Ons Re 3-109-2011 LT 345kv
Ons Re 3-109-2011 LT 345kv
Ons Re 3-109-2011 LT 345kv
ONS RE 3/109/2011
FILOSOFIAS DAS
PROTEÇÕES DAS LINHAS DE
TRANSMISSÃO DE TENSÕES
IGUAIS E SUPERIORES A
345 KV
SUMÁRIO
1 Introdução ......................................................................................................................... 7
2 Objetivo ............................................................................................................................. 9
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 4 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
5.2.2 Proteções de Sobrecorrente Residuais do lado de AT.......................................... 39
5.2.3 Proteções de Sobrecorrente de Neutro ou Residuais do lado de Neutro do Reator
39
5.3 Considerações Adicionais na Utilização de Proteção de Reatores ......................... 40
6 Referências ...................................................................................................................... 42
7 Anexo ............................................................................................................................... 44
7.1 Carta ONS-3- 300/2010 ........................................................................................... 44
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 5 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Lista de figuras, quadros e tabelas
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OPERAÇÃO DO ONS
1 Introdução
Esta perturbação ocorrida no SIN provocou colapso nos Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul e atuações do ERAC, rejeitando cargas na
Região Nordeste e nas Áreas Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Acre/Rondonia, esta
última após sua separação do Sistema Sudeste/Centro Oeste, formando uma ilha em torno
da UHE Samuel e da UTE Termonorte II.
Esta perturbação foi analisada através do RAP ONS RE-3 252/2010, que em seu item
9.1.3.6 emitiu a seguinte recomendação dirigida ao ONS:
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 7 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Fabricantes, tipos de relés e de esquemas de teleproteção utilizados;
Critérios de Ajuste das proteções “não unitárias” dos Reatores Shunt de Linha
existentes;
ATE
CEMIG
COPEL
ELETRONORTE
FURNAS
INTESA
SC ENERGIA
TAESA
TBE
ELETROSUL
CHESF
CTEEP
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 8 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
2 Objetivo
O objetivo deste relatório é estabelecer, com base nas informações recebidas e nos
requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede do ONS, uma filosofia a ser seguida
pelos Agentes com relação aos ajustes e utilização das unidades de partida e de medida
dos relés de distância e de sobrecorrente, dos esquemas de teleproteção e das lógicas
especiais inerentes a estes esquemas.
Os ajustes de proteção informados pelos Agentes foram utilizados apenas como subsídio
no desenvolvimento deste trabalho, que não tem como objetivo a verificação da
adequacidade dos mesmos, que é de única e exclusiva responsabilidade dos Agentes.
As Linhas de Transmissão que deverão atender aos requisitos estabelecidos por este
relatório são as linhas de tensão igual ou superior a 345 kV, que de acordo com o
submódulo 2.6 dos Procedimentos de Rede, foram concebidas dentro da Filosofia de
retaguarda Local, ou seja, não dependem de atuações de proteções de retaguarda remota
para eliminação de falhas internas a elas. As linhas existentes que hoje não atendem a
este critério, quando tiverem suas proteções modernizadas, deverão se enquadrar nos
critérios aqui definidos. As futuras linhas de transmissão nestes níveis de tensão já
deverão entrar em operação atendendo a estes requisitos.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 9 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
3 Requisitos Técnicos Gerais
Desta forma este trabalho considera que todas as Linhas de Transmissão, mencionadas na
carta ONS-3-300/2010, tiveram suas proteções concebidas dentro da filosofia de
Retaguarda Local e todas elas são dotadas de:
Outro aspecto que merece destaque, é que só serão objeto desta análise, as unidades de
medida de distância e de sobrecorrente essenciais para o funcionamento dos esquemas de
teleproteção, baseadas na concepção mencionada anteriormente de Retaguarda Local,
assim como os esquemas de teleproteção baseados em proteção diferencial.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 11 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
4 Proteção de Linhas de Transmissão
As proteções das linhas de transmissão que são abordadas neste trabalho são
constituídas de relés com funções diferenciais de linha, de distância e de sobrecorrente
direcionais residuais.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 12 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Outros fabricantes oferecem, além das características tipo MHO, características do tipo
quadrilateral, onde os alcances resistivos são ajustados independentemente dos
alcances reativos. A limitação dos alcances resistivos é tratada no item 4.1.6.
