra
as mulheres (Debert & Gregori, 2008), mesmo que seja corrente a
compreensão de que ainda é necessário aprimorar os processos de sua
aplicação." (Meneghel et al., 2013).
3 OBJETIVO GERAL
4 PROBLEMÁTICA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
IS, Leal et al. Preditores da violência física contra mulheres usuárias da atenção
primária à saúde. Revista Baiana de Saúde Pública, Bahia, 2017. 41(4): 862-77.