Aula 01
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Meta
Objetivos
Pré-requisitos: Antes de começar essa aula separe calculadora científica, régua, lápis e
borracha, pois esse material será útil não só nesta, mas em todas as aulas dessa
disciplina.
1. Introdução
Figura 1.1 No dia a dia estamos realizando muitos gastos que, nem sempre, fazem
parte do planejamento das despesas da família e para os quais nem sempre temos
dinheiro para pagar. Um lanche no shopping ao final do dia, uma peça nova de roupa,
um chopp com os amigos no fim de semana, um presente para alguém querido...
Enfim, diversos gastos que nem sempre são tão necessários e que podem
comprometer nossa capacidade de pagamento e de compras futuras. Devemos ficar
atentos à necessidade de comprar e a possibilidade de pagamento das compras,
considerando ainda que o pagamento dessas compras pode inviabilizar a execução de
projetos de longo prazo na sua vida, pois os gastos transformam-se em dívidas e
dependerão de empréstimos e financiamentos para serem quitadas.
Nota-se que, nesse caso, o tempo envolvido na transação foi de 6 meses e que João,
apesar de receber a quantia de $10.000 no ato do empréstimo se comprometeu a
pagar $12.000, valor maior do que o recebido. Fica claro que a quantia paga por João
repõe o valor recebido ($10.000) acrescido de $2.000, sendo esses $2.000
considerados uma remuneração paga ao banco, que abriu mão do recurso por um
período (6 meses) para possibilitar o uso desse recurso por terceiros (no caso, o João).
Define-se juro como o valor pago pelo uso do dinheiro que se toma
emprestado, ou seja, é o valor pago por se utilizar dinheiro de terceiros. Do outro lado
o juro é a remuneração recebida pelo dinheiro que se empresta a terceiros.
No exemplo prático 1.1, sabe-se que o valor do juro pago por João ao banco é
de $2.000, sendo para João o custo e para o banco o lucro embutido na transação.
Tempo (n):
O conceito de juros deve estar associado a um período, podendo ser ao dia, ao
mês, ao ano, ao semestre, etc.
Principal (P):
Nome dado aos recursos ou capital desembolsado no início de um
investimento.
No exemplo 1.1, o valor principal seria de $10.000, sendo P = 10.000.
Montante (S):
Valor pago pelo tomador de capital ao final da operação, sendo igual ao valor
do capital (P) emprestado mais a parcela de juros (J) pagos.
S=P+J
S = 10.000 + 2.000
“A cada dia está ficando mais caro fazer empréstimos ou comprar a prazo no Brasil.
Mesmo que o valor recebido inicialmente pelo tomador do empréstimo seja pequeno,
o valor final pago pelo mesmo ao “dono do capital” está cada vez maior, pois a parcela
paga pelo uso desse capital está cada vez maior.
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Resposta comentada
Com base nas definições já apresentadas:
Principal (P): “valor recebido inicialmente pelo tomador do empréstimo"
Montante (S): “valor final pago ao dono do capital"
Juro (J): “parcela paga pelo uso do capital"
Atividade 2 – Atende ao objetivo 1
Considere a seguinte situação:
Marina decidiu adquirir um “aparelho de televisão para presentear seu pai. Ao
procurar uma loja, encontrou as seguintes condições de compra do aparelho: para
pagamento à vista $ 1.300,00 e para pagamento a prazo seriam 12 parcelas iguais de $
187,00.
Resposta comentada
a) Sabendo-se que o Montante se refere ao valor total pago, nesse caso, pelo
comprador da televisão ao final da operação tem-se que:
Se a televisão for comprada em 12 parcelas de $187,00, o montante será igual a:
S = 12 x 187,00 = $ 2.244,00
b) Sabendo-se que o Montante (S) é igual a soma do valor principal (P) com a parcela
de Juro (J), tem-se que:
S = P + J,
Rearranjando a equação, temos:
J = S – P,
Sendo, para o problema proposto,
J = 2.244,00 – 1.300,00
J = $ 944,00.
O cálculo do valor pago pelo uso do dinheiro se dá por meio da taxa de juros,
definida por alguns autores como o “preço” do dinheiro cobrado por aqueles que
emprestam e também o preço pago por aqueles que tomam os empréstimos.
Conforme já apresentado, a ocorrência das transações depende da existência
de pessoas (físicas ou jurídicas) dispostas a abrir mão do consumo no presente para
dispor do dinheiro no futuro em troca de pagamento monetário
(credores/investidores) e da existência de pessoas (físicas ou jurídicas) dispostas a
antecipar o consumo com recursos de terceiros e dispostas a pagar por isso
(devedores).
Aqueles que emprestam recursos devem avaliar se o preço pago pelo tomador
compensa: os riscos (possibilidade do tomador não realizar o pagamento do valor
devido), as despesas operacionais, o lucro que está disposto a receber, entre outros.
Quanto maior for o valor recebido maior tende a ser a rentabilidade da operação e
maior a disposição a emprestar.
Quanto àqueles que tomam os recursos emprestados, a decisão de aceitar o
valor cobrado depende da necessidade a ser atendida naquele momento. Os que têm
necessidades urgentes normalmente aceitam as condições oferecidas pelos agentes
financeiros, mesmo que tenham que pagar valores abusivos. Já aqueles que podem
aguardar para realizar a compra ou o pagamento num momento futuro têm a
possibilidade de negociar ou aguardar melhores condições quanto a taxa de juros,
prazos, custos da operação (tarifas, impostos), etc.
A taxa de juros é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no final de um
certo período de tempo e o capital inicialmente aplicado (ou emprestado), sendo
(Vieira, 2000):
i = J/P,
Onde:
i = taxa de juros,
J = valor dos juros,
P = valor emprestado (capital ou principal).
i = 2.000/10.000
i = 0,2 ou 20 % ao semestre.
A taxa de juros paga por João na operação contratada com o banco foi de 20%
ao semestre. Como pode ser observada, uma novidade foi introduzida na resposta do
exercício: ao semestre, indicando o período associado à transação.