O alcance da unidade de medida de Zona 1 deve ser ajustado de forma que esta
unidade, em nenhuma circunstância, sobrealcance o terminal remoto da linha, mesmo
considerando a presença de compensação série e/ou sobrealcances transitórios. Estes
alcances podem ser determinados através de estudos de transitórios eletromagnéticos
(ATP/PSCAD/RTDS) e, quando se tratar de linhas compensadas, podem considerar o
disparo dos elementos protetivos da compensação série (Gaps ou MOVs), previamente
às unidades de proteção da linha. Quando não for possível a realização destes estudos
e considerações, recomenda-se a utilização das seguintes proposições de ajustes
Com relação aos alcances resistivos das unidades quadrilaterais, ver item 4.1.7.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 13 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
4.1.1.2 Linhas com Compensação Série
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 15 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Linhas com Compensação Série em ambos os Terminais (Figura 2)
Neste caso as proteções de ambos os terminais devem ser ajustadas para acomodar
um Capacitor Série apenas. Desta forma, devem ser aplicados os ajustes conforme o
item 3.1.3.1, para o caso de terminal de linha sem o Banco de Capacitores Série.
A figura 3, a seguir, obtida da referência (1), ilustra um sistema de transmissão com uma
Compensação Série de 50% colocada no final da linha. Para a falta na posição
mostrada, o relé de distância de zona 1, do terminal S, não deve operar para o ajuste
convencional de 80% (ZL1-jXC). Todavia a associação do Capacitor Série com a
indutância do sistema gera oscilações sub-harmônicas que podem provocar
sobrealcance das unidades de medida de zona 1.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 16 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Figura 3 - Sistema com Compensação Série
A figura 4 a seguir mostra a trajetória da impedância medida pelo relé para a falta
mostrada. Conforme pode ser observado a impedância medida decresce até valores
próximos a 2 Ohms secundários, que para o exemplo é a metade da impedância
compensada da linha. Desta forma a zona 1 da proteção de distância do terminal S
pode sobrealcançar para a falha externa mostrada.
Os critérios que foram apresentados nos subitem 3.1.1 são um ponto de partida para a
determinação dos ajustes das unidades de medida de zona 1 e não garantem segurança
para falhas externas.
Para que se tenha segurança nos ajustes da zona 1 sugere-se uma modelagem do
sistema e da linha num programa de transitórios eletromagnéticos (tipo ATP ou PSCAD)
ou testes em simuladores do tipo RTDS, para verificar o sobrealcance e determinar um
ajuste seguro. Caso não seja possível a utilização destas ferramentas, é recomendável
que estas unidades de medida (zonas 1) sejam bloqueadas em linhas compensadas.
A referência (5) mostra como determinado fabricante desenvolveu uma lógica para
verificar se a falha ocorre depois do Capacitor, conforme figura 5. Para uma falha na
fase A, o elemento desta fase calcula a tensão:
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OPERAÇÃO DO ONS
IA corrente da fase A.
IG corrente residual.
K0 fator de compensação de seqüência zero.
ZL1 impedância de seqüência positiva da linha.
XC Reatância do Capacitor Série.
A figura 5 mostra a tensão medida no relé, a tensão calculada pela expressão anterior e
a relação entre elas para faltas ocorridas ao longo da linha. Desprezando os efeitos da
resistência de falta e do acoplamento mútuo entre linhas paralelas, a tensão calculada é
igual a tensão medida para faltas na Barra, e sua relação é igual a 1. Quando a falta se
move em direção à linha, a corrente de falta que circula no relé diminui, a tensão
medida aumenta e a tensão calculada diminui. A tensão medida aumenta porque o
Capacitor Série não está mais entre o relé e a falta e a impedância medida da linha
aumenta. A tensão calculada diminui porque ela sempre inclui o Capacitor Série. A
relação entre a tensão medida e a tensão calculada é sempre maior que 1 para faltas
nesta região. À medida que a falta se aproxima do relé, a tensão medida diminui, a
tensão calculada aumenta e sua relação diminui.
Figura 5 - Tensão Medida, Tensão Calculada e Relação entre ambas para falhas ao
longo da linha.
A lógica compara a relação entre estas duas tensões com um ajuste pré-determinado.
Quando a relação entre elas for menor que o ajuste, a unidade de distância de zona 1 é
liberada para atuar. Caso contrário ela é bloqueada.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 18 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Com relés que possuem esta lógica a zona 1 pode ser ajustada baseada na impedância
não compensada da linha. A única informação adicional que o relé necessita para
calcular a relação é o valor da Reatância Capacitiva a ser medida pelo mesmo. O valor
de XC depende da posição do Capacitor Série em relação ao DCP da linha. Deve ser
considerado o efeito de “Infeed” sobre o Capacitor da linha adjacente.
Outros fabricantes oferecem além das características tipo MHO, características do tipo
quadrilateral, onde os alcances resistivos são ajustados independentemente dos
alcances reativos. A limitação dos alcances resistivos é tratada no item 4.1.6
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 19 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Esta unidade deve ser ajustada para pelo menos 120% da Impedância Aparente (ZAPP)
medida pelo relé para uma falha no barramento remoto, garantindo desta forma que ela
irá atuar para todas as falhas que ocorram na linha de transmissão e no barramento
remoto. A impedância aparente deve ser obtida de um estudo de curto-circuito, onde
estejam representadas as impedâncias mútuas de seqüência zero entre circuitos
paralelos.
Deverá ser verificado se com o alcance acima sugerido, haverá acomodação das
resistências de arco para falhas entre fases esperadas, em função das configurações
das linhas. As resistências de arco devem ser determinadas, a critério de cada Agente,
de acordo com as fórmulas empíricas existentes na literatura. A referência 7 apresenta
os seis modelos de cálculo mais usuais para diferentes tensões e níveis de curto-
circuito. É necessário também que seja considerado o efeito do carregamento pré-falta
nos terminais exportadores de carga.
Além disso, é desejável que o alcance da zona 2 não vá além do alcance das unidades
de medida de zona 1 das linhas que partem do barramento remoto, para evitar
problemas de coordenação entre as zonas 2. Caso não seja possível atender a este
requisito, principalmente quando da existência de linhas muito curtas partindo do
barramento remoto, as unidades de zona 2 devem ser coordenadas em função do
tempo de atuação e, caso necessário, como alternativa é possível adotar uma zona
exclusiva (por ex: zona 3 ou 4) para função de retaguarda remota para falha na barra,
mantendo-se a zona 2 com alcance mínimo de 120 %, exclusivamente para
teleproteção.
As unidades de distância tipo MHO têm o alcance resistivo definido em função do ajuste
(ZAPP). As unidades quadrilaterais possuem parametrizações independentes na direção
resistiva e reativa. Os alcances resistivos são definidos em função das limitações
impostas pelos fabricantes, conforme apresentado no item 4.1.6.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 20 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
4.1.3 Unidades de Medida de Zona 3
É possível a utilização destas unidades reversas para prover retaguarda local para
falhas nos barramentos. Nestes casos devem ser tomados cuidados especiais para não
haver descoordenação com as Zonas 2 dos circuitos adjacentes. Para isto, valem as
mesmas observações de ajustes feitas para a zona 2, no item 4.1.2.2, com relação aos
cuidados para que ela não alcance além das unidades de medida de zona 1, das linhas
que partem do barramento, e não imponha restrições ao carregamento máximo da linha.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 21 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Ressalta-se que esta aplicação apenas é justificável se a temporização da Zona 3 for
inferior às temporizações da unidade de medida de zona 2 remota desta linha e superior
a atuação da proteção de falha de disjuntor. Recomenda-se a utilização de uma unidade
independente para esta finalidade, de forma que possam ser utilizados alcances
reduzidos.
Nestes casos as unidades de medida de zona 3, para falhas entre fases, são utilizadas
com a finalidade de prover retaguarda remota para falhas em linhas de transmissão,
com temporização da ordem de 1 segundo. Estas aplicações normalmente conduzem a
alcances bastante abrangentes no diagrama R-X, podendo acarretar atuações
incorretas durante contingências no sistema, que provoquem aumentos significativos
nos carregamentos das linhas, como diversas vezes observado. Esta prática não é
recomendada para sistemas onde se utiliza filosofia de retaguarda local, para evitar que
linhas sejam desligadas durante contingências, de modo a não agravar as condições
operativas do sistema. Este requisito se aplica também às unidades de medida para
falhas a terra que não sejam inibidas pela presença de corrente de seqüência zero,
sendo, portanto afetadas de igual modo pelo carregamento da linha.
As Unidades de medida de distância para falhas a terra, que não são afetadas pelo
carregamento pré-falta, não apresentam esta restrição e podem ser utilizadas a critério
dos Agentes.
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OPERAÇÃO DO ONS
4.1.5 Unidades de Partida
Estas unidades, que são inerentes a relés de fabricantes Europeus, têm o objetivo de
acrescentar segurança aos esquemas de proteção, e quando utilizarem medição de
impedância, devem ser ajustadas com alcances superiores aos alcances da maior zona
de medição utilizada. Unidades que utilizem outros métodos de partida devem ser
ajustadas de acordo com recomendação específica de cada fabricante e/ou critérios
próprios dos Agentes.
A prática usual de colocar uma temporização associada a esta zona para disparo não é
recomendada pelo ONS, a fim de evitar que linhas sejam desligadas durante
contingências, agravando as condições operativas do sistema.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 23 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Figura 7- Ajuste das Bandas Laterais
Esta expressão pode ser utilizada na falta de orientação específica do fabricante sobre
as limitações de ajuste de seus relés.
Estas unidades não devem ser utilizadas nos esquemas de proteção das linhas de
transmissão de alta e extra-alta tensão, que possuem proteções de distância para a
mesma finalidade. Além disso, sua utilização pode impor limitação ao carregamento da
linha de transmissão.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 24 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
4.2.2 Unidades de Sobrecorrente Direcionais Residuais
São unidades de sobrecorrente que utilizam a corrente residual da linha como grandeza
de operação e são polarizadas pela tensão de seqüência zero proveniente do DCP da
linha ou calculada pelo relé.
Estas unidades, com direcionalidade na direção direta, têm o objetivo de atuar para
falhas internas de valores elevados de impedância de falta e devem ser bastante
sensíveis.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 25 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
4.2.3 Unidades de Sobrecorrente Direcionais de Seqüência Negativa
Estas unidades, com direcionalidade na direção direta, têm o objetivo de atuar para
falhas internas de valores elevados de resistência de falta e devem ser bastante
sensíveis.
Esta prática pode ser utilizada de maneira análoga à descrita no item 4.2.2.2 para as
unidades de sobrecorrente direcionais residuais.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 26 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
internas seja insuficiente para provocar a atuação das proteções locais (Terminal
Fraco). As filosofias destas lógicas são:
As filosofias das lógicas de ECO utilizadas pelos diferentes fabricantes não variam
muito. Basicamente as lógicas consistem em retransmitir o sinal Permissivo, recebido do
terminal remoto e mantido por um determinado tempo, descaracterizando ruídos no
canal de comunicação, se não tivermos atuação de nenhuma unidade direcional
reversa, caracterizando que a falha é interna à linha.
A lógica de “Week Infeed”, ou Trip por Fraca Alimentação, atua se forem satisfeitas as
condições de ECO e adicionalmente for detectada a condição de subtensão ou tensão
residual elevada no terminal. Estas condições são supervisionadas por uma unidade de
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 27 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
subtensão conectada entre fases e uma unidade de sobretensão residual para permitir o
disparo local.
Um ajuste típico para a unidade de subtensão é entre 70% e 80% da tensão fase-fase
secundária do sistema.
A Unidade de sobretensão residual deve ser ajustada para pelo menos duas vezes a
tensão residual presente em condições normais de operação.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 28 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
A proteção em D, embora receba sinal Permissivo de C, não atua, pois a falha
está na direção reversa.
A figura 8-B mostra que se o Disjuntor B abrir antes do Disjuntor A, o que é uma
situação normal na maioria dos esquemas de proteção, ocorrerá reversão de corrente
na linha 2. Os esquemas de teleproteção Permissivos de Sobrealcance apresentam
tendência de atuações incorretas nesta situação pela seguinte razão:
Devem permitir o Trip da proteção, por certo intervalo de tempo, após a recepção
de sinal permissivo para falhas internas e não atuação de unidades reversas.
Este tempo geralmente é da ordem de 40 ms.
Esta lógica está presente em todos os esquemas de proteção que utilizam relés de
distância alimentados por DCP (Divisores Capacitivos de Potencial) de linha. A lógica
tem por objetivo permitir a atuação da proteção em casos de energização de linhas com
falha interna, por exemplo, em casos de falhas permanentes provocadas por
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 29 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
esquecimento de aterramentos de linhas após manutenções. Nestes casos os relés de
distância ficam inoperantes a em função de inexistência de tensão de polarização.
É importante salientar que esta lógica deve estar presente apenas no primeiro terminal
da linha a ser fechado. A lógica do outro terminal deve ser reseteada por tensão, após o
fechamento com sucesso do primeiro terminal. Quando o projeto da proteção não
contemplar esta facilidade, o ajuste do “pickup” do relé de sobrecorrente deverá ser
superior à máxima corrente de carga da linha para que não ocorra a atuação da lógica
durante o fechamento do segundo terminal.
Esta lógica está presente em subestações com arranjo em Anel ou Disjuntor e Meio e é
ativada sempre que a linha está isolada por sua Chave Isoladora, através de um contato
tipo “b” da Chave. Seu objetivo é proteger o trecho de barramento compreendido entre
os TCs e a Chave Isoladora da linha, quando a mesma se encontra aberta. Um relé de
sobrecorrente não direcional é ativado, supervisionado por um contato tipo “b” da Chave
Isoladora.
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OPERAÇÃO DO ONS
4.3.5 Lógica de Perda de Potencial
A Lógica de Perda de Potencial tem como objetivo principal evitar as atuações de relés
de distância e direcionais (relés que dependem de tensão de polarização para atuação
correta) em caso de perda da alimentação da tensão para os mesmos. Esta perda de
alimentação pode ser provocada pela abertura do Disjuntor termomagnético do
secundário do DCP ou por problema em cabo de controle. Esta lógica quando atuada
deve bloquear as atuações dos relés que dependem de tensão e emitir um alarme,
conforme estabelecido no item 6.1.6 do submódulo 2.6 dos Procedimentos de Rede.
São funções de sobrecorrente não direcionais existentes em algumas proteções que são
ativadas pelas lógicas de detecção de perda de alimentação de tensão para os relés de
distância.
Tendo em vista que as proteções de linha são duplicadas e que nestes níveis de tensão
temos enrolamentos dos TP diferentes para cada proteção estas funções só devem ser
ativadas quando ocorrer perda de potencial para as duas proteções.
A perda de potencial para os relés de distância deve ser alarmada e os relés que
dependem de tensão devem ser bloqueados.
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4.3.7 Proteções de Sobrecarga nos Disjuntores Centrais em Subestações
com Arranjo Tipo Disjuntor e Meio
Esta função é realizada por um relé de sobrecorrente de tempo definido que detecta a
corrente circulando pelos Disjuntores centrais em subestações com arranjo tipo
Disjuntor e Meio. Esta função não consta do submódulo 2.6 dos Procedimentos de
Rede, e o ONS não recomenda a sua utilização como função de disparo. Esta condição
de sobrecarga, que só ocorre em condições de rede alterada ou contingências no
sistema, deve ser tratada pela operação em tempo real, a partir de alarmes de atuação
desta função.
As seguintes condições para religamento devem ser definidas pelo ONS, através de
estudos realizados em conjunto com os Agentes envolvidos:
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OPERAÇÃO DO ONS
Defasagens Angulares para check de sincronismo (no terminal seguidor, no
esquema de religamento tripolar);
Diferenças de tensão para check de sincronismo (no terminal seguidor, no
esquema de religamento tripolar);
Escorregamento de freqüência para check de sincronismo (no terminal seguidor,
no esquema de religamento tripolar);
Filosofia para reinserção da Compensação Série, no caso de linhas
compensadas;
Inserção automática de reatores;
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OPERAÇÃO DO ONS
4.7.1 Bloqueio Contra Oscilações de Potência
Para garantir que haverá tempo suficiente para bloquear as atuações dos relés de
distância para falhas entre fases quando uma oscilação de potência for detectada, o
elemento de medição mais interno da lógica deve englobar a maior característica dos
relés de distância da linha que se quer bloquear. O elemento de medição mais externo,
deve ser afastado da região de carga, para evitar atuações incorretas durante condições
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 34 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
de carregamentos elevados. A figura 9(b) mostra este conceito para o caso de utilização
de características de polígonos concêntricos.
LT 500 kV Bom Jesus da Lapa 2 – Rio das Éguas, em Bom Jesus da Lapa 2.
LT 500 kV Ribeiro Gonçalves – Colinas C1, em Ribeiro Gonçalves.
LT 500 kV Ribeiro Gonçalves – Colinas C2, em Ribeiro Gonçalves.
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LT 525 kV Londrina – Assis, em Assis
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OPERAÇÃO DO ONS
5 Proteções de Reatores Shunt
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OPERAÇÃO DO ONS
5.1 Proteções Unitárias
As proteções unitárias dos Reatores são as Proteções Diferenciais por fase e de Terra
Restrita.
O ajuste da corrente de “pickup” do relé deve ser o mais sensível possível considerando
uma margem de segurança de tal forma que evite operações incorretas causadas por
erros de medições (TC e relé) ou corrente de excitação do reator.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 38 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
o relé não atue ou atue em tempos superiores a 1,0 s para a máxima corrente de
contribuição do Reator para uma falha fase-terra na Barra.
Esta proteção serve como proteção de retaguarda para o Reator, desta forma o ONS
recomenda apenas a utilização das unidades temporizadas. Caso o Agente utilize
unidades instantâneas, os seus ajustes devem ser otimizados através de simulações
utilizando programas de transitórios, como o ATP ou PSCAD, associado a uma
representação acurada dos elementos efetivamente instalados na rede, ou através de
testes utilizando RTDS.
O valor de “pickup” da unidade temporizada deve ser ajustado o mais sensível possível,
servindo como retaguarda para falhas em grande parte dos enrolamentos do Reator.
Um valor prático de ajuste é 10% da corrente nominal do TC. A curva de tempo deve ser
selecionada de modo a que o relé atue num tempo de 1,0 s a 1,5 s para a máxima
corrente de contribuição do Reator para uma falha fase-terra na Barra.
Esta proteção serve como proteção de retaguarda para o Reator, desta forma o ONS
recomenda apenas a utilização das unidades temporizadas. Caso o Agente utilize
unidades instantâneas, os seus ajustes devem ser otimizados através de simulações
utilizando programas de transitórios, como o ATP ou PSCAD, associado a uma
representação acurada dos elementos efetivamente instalados na rede, ou através de
testes utilizando RTDS.
O valor de “pickup” da Unidade temporizada deve ser ajustado o mais sensível possível,
servindo como retaguarda para falhas em grande parte dos enrolamentos do Reator.
Um valor prático de ajuste é 10% da corrente nominal do TC. A curva de tempo deve ser
selecionada de modo a que o relé atue num tempo de 1,0 s a 1,5 s para a máxima
corrente de contribuição do Reator para uma falha fase-terra na Barra.
Esta proteção serve como proteção de retaguarda para o Reator, desta forma o ONS
recomenda apenas a utilização das unidades temporizadas. Caso o Agente utilize
unidades instantâneas, os seus ajustes devem ser otimizados através de simulações
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 39 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
utilizando programas de transitórios, como o ATP ou PSCAD, associado a uma
representação acurada dos elementos efetivamente instalados na rede, ou através de
testes utilizando RTDS.
Nestes tipos de arranjos deve-se ter o maior cuidado na definição das características
dos Transformadores de Corrente (classe de exatidão e relações de transformação).
Relações mais baixas aumentam a sensibilidade das proteções, entretanto aumenta a
probabilidade de saturação para falhas internas próximas às buchas. Relações mais
elevadas diminuem a probabilidade de saturação dos TC, entretanto diminuem também
a sensibilidade das proteções.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 40 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
Para estes tipos de Reatores um fator agravante é o acoplamento mútuo existente entre
circuitos paralelos, que provoca sobrecorrente sustentada no neutro dos Reatores,
mesmo com a Linha desenergizada, bastando que os circuitos paralelos estejam em
operação. Nestes casos é necessário desativar as proteções de sobrecorrente de neutro
para evitar suas atuações incorretas, implicando na necessidade de utilização de
proteção diferencial de terra restrita.
Conclusões gerais
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 41 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
6 Referências
Referência 2 - Application Guidelines for Ground Fault Protection, Joe Mooney, P.E,
Jackie Peer. Schweitzer Enginnering Laboratories,Inc.
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Referência 11 - Adoção do Religamento Tripolar Lento: Benefícios para o Desempenho
do SIN e para Concessionárias de Transmissão. Alexandre Garcia Massaud, Antonio
Felipe da Cunha de Aquino, ONS-Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Referência 13 - HV Shunt Reactor Secrets for Protection Engineers, Zoran Gajié, Birger
Hillström- ABB Sweden, Västeras, Sweden, Fahrudin Mekié, ABB Inc
Referência 19- Application of Out-of-Step Blocking and Tripping Relays, John Berdy
Referência 20- Dynamic Characteristics of Mho Distance Relays, S.B. Wilkinson and
C.A. Mathews.
ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 43 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
7 Anexo
7.1 Carta ONS-3- 300/2010
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ONS FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA ALTA TENSÃO DA REDE DE 46 / 48
OPERAÇÃO DO ONS
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