1º Multi Segunda Chamada
1º Multi Segunda Chamada
1º Multi Segunda Chamada
I - "Assim vemos que a fé basta a um cristão. Ele não precisa de nenhuma obra para se
justificar."
II - "O rei é o chefe supremo da Igreja [...] Nesta qualidade, o rei tem todo o poder de examinar,
reprimir, corrigir [...] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilidade do reino..."
III - "Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória, alguns homens são predestinados
à vida eterna e outros são predestinados à morte eterna."
"Havendo Jesus Cristo concedido à Igreja o poder de conceder indulgência (...); ensina e
ordena o sacrossanto Concílio que o uso das indulgências (...) deve conservar-se pela Igreja
(...) Não obstante, deseja que se proceda com moderação na sua concessão (...) a fim de que,
pela facilidade de concedê-las, não decaia a disciplina eclesiástica. E ansiando para que se
emendem e corrijam os abusos que se introduziram nelas, motivo que leva os hereges a
blasfemarem contra elas, estabelece (...) que se exterminem de forma absoluta todos os lucros
ilícitos que se cobram dos fiéis para que as consigam; pois disto se originaram muitos abusos
no povo cristão."
(Adhemar Marques et al. "História Moderna através de textos". São Paulo: Contexto,
1997. p.121)
O Concílio de Trento foi um acontecimento que marcou a Reforma da Igreja Católica. A decisão
do Concílio sobre as indulgências representou:
a) a mudança de atribuições no interior da hierarquia da Igreja, que centralizava ainda mais o
poder de cobrar pelas indulgências.
b) a reafirmação dos princípios da Igreja diante da insubordinação dos seguidores da
Companhia de Jesus, que aderiram às ideias protestantes.
c) o reconhecimento público dos erros cometidos pela Igreja, resultando na reaproximação com
os dissidentes.
d) uma afronta para o povo pobre cristão que se utilizava da prática da Igreja de conceder as
indulgências aos infiéis em troca de bens materiais.
e) uma reação da Igreja aos movimentos reformistas que questionavam a concessão das
indulgências como um valor para a obtenção da salvação.
5. (Mackenzie 2003) Exigiram também que a arrecadação fosse confiada a seus eleitos e o
delfim concordou, com mais boa vontade, já que as comunidades tornavam-se, desse modo,
responsáveis pela arrecadação.
Assim, foi criado o hábito do imposto. Não sem protesto de ambas as partes, a quantia era
concedida apenas por certo tempo e para um objetivo determinado. No meio do século XV, o
imposto torna-se praticamente permanente.
Philippe Wolff - "Outono da Idade Média"
6. (Cesgranrio 1999) "...o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus
filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem pela sua família, torna-se-
lhe natural... O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..."
(Jacques de Bossuet. POLÍTICA TIRADA DA SAGRADA ESCRITURA. Livro II, 10a proposição
e Livro VI, artigo 1o)
O trecho anterior se refere ao Absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio modelo
dos regimes políticos dos Estados europeus do Antigo Regime. Apresentou variáveis locais
conforme se expandia na Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Entretanto, podemos identificar
no Absolutismo monárquico características comuns que o distinguiam, dentre as quais
destacamos corretamente a:
a) unificação de diversas atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas, tais
como a prerrogativa de legislar e a administração da justiça real.
b) substituição de um tipo de administração baseada na distribuição de privilégios e
concessões régias por uma organização burocrática profissional que atuava em atividades
desvinculadas do Estado.
c) implementação de práticas econômicas liberais como forma de consolidar a aliança política e
econômica dos reis absolutos com as burguesias nacionais.
d) submissão política dos governos reais absolutistas à hierarquia eclesiástica, conforme
definido pela doutrina do Direito Divino dos Reis.
e) definição da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, através da atuação
dos parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos burgueses.
7. (Unesp 2016) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores,
reagiam contra
a) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica.
b) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da
burguesia.
c) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da
Igreja Católica.
d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia.
e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 09.
Uma das mais conhecidas explicações sobre a origem do capitalismo é a do sociólogo alemão
Max Weber, que postula a afinidade entre a ética religiosa e as práticas capitalistas. Essa
relação se mostra claramente na ética do
a) Catolicismo romano, que por meio da cobrança de dízimos e vendas de indulgências
estimulou a acumulação de capital.
b) Puritanismo calvinista, que concebe o sucesso econômico como indício da predestinação
para a salvação.
c) Luteranismo alemão, que defendia que cada pessoa devia seguir a sua vocação profissional
para conseguir a salvação.
d) Anglicanismo britânico, que, ao desestimular as esmolas, permitiu o incremento da
poupança nas famílias burguesas.
e) Catolicismo Ortodoxo, que, ao abrir mão dos luxos nas construções arquitetônicas, canalizou
capital para investimentos econômicos.
10. (Fgv 2016) Em um dos diálogos da peça intitulada Henrique VIII, de William Shakespeare,
encenada em 1613, a rainha católica Catarina, primeira esposa do rei, desabafava:
Mesmo aqui poderemos falar, pois, em consciência, até hoje nada fiz que não pudesse revelar
francamente em qualquer parte. Prouvera ao céu que todas as mulheres pudessem declarar a
mesma coisa com igual liberdade. Meus senhores, uma felicidade sempre tive: isso de não ligar
nunca importância ao fato de meus gestos comentados serem por toda a gente, de ficarem sob
a vista de todos, e como alvo dos ataques da inveja e da calúnia, tão certa me acho de ter vida
limpa. Se vindes para examinar a minha conduta como esposa, sede francos. Sempre a
verdade ama linguagem rude.
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O monarca Henrique VIII governou a Inglaterra entre 1509 e 1547. Durante esse turbulento
período,
a) o catolicismo foi consolidado na Inglaterra, por ação direta do rei, que se manteve aliado a
Roma contra os monarcas ibéricos.
b) a liberdade de culto foi implementada, favorecendo a constituição de diversos grupos
religiosos após a Reforma Protestante.
c) o casamento civil, desvinculado da cerimônia religiosa, foi estabelecido como alternativa
para os diversos matrimônios do rei.
d) uma nova religião se formou, marcada por uma estrutura sacerdotal ligada diretamente ao
Estado inglês e aos interesses do rei.
e) medidas legais foram criadas para impedir as mulheres de participarem da linha sucessória
na monarquia inglesa.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[C]
Resposta da questão 3:
[E]
Resposta da questão 4:
[C]
Resposta da questão 5:
[E]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[A]
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9:
[B]
A questão remete à relação entre economia e religião. O pensador alemão Max Weber em sua
brilhante obra A ética protestante e o espírito do capitalismo estabeleceu uma importante
relação entre a ética calvinista e o espírito do capitalismo. Os valores calvinistas contribuíram
para o desenvolvimento do capitalismo. A valorização do trabalho, da disciplina, poupança,
comércio, lucro entre outras ideias alimentaram o essência do capitalismo.
A questão remete ao reinado de Henrique VIII, na Inglaterra entre 1509-1547. Este importante
rei da dinastia Tudor criou uma nova religião, anglicana, com característica eminentemente
política. Rompeu com o papado utilizando questões pessoais, divorciar da primeira esposa
Catarina de Aragão. Em 1534 pelo Ato de Supremacia, Henrique VIII rompeu oficialmente com
a Igreja de Roma. Foi excomungado e reagiu confiscando os bens da Igreja católica na
Inglaterra. Isso mostra que a Reforma Protestante não teve apenas motivações religiosas.