Passe, a partir de agora, a observar com mais atenção as notícias veiculadas
sobre o comportamento das taxas de juros e seu impacto nos preços dos empréstimos,
dos financiamentos... Pense no impacto que ela tem na sua vida, nas suas decisões de
consumo/investimento e de sua família. Pense, por exemplo, que a elevação da taxa
de juros (“preço do dinheiro”) no mercado financeiro faz com que as compras feitas a
prazo ou os empréstimos feitos junto às instituições financeiras também fiquem mais
caros. Ao contrário, ao cobrarem taxas de juros mais baixas as instituições financeiras
emprestam dinheiro a um preço mais baixo.
Suponha que você queira comprar um carro para se deslocar entre seus
compromissos, mas não dispõe da quantia em dinheiro para fazer a compra à vista. A
decisão de comprar o veículo dependerá, então, da obtenção de um financiamento
para realizar a compra. A instituição financeira estará disposta a fazer o financiamento
caso você esteja disposto a pagar por ele, através do pagamento de taxa de juros sobre
o valor financiado. Quanto maior for a taxa de juros maior será o valor das prestações
a serem pagas e menor será sua renda disponível para gastar com suas outras
despesas.
b) O valor dos juros pagos em uma transação foi de $ 7.800,00 para a retirada de um
empréstimo de $ 32.000,00 a ser pago ao final de 12 meses. Calcule o Montante pago
pelo tomador de empréstimo ao final da operação e a taxa de juros da operação.
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Respostas:
i = 7.800/32.000
i = 0,24375 ou 24,4% ao ano.
Fluxo de Caixa:
• No momento 0 (zero) registra-se a saída de recursos com uma seta para baixo
e/ou uma entrada de recursos com uma seta para cima.
• Em cada período devem ser registradas as entradas (setas para cima) ou saídas
(setas para baixo) de recursos para o período.
• Os fluxos de caixa podem representar operações em períodos de tempo: diário,
mensal, semestral, anual, etc.
• Podem ser representados os valores de entradas e saídas no mesmo período
ou o resultado entre entradas e saídas no mesmo período.
• Os fluxos de caixa devem representar a situação daquele que está fazendo o
registro, por exemplo, se quem faz a análise é o tomador do recurso haverá, no
início, entrada de recursos e nos demais períodos saídas de recurso.
Se a análise é feita por quem emprestou o recurso haverá, no início, saída de
recursos e nos demais períodos entradas de recurso
Exemplo 1.5:
Érika decidiu reformar sua casa e, para isso, precisou recorrer a um empréstimo
bancário. Após analisar as taxas de juros ela optou por um banco e fez a seguinte
operação: tomou um empréstimo de $15.000,00 a ser pago em 10 parcelas mensais de
$1.785,00. Represente em um fluxo de caixa (diagrama) a operação realizada por Érika.
Faça os fluxos para Érika e para a Instituição Bancária.
Resposta:
ATIVIDADES FINAIS
Prezado aluno, espero que você tenha entendido as lições passadas nessa aula. Essas
atividades têm como objetivo favorecer o entendimento dos conceitos ministrados e
estimular seu raciocínio na aplicação dos mesmos.
1) Analise a seguinte situação e responda às questões apresentadas:
“Lucas decidiu adquirir uma nova máquina para sua padaria mas não possuía recursos
próprios para isso. Decidiu então, procurar um financiamento bancário. O valor do
financiamento foi de $4.500,00 (valor da aquisição da máquina mais a instalação da
mesma) e Lucas deveria pagá-lo em 10 parcelas mensais de $487,00.”
Resolva:
a) Qual é o valor Principal da transação?
b) Qual é o Montante da transação?
c) Qual é o valor dos juros pagos na operação?
d) Qual é a taxa de juros embutida na transação?
e) Represente a operação bancária realizada por Lucas por meio do fluxo de caixa
(diagrama)
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Respostas
a) O valor principal nesse caso é o valor recebido por Lucas na realização do
empréstimo, ou seja, $4.500,00.
Como a Ana vai se casar dentro de 9 meses seu fluxo de caixa deverá
desembolsar o primeiro depósito no momento 0 e os demais sucessivamente até o
mês 8, totalizando 9 depósitos. Ao final do 9 mês será retirado por Ana o valor de
$4.200,00, para que ela possa realizar o pagamento de sua festa.
3) Uma loja de departamentos está anunciando uma promoção com redução dos juros
em toda linha de aparelhos celulares. Uma das ofertas mais atraentes foi escolhida por
Nilo, que comprou um celular pagando $100 de entrada + 9 parcelas mensais de 87,00.
À vista o aparelho custaria $720,00. Calcule, nesta transação realizada por Nilo, o valor
dos juros pagos.
Resposta:
Para se calcular os juros (J) deve-se aplicar a seguinte fórmula:
J=S–P
Nesse caso, o P = $720,00
e o S = 100,00 + 9 x 87,00
S = $883,00
Substituindo-se tem-se que:
J = 883,00 – 720,00
J = $163,00
RESUMINDO
Prezado aluno, no geral vimos nesse capítulo que para que as transações
financeiras possam ocorrer muitas vezes faz-se necessária a existência de pessoas
dispostas a abrir mão do consumo presente para emprestar seus recursos a terceiros
(recebendo os juros) e a existência de pessoas dispostas a antecipar seu consumo
utilizando recursos de terceiros (pagando juros pelos mesmos).
Nesse contexto, introduz-se nessas operações o fator tempo e o fator juros,
demandando o estudo de ferramentas da matemática financeira (e da engenharia
econômica) para possibilitar análises custo-benefício e a avaliação do valor do dinheiro
no tempo.
Os conceitos apresentados possibilitam o entendimento inicial dessas
operações, sendo nos capítulos posteriores muito importantes para o entendimento
dos demais conteúdos.
3. Referências Bibliográficas:
Sobrinho, J. D. V. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 2000.
CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
Meta
Objetivos
Pré-requisitos: Antes de começar essa aula separe calculadora científica, régua, lápis e
borracha, pois esse material será útil não só nesta, mas em todas as aulas dessa
disciplina. Reflita ainda sobre os conceitos apresentados na aula anterior, pois esses
são fundamentais para o entendimento dos conceitos da aula de hoje. Caso haja
dúvidas, releia o material, refaça os exercícios e procure a tutoria.
1. Introdução
2. Juros Simples
Juros simples são aqueles que incidem apenas sobre o capital inicial, não incidindo
sobre os juros do(s) período(s) anterior(es).
O cálculo dos juros simples é simples. Como a taxa de juros incide, em todos os
períodos, apenas sobre o valor principal, o valor pago de juros vai ser igual em todos os
períodos.
J= P x i x n
Onde J = juros, P = principal ou valor atual, i = taxa de juros, n = prazo. Essa notação
e conceitos foram apresentados na aula anterior. Caso necessite, revise-os.
Para melhor entendimento do conceito de juros simples observe a tabela
apresentada a seguir, que mostra a resolução do seguinte problema:
Exemplo: 2.1 Qual será o juro pago por Maria ao tomar emprestado um valor de
$1.000,00, a uma taxa de 3% ao mês para pagamento ao final do prazo de 4 meses.
Considere juros simples na operação.
0 1.000,00 1.000,00
Podemos perceber que a taxa de juros (3%) incide apenas sobre o principal ($
1.000,00 – coluna 4), e não sobre o saldo devedor, que seria o valor dos juros mais o
principal até o período analisado (coluna 3). O valor do juro da operação foi igual a
$120,00, sendo a diferença entre $1.120,00 (montante) e o valor principal $1.000,00.
J=Pxixn
J = 1.000 x 0,03 x 4
J = $120,00
Exemplo 2.2 – Marina precisa fazer um pagamento hoje mas, devido ao seu contrato
de trabalho, só receberá daqui a 5 meses o pagamento por seu trabalho, uma quantia
de $3.500,00. Ela recorreu a um banco para fazer um empréstimo e conseguir realizar
o pagamento. A taxa de juros cobrada pelo banco será de 3% a.m. Sob essas
condições, calcule qual valor Marina poderá tomar de empréstimo hoje.
S = P (1+ i x n)
P = S/(1+ i x n)
P = 3.500,00/1,15
P = 3.043,48
J=Pxixn
J = 10.000,00 x 0,03 x 5
J = 1.500,00
Já sabemos que a taxa de juros paga por João foi de 3% a.m. Apenas para exercitar,
vamos supor que João não a conheça (taxa de juros) e deseje saber qual é a taxa de
juros incidente sobre um empréstimo que lhe foi oferecido, no qual ele tomaria
$10.000,00 e pagaria, no prazo de 5 meses, $1.500,00 de juros. Poderíamos ajudá-lo
calculando i.
J=Pxixn
i= J / (P x n)
i = 1.500/(10.000 x 5)
i = 0,03 ou 3% a. m.
Resposta: A taxa de juros que incidirá na operação será de 3% ao mês.
ATENÇÃO!!!!
Para resolvermos problemas que envolvam taxas de juros (i) e prazos (n), devemos
observar o prazo da operação, que deverá ser igual ao período da taxa de juros. Para
entender melhor:
✓ Em situações em que o prazo (n) seja mensal deve-se trabalhar com taxa de
juros mensal; para prazo anual a taxa de juros deverá ser ao ano (anual). No
exemplo trabalhado anteriormente o prazo era de 5 meses e a taxa de juros
3% ao mês.
Vale lembrar que os exemplos aqui são meramente ilustrativos e que o cálculo do
valor da dívida feito pelas empresas considera, além da taxa de juros incidente outras
taxas e impostos cobrados, elevando a dívida. Por isso muitas vezes o cálculo que
fazemos a partir da taxa de juros divulgada não nos permite encontrar os valores das
parcelas e dos juros cobrados pelas instituições. O Banco Central do Brasil (BCB)
determinou que as empresas divulgassem aos clientes não só a taxa de juros incidente
na operação, mas todas as outras cobranças, através da divulgação do Custo Efetivo
Total da Transação (CET). “O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual,
incluindo todos os encargos e despesas das operações, isto é, o CET deve englobar não
apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas
cobradas do cliente, representando as condições vigentes na data do cálculo” (BCB).
Resposta:
Resposta comentada:
Conforme apresentado, juros simples são aqueles que incidem apenas sobre o
capital inicial, não incidindo sobre os juros do(s) período(s) anterior(es).
Resposta:
Resposta comentada:
J= P x i x n
n= J/(P x i)
n = 6.000/(7.500 x 0,04)
n = 20 trimestres.
Resposta:
Resposta comentada:
J= P x i x n
i = J/(P x n)
i = 7.000/ (22.000 x 8)
i = 0,03977 a.m. ou 3,98% a.m.
Resposta:
Resposta Comentada:
J=Pxixn
P = J/ (i x n)
P = 4.000/(0,05 x 3)
P = $26.666,67
e) Carlos precisava de $3.500,00 para quitar uma dívida e excluir seu nome do
cadastro de devedores. Um amigo lhe ofereceu um empréstimo pelo qual ele
pagaria, em 5 meses, uma taxa de juros de 2% a.m. Calcule o valor dos juros
pagos por Carlos nessa operação.
Resposta:
Resposta Comentada:
J= P x i x n
J= 3.500 x 0,02 x 5
J = 350,00
S = P + J,
Sendo J = P x i x n, tem-se:
S = P (1+ i x n)
Exemplo: Décio fez uma aplicação financeira da quantia de $4.500,00 que poderá
resgatar (sacar) ao final de 12 meses. Sobre o valor incidirá uma taxa de juros de 2,5%
a.m., que gerará os juros (rendimento recebido pela operação). Calcule qual valor
Décio poderá sacar ao final da operação.
S = P (1+ i x n)
S = 5.850,00
Se quisermos saber o valor dos juros recebidos por ele é só aplicar o resultado na
fórmula:
S=P+J
J=S–P
J = 5.850,00 – 4.500,00
J = 1.350,00
Para melhor entendimento vamos resgatar o exemplo 2.1 (o da Maria): Qual será o
juro pago por Maria ao tomar emprestado um valor de $1.000,00, a uma taxa de 3% ao
mês para pagamento ao final do prazo de 4 meses. Agora, para a resolução do
problema, vamos considerar juros compostos na operação. Primeiro vamos
reapresentar a tabela com o cálculo dos juros simples, para facilitar a comparação.
0 1.000,00 1.000,00
Como podemos observar, o cálculo dos juros tem como base o valor do
principal, que passa a incorporar, com o passar do tempo, o valor dos juros gerado até
o período anterior ao cálculo (coluna 4), tornando-se saldo devedor (coluna 3). O
cálculo dos juros agora será feito com base nesse saldo devedor, e não apenas no
principal.
Considerar juros compostos nas operações tende a levar a valores pagos maiores
que no caso de juros simples, justamente pelo fato de que no caso de juros compostos
o valor base para o cálculo do montante é constituído pelo principal + juros até o
período anterior, e não apenas pelo valor principal como no caso dos juros simples.
O cálculo dos juros compostos pode ser feito através da fórmula a seguir.
S = P(1+ i)n
Onde:
P = 1.000,00
i = 0,03
n = 4 meses
S = 1.000,00 (1 + 0,03)4
S = 1.000,00 (1,13)
S = 1.125,51
O valor principal P (ou valor presente ou valor atual) pode ser calculado através
da seguinte fórmula:
S= $3.500,00
i = 0,03
n=5
P= ?
P = 3.500,00 x 1/(1,03)5
P = 3.019,13
Usando as tabelas financeiras para calcular Montante e Valor Atual para juros
compostos
DI Luciana, gostaria que o responsável pelas figuras fizesse umas tabelas desses
fatores para colocar no anexo e também aqui no texto. Tem como?
2
Essa tabela apresentada mostra diversos fatores que auxiliam no cálculo para
alguns períodos (n) a uma taxa de 3,0%.
P = 1.000,00
i = 0,03
n = 4 meses
P=?
n= 5
i = 3%
S = $3.500
P = S x 1/ (1+i)n
P = 3.500 x FAV (3%, 4)
P = 3.500 x 0,86261
P = 3.019,14
Resposta Comentada:
Devemos encontrar o Principal (ou valor atual).
Sendo S = $18.000,00
n = 15
i = 2,25
Podemos obter P por meio de:
P = S x 1/ (1+i)n
P = 18.000 x 1/(1,0225)15
P = 12.892,07
Para obter $18.000,00 daqui a 15 meses Joana deverá depositar, hoje, $12.892,07.
A operação pode ser representada no fluxo de caixa. No momento zero, quando Joana
faz a aplicação há saída de recurso ($12.892,07) e no mês 15, quando Joana faz o
resgate da aplicação há entrada de recurso.
g) Carlos gostaria de depositar uma quantia hoje, para que, depois de 18 meses
possa sacar o valor e pagar sua festa de formatura. Sabendo-se que a festa de
formatura custa em torno de $5.000,00 e que a taxa de juros oferecida pelo
mercado é de 1,9%, calcule o valor a ser depositado por Carlos hoje para que
consiga pagar os $5.000,00 de sua formatura daqui a 18 meses.
Resposta:
Resposta comentada:
Para calcularmos qual deverá ser o depósito de Carlos para obter $5.000,00 daqui a 18
meses devemos usar a fórmula:
P = S x 1/ (1+i)n
Sendo
S = 5.000
i= 1,9%
n = 18 meses
Temos:
P= 5.000 x 1/(1,019)18
P = 5.000 x 1/(1,4033)
P = 5.000 x 0,7126
P = 3.563,03
h) Calcule a quantia a ser resgatada por um investidor que aplicou, por 9 meses,
$3.600,00 em uma aplicação financeira cuja taxa de juros incidente foi de 3,5%
a.m.
Resposta:
Resposta comentada:
Para o cálculo do montante a ser resgatado pelo investidor devemos utilizar a fórmula:
S = P (1+i)n
Sendo,
P = $3.600,00
i= 3,5%
n=9
Temos,
S = 3.600 (1+0,035)9
S = 3.600 (1,3629)
S = 4.906,44
O investidor resgataria $.4.906,44
i) Determinada aplicação gerou, ao final de 12 meses, um valor de $6.200,00.
Sabendo-se que a taxa de juros que incidiu sobre a operação foi de 1,5%,
calcule o valor Principal (P).
Resposta:
Reposta comentada:
Para calcular P devemos utilizar a fórmula:
P = S x 1/ (1+i)n
Sendo
S = 6.200
i= 1,5%
n = 12 meses
Temos:
P = 6.200 x 1/(1+0,015)12
P = 6.200 x 1/(1,1956)
P = 6.200 x 0,8363
P = 5.185,60
Resposta:
Para encontrarmos a taxa de juros devemos usar a fórmula:
S = P (1+i)n
2.492,62 = 2.200 (1 + i)5
2.492,62/2.200 = (1 + i)5
1,133 = (1 + i)5
Para resolvermos essa equação devemos extrair a raiz quinta de ambos os lados ou,
para facilitar, elevar ambos os lados ao expoente 1/5.
(1,133)1/5 = ((1+i)5)1/5
1,0253 = 1+i
i=1,0253 – 1
i= 0,0253
i= 2,53% a.m.
Exemplo 3.3 - Calcule o prazo para o qual um depósito de $20.000,00 gerará um saque
de 25.420,00. Suponha uma taxa de juros de 5% ao mês.
S = P (1+i)n
25.420 = 20.000 (1 + 0,05)n
25.420 = (1 + 0,05)n
20.000
(1,05)n = 1,271
Para resolvermos esse problema devemos usar as propriedades do logaritmo.
log (1,05)n = log 1,271
n x log (1,05) = log 1,271
n = log 1,271
log 1,05
n = 4,91
O prazo para a aplicação gerar o valor desejado é de 5 meses.
Resumo
Prezados alunos, dando continuidade ao tema trabalhado na aula anterior,
aprendemos que, sobre as operações de crédito, podem incidir taxas de juros simples
e taxas de juros compostos. A maioria das transações efetuadas no mercado tende a
adotar os juros compostos, que diferem dos juros simples por considerarem como
base de cálculo para os juros o valor principal acrescido dos juros gerados até o
período anterior ao cálculo.
Quanto maiores forem o valor principal, o prazo e a taxa de juros incidente
sobre a operação, maiores serão os juros pagos por aqueles que antecipam seu
consumo através de empréstimos e financiamentos. Do outro lado, onde estão
aqueles que fornecem crédito às empresas e famílias, maiores taxas de juros
representam maior receita, o que torna o ato de emprestar bem atraente.
Após os conceitos foram apresentadas as fórmulas, que podem auxiliar na
resolução dos problemas propostos referentes as operações de crédito. Os fluxos de
caixa foram apresentados, pois são importantes para a visualização e entendimento
das operações apresentadas.
Seguem agora as fórmulas apresentadas durante a aula, para que você, estando
mais uma vez em contato com elas, possa apreendê-las, tornando seu estudo mais
prazeroso e eficaz. Lembre-se ainda que, se entender os conceitos de juros simples e
compostos terá muita facilidade em resolver as questões propostas, além disso, não se
esqueça das tabelas financeiras que podem ser muito úteis durante o estudo.
Espero que tenham gostado e aproveitado a aula. Bom estudo!
Fórmulas:
Juros Simples Juros compostos
J= P x i x n S = P(1+ i)n
S=P+J Tabelado
S = P (1+ i x n)
CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Meta
Objetivos
Pré-requisitos: Antes de começar essa aula separe calculadora científica, régua, lápis e
borracha, pois esse material será útil não só nesta, mas em todas as aulas dessa
disciplina. Reflita ainda sobre os conceitos apresentados na aula anterior, pois esses
são fundamentais para o entendimento dos conceitos da aula de hoje. Caso haja
dúvidas, releia o material, refaça os exercícios e procure a tutoria.
1. Introdução
Prezado aluno, na última aula entendemos os conceitos taxas de juros simples e
compostos, além de aprendermos a aplicá-los em situações que envolvem operações
de crédito. Como você deve se lembrar (se não se lembra vamos consultar o material,
pois é hora de uma revisão!), trabalhamos sempre com taxas de juros e operações com
o mesmo prazo, como por exemplo, taxas de juros mensais com operações mensais;
taxas de juros anuais com operações anuais, taxas trimestrais e operações
trimestrais...
Vamos relembrar:
Exemplo 2.1: Qual será o juro pago por Maria ao tomar emprestado um valor de
$1.000,00, a uma taxa de 3% ao mês para pagamento ao final do prazo de 4 meses.
A adoção de taxas de juros com períodos iguais aos prazos das operações
propostas foi para facilitar o entendimento dos conceitos apresentados, entretanto,
nas operações de crédito realizadas no dia a dia nem sempre as taxas de juros estão
apresentadas dessa forma. Observe a figura a seguir.
Figura 1 – Taxa de juros de 1,9% ao mês para comprar uma televisão. A taxa de juros é
mensal, mas a operação tem um período maior. Mas e ao final da operação, qual será
a taxa efetivamente paga pela consumidora? É o que ela se pergunta e o que também
deverá influenciar sua decisão de compra.
Boxe 3.1
Vamos pensar mais um pouco?
Prezado aluno, conforme temos discutido desde o início de nossas aulas, devemos
conhecer as taxas de juros e as operações da matemática financeira para que
possamos realizar operações de compras, empréstimos, financiamentos,
investimentos e outras operações da maneira mais eficiente e otimizando o uso dos
nossos recursos financeiros. A matemática ao pé do ouvido, um recurso desenvolvido
pelo Ministério da Educação (MEC) apresenta, de maneira clara e atraente, situações
cotidianas nas quais precisamos usar nosso conhecimento para que possamos
economizar e aplicar da melhor maneira possível nossos recursos. Não deixe de
acessar e ouvir os capítulos propostos, você vai gostar...
Disponível em:
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/matematica/condigital2/midias/exp
erimentos/Compras/explorando.html
E se o Exemplo 2.1 (Qual será o juro pago por Maria ao tomar emprestado um valor de
$1.000,00, a uma taxa de 3% ao mês para pagamento ao final do prazo de 4 meses?),
fosse assim: Qual será o juro pago por Maria ao tomar emprestado um valor de
$1.000,00, a uma taxa de 3% ao mês para pagamento ao final do prazo de 4 anos?
Teríamos que resolver um problema que apresenta taxa de juros mensal e período
anual. Não poderíamos simplesmente aplicar as fórmulas que já aprendemos. Nesse
caso, precisaríamos encontrar a taxa de juros anual que fosse equivalente à taxa de
juros mensal de 3%.
Como poderíamos proceder? Sabemos que os cálculos para operações com taxas de
juros simples diferem daqueles para operações com taxas de juros compostos. O
cálculo da equivalência das taxas também difere em ambos os casos. Vamos, nas
seções seguintes, trabalhar com a equivalência de taxas para juros simples e,
posteriormente, para juros compostos.
Como vimos na aula anterior, as taxas de juros simples incidem sempre sobre o
valor principal (ou valor atual ou valor presente) da operação. Portanto, se queremos
encontrar, por exemplo, uma taxa de juros anual equivalente a uma taxa de juros
mensal, devemos multiplicar a taxa mensal por 12, pois a cada mês o valor do juro será
sempre igual ao valor da taxa de juros multiplicado pelo valor principal.
Vejamos um exemplo:
Exemplo A.1: Mariana tomou emprestado $1.000,00 e pagará daqui a 1 ano. Sabendo
que a taxa de juros contratada por ela foi de 3,5% ao mês, calcule o montante da
operação, ou seja, o valor total pago por Mariana. Considere juros simples na
operação.
Vamos precisar encontrar a taxa de juros anual que seja equivalente à 3,5% ao mês.
Vamos utilizar uma tabela para facilitar nosso entendimento:
N Cálculo dos juros Montante ao final de cada
(P x i) mês
1 1.000 x 0,035 = 35,00 1.035,00
2 1.000 x 0,035= 35,00 1.070,00
3 1.000 x 0,035= 35,00 1.105,00
4 1.000 x 0,035= 35,00 1.140,00
5 1.000 x 0,035= 35,00 1.175,00
6 1.000 x 0,035= 35,00 1.210,00
7 1.000 x 0,035= 35,00 1.245,00
8 1.000 x 0,035= 35,00 1.280,00
9 1.000 x 0,035= 35,00 1.315,00
10 1.000 x 0,035= 35,00 1.350,00
11 1.000 x 0,035= 35,00 1.385,00
12 1.000 x 0,035= 35,00 1.420,00
Ou
S = P (1 + i x n)
S = 1.000,00 (1 + 0,035 x 12)
S = 1.000,00 (1,42)
S = 1.420,00
Observe bem que, na tabela, 12 meses com taxa de juros mensal de 0,035 nos leva a
um montante de 1.420,00. Como podemos ver, a taxa de juros do período de um ano é
igual à taxa de juros mensal de 3,5% multiplicado por 12 meses. A fórmula também
nos diz isso: S = P (1 + i x n).
Dessa forma, calculando a taxa de juros anual equivalente a 3,5% ao mês
teremos: taxa mensal multiplicado por 12 meses: 3,5 x 12 = 42%
Vamos ver se a taxa de juros anual de 42 % pode ser considerada equivalente a
taxa de juros de 3,5% ao mês.
S = P (1 + i x n)
S = 1.000,00 (1 + 0,42 x 1)
S = 1.000,00 (1,42)
S = 1.420,00
Como podemos ver, a taxa de Juros anual de 42% é equivalente a taxa de juros
mensal de 3,5%.
Atividades
Atividade 1 – Atende os objetivos 1, 2 e 3.
Resposta:
Resposta comentada:
Duas taxas de juros são consideradas equivalentes quando, aplicadas a um
mesmo capital por um mesmo período de tempo geram um mesmo montante.
Resposta Comentada:
A taxa de juros anual de 18,5% deve ser dividida pelo número de meses do ano, ou
seja, 12. A taxa de juros mensal é, portanto, 1,54%. Para confirmarmos, vamos ver se
temos o mesmo montante, aplicando o mesmo capital em um mesmo prazo às taxas
de juros de 18,5% e 1,54%. Vamos supor um capital de 2.000,00 aplicado por um ano.
Como podemos observar, os montantes são iguais para a taxa de juros mensal e para a
taxa de juros anual, quando considerados o mesmo valor principal e o mesmo período
(1 ano e 12 meses).
O cálculo que acabamos de estudar é feito no regime de juros simples que,
conforme já discutimos, não é usualmente adotado nas operações financeiras. Na
próxima seção trataremos da equivalência de juros na capitalização composta.
As duas devem ser equivalentes para que possam gerar o mesmo montante (S) a
partir de um mesmo principal (P).
No exemplo dado, precisamos encontrar a taxa anual equivalente a taxa mensal
de 5%.
(1+ia) = (1+im)12
1 + ia= (1+0,05)12
1 + ia = (1,05)12
ia= 1,7958 – 1
ia= 0,7958 ou 79,6% a.a.
Atividades
Atividade 2 – Atinge o objetivo 3.
1) Calcule a taxa de juros trimestral equivalente à taxa de juros mensal de 5,5%.
Resposta:
Resposta comentada:
Podemos encontrar a taxa de juros trimestral a partir da aplicação da fórmula:
iq= (1 + it) q/t – 1. Segundo os dados do problema sabemos que a i que eu quero é a
trimestral e a que eu tenho é a mensal. Sendo assim, q = 3 e t = 1. E i t = 5,5% a. m.
iq = (1 + 0,055)3/1 - 1
iq = (1,055)3 -1
iq = 1,1742 – 1
iq = 0,1742
iq = 17,42% a. t.
Resposta:
Resposta comentada:
Podemos encontrar a taxa de juros trimestral a partir da aplicação da fórmula:
iq= (1 + it) q/t – 1. Segundo os dados do problema sabemos que a i que eu quero é a
diária e a que eu tenho é a bimestral. Sendo assim, q = 1 e t = 60. E i t = 12,3% a. b.
iq = (1 + 0,123)1/60 - 1
iq = (1,123) 1/60 -1
iq = 1,0019 – 1
iq = 0,0019
iq = 0,19 % a. d.
Resposta:
Resposta comentada:
Podemos encontrar a taxa de juros anual a partir da aplicação da fórmula:
iq= (1 + it) q/t – 1. Segundo os dados do problema sabemos que a i que eu quero é a
anual e a que eu tenho é a semestral. Sendo assim, q = 2 e t = 1. E it = 7,85% a. s.
iq = (1 + 0,0785)2/1 - 1
iq = (1,0785) 2 -1
iq = 1,1632 – 1
iq = 0,1632
iq = 16,32 % a.a.
A taxa de juros anual equivalente a taxa de juros semestral de 7,85% é de 16,32%.
Caso queira conferir seu resultado, aplique esses dois valores de taxas de juros sobre
um valor principal de $1.000,00, por exemplo, e veja se obtém resultados iguais para o
montante.
Resposta:
Resposta comentada:
Podemos encontrar a taxa de juros mensal a partir da aplicação da fórmula:
iq= (1 + it) q/t – 1. Segundo os dados do problema sabemos que a i que eu quero é a
mensal e a que eu tenho é a anual. Sendo assim, q = 1 e t = 12. E it = 38,5% a. a.
iq = (1 + 0,385)1/12 - 1
iq = (1,385) 1/12 -1
iq = 1,0275 – 1
iq = 0,0275
iq = 2,75 % a. m.
A taxa de juros diária equivalente a taxa de juros bimestral de 12,3% é de 17,42%.
Caso queira conferir seu resultado, aplique esses dois valores de taxas de juros sobre
um valor principal de $1.000,00, por exemplo, e veja se obtém resultados iguais para o
montante.
Você pode utilizar uma ferramenta disponibilizada pelo Banco Central do Brasil
para facilitar seus cálculos. Trata-se da Calculadora do Cidadão. Acompanhe no
próximo Box.
Boxe 3.2
O Banco Central do Brasil disponibiliza, através de seu site, uma calculadora que
permite o cálculo de valor principal, valor futuro, taxa de juros e prazos de operações
financeiras diversas que tomem como base os juros compostos. Trata-se da
calculadora do cidadão. Você pode acessar o link
https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/calcularValorFuturoCapital.do e
utilizar a calculadora para fazer cálculos que envolvam juros compostos, como os
apresentados na aula anterior e nesta aula também. Você vai ver que os cálculos
realizados na calculadora permitem que se chegue aos mesmos resultados que vocês
chegaram a partir dos cálculos feitos a partir das fórmulas apresentadas. Vai ser bom
para você conferir seus resultados e explorar o material disponibilizado pelo Banco
Central do Brasil.
Conclusão
Prezado aluno, conhecemos hoje o conceito de equivalência de taxas de juros,
que vem a ser um conceito complementar aos demais já apresentados na disciplina.
Ele nos mostra que, as taxas de juros que efetivamente incidem sobre as operações de
crédito podem diferir daquelas apresentadas aos consumidores.
Resumo
Espero que você tenha entendido os conceitos apresentados nessas três primeiras
aulas da disciplina, pois eles serão fundamentais para o entendimento das próximas
aulas. Fechamos aqui uma primeira parte de conceitos que embasarão nossos
próximos passos! Bom estudo e sucesso!
3. Referências Bibliográficas:
Sobrinho, J. D. V. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas, 2000.
CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
Meta
Objetivos
1. Introdução
2. Séries de Pagamentos
Resposta Comentada:
As séries de pagamentos são sucessivos pagamentos ou recebimentos
com vencimentos em épocas pré-determinadas, destinadas à quitação de
dívidas ou construção de capital.
Essas séries de pagamentos podem ser finitas (por exemplo, 6 parcelas)
ou infinitas (perpétua....); a diferença de tempo entre cada termo (ou parcela)
é constante, ou seja, vencem de 30 em 30 dias, 45 em 45 dias, 60 em 60 dias,
etc.. Além disso, os vencimentos desses pagamentos podem ocorrer no final
desse período (termos vencidos ou postecipados) ou no início (termos
antecipados).
S1 = ?
P = 200,00
I = 3%
S1 = 200,00 (1,03)4
S2 = 200,00 (1,03)3
S2 = 218,55
S3 = 200,00 (1,03)2
S3 = 212,18
S4 = 200,00 (1,03)1
S4 = 206,00
S5 = 200,00 (1,03)0
Nesse caso, o n será igual a 4 porque o recurso aplicado no mês 1 será
regatado no mês 5, ficando aplicado por 4 meses. Assim,
S5 = 200,00
S = 1.061,83
Sendo:
R = 200,00
n = 5 prestações
i = 3% ao mês
S=?
Vamos aplicar a fórmula:
S=Rx
S = 200,00 x 5,3091
S = 1061,83
S = R x FAC
S = 200,00 x 5,30914
S = 1061,83
Resposta:
Resposta Comentada:
Sendo:
R = 400,00
n = 12 prestações
i = 3,5% ao mês
S=?
S=Rx
S = 400,00 x 14,602
S = 5.840,78
O valor a ser retirado por Marina ao final das aplicações é de R$
5.840,78.
S= 5840,78
Fim da atividade
R=Sx
Onde:
Capital.
Resolução:
R=Sx
R = 15.000 x [0,045/(1,045)10-1]
R = 15.000 x 0,08137
R = 1.220,60
R = 15.000 x 0,08138
R = 1.220,7
Resposta:
Resposta comentada:
R=Sx
R = 42.000 x [0,025/(1,025)48-1]
R = 42.000 x 0,011
R = 462,00
Utilizando a tabela financeira para FFC (2,5%, 48)
R = 42.000,00 x 0,01101
R = 462,42
Fim da atividade
Vamos introduzir agora o Fator de Valor Atual (FVA), que nos auxilia
quando o problema trata de encontrar o valor principal ou o valor atual em uma
série de pagamentos iguais. Nesse caso, o entendimento do cálculo passa pelo
mesmo raciocínio adotado no cálculo do Fator de Acumulação de Capital
(FAC), ou seja, podemos calcular o valor atual para cada parcela e depois
somá-las para encontrar o valor atual da operação, ou podemos calculá-lo
através da aplicação da fórmula apresentada a seguir.
P = R x FVA (i% , n)
Resposta:
Sendo:
P=?
R = 2.000,00
i = 3,5% a. m.
n = 36
P=Rx ,
P = 2.000 x 2,4503/0,1208
P = 2.000 x 20,2904
P = 40.580,98
Utilizando a tabela,
P = 40.580,80
Resposta:
Resposta Comentada:
Sendo:
R= R$ 385,00
n=8
i = 4,5%
P=?
P=Rx ,
P = 385,00 x 6,5959
P = 2.539,42
Utilizando a tabela:
P = R x FVA (i, n)
P = 385,00 x 6,59589
P= 2.539,42
Fim da atividade
(FRC)
Exemplo 2.4: O Banco X oferece aos seus clientes uma opção de empréstimo
em que é cobrada uma taxa de juros de 2,5% a.m. Considere um cliente que
precise tomar emprestado 3.500,00 e pretende realizar o pagamento do
mesmo em 10 parcelas. Calcule o valor da prestação para que o cliente possa
avaliar se a mesma “cabe” em seu orçamento. Represente o fluxo de caixa da
operação.
Resposta:
P = 3.500,00
i = 2,5%
n = 10 meses
Vamos calcular o R.
R=Px
R = 3.500,00 x [0,032/0,2801]
R = 3.500 x 0,1142
R = 399,86
R = P x FRC(2,5%, 10)
R = 3.500 x 0,11426
R = 399,90
Resposta:
Resposta Comentada:
Sendo:
P = 2.800,00
n = 10
Para i = 2%
R=Px
R = 2.800 x 0,1113
R = 311,71
R = P x FRC(2%, 10)
R = 2.800 x 0,11133
R = 311,72
Para i = 0,83%
R=Px
R = 2.800 x (0,009/0,0862)
R = 2.800 x 0,1044
R = 292,34
R = P x FRC(0,83%, 10)
R = 2.800 x 0,1064
R = 292,99
Fim da Atividade
Box 4.1
Fim do Box
3. Conclusão
Meta
Objetivos
1. Introdução
Fluxo de caixa 1
Fluxo de caixa 2
Exemplo 2.1. Vamos trabalhar com o mesmo exemplo (2.1) trabalhado na aula
anterior, mas agora considerando termos antecipados. Calcule o montante, ao
final do 5º mês, de uma série de cinco pagamentos iguais, mensais,
consecutivos e antecipados, no valor de $200,00 cada uma, a uma taxa de
juros de 3% ao mês.
Primeiro vamos fazer o fluxo de caixa para o problema.
Agora que conseguimos visualizar o problema através do fluxo de caixa,
vamos resolvê-lo de maneira simples e a partir da utilização do conhecimento
que já temos.
Capital.
S=?
i = 3%
R = 200,00
n= 5
S = R x 1,03 x
S = 1093,68
S = R x (1+i) x FAC
S = 1093,68
Atividade
Resposta Comentada:
Sendo:
R = 400,00
n = 12 prestações
i = 3,5% ao mês
S=?
S = 6.045,20
S= 6.045,20
Essa atividade foi uma das apresentadas na aula anterior (atividade 2),
só que agora consideramos os pagamentos antecipados. Podemos observar
que o montante na série de pagamentos antecipados é maior, já que os valores
depositados por Marina ficarão um período maior rendendo juros.
Fim da atividade
R = S x [1/ (1+i)] x
Onde:
Formação de Capital.
S = 150.000,00
n = 36
i = 2,5% a.m.
R=?
Resolução:
R = S x [1/ (1+i)] x
R = 2.553,66.
Atividade
Resposta:
Resposta comentada:
Fluxo de caixa para o problema:
Devemos encontrar o R no problema. Sendo i = 1,5% e n =4, temos que:
R = S x [1/ (1+i)] x
R = 361,26
R=Sx
R = 1.500,00 x [0,015/(1,015)4-1]
R = 1.500 x 0,24446
R = 366,69
Fim da atividade
P = R x FVA (i% , n)
P = R x (1+i) x
ou
Resposta:
Sendo:
P=?
R = 1.800,00
i = 2,5% a. m.
n = 12
P = R x (1+ i) x ,
P = 18.925,57
Utilizando a tabela,
P = 18.925,45
O valor atual na operação apresentada é de R$18.925,57.
Atividade
Resposta:
Resposta Comentada:
Sendo:
R= R$ 427,00
n = 10
i = 3,5%
P=?
P = R x (1 + i) x ,
P = 3.675,48
Utilizando a tabela:
P = R x (1 + i) x FVA (i, n)
P= 3.675,48
Fim da atividade
Capital (FRC)
Exemplo 2.4: O Banco X oferece aos seus clientes uma opção de empréstimo
em que é cobrada uma taxa de juros de 2,5% a.m. Considere um cliente que
precise tomar emprestado 3.500,00 e pretende realizar o pagamento do
mesmo em 10 parcelas. Calcule o valor da prestação para que o cliente possa
avaliar se a mesma “cabe” em seu orçamento. Represente o fluxo de caixa da
operação. Considere pagamentos antecipados.
Resposta:
Agora, sendo:
P = 3.500,00
i = 2,5%
n = 10 meses
Vamos calcular o R.
R = P x (1 + i) x
R = 409,69.
R = P x FRC(2,5%, 10)
R = 409,90.
Para tomar o empréstimo oferecido com as condições oferecidas pelo
Banco X o cliente deverá pagar uma prestação de R$ 409,90 mensalmente, por
um período de 10 meses. Cabe ao cliente avaliar sua capacidade de
pagamento e decidir se deverá ou não fazer o empréstimo.
Atividade
Resposta:
Resposta Comentada:
Vamos ajudar Maria a decidir sobre a compra, calculando o valor das parcelas.
Sendo:
P = R$680,00
i = 2,25% a.m.
n=6
R = P x (1 + i) x
R = 128,35
Fim da Atividade
Caros alunos,
a moeda que circula hoje no Brasil é o Real e é por intermédio dela que
conseguimos realizar trocas, fazer pagamentos, guardar valores, etc. Mas você
sabia que muitas outras moedas já existiram no Brasil? Foram muitas desde o
tempo em que se realizavam trocas por meio das moedas–mercadorias, como
o pau-brasil, açúcar, fumo, entre outros (BCB, 2004). O Banco Central do Brasil
disponibiliza uma cartilha em que a história do dinheiro é apresentada e sua
leitura tem muito a contribuir com nossa formação cidadã e profissional. Não
deixe de ler. Boa leitura!
Disponível em:
http://www.bcb.gov.br/Pre/PEF/PORT/publicacoes_DinheironoBrasil.pdf
Fim do box
3. Exemplos
Resposta Comentada:
S1= R x (1+i) x
S1 = 13.558,81
S2 = S1 x (1+i)n
S2 = 13.558,81x 1,1087
S2 = 15.032,90
R = 1.000,00
n=8
i = 2% a.m.
S1= R x (1+i) x
S1 = 8.754,63
R = 200,00
i = 2% a.m.
n=4
S2 = 840,80
St = S1 + S2 = 8.754,63 + 840,80
S = 9.595,44
4. Conclusão
5. Resumo